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Mostrando postagens com marcador Governo - Programas. Mostrar todas as postagens
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Uma década de conquistas

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No ano em que a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 comemora seu aniversário de uma década de prestação de serviços, os atendimentos quase alcançam a casa dos 5 milhões. Desde sua criação em 2005, foram 4.708.978 atendimentos. Desses, 552.748 foram relatos de violência, preponderando os relatos de violência física (56,72%) e psicológica (27,74%). 

Neste décimo ano de funcionamento, somente nos 10 primeiros meses, a Central realizou 634.862 atendimentos. Foram em média 63.486 mensais e 2.116 diários. Essa quantidade foi 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014 (406.515).

Dos atendimentos realizados de janeiro a outubro de 2015, 39,52% corresponderam à prestação de informações (principalmente sobre a Lei Maria da Penha); 9,65% foram encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% se referem a encaminhamentos para outros serviços de tele atendimento (telefonia), tais como: 190 da Policia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos. 

Rio recebe até domingo a Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo

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A exibição do documentário Betinho, a Esperança Equilibrista, de Victor Lopes, sobre a trajetória do sociólogo e ativista Herbert de Souza (1935-1997), precedida do curta Abraço de Maré, de Victor Ciriaco, abriu na noite de ontem (15) a etapa carioca da 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo. 

Realizada de forma quase simultânea em todas as capitais do país, ao longo de um período de cinco semanas a partir do 13 de novembro, a mostra encerra sua edição 2015 no próximo domingo (20) em duas dessas cidades, Rio de Janeiro e Curitiba.

Em cada capital fazem parte da programação um total de 40 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, divididos em três mostras: Homenagem, Panorama e Temática. No Rio, as sessões, todas gratuitas, são realizadas na Caixa Cultural, no centro da cidade, com exceção de uma exibição especial amanhã (16), às 16h, com os mesmos filmes da abertura, na Biblioteca Parque de Manguinhos, na zona norte.

A mostra Homenagem é uma retrospectiva das nove edições anteriores, com a exibição de filmes premiados em cada uma delas. Já a mostra Temática tem como foco este ano a criança e o adolescente, enquanto a Panorama reúne 24 filmes produzidos a partir de 2011 no Brasil, França, Estados Unidos e Singapura.

“Todos os filmes são exibidos com intérpretes de Libras [língua de sinais], em closed caption, para os deficientes auditivos e alguns contam com audiodescrição para deficientes visuais”, informa Ricardo Favilla, produtor executivo do Instituto Cultura em Movimento (Icem), responsável pela organização da mostra que tem como realizador o governo federal, por meio do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Sempre com foco na questão dos direitos humanos, os filmes tratam de temas como pessoas com deficiência, população LGBT e enfrentamento da homofobia, população negra, moradores de rua, idosos, sistema prisional, democracia e participação política e vários outros. 

O cinema brasileiro predomina entre os títulos selecionados, mas, segundo Favilla, o festival se abre cada vez mais para outros países. A programação completa está disponível no site  da Mostra.

A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.

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O LIGUE 180 comera 10 anos com quase 5 milhões de atendimento

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O Distrito Federal é a primeira unidade da federação com maior taxa de relatos de violência no Ligue 180 em 2015. Em segundo lugar está o Mato Grosso do Sul e, em terceiro, o Rio de Janeiro

Acontece que o tempo passou, o mundo mudou e se globalizou. Mas os espancamentos e mortes de mulheres pela violência doméstica ainda pautam o nosso dia a dia, especialmente nas camadas periféricas e mais pobres da população, onde a dependência econômica das mulheres em relação aos seus maridos e/ou companheiros ainda é maior.

Triste diagnóstico.

Por isso, mais uma vez, escrevo sobre um serviço de importante utilidade pública, gratuito e confidencial – que preserva o anonimato -, oferecido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, desde 2005, criada no governo Lula, que a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – O Ligue 180.

O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações e informar sobre os serviços da rede de atendimento à mulher. De orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário. 

A Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela). Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. Para isso, conta com o apoio financeiro do Programa ‘Mulher, viver sem Violência’.

Em 2014, foram atendidas 223.796 vítimas de diversos tipos de violência. Duas em cada três dessas vítimas de violência (147.691) foram mulheres que precisaram de atenção médica por violências domésticas, sexuais e/ou outras. 

Isto é: a cada dia de 2014, 405 mulheres demandaram atendimento em uma unidade de saúde, por alguma violência sofrida. Por isso é fundamental o envolvimento de todos.

- No Brasil, ligue para a Central de Atendimento à Mulher: telefone 180.

- No exterior:

Chico Buarque e um novo Brasil

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Coincidência?
"A Bossa Nova não seria mais possível

Os brasileiros tem a fortuna de assistir, na mesma semana, a dois filmes espetaculares: o de Guilherme Fontes, sobre “Chatô”, e “Chico, artista brasileiro”, documentário de Miguel Faria Jr.

Chatô resulta mais divertido e menos safado que Roberto Marinho, a quem precedeu na luta para derrubar presidentes trabalhistas.

O Chico é impecável, irretocável, incomparável.

E Chico, esse artista brasileiro, de Paratodos !

"O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro".

Chico tem a elegância de Pixinguinha.

E, assim, nessa chave, dá um murro no estomago desses impeacheiros mediocres, que se escondem no “constitucionalismo” e na fossa do PiG.

A certa altura, Chico fala da Bossa-Nova.

E diz que a Bossa Nova só foi possível porque o Brasil era atrasado.

Só assim, atrasado, foi possível uma musica de elite, de Ipanema se impor como um cânone para o Brasil inteiro.

Um Brasil, diz ele, que não ia ao aeroporto …

Agora, não.
Brasília – A população atendida pelos programas e unidades de assistência social de todo o Brasil, a partir de agora, tem sua participação garantida nos conselhos municipais, estaduais e nacional de assistência social.

Os 1,4 mil delegados de todo o país presentes na 10ª Conferência Nacional de Assistência Social, encerrada na quinta-feira (10) em Brasília, definiram que as instâncias de participação devem ser compostas por 25% de gestores, 25% de trabalhadores, 25% de representantes de entidades e 25% de usuários de serviços socioassistenciais.

“Isso significa trazer para a mesa de debates os usuários, os trabalhadores e as entidades de assistência social na mesma proporção junto com o governo”, explica a secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ieda Castro. 

Os usuários do Sistema Único da Assistência Social (Suas) começaram a se organizar há um ano, com a criação do Fórum Nacional de Usuários e Usuárias do Suas (FNUSUAS). E, durante 2015, foram instalados 23 fóruns estaduais e conseguiram se eleger como delegados para a Conferência Nacional.

Segundo a ministra Tereza Campello, este é um exemplo de sucesso do evento para a construção das políticas públicas. “Essa conferência é super vitoriosa, construtiva. Optamos pelo grande debate, que é olhar para o futuro desse país e dizer que precisamos ampliar ainda mais a rede de proteção social”, afirmou. “O país precisa avançar na construção das políticas sociais e a assistência social é o canal para que as políticas cheguem na população que mais precisa.”

Para o presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Edivaldo Ramos, a conferência superou as expectativas. “Discutimos prioridades e moções. A contribuição da população brasileira, que veio pelas conferências municipais e estaduais, vai permitir um plano decenal (2016-2026) com uma participação coletiva.”

“As contribuições são de quem conhece as realidades locais. Fica a certeza de que temos um plano decenal que vai permitir avançar bastante na política de assistência social”, avalia Ramos. Ideia reforçada pela secretária nacional do MDS, Ieda Castro. “Muitas das propostas foram estruturantes, que estão relacionadas ao financiamento e à organização de serviços que atendam de fato as necessidades de cada lugar.” 

Eu, como cidadã, e com a formação em serviço Social que tenho, luto junto.

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Fonte: MDS
Foto: Ubirajara Machado/Plenário da Conferância

O melhor é não ter que deixar de comer para pagar consulta em clínica particular

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Diz a médica camponesa Josiene Costa, brasileira formada em Cuba, no relato da experiência no Programa Mais Médicos, na cidade de Araripina, no interior de Pernambuco.

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Ainda é cedo quando a jovem Josiene Costa inicia a caminhada semanal pela casas da periferia da cidade de Araripina, no sertão pernambucano. O jaleco branco não esconde a função dela, sobretudo, depois dos gritos da meninada: “A doutora chegou”.

Josiene nasceu no Piauí, de família camponesa organizada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e abraçou a possibilidade de ir estudar medicina em Cuba em meados de 2008. Formada e de volta ao Brasil, ela atua no Programa Mais Médicos, do governo federal, e conta, nesta entrevista à equipe de comunicação do MPA, um pouco dessa experiência. Além de todos os desafios que já enfrenta – como jovem, nordestina e camponesa –, Josiene agora é médica popular.

– Conte-nos por que escolheu a carreira de medicina. Como surgiu essa oportunidade de estudar em Cuba?

Confesso que nunca tive a perspectiva de seguir essa profissão. Venho de uma família camponesa e sempre estudei em escolas públicas. Entrar em uma universidade não era um sonho fácil de ser realizado, imagine então conseguir um curso de medicina em uma universidade brasileira, onde só os filhos e as filhas da burguesia teriam condições financeiras de fazer o curso e se formar.
Desde 1959, com o triunfo da Revolução, Cuba tem tido alta sensibilidade para a saúde pública. Eles já formaram, ao longo dos anos, mais de 49 mil médicos, dos quais 24.486 são pelo Projeto Elam [Escola Latino-americana de Medicina] que atende 84 nações. Hoje, médicos e médicas cubanos contribuem ativamente em 12 faculdades de medicina, principalmente em países africanos, onde se formam centenas de médicos todos os anos. Fidel Castro Ruz concebeu a criação da Faculdade de Medicina da América Latina (Elam) para formar jovens médicos e a maioria desses estudantes vem de famílias pobres, de baixa renda, em áreas remotas e de organizações sociais de todos os continentes.

– Nesse período em que você morou na ilha, o que mais a impressionou?

Internet chega a 78% das escolas públicas urbanas e a 13% das rurais

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No Brasil, 32.434 escolas públicas ainda não contam com qualquer tipo de conexão à internet, segundo levantamento feito pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS). O número corresponde a 22% do total de escolas públicas. A maioria das escolas sem acesso à internet está no campo, onde apenas 13% estão conectadas à rede.

Entre as escolas urbanas, o acesso é maior, cerca de 80% estão conectadas. No entanto, ainda há mais de 9 mil escolas em cidades que não têm acesso à rede ou a conexão à internet é mais lenta do que deveria ser. Isso significa que 4,5 milhões de alunos no país estão em desvantagem, segundo o levantamento.

As escolas urbanas são atendidas pelo Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) – uma iniciativa dos governos Lula/Dilma com empresas de telefonia para conectar as escolas públicas com banda larga. A empresa deve garantir o fornecimento e também a manutenção de banda larga para as escolas urbanas.

A lei prevê que as escolas recebam banda larga de pelo menos 2 megabit por segundo (Mbps) ou igual à melhor conexão ofertada na região. O levantamento aponta ainda que essa meta deveria ser revisada semestralmente, mas ainda é a mesma de 2010. Segundo Lemos, a meta está aquém da de outros países, que discutem e implementam velocidade de conexão de 50 ou 100 Mbps.

Já para as escolas rurais, um edital aprovado em 2012 prevê que as operadoras de celular ofereçam conexão 4G gratuita para todas as escolas que atendam mais de 185 alunos. Além disso, há a possibilidade de conexão via satélite para escolas de áreas muito remotas.

A taxa de extrema pobreza no Brasil diminuiu de 7,6% para 2,8%

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A taxa de extrema pobreza no Brasil diminuiu de 7,6% para 2,8% da população, em 2004, para 2,8%, no ano passado, afirmou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, após análise dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem, dia 13.

Na Região Norte, a pobreza extrema caiu de 9,6% da população, em 2004, para 3,9%, em 2014. No Nordeste, a redução foi de 16,5% para 5,7%. “O Brasil ainda tem muito a fazer, muita desigualdade a reduzir, muito o que melhorar com relação à pobreza. Mas chama a atenção a queda onde a gente tinha a maior severidade da pobreza no Brasil”, afirmou a ministra ao comentar os dados da Pnad 2014.

São consideradas extremamente pobres pessoas com renda mensal de até R$ 77, fixada com base na referência da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Em dez anos, a queda da extrema pobreza foi mais acentuada entre crianças até 5 anos. O percentual caiu de 14,7%, em 2004, para 5,4%, no ano passado.

De acordo com a Pnad, de 2013 para 2014, o crescimento do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 2,4% (de R$ 1.217 para R$ 1.246). Enquanto a parcela dos 10% mais pobres teve aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$ 155), os 10% mais ricos tiveram aumento de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183).

Segundo o IBGE, o Índice de Gini, que mede a desigualdade, apresenta trajetória decrescente no Brasil desde 2004 e passou de 0,495, em 2013, para 0,490, em 2014 (quanto menor, menos desigual o país).


“Houve redução da desigualdade no país, sistemática e persistente. O Índice de Gini melhora em todas as regiões. Os indicadores mostram um Brasil que avança, que melhora do ponto de vista da renda, da cidadania, dos bens”, disse a ministra.

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Mas, para algumas “pessoas”, isso talvez não tenha tanta importância. Talvez porque estejam ou mal-informadas, ou mal-intencionas.

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Fonte: Agência Brasil/MDS

Dicionário Feminino da Infâmia

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É lançado pela Fiocruz.

A Fiocruz lançou ontem, 09/11, o Dicionário Feminino da Infâmia: acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência. 

O lançamento ocorreu durante o I Seminário Pedagógico do Dicionário/RJ, que acontece até amanhã, dia 11/11, na própria Fiocruz - Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. Um seminário, com o lançamento do dicionário, também será realizado em Belo Horizonte, nos dias 12 e 13/11, na Academia Mineira de Letras

A publicação tem o selo da Editora Fiocruz e foi coordenada pelo Comitê Nacional de Pró-Equidade de Gênero e Raça da instituição.  O livro aborda temas relevantes e atuais relacionados à luta da mulher, como aborto, estupro, redes sociais, ética feminina, trabalho, autoestima, violência, feminismo e lesfobia, entre outros. O trabalho reúne mais de cem colaboradores, pesquisadores e profissionais de universidades, agências governamentais, serviços públicos de saúde, seguridade social, segurança pública, jurídico-policiais e organizações não governamentais, que trabalharam coletivamente na seleção dos temas e elaboração dos verbetes.

A organização é das pesquisadoras Elizabeth Fleury e Stela Meneghel, e o Dicionário feminino da infâmia oferece um rico panorama dos conceitos recorrentes na pauta feminista e das mulheres e vai além, apresentando temas e significados em sua dimensão histórica, política e social. O dicionário nasceu com o objetivo de permitir o acesso a informações fundamentais para o acolhimento e cuidado com as mulheres tanto ao público leigo como às equipes multiprofissionais de saúde, assistência social, segurança e justiça que atendem mulheres em situação de violência.

Estão explicados nessa obra de referência fenômenos que envolvem os vários aspectos, tipos e cenários das violências e também formas de resistência, além de informações sobre análises científicas que ampararam a criação de procedimentos, normas, abordagens e técnicas que hoje estão regulamentados e em funcionamento em diversos setores públicos de forma consolidada ou ainda embrionária. Além disso, houve uma preocupação importante: transmitir aos leitores as mais importantes noções sobre conceitos de liberdade, direitos humanos, justiça, aspectos da educação masculina que levam à prática da violência e outros temas.

A ideia é prover os profissionais da área pública e os cidadãos de informações sobre o que tem acontecido desde que as mulheres começaram a conquistar espaço nos planos social, político, jurídico e de cidadania. A obra traz registradas histórias de lutas que atravessaram séculos, travadas por pioneiras reconhecidas e outras anônimas, e que permitem que cada vez mais as mulheres transitem por espaços e lugares antes vetados a elas.

Com informações da FIOCRUZ

Quem é contra o Bolsa Família ou é mal-intencionado, ou está mal-informado

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O sociólogo Alberto Carlos Almeida fez uma comparação chocante entre Brasil e Inglaterra, em artigo para o jornal Valor Econômico. Os ingleses ganham salários muito mais altos que os brasileiros. E mesmo assim recebem muitos tipos de auxílio diferentes, que aqui não existem. Alguns:

- bolsa funeral (R$ 2100 para ajudar no enterro de seu familiar, incluindo pagar flores, caixão, uma viagem de algum parente para o velório etc.)
- bolsa aquecimento no inverno (média de R$ 2400 por mês para ajudar você a se aquecer no inverno)
- bolsa necessidades especiais (para deficientes ou idosos, até R$ 1500 por mês)
- bolsa cuidador de quem tem necessidades especiais (R$ 720 por mês)
- bolsa aquecimento por painéis solares (até R$ 3600 por mês)
- seguro desemprego (R$ 720 por mês)

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Sempre que a oportunidade aparece, ressuscitam a campanha contra o Bolsa Família. O objetivo não é acabar com o benefício. É tão impossível quanto acabar com o salário mínimo, o Natal, o nascer do sol. As metas são outras: manter o Bolsa Família com o menor valor possível, enxovalhar a reputação de quem o recebe, influenciar a opinião pública para que se torne politicamente difícil a criação de outros benefícios semelhantes, e bater no governo. A quem interessa? Aos que têm outros destinos para o dinheiro dos nossos impostos.

Agora é o deputado Ricardo Barros, do PP do Paraná. Ele é o relator do orçamento federal de 2016. Vem sendo reconhecido na rua e até aplaudido, desde que propôs um corte de 35% no Bolsa-Família. O argumento dele é que 75% dos beneficiados declaram estar no mercado de trabalho. Claro, quem vai viver de Bolsa Família? O valor médio do benefício é R$ 167,00...

O orçamento previsto para o Bolsa Família, em 2016, é de R$ 28 bilhões. Barros propõe baixar para R$ 18 bilhões.  São 14 milhões de famílias beneficiadas. Metade dos beneficiados são crianças e adolescentes. Barros faz marketing político rasteiro. 

Mas ao propor o corte, dá margem para as questões habituais se arrastarem para fora da tumba: o Bolsa Família é bom? É justo? Não é um estímulo oficial à vagabundagem e à procriação destrambelhada? Não seria melhor deixar de lado essa política assistencialista, e focar na geração de empregos, verdadeira porta de saída dessa esmola? Não tenha dúvida: na próxima oportunidade que pintar, os mesmos de sempre voltarão a atiçar com desinformação os mesmos preconceitos. É bom estar preparado para retrucar.

Serão 600 milhões. Será que é pouco?

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Cerca de 600 milhões de pessoas poderão ficar subnutridas até 2080, diz ONU.

A relatora especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação declarou ontem, terça-feira que a "mudança climática impõe sérias e diferentes ameaças à segurança alimentar".

Pelos cálculos de Hilal Elver, essa situação pode fazer com que um adicional de 600 milhões de pessoas fiquem subnutridas até 2080. A especialista explica que a frequência e a intensidade do clima extremo, o aumento da temperatura e do nível do mar, enchentes e secas têm um grande impacto no direito à alimentação.

Gado e Pesca

Segundo Elver, esses fenômenos climáticos afetam de forma negativa as plantações, o gado, a pesca e o meio de subsistência de muitas pessoas. A relatora acredita que a produção de comida em larga escala não é a melhor resposta para a demanda alimentar mundial.

Para a especialista, é preciso substituir a agricultura industrial por modelos transformadores, como a "agro-ecologia que apoie produção local de comida, proteja os pequenos agricultores, respeite os direitos humanos e as tradições culturais".

Políticas Públicas

A relatora da ONU também defende a necessidade de se manter a sustentabilidade ambiental e facilitar o acesso a uma dieta saudável. Na avaliação dela, os que menos contribuíram para o aquecimento global são os que mais sofrem com os efeitos.

Hilal Elver diz que para responder aos desafios da mudança climática, é necessária ação urgente, com políticas que respeitem o direito à comida e outros direitos fundamentais.

COP 21

As recomendações da relatora são feitas em antecipação à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP 21, que ocorre em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro.

A meta da reunião é conseguir com que os países assinem um acordo universal para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Para a relatora Hilal Elver, esse acordo precisa incluir um "compromisso claro com justiça climática e segurança alimentar para todos".

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Fonte: Leda Letra, Rádio ONU/EBC/Agência Brasil

Plantando sementes

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Uma semente foi plantada.

Enquanto 5,7 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) redigiam, na tarde de domingo (25), uma redação com base na lei que leva seu nome, a farmacêutica e ativista cearense Maria da Penha Maia Fernandes, de 70 anos, era uma das cinco pessoas homenageadas no centenário da Editora Paulinas, no Recife. 

Foi durante esse evento que ela descobriu o tema da prova de redação do Enem 2015, da boca de uma das candidatas da prova.

“Uma menina que tinha feito o Enem se aproximou de mim, pediu uma foto e falou: ‘a senhora soube que a redação foi sobre a Lei Maria da Penha?'”, contou ela, em entrevista por telefone ao G1, na segunda (26).

“Fiquei feliz, o tema realmente está na boca do povo agora. Plantou uma semente”, explicou Maria, que é de Fortaleza e, em 1983, ficou paraplégica depois de seu marido tentar assassiná-la com um tiro nas costas, enquanto ela dormia. 

O agressor foi condenado, mas foi solto depois de cumprir parte da pena. 

Hoje está livre.

O tema da redação do Enem 2015 foi “a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, e provocou polêmica nas redes sociais.

A ativista afirma que não parou para pensar na quantidade exata de pessoas que fizeram a prova de redação, mas diz que ele é “muito significativo”, e um sinal de que “a lei está sendo comentada e conhecida na vivência de cada um e também na escola, porque despertou nas pessoas a necessidade realmente de conhecer o funcionamento da lei, e de entender mais profundamente a situação”.

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Com informações do DCM

Contraste entre a beleza e a miséria

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Domingo, 11 de outubro, 10 horas.

Como sempre faço para me livrar da rotina fui caminhar no Eixão do Laser, que aos domingos e feriados é fechado para que os brasilienses possam curtir a cidade.

O Eixão do Laser é a mais importante via rodoviária de Brasília.

Ele liga a Praça do Três Poderes à saída Norte/Sul de Brasília e ao Entorno, onde ficam algumas Cidades Satélites do Distrito Federal.

Eu não caminho. Apenas ando. Não gosto de pressa.

E é andando que eu percebo melhor as belezas da Capital. Um pássaro ali... uma árvore aqui... e gente preocupada apenas em usar o espaço. Muitos o usam sem a mínima preocupação de preservá-lo.

- Para os deambulantes, o culto ao corpo parece ser a preocupação maior.

Tão importante, que não enxergam o contraste que separa a beleza da miséria.

Em frente a beleza da árvore (foto acima), do outros lado das pistas norte/sul, a miséria instalada devidamente em uma barraca improvisada (foto abaixo).


Atravessei a rua e fui até a barraca. Não havia ninguém dentro. Esperei por cerca de 20 minutos e nada.

Voltei a andar.

Triste por conhecer bem este contraste, que segundo o governador Rodrigo Rollemberg (PSB/PSDB/DEM), em campanha, afirmou que não mais existiria em Brasília.

Ainda bem que eu não acreditei.

Fotos: Beth Muniz

Tudo Rosa. Tudo bem. É só se cuidar!

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Câncer de mama: conhecimento e conscientização para reduzir a mortalidade.

O Movimento Outubro Rosa foi criado para conscientizar o público em geral, e principalmente as mulheres, dos fatores de risco, dos fatores de proteção e das medidas de detecção precoce relacionadas ao câncer de mama.



Em 2015, a campanha do INCA tem como objetivo fortalecer as recomendações para o diagnóstico precoce e rastreamento de câncer de mama preconizadas pelo Ministério da Saúde, desmistificando crenças em relação à doença e às formas de redução de risco e de detecção precoce.

Os desafios no controle do câncer de mama dependem não apenas da realização da mamografia, mas também do acesso ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade e no tempo oportuno. Além disso, de acordo com os especialistas do INCA, há necessidade de se realizar ações ao longo de todo o ano e não apenas no mês de outubro.

Os eixos da campanha do INCA são:

– Divulgar informações gerais sobre câncer de mama.

– Promover o conhecimento e estimular a postura de atenção das mulheres em relação às suas mamas e à necessidade de investigação oportuna das alterações suspeitas (Estratégia de Conscientização).

Não existe uma causa única para o câncer de mama. A doença está relacionada a fatores de risco ambientais/comportamentais, reprodutivos/hormonais e genéticos/hereditários. Esses últimos são responsáveis por 5% a 10% do total de casos.

Estima-se que 30% dos casos da doença possam ser evitados quando são adotadas práticas saudáveis como: praticar atividade física regularmente, alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado e evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Amamentar também é um importante fator de proteção.


Das Ruas pro CEU

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Projeto ‘Das Ruas pro CEU’ integra luta para levar o hip-hop às escolas.

Evento abordará a inclusão da cultura hip-hop das periferias na grade escolar da educação nacional.

Na programação musical o destaque é o show do grupo Doctor MC’s

A prefeitura de São Paulo prepara 'Das Ruas Pro CEU', no CEU Sapopemba, zona leste da capital, que no domingo (4/10) reunirá os quatro elementos da cultura hip-hop – MC, DJ, Graffiti e Break Dance num único projeto. 

De acordo com nota da subprefeitura, o festival objetiva estimular o debate sobre a inclusão da cultura hip-hop na grade escolar da educação nacional, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Os organizadores argumentam com base na Lei 10.639, que torna a "História da África" e "História e Cultura Afro-brasileira" obrigatórias na educação fundamental e no ensino médio. "O hip-hop pode partir de suas raízes africanas, ser uma ponte entre a escola e o continente negro, e uma possível chave de interpretação da cultura da periferia", diz o comunicado.

O evento está sendo produzido em parceria da Subprefeitura com  o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), e o Centro de Direitos Humanos de Sapopemba (CDHS) e vai reunir vários artistas locais. Além de 25 grafiteiros, a parte musical terá apresentações de Armamentes, Monarkas, Subzero e Doctor MC's, todos prometendo 'agitar a galera com o rap da periferia'. Rampas e obstáculos serão montados para skatistas. Ainda terá competições de streetball, além de batalha de B. Boys e B. Girls.

O CEU Sapopemba fica na Rua Manuel Quirino De Mattos, s/nº. O Das Ruas Pro CEU tem início previsto para as 10h.

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O visionário urbano

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Em São Paulo, ele tornou-se muito impopular.

Mas, ele fosse o chefe de San Francisco, Berlim ou algumas outras metrópoles prospectivas, ele pode ser considerado como um visionário urbano. Matéria do Wall Street Journal rasga elogios a Fernando Haddad.

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Em matéria desta quarta-feira (23/9), o jornal americano Wall Street Journal, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi classificado como “visionário”, por suas políticas sociais e reformas do sistema de mobilidade.

O texto ressalta a importância do projeto social Braços Abertos, que dá apoio a usuários de crack a se livrar da dependência química, e reconhece o esforço do prefeito em criar soluções de mobilidade para uma cidade superlotada, representadas pela implementação das ciclovias e corredores de ônibus.

Outro fator ressaltado pelo jornal é o fechamento de vias como a Avenida Paulista e o Minhocão para lazer dos paulistanos. “Em uma cidade tão carente de áreas verdes, a medida proporcionou o deleite de pedestres, ciclistas e skatistas, mas desagradou comerciantes e moradores do local.”

Pelo fato de essas políticas desagradarem parcelas mais conservadoras da população, o jornal aposta que a oposição usará essas cartas para tentar impedir sua reeleição.

“Essas iniciativas lideram as críticas a sua administração, caracterizada como ‘demagógica’ e ‘imprudente’, como definiu o editorial do jornal O Estado de S. Paulo“, diz o texto. “Outros críticos classificam as ciclovias como um luxo em uma cidade com índices crescentes de criminalidade, escolas desmoronando e hospitais falidos.”

O jornal ressalta, no entanto, que as iniciativas vêm sendo bem aceitas por especialistas em transporte e pela população. O jornal cita a aprovação de 80% das ciclovias e de 91% das faixas de ônibus para justificar que Haddad aproveitou seu mandato para mudar o conceito centrado no automóvel que a cidade sempre teve.

Wagner Iglecias, doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP publicou um texto sobre a matéria do Wall Street Journal. Leia aqui.

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E ainda há quem negue que a mídia tupiniquim não é golpista, antipatriota, conservadora e excludente.

"Não posso porque eu sou negro"

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Eu tenho um paciente negro, de 8 anos, que é absurdamente inteligente. De família pobre, sua mãe, igualmente inteligente, fez, por conta própria, a árvore genealógica da família, de forma organizada, num caderno, cheio colagens e o mostrou durante a consulta.

Acontece que, há 4 gerações, o avô do avô dela era escravo. Logo após a abolição da escravatura, ele foi expulso da fazenda onde trabalhava por ser velho demais e acabou morando na rua, com uma família de 4 pessoas, até morrer de tuberculose.

O pai do avô dela, seu filho, teve que sustentar a família fazendo bicos e cometendo pequenos delitos, de forma que foi preso logo após engravidar a mãe do avô dela, dando origem, claro, ao avô dela.

Esse avô nasceu já sem pai, pois o mesmo faleceu na prisão, quando ele tinha 8 anos de idade. Cresceu sem possibilidade de estudo, tendo que trabalhar desde muito novo, para sustentar a mãe e 3 irmãos mais novos, de outra relação da mãe. Essas 4 crianças ficaram sozinhas quando ele tinha 15 anos, após o falecimento dela. Trabalhando em fazendas, teve 5 filhos, o quinto, seu pai.

Ele nunca foi à escola, cresceu na fazenda e quando ser tornou homem feito, casou-se e teve 4 filhos, incluindo essa mãe. Ela também cresceu na fazenda e não teve chance de estudar. Hoje, faz faxinas e faz questão de que os filhos estudem.

- Você é muito inteligente. - disse eu ao garoto.
- Obrigado.
- Já sabe o que vai ser quando você crescer?

A que horas ela volta? e os patrões que não querem pagar o FGTS a quem cria seus filhos

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Na tarde do dia em que iria assistir Que Horas Ela Volta?, fui ao supermercado. Na fila do caixa, observei que a moça que ia me atender conversava com uma senhora parecida com ela, ao mesmo tempo que fechava a conta de outro freguês. A caixa era uma jovem negra linda, de coque no cabelo, que chamou a minha atenção. A senhora com quem falava também tinha traços bonitos, embora mais velha e com aparência castigada. Reparei que a menina tratava a mulher pelo nome, mas achei que pareciam parentes. Tia e sobrinha, talvez?

Quando chegou a minha vez de pagar, perguntei: “Aquela senhora com quem você estava conversando era sua tia?” Ela respondeu: “Não, é minha mãe. É que ela trabalha como babá a semana toda, só vai para casa domingo de manhã. E a gente só se vê quando ela vem aqui no supermercado comprar alguma coisa.” Achei tão triste… “Puxa, que duro, né? Ela cuida dos filhos dos outros e mal vê os dela.” A mocinha concordou: “É, sim, uma vida difícil.”

Foi muito curioso ter vivido esta cena justo horas antes de ir ao cinema, porque o filme de Anna Muylaert trata exatamente disso: de uma babá que cuida, com todo amor e dedicação do mundo, do filho de outras pessoas em São Paulo enquanto a própria filha está sendo cuidada por parentes em um Nordeste distante. Conto essa história não porque tenha sido uma tremenda coincidência: as Val (a empregada vivida brilhantemente por Regina Casé) estão em toda parte Brasil afora, de preferência usando uniforme branquinho.

Esta, aliás, foi a primeira coisa que pensei ao assistir ao filme: o que será que um estrangeiro vai pensar ao descobrir este “segredo” brasileiro, o de que até hoje existe empregada doméstica vivendo em um quartinho dos fundos nas casas da burguesia? Que, em pleno século 21, mantemos este resquício da escravidão? Que ainda há doméstica sem o direito de nem mesmo ter sua própria casa, sua própria família e de poder cuidar dos próprios filhos?

Para você que chora pela crianças síria mas não se importa com a miséria a seu redor

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Falta água para refugiados haitianos no Acre
O grande acontecimento na internet nesta semana não foi uma modelo que foi traída ou uma subcelebridade que resolveu escrever uma autobiografia ou uma atriz que mostrou os seios na televisão. Foi a foto chocante de uma criança síria morta na tentativa de fugir da guerra e da fome e alcançar o primeiro mundo.

A família do menino Aylan Kurdi tentava entrar no Canadá, que teria negado pedido de refúgio e ofereceu asilo ao pai da criança depois que a foto viralizou na internet. Só depois que a tragédia foi assistida pelo mundo inteiro – antes disso, a questão imigratória simplesmente não era um problema da Europa (e nem nosso, para sermos sinceros).

A fotografia – que promete ser um divisor de águas na atitude européia com a questão dos imigrantes (embora eu, particularmente, não guarde essa esperança) -- rendeu opiniões emocionadas, ilustrações tocantes e milhões de manifestações de condolências na internet.

Parece que o mundo enxergou que a questão imigratória – assim como várias outras questões sociais – é, sim, um problema nosso.

O poder da internet de viralizar absolutamente tudo finalmente alcançou um refugiado, um esquecido, um marginalizado, um invisível. É claro que é louvável saber que as pessoas – a internet, sobretudo – ainda são capazes de se deixarem tocar, mas isso me pareceu cruelmente raso e efêmero, exatamente como aquelas fotos de crianças africanas famintas nas timelines de quem diz que menino de rua é trombadinha e é a favor da redução da maioridade penal.

A foto viralizou exatamente como a Andressa Urach, a traição do Marcelo Adnet, a morte de um cantor sertanejo: nada muito frutífero, nada realmente tocante, nada que vista um sentimento permanente.

Esse texto é pra você que acha que o mundo vai mal porque um imigrante sírio foi fotografado morto numa praia, mas ignora a guerra urbana nas favelas da sua cidade. Que lamenta a questão imigratória na segurança do seu quarto, protegido pelos muros – visíveis e invisíveis – do seu condomínio, que acha tocante que a tentativa imigratória mate crianças (e adultos, e idosos), mas não enxerga que isso é um fruto amargo do mesmo sistema que não ampara o homem que te pede esmola na mesa de um bar.

As Margaridas

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5ª Marcha das Margaridas. 

“São Mulheres que não se calaram mesmo diante das pressões e desafios enfrentados por serem mulheres”.

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Foi com grande emoção que teve início oficialmente na noite desta terça-feira (11) no Estádio Nacional Mané Garrinha em Brasília-DF, a 5ª Marcha das Margaridas. 

Uma abertura que seguiu ao ritmo dos vários gritos de mulheres do campo, da floresta e das águas, que  mostraram que os ideais de  Margarida Alves continuam vivos mesmo depois dos 33 anos de seu brutal assassinato. “Seguiremos na construção de luta das mulheres... A Marcha é um referencial de mudança dos rumos, de conquista  de politicas públicas para nosso país”, ressaltou a coordenadora geral da Marcha e secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas.

E seguiu pontuando. “De peito aberto independente do governo que aí estiver sempre diremos as políticas que esperamos. São muitas as conquistas. Se a gente listar, temos muito a comemorar, como exemplo cito o programa de documentação para trabalhadora rural”, destacou Alessandra, fazendo referência de que a Marcha  não é um evento estático, mas  um processo que segue continuamente.



Já Claudia Castro, que falou em nome da delegação Internacional abriu uma reflexão do referencial que a Marcha é para o mundo. “Estamos apoiando a Marcha das Margaridas no Brasil. A Marcha é uma luta conjunta em nível de Brasil, assim como na América Latina.”

Emocionada, Claudia ainda aproveitou para entregar ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez questão de prestigiar a abertura, junto a vários Ministros, entre outros representantes do Governo Federal, várias demandas das mulheres campesinas.  

A trajetória enfrentada todos os dias por cada margarida para chegar até Brasília nestes dias 11 e 12 de agosto, também foi lembrada pela representante das Organizações parceiras da Marcha, Maria Verônica de Santana, do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste. “Todos os momentos que discutimos na base, se torna pequeno diante do valor da nossa luta. Queremos dizer nesse momento que iremos avançar nesse país, pois  nós mulheres temos propostas políticas e unidade. Assim, seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres”, enfatizou.

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