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#EleNão. #NósSim

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É com corpos que se recusam a ser determinados pelo ato de ser violentada ou pelo ato de violentar que podemos criar um outro jeito de ser e de estar nesse mundo.

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Demorei a entender que a violência de ter um corpo sempre em risco não era um dado a mais na trajetória de uma vida. Não era um trauma ou uma história triste. Ou vários traumas ou várias histórias tristes. A violência é tão constituinte do que é ser uma mulher como nossos ossos, órgãos, sangue. A violência é estrutural no nosso ser e estar no mundo. Compreendemos o que somos pela ameaça aos nossos corpos.

Ser mulher é ser um corpo que não se sente seguro em lugar algum.

Se cada uma de nós pensar com coragem, descobrimos que a maioria de nossas decisões passa por onde colocar nosso corpo. Como colocar nosso corpo. Como nosso corpo é visto. E, principalmente, como proteger nosso corpo. Dos olhos, das mãos, das facas, dos pintos que não autorizamos a entrar.


Se o olhar do outro é o que nos funda, nos descobrimos mulher antes de nos descobrirmos mulher, antes mesmo da podermos pronunciar a palavra mulher, pelo olhar que nos invade. Não o que nos ama, mas o que nos julga. Não o que nos reconhece, mas o que nos converte em objeto. Não o que pede permissão, mas o que viola. Se o olhar do outro nos diz quem somos, mesmo antes de compreender a palavra medo nós já tememos.


Ser mulher é ter a cabeça arrebentada a balas por ousar desafiar o poder. É ser Marielle Franco, Dorothy Stang, Luana.

Ser mulher é... Para entender melhor, continue aqui.


No centro da fogueira: gênero, raça e diversidade sexual nas eleições

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Agendas atacadas por grupos ultraconservadores, a promoção da igualdade de gênero e raça e o reconhecimento da diversidade sexual na educação marcam a polarização da disputa eleitoral

Da apologia ao estupro à desqualificação de famílias chefiadas por mulheres (mães e avós); dos ataques à lei Maria da Penha, passando por discursos explicitamente racistas e homofóbicos que renderam denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF), das quais surpreendentemente foi absolvido em 11 de setembro, a candidatura do líder das pesquisas na corrida eleitoral 2018 para presidente da República, o ex-deputado Jair Bolsonaro (PSL), representa o que há de mais autoritário e excludente da realidade brasileira.  

Representa grupos ultraconservadores – como o movimento Escola Sem Partido articulado com grupos religiosos fundamentalistas - que têm priorizado a educação como grande arena de disputa, muitas vezes em aliança política com grupos ultraliberais que atacam as políticas públicas e defendem a educação como mercadoria e não como direito humano.

Com base em um discurso hipócrita em defesa dos costumes, da família tradicional e de uma ordem hierárquica, discriminadora e violenta, esses grupos têm como uma de suas principais agendas o ataque aos marcos normativos e às políticas educacionais comprometidas com a promoção da igualdade de gênero e raça, com o reconhecimento da diversidade sexual e com a defesa da laicidade na escola pública.

Enquanto Bolsonaro representa explicitamente o polo contrário a essas agendas, defendendo inclusive “expurgar a ideologia de Paulo Freire, sem doutrinação e sexualização precoce”, assim como o candidato Eymael (PSDC) que defende ressuscitar a disciplina Educação Moral e Cívica, um absurdo dos tempos da ditadura militar, outros candidatos se omitem com relação a gênero, raça e diversidade sexual de olho no eleitorado conservador.  

É o caso de Henrique Meirelles (MDB), de Álvaro Dias (Podemos) e de João Amoedo (Novo), com candidaturas caracterizadas pela defesa de uma maior atuação de grupos privados na educação. 

Vale destacar que, em seu programa de governo, Meirelles reforça o movimento Escola sem Partido, quando adota a defesa de uma escola contrária à “ideologização do ensino”, compreendida por esse movimento como uma educação crítica às desigualdades brasileiras.

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Algumas curiosidades sobre eleições: Final

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Apreciador de comícios (muitos eram divertidos), coisa que praticamente deixou de existir durante a ditadura e voltaram depois, vi perderem a força com as campanhas televisivas, a não ser nas eleições municipais em cidades sem emissoras de TV. Passou-se a ignorar programas partidários, ideologias, ética, tudo, para ganhar uns minutos televisivos.

Agora, continua a briga por “minutos de TV”, e continua-se também a colocar no mesmo saco todo tipo de gente. Continuam não valendo questões éticas, programáticas ou ideológicas.

Mas tudo isso deve ser superado pelas campanhas em “mídias sociais” cheias de notícias falsas.
Acantonados em seus mocós, os políticos não precisarão mais mostrar a cara nas praças, fazer comícios, ter que encarar o eleitorado. Escapam, por exemplo, do bêbado de comício.

Já escrevi sobre bêbado de comício: ele fala alto durante os discursos, faz piada sobre as falas dos candidatos, desmente informações que eles dão, duvida da honestidade deles e das promessas que eles fazem.

Ulysses Guimarães dizia que o mais chato dos chatos era o bêbado de comício. Já Miguel Arrais, media a popularidade dos candidatos pela presença de bêbados e malucos em comícios. “Para ganhar”, dizia ele, “tem que ter bêbado e maluco no comício”.

Muitos mineiros concordavam com ele. Diziam: “Se o seu comício não tiver bêbado nem maluco, demonstra que você não tem prestígio”. Existe até um ditado sobre isso: “Não tem campanha sem comício nem comício sem bêbado”.

Isso parece ter se esgotado. Nas próximas eleições teremos provavelmente campanhas sem comícios. E daí já não vale também a ideia de que não tem comício sem bêbado.

Bem… A direita parece ter muito mais competência que a esquerda para manipular informações via mídias sociais, generalizar opiniões imbecis em cima dessas informações, influenciar ideias, movimentos e eleições.

Pode ser que meu pessimismo seja superado, não sei. Nossas esperanças podem variar conforme os acontecimentos. Eu mesmo já escrevi frases mais ou menos “positivas” e outras muito “negativas” sobre eleições. Lá pelo fim do século passado, escrevi algo talvez possa repetir agora: “Chega de intermediários: Satanás para presidente.

E já brinquei com certos candidatos: “Urna funerária, para o político perdedor, é aquela em que ele não tem nenhum voto (ou quase nenhum). Cada urna dessas representa a morte para ele”.

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Mouzar Benedito é jornalista. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). É autor de vários publicados pela Boitempo, onde colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às terças. 

Algumas curiosidades sobre eleições: Parte II

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Em 27 de outubro de 1965, depois que os candidatos apoiados pelo ditador Castelo Branco perderam as eleições para governador em Minas e na Guanabara (a cidade do Rio de Janeiro, que era um estado), baixou-se o Ato Institucional número 2, extinguindo os 13 partidos existentes e criando a Arena – Aliança Renovadora Nacional (partido da ditadura) e o MDB – Movimento Democrático Brasileiro (de oposição “consentida”).
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Em 1966 haveria eleições para governador, deputados e senadores em vários estados, mas com a derrota do governo ditatorial em Minas e na Guanabara no ano anterior, Castello Branco editou o AI-3 acabando com o “sufrágio universal” para escolha dos governadores, que passaram a ser escolhidos pelo presidente-ditador, e referendados pelas Assembleias Legislativas – mas se nelas houvesse oposição ao escolhido, cassava-se mandatos de deputados oposicionistas até garantir o número de votos a favor. Deixaram de ser eleitos prefeitos de capitais e de municípios considerados estratégicos, como portuários, e estâncias hidrominerais.
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Em 1974, prevendo a derrota ampla da Arena, Ernesto Geisel criou a figura do “senador biônico” – nomeado pelo governo. Nesse ano, deveriam ser eleitos dois senadores por estado, mas as eleições foram só para um (com ampla vitória da oposição) e os outros 22 (eram 22 estados) foram escolhidos pelo governo. O apelido “senador biônico” foi inspirado numa série de TV, chamada “O homem de 6 milhões de dólares” em que um homem é salvo da morte com implantes cibernéticos (tornou-se “homem biônico”) que lhe deram superpoderes, e ele tornou-se agente do governo dos EUA.
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Em 13 de novembro de 1980, o Congresso aprovou a volta do voto secreto para governadores e acabou com os senadores biônicos (nomeados pelo presidente).
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Em 25 de abril de 1984, votação da emenda das Diretas, no Congresso, que deu 298 votos a favor, 65 contra e 113 parlamentares ausentes, mas quem ganhou foi o contra: os votos a favor das diretas não atingiram o necessário, dois terços do total de parlamentares. Alguns políticos famosos participaram dos comícios pró-diretas, mas por baixo do pano trabalharam contra a sua aprovação, porque achavam que se houvesse eleição direta Leonel Brizola seria eleito.
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Em 21 de abril de 1997, o governo FHC conseguiu a aprovação da emenda da reeleição, com acusações de compra de votos de parlamentares. O próprio Fernando Henrique Cardoso foi o maior beneficiário… Pela tradição republicana decisões como essa não valiam para as eleições próximas, só as seguintes… Bom, alguns deputados confessaram ter recebido R$ 200 mil (quanto seria em valores atualizados?) para votar com o governo.
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Os primeiros países do mundo em que as mulheres adquiriram o direito de votar foram a Nova Zelândia (1893), a Austrália (1902) e a Finlândia (1906). Na Dinamarca e na Islândia, o voto feminino foi conquistado em 1915. Na Alemanha e no Reino Unido em 1918, nos Estados Unidos em 1920 e na Suécia em 1921. Na França, as mulheres só conquistaram o direito de votar e serem votadas no pós-guerra, em 1945.

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Mouzar Benedito é jornalista. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). É autor de vários publicados pela Boitempo, onde colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às terças. 

Algumas curiosidades sobre eleições: Parte I

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A primeira eleição direta para presidente do Brasil foi em 1o de março de 1894. O eleito foi Prudente de Morais, com 270 mil votos – o que representava 2% da população brasileira.
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Rui Barbosa candidatou-se a presidente do Brasil, em 1919. Foi derrotado por Epitácio Pessoa.
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Em 9 de agosto de 1922, Berta Lutz fundou a Federação Brasileiro pelo Progresso Feminino, para lutar pelo direito de voto.
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Em 24 de fevereiro de 1932, foi publicado o novo Código Eleitoral, do governo Getúlio Vargas, instituindo o voto secreto e o direito de voto às mulheres.
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Em 1933, teve uma eleição da Constituinte, e Carlota Queirós foi a primeira mulher deputada.
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Em 1937 três candidatos se apresentaram para as eleições presidenciais: o paraibano José Américo de Almeida e os paulistas Armando Salles de Oliveira e Plínio Salgado. Mas Getúlio Vargas, com base num documento chamado “Plano Cohen”, segundo o qual o PCB e organizações comunistas internacionais preparavam a tomada do poder, cancelou as eleições, outorgou uma nova Constituição apelidada “A Polaca”, e instaurou o “Estado Novo”, que radicalizou a ditadura. O “Plano Cohen” era uma farsa, feita oito anos antes para, se preciso, ser usado para manutenção de Getúlio no poder. Seu autor foi o então capitão Olímpio Mourão Filho que, já como general, foi um dos executores do golpe de 1964.
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Em 1947, o jornalista e humorista Aparicio Torelly, que usava o pseudônimo Barão de Itararé, foi eleito vereador do Rio de Janeiro pelo PCB. Sua campanha tinha como lema – numa época em que faltava leite e água na cidade – “Mais água e mais leite, mas menos água no leite”. Seus discursos faziam não só a Câmara rir, mas também lavadeiras e os trabalhadores. Ouviam as sessões da Câmara que eram transmitidas pelo rádio. O registro do PCB foi cancelado em 1947, pelo presidente Dutra, submisso aos EUA. Em janeiro de 1948, o Congresso aprovou o projeto de Lei Ivo d’Aquino, que cassava os políticos eleitos pelo PCB. E os parlamentares do PCB foram todos cassados. Entre eles, o Barão, que discursou pela última vez na tribuna da Câmara: “Neste momento, saio da vida pública para entrar na privada”. Segundo consta, ele entrou mesmo na privada.
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Em 1955, Carlos Lacerda, querendo impedir a realização das eleições, leu num programa de TV a “Carta Brandi”, um documento falso criado para incriminar João Goulart, candidato a vice-presidente na chapa de Juscelino. A carta forjada acusa Jango de querer instalar uma república sindicalista
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Em 3 de outubro de 1959, o rinoceronte Cacareco teve cem mil votos de paulistanos decepcionados com seus políticos e foi o mais votado para vereador, para a Câmara Municipal de São Paulo.

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Mouzar Benedito é jornalista. Trabalhou em vários jornais alternativos (Versus, Pasquim, Em Tempo, Movimento, Jornal dos Bairros – MG, Brasil Mulher). É autor de vários publicados pela Boitempo, onde colabora com o Blog da Boitempo quinzenalmente, às terças. 

Brasil em Jogo

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Dedo na Ferida

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Abordando o sistema financeiro e suas contradições, o ducumentário faz um questionamento a respeito de um dos principais discursos das autoridades financeiras: de que não podemos gastar mais do que arrecadamos. Através de diversas entrevistas, faz um panorama de como o capital pode influenciar a política e os governos. 

Tendler apresenta um personagem, um pedólogo, que mora em Japeri e diariamente se desloca, saindo de casa às 5 da manhã, para o  trabalho em Copacabana para receber um reduzido salário que se refletirá no seu lar com o filho que desde já tem poucas perspectivas para o futuro a continuar esse estado de coisas em que os trabalhadores são massacrados pelos efeitos danosos do capital financeiro que está a ditar as regras no Brasil.

Enquanto isso acontece, um reduzido percentual de pessoas lucra astronomicamente em detrimento da maioria da população, seja ela grega, brasileira ou em que país for onde o capital financeiro fincou suas raízes, independente até de governos, que somente ocupam seus postos para contemplar o setor financeiros.

O ex-presidente norte-americano Barack Obama aparece no documentário abrindo o jogo ao reconhecer que salvou o capital financeiro de uma crise iniciada em 2008, mas com a justificativa questionável que se não procedesse dessa forma seria pior. Pior para quem? Para os bancos, naturalmente, mas isso ele não admite.



SINOPSE:

É por isso que a Globo Patina

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Se ATACAR FORTE, perde DINHEIRO.

Se DEFENDER demais, perde a CREDIBILIDADE, que já anda ESCASSA.

Assim, de passo em passo, vai no DESCOMPASSO apoiando os sucessivos Golpes, não importando as suas CONFIGURAÇÕES:

- Foi assim em 1964, no Golpe Militar,

- Assim foi em 2014 no Golpe "Civil Judiciário".

E agora não sabe o que fazer em relação as Eleições de 2018?

Sabe sim: Você é que não sabe, nem supõe saber, do que o PIG é capaz de fazer para continuar MAMANDO nas TETAS DOS COFRES PÚBLICOS, em nome da chamada FRÁGIL DEMOCRACIA BRASILEIRA.

E para se justificar, junto com a QUADRILHA DO PLANALTO, inventou um tal de "loucate" de empresários, quando se viu encurralada pelos caminhoneiros.

PLIN PLIN!

Total embolsado até agora: R$ 463.772.474.690,91



Câmera de segurança foi desligada antes da morte de Marielle

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Quem matou os matadores de Marielle?

Os moradores do Rio de Janeiro, especialmente os da área Central da cidade - no diâmetro da Lapa até o bairro do Estácio,  sempre suspeitaram que havia um Plano para encobrir os dois episódios:  O do assassinato da Marielle e Anderson e, na sequência, os matadores dos dois. 

Agora o Jornal Extra revela e confirma as suspeitas.

E o crime hediondo da Vereadora do Psol e seu assessor continua sem solução, mesmo com todo aparato militar, financeiro e o circo midiático montado em pleno ano eleitoral, apenas para demonstrarem que estão investigando.

E a Milícia continua atuando...


Cinco câmeras da Secretaria de Segurança que estavam no trajeto da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes foram desligadas no período entre 24 e 48 horas antes dos assassinatos. O contrato de manutenção das câmeras havia terminado em outubro, mas elas continuaram funcionando normalmente até serem desconectadas.

Um dos equipamentos de monitoramento — cujas imagens são remetidas ao sistema do Centro Integrado do Comando e Controle (CICC), na Praça Onze — poderia ajudar nas investigações do crime. A câmera da estação do metrô do Estácio grava em 360º. E fica bem diante do ponto onde aconteceram os disparos contra o carro da vereadora.

Marielle e Anderson morreram há exatos 50 dias. Até agora, nem o atirador, nem os mandantes do crime, foram apontados pela polícia.

FOTO: Homenagem a Marielle Franco no centro do Rio, 21/III (Créditos: Fernanda Frazão/Ag. Brasil)

Curitiba: Líderes de sete centrais sindicais anunciam 1º de Maio unificado em Curitiba

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Anúncio ocorreu durante visita dos presidentes das centrais ao acampamento Lula Livre

Pela primeira vez, sete centrais sindicais farão o 1º de maio conjunto em conjunto, como forma de denunciar a condição de preso político do ex-presidente Lula. A manifestação envolve a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Intersindical, a Força Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a Nova Central, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a União Geral de Trabalhadores (UGT). 

O presidente da CUT, Vagner Freitas de Moraes, avalia que a unidade da esquerda e das centrais sindicais é necessária, ainda que haja das divergências em algumas pautas. “Apesar das matizes diferentes de pensamentos nas centrais, é importante nos unificar para lutar pelo direito dos trabalhadores, pela democracia e pelo direito de Lula ser candidato. 

Se ele será presidente ou não é o eleitorado que deve decidir”, afirmou em Curitiba.


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Redação Brasil de Fato.
Curitiba (PR), 18 de Abril de 2018

“A Sós”

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Para mostrar a realidade que boa parte não quer ver e incomodar as "consciências" dos que se julgam representantes do Povo brasileiro, o Documentário sobre relacionamentos entre moradores de rua é aula de bom jornalismo em tempos de crise da profissão.

Só um grande jornalista poderia fazer um documentário como este.

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Vinicius Lima é um jornalista recém-formado pela PUC-SP. Há anos ele trabalha no projeto SP invisível, um movimento que conta histórias  de moradores de rua e de pessoas que vivem ou trabalham nas ruas de São Paulo. Veja a página aqui.

A experiência serviu para apurar o olhar do jovem repórter. Ali, onde as pessoas genericamente vêem “mendigos”, “vagabundos”, “vítimas do sistema”, “craqueiros”, “coitados”, dependendo de onde o observador esteja no espectro político, Vinicius encontra histórias de vida, alegrias, tristezas, amores, escolhas, os porquês de estarem onde estão e fazendo o que fazem.

Vinicius vai muito além dos estereótipos porque sabe que eles servem apenas para reforçar as barreiras da invisibilidade e, por que não?, justificar nossa insensibilidade diante da dor e do sofrimento do “Outro” - ele não é um ser como nós, dotado de sentidos como os nossos.

Já foi moda no jornalismo o repórter se fantasiar de morador de rua, de imigrante turco na riquíssima Alemanha, de miserável no Império Americano. Maquiagem, roupas esfarrapadas, sotaque fajuto, tudo para “vivenciar na própria pele” o que o Outro sentiria na condição de marginalizado e excluído.
Caô total. Verdadeiro estelionato.

Primeiro, porque esse método de investigação jornalística cassa a palavra de quem já tem a palavra, quando não a própria existência, negada. Quem fala é o repórter fantasiado.

A Serpente e o Supremo

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No final da primeira década deste século, a mais alta Corte brasileira julgou a Ação Penal 470, conhecida como mensalão.

A mídia espetacularizou o julgamento, transmitindo as sessões do Supremo Tribunal Federal ao vivo. Não se queria combater a corrupção. O que se queria era apenas destruir um partido.

Uma nota sobre a sociedade brasileira: ao contrário de outras elites pelo mundo, a nossa sempre foi predatória. E inculta. Verdadeira lumpemburguesia que sonha em viver em Miami.

Ali naquele julgamento brotou o ovo da serpente, das decisões autoritárias e o espectro do fascismo passou a rondar o país.

Em 2016 a democracia foi golpeada de morte. Dilma Rousseff foi afastada do poder sem que tivesse cometido crime de responsabilidade. A direita passou a ficar desavergonhada.

No início deste ano a Intervenção Federal. Restava claro o tamanho do monstro.

Agora, em um julgamento em que a simples discussão da tese posta já beira para a esquizofrenia, o Supremo Tribunal Federal nega o óbvio. Nega o mandamento constitucional. A constituição é claríssima: ninguém poderá ser considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

Os 6 ministros punitivistas precisaram fazer ballet para negar a própria Constituição que juraram respeitar.

Pior foi o voto anacrônico da ministra Rosa Weber. Disse que a prisão em segunda instância é inconstitucional e que julgará como tal quando do julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), mas não agora, uma vez que tratava-se de habeas corpus.


E assim vai o sistema de justiça judicial brasileiro se fascistizando.

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por Wallace Martins, no Debate Progressista

FIM DE LINHA PRA VOCÊ PRESIDENTE BANDIDO!

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Presidente Ladrão,
Metalúrgico Boçal,
Ex-Presidente Aleijado!

Fim de Linha...
Não é pelo Triplex que você está sendo Condenado...

Fim de Linha Presidente Imbecil...
Seu erro? 
Se entre os que te Condenam, se alguém realmente tiver Coragem,

Que descubra aqui↴↴↴↴


Texto de Herton Gustavo Gratto, interpretado pelo deputado federal Jean Wyllys.

Quando a Imagem vale mais que Vidas

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E se não der certo...

Como é que fica a imagem das Forças Armadas?

A preocupação dos interventores e de quem os nomeou é com a imagem e os dividendos eleitorais.

Para eles, a vida não vale nada.

Especialmente se ela vier das comunidade periféricas.

E vidas continuam sendo ceifadas...




Em apoio à UNB, universidades públicas oferecem cursos sobre o golpe de 2016

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Em defesa da Universidade de Brasília, que vai ministrar a matéria 'O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil', ao menos 10 instituições ofertarão conteúdo semelhante.

São Paulo – Ao menos 10 universidades públicas possuem interesse em ministrar cursos sobre o golpe de 2016, que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff (PT) sem haver crime de responsabilidade, deixando o vice, Michel Temer (MDB), em seu lugar no Palácio do Planalto. A pioneira foi a Universidade de Brasília (UnB). A tentativa de censura por parte do ministro da Educação, Mendonça Filho, fez a comunidade acadêmica se mobilizar em apoio à instituição da capital federal.

O Departamento de Ciência Política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi o primeiro que saiu em defesa da UnB. A instituição, em nota, afirmou “irrestrita solidariedade ao professor e pesquisador Luís Felipe Miguel, da UnB, que ministrará neste semestre a disciplina ‘O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil’”. A universidade no interior de São Paulo oferecerá a mesma matéria para os alunos interessados.

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ministrará uma disciplina similar, com outro nome "Golpes de Estado, autoritarismo e repressão no Brasil republicano”. “Vivemos sob tempos sombrios. O avanço das forças conservadoras sobre o conjunto de direitos que haviam sido conquistados pelos trabalhadores se faz constante”, afirmou, ao portal Manaus de Fato, o professor do Departamento de História da Ufam César Augusto Bulbolz.

“Tentativas de cerceamento das atividades artísticas e acadêmicas estão virando rotina. A exposição cancelada no Santander, a performance no MAM, os protestos contra a visita de Judith Butler e, agora, a ameaça do Ministério da Educação (MEC) de proibição da disciplina ofertada demonstram que a democracia está em risco e que devemos reagir de forma enérgica contra essas constantes tentativas de censura e aos ataques à autonomia intelectual e às artes”, completou.

"Olhai por nós, o prefeito não sabe o que faz (?)"

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A verdadeira Campeã do desfile do Rio de Janeiro foi...

A VERDADE estampada na CARA dos MANIPULADORES midiáticos e CORRUPTOS, ao VIVO e em CORES e sem direito de resposta!

Folia, protestos, alegrias, esperança. Há tempo não se via um carnaval como este.

O Brasil do golpe, a manipulação da mídia, pessoas com deficiência, jovens vulneráveis, catadores de recicláveis, a garra feminina.

Em um das festas mais politizadas dos últimos anos, o carnaval levou os foliões em diversas cidades a aproveitaram a folia para demonstrar sua indignação e descontentamento com o atual momento social e político do Brasil e também para lutar pelo seu lugar na festa, em defesa de direitos sob ataque. 

No desfile do grupo especial do Rio de Janeiro, as escolas de samba levaram para a avenida a indignação do brasileiro. Quarta escola a entrar na Marquês de Sapucaí na noite de domingo, a Paraíso do Tuiuti levantou o público com o enredo que pergunta “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?” e foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais durante todo o carnaval.

A agremiação falou sobre os 130 anos da Lei Áurea e usou e abusou da criatividade para fazer uma crítica ao atual cenário político do país. Em uma das alas, a escola ironizou os manifestantes que pediram o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Na fantasia, os "manifestoches" traziam um pato amarelo e batiam panelas, atendendo ao comando da manipulação midiática. 

A escola do bairro de São Cristóvão, na zona norte, também trouxe para avenida trabalhadores mostrando a carteira de trabalho, uma crítica à reforma trabalhista. O último carro trouxe ainda um grande vampiro com faixa presidencial e carregado de dólares, em clara referência a Michel Temer. 
Para o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Gilberto Maringoni, a festa serviu para unir descontentamentos dispersos. Segundo ele, o Poder Judiciário, "que julga sempre a favor dos ricos sempre a favor dos de cima" e "o pobre da periferia apanhando a polícia" são resquícios da escravidão, que a Tuiuti ajudou a explicitar. 

A Mangueira também fez desfile em tom de protesto, com críticas ao prefeito Marcelo Crivella (PRB), que cortou verbas de apoio ao Carnaval. Um dos carros da escola trazia a silhueta do Cristo Redentor encoberta – referência ao Cristo Mendigo de Joãozinho Trinta, censurado em 1989 – com os dizeres "Olhai por nós, o prefeito não sabe o que faz".


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“Vá pra Cuba que te pariu”!

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Vociferou um senhor alto, que vestia-se com uma calça verde oliva do exército e com uma camiseta branca de mangas longas, com letras garrafais que formavam a frase: BOLSONARO PRESIDENTE!

Respondi de supetão, que não fui parido por Cuba! Na verdade, nasci em águas internacionais, mais precisamente entre os Estados Unidos e as Ilhas Cook. Contudo, seu eu tivesse sido parido por Cuba não me incomodaria, sabe?

Não acharia ruim, desde que tivesse recebido o mesmo talento de Glória Magadan, que sequer era socialista, e foi a maior novelista de todos os tempos. Magadan, ou a feiticeira, como era conhecida, trabalhou na TV Tupi e na Rede Globo. Aliás, Glória Magadan foi a responsável por estruturar o núcleo de telenovelas da emissora da família Marinho. 

A feiticeira teve como sua assistente e aprendiz, Janete Clair, a maior escritora brasileira de telenovelas da história; autora de Irmãos Coragem e Selva de Pedra.

Clair aprendeu, com a cubana Magadan, a arte de escrever e produzir folhetins e sua obra foi eternizada na memória nacional.

Janete Clair, por sua vez, casou-se com Dias Gomes, um formidável dramaturgo, que talvez por influência da esposa, aprendeu a escrever telenovelas e, assim, transformou-se em um dos grandes escritores do gênero. Suas principais novelas foram: O Bem-Amado (primeira novela exibida em cores no Brasil), e Saramandaia, que foi refilmada em 2013. Dias Gomes que não foi parido por Cuba, mas era comunista, ajudou com seu trabalho a enriquecer a capitalista Rede Globo.

Por fim, eu também não me incomodaria em viver em Cuba se recebesse a mesma formação educacional e literária de Leonardo Padura, um genial escritor contemporâneo, autor, dentre outros títulos, do premiado romance - O Homem que Amava os Cachorros, publicado no Brasil pela Boitempo editorial.

Padura, atualmente, escreve para Folha de São Paulo, da família Frias. A mesma Folha que apoiou o golpe burguês militar de 1964, e que não satisfeita com seu “equívoco histórico” apoiou, também, o golpe de 2016.

O senhor olhou-me com espanto e ar de dúvida e bramiu:

“Bolsonaro Presidente”!

- Pobre coitado...

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Alemanha: Filme expõe bastidores do impeachment de Dilma em Festival de Berlim

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O que a mídia tupiniquim esconde por aqui, o Mundo mostra.

Dilma Rousseff perdeu a Faixa Presidencial, mas poderá levar pra casa o cobiçado Urso de Ouro (prêmio de melhor filme do Festival de Berlim). Retratando os bastidores de seu impeachment, o filme O Processo, de Maria Augusta Ramos, foi selecionado para a mostra Panorama, do Festival de Berlim, um dos principais do mundo, de 15 a 25 de fevereiro, na Alemanha.



A diretora já confirmou a presença na exibição do longa, marcada para 21 de fevereiro, na Alemanha. Dilma Rousseff, ainda não se sabe se irá.

As possibilidades de premiação não são pequenas, Maria Augusta costuma levar todas as glórias, nas competições que disputa.

Com seu filme Desi, emplacou o mais importante prêmio do cinema holandês, o Bezerro de Ouro, e o Prêmio de Público no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, considerado o Cannes do cinema não-ficcional.

Quatro anos depois, em 2004, Justiça recebeu nove prêmios, entre eles o Grand Prix de melhor filme, no Festival Internacional de Cinema Visions du Réel, na Suíça; o Grand Prize no Festival Int. de Documentários de Taiwan; o La Vague d’Or de melhor filme, no Festival Internacional de Cinema de Bordeaux, França; o Prêmio da Anistia Internacional no CPH Dok – Festival Int. de Documentários de Copenhagen, e o Prêmio de Melhor Filme no Play-Doc – Festival Internacional de Documentários de Tui, Espanha.

Seu filme Juízo, de 2013, recebeu da crítica o Prêmio Melhor Filme, no DOK Leipzig – Festival Internacional de Documentário na Alemanha e os Prêmios de Melhor Filme no One World Internationbal Documentary Festival, em Praga, e no Watch Docs Internarional Film Festival, em Varsóvia.

Morro dos Prazeres abiscoitou os prêmios de melhor direção, melhor fotografia e melhor som no 46º Festival de Cinema de Brasília, em 2013.

No VIII Janela Internacional de Cinema de Recife, Futuro Junho mereceu o Prêmio de Melhor Filme, e no Festival de Cinema do Rio, o de Melhor Direção, em 2015.

Mesmo ano em que Seca, o sétimo longa da diretora, foi exibido na Competição Internacional do Festival Internacional Visions du Reel, na Suíça, e recebeu o Merit Prize – Prêmio especial do Júri no Festival Internacional de Documentários de Taiwan.

Mais do que um documentário sobre os bastidores do julgamento que culminou no impeachment de Dilma, em 31 de agosto de 2016, O Processo poderá se tornar um extraordinário instrumento político para informação à opinião pública internacional da profunda crise política que o Brasil atravessa e do colapso das instituições democráticas em nosso país. 

Os filmes de Maria Augusta Ramos costumam bater recorde de participação em festivais pelo mundo. Só o documentário Justiça foi exibido em mais de 50 festivais internacionais.

O longa é produzido por NoFoco Filmes, co-produzido por Canal Brasil e tem distribuição de Bretz Filmes. 

Por Hildegard Angel

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Os Algozes da Casa Grande
Foto: Agência Senado
Fonte: Rede Brasil Atual - RBA)))

O dilema do quarto macaco

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São quatro macacos pelados diante dos fatos.

​Há três deles aos quais fato algum importa: o distraído, o egoísta e o idiota. Há três tipos que com os fatos entram em litígio e afirmam seu contrário: o lunático, o romântico e o salafrário. 

O que se quer racional, por seu lado, como tal, reconhece os fatos como os fatos são – a realidade percebida. E, então, por vezes, se admira; por vezes, se horroriza. 

Mas não a nega jamais. 

Nem mais é capaz de ser alheio à ciência que assim lhe adveio. Estuda e busca a compreensão; ainda que nem sempre obtenha a explicação.

Ao quarto macaco, agora, parado diante dos fatos, desafia-o a ação movida a paixão, a interesse ou a necessidade que lhe vença o medo, o estupor ou a passividade.

O dilema diante do fato da racionalidade.


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O dilema do quarto macaco, por Sergio Saraiva no GGN

Você até pode estudar. Mas da Senzala, eles não te deixarão passar!

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Porque quem julga é a Casa Grande.

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Cotas: candidatos ao Itamaraty serão ouvidos.

Os seis candidatos aprovados no concurso para diplomata do Ministério das Relações Exteriores (MRE) pelo sistema de cotas e tiveram a aprovação contestada e só poderão participar do curso de formação no ano que vem. Isso se a Justiça acatar a defesa, que terão de apresentar no prazo máximo de 15 dias, e não aceitar a contestação que o Ministério Público Federal (MPF) poderá fazer depois dos argumentos apresentados pelos aprovados.

A decisão de ouvir as partes foi tomada ontem em audiência na 22ª Vara Federal e a próxima ocorrerá em 14 de março. “Como o processo ainda está em andamento, não vai dar tempo de participarem da próxima fase da seleção”, explicou a procuradora Anna Carolina Resende Maia Garcia, autora da ação civil pública que pediu a suspensão de nomeação, posse e participação no curso dos concorrentes que não preenchem os requisitos da Lei 12.990/2014.

Dados estatísticos apontam que no Brasil, 55% das pessoas definem raça por meio da cor da pele, enquanto apenas 13%, em razão da origem familiar, segundo Anna Carolina. Para Frei David Santos, da Ong Educafro, os negros que deveriam ocupar as vagas agora questionadas são os mais injustiçados. “Com a demora, eles, os discriminados a vida toda, não serão empossados tão cedo. Em 40 anos de militância, nunca vi um pardo de pele clara pedir ajuda ou alegar ter sido discriminado, justamente porque é a cor da pele o determinante nessas situações de racismo”.


O embaixador Benedicto Fonseca Filho, um dos responsáveis pela Comissão de Verificação de Cotas do Itamaraty, destacou que há dados incorretos apresentados pelo MPF. “Na ação é citado que não houve consenso. Mas nós atuamos em consenso, de acordo com a lei e em obediência à tese do fenótipo (aparência)”, garantiu. Há 30 anos no MRE e o primeiro negro a ocupar o cargo de embaixador, ele ficou “chateado porque não foi considerado relevante o papel da comissão”.

Autoridades comprometidas com a causa do negro no país compareceram à audiência, como os professores Mario Theodoro, Nelson Inocêncio e Joaze Bernardino Costa, da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Siqueira, presidente em exercício do Conselho Nacional de Educação (CNE), e Renata Parreira, da Coordenação de Educação em Diversidade, da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Nenhum dos candidatos quis se manifestar sobre a decisão.

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Com informações do BLOG do ServidorPublicado, Correio Braziliense.

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