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Mostrando postagens com marcador cidades São Paulo. Mostrar todas as postagens
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“Alô, alô Brasil de Fato!”

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O Brasil de Fato embarca em mais um projeto de Rádio e, além da Radioagência BdF, lança programas semanais em emissoras de São Paulo e de Pernambuco.

Neste sábado, 4 de março, é a estreia na Rádio 9 de Julho, AM 1.600, na Grande São Paulo, a partir de 12:20 (meio dia e vinte), com duração de 40 minutos. O reprise ocorre no domingo, da 6h20 da manhã até às 7h.


Já em Recife, a capital pernambucana, o lançamento também é no sábado, dia 4. Para ouvir, sintonize na Rádio Globo, AM 720, das 7h às 8h da manhã.

Os programas trazem as principais notícias de movimentos populares e direitos humanos do Brasil e do mundo. Além de entrevistas de destaque da semana e serviços, como dicas de alimentação saudável, cultura, direitos e de tecnologia.

Para ouvir os programas, acompanhe ao vivo sintonizando nas emissoras no horário marcado, ou acesse a página na internet brasildefato.com.br/radioagencia.

Emissoras de todo o país também podem retransmitir, de forma gratuita, o programa do Brasil de Fato. Após a transmissão na Rádio 9 de Julho, em São Paulo, e na Rádio Globo, em Pernambuco, basta baixar o conteúdo também no site.

“A intimidade é uma Merda! ”

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Então... Está tudo como antes.

Aliás, admito: Tudo piorou nesta minha ausência de quase um mês.

É claro que entre as minhas andanças pela Lapa, Barra, Recreio dos Bandeirantes, Baixada Fluminense, Campo Grande e Madureira (Rio de Janeiro), estive sempre e levemente conectada nas notícias nacionais e internacionais. 

Tudo velho, a não ser pelas grandes gafes na entrega do Oscar. Tudo esclarecido e resolvido pela direção do evento e, engolido prontamente pela mídia tupiniquim. Para variar...

Em São Paulo, tudo continua cinza, apesar de mais de um milhão de pessoas dominando as ruas nestes dias de festa do Rei Momo, em que o prefeito Caviar continua com a eterna mania de varrer as ruas, enquanto joga os problemas da cidade para debaixo do tapete...

Chegando à Brasília, a chuva. Muito bem-vinda!

Já na Esplanada, tudo muito quieto... O Bloco Passando o Brasil à Limpo, cuja Comissão de Frente é composta pelo PMDB, PSDB, PPS, PSB e nanicos, não desfilou... Estão tentando, até agora, arrematar as fantasias, para continuar a arregaçar a vida do povão.


O Bloco Passando o Brasil à Limpo apenas desfiou um colar de desculpas esfarrapadas sobre as últimas denúncias feitas na Lava Jato, por pessoas “muy” íntimas do Temer. Isso me faz lembrar uma frase de um amigo: “A intimidade é uma Merda! ”.

Assim, só me resta chamar o Marciano da Rita Lee, devidamente acompanhado da Diva Elis!

Alô, Alô Marciano!!!

Voltei.


Conheça a verdadeira Marisa Letícia

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Pois é a verdadeira história da Marisa que incomodou e ainda incomoda a tantos.

Incomoda aos Poderosos, as Recatadas e do Lar. Aos que exercem o poder pelo aparato repressivo do Estado, aos empossados ilegitimamente. Aos que não tem história de vida em prol da defesa da luta dos trabalhadores. Aos que não sonham coletivamente. Aos que acham que as mulheres devem apenas caminhar atrás do marido e só aparecer ao lado dele em momentos de pose para fotos oficiais e ritualistas, para agradar à mídia que sobrevive às custas do dinheiro público. 

Quando chegou ao Palácio do Planalto Marisa foi publicamente humilhada por sua origem humilde. Exposta à excreção pública. Teve a sua honra borrada , sem provas. Sofreu ataques violentos nas redes sociais - o que agravou o seu histórico de saúde. Foi acusada de crimes até hoje não comprovados e suportou a pressão enquanto pôde.

- Mas, chegou ao limite do que o realmente humano é capaz suportar. E nesse espetáculo midiático sistemático, acharam uma criminosa. Mas, nunca encontraram o crime!

Desde que partiu, "gente" de todos os tipos foram prestar solidariedade ao Presidente Lula. Gente sincera. Gente do povo e gente hipócrita, como o atual governo golpista. que com o apoio da mídia golpista ajudou a golpear o Lula e, consequentemente, a Dona Marisa. Depois deste lamentável e evitável episódio, estes jamais dormirão em paz. Se que é algum dia conseguiram dormir.

Marisa agora está livre. Livre da sana insana dos supostos e construídos heróis do Brasil.

A Estrela da Dona Marisa brilhará para sempre!



Beth Muniz

Afronauts e A Noite da Verdade

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Mostra exibe filmes de diretoras negras.

Produções promovem reflexões sobre a presença e a representatividade da mulher negra no cinema. Além da exibição de oito filmes, evento terá sessão de bate-papo com cineastas.

Imagem do Afronauts
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São Paulo – A Mostra Motumbá – Memórias e Existências Negras começou em novembro e promove até março, no Sesc Belenzinho, zona leste de São Paulo, várias atividades que valorizam a representatividade de matrizes africanas e/ou periféricas na contemporaneidade. Entre sexta (20) e domingo (22), a programação reúne quatro curtas e quatro longas-metragens de diretoras negras de diferentes nacionalidades, na mostra A Magia da Mulher Negra, que tem curadoria de Kênia Freitas.

O primeiro filme a ser exibido, nesta sexta-feira, às 16h, é Cores e Botas, de Juliana Vicente, curta-metragem de ficção que conta a história de Joana, uma menina negra que, nos anos 1980, sonha em ser Paquita no show da Xuxa. Na sequência, o longa norte-americano Pariah, de Dee Rees, narra a saga da adolescente Alike, uma garota de 17 anos que é lésbica e vive no distrito do Bronx, em Nova York. Além de sofrer de baixa auto-estima, a adolescente passa por uma crise de identidade e precisa decidir entre expressar abertamente sua orientação sexual ou obedecer aos planos que os pais têm para ela.

No mesmo dia, às 20h, será exibido o documentário Caixa d'Água: Qui-Lombo é Esse?, de Everlane Moraes, que reúne depoimentos de antigos moradores do bairro Getúlio Vargas, em Aracaju, e apresenta os costumes quilombolas herdados dos antigos escravos. Por meio de 55 entrevistas, o curta resgata a resistência da comunidade em meio à urbanização desenfreada da cidade e a tentativa de preservar a oralidade e valorizar a cultura negra sergipana. Em seguida, é a vez do documentário Família Alcântara, de Daniel e Lilian Sola Santiago, sobre a resistência de uma família cujas origens remetem à bacia do Rio Congo e a preservação de suas raízes durante séculos de tradição oral, práticas e costumes tradicionais.

Axé, Canto do Povo de Um Lugar

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Com muito Axé, 

O Documentário O Canto do Povo de Um Lugar estreia hoje no Cinema.

Considerado um dos movimentos musicais mais globalizados do mundo, o Axé é um ritmo musical que carrega em sua essência boa parte de todo o sincretismo musical e cultural baiano. O documentário reúne entrevistas e imagens de arquivo com objetivo de traçar um ponto inicial do nascimento deste gênero.

♫♫♫Seleção Oficial 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo♫♫♫

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Brasil, 2016 | Direção: Chico Kertész | Elenco: Ivete Sangalo, Caetano Veloso, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, entre outros | Duração: 1h47min | Gênero: Documentário | Classificação: 12 anos 




Portal bilíngue reúne poesias e poetas da periferia de São Paulo

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ROMPENDO FRONTEIRAS.

Iniciativa inédita: “Becos e Letras” foi lançado ontem (17) com 36 textos de 18 escritoras e escritores das bordas da cidade, traduzidos para o inglês.

"Nóis é ponte e atravessa qualquer rio", diz o verso do poeta Marco Pezão, máxima que se tornou quase um lema de quem se aventura a produzir literatura nas periferias de São Paulo. Desta vez, a fronteira transposta foi a do idioma: a partir de uma parceria com a Universidade de Georgetown, dos Estados Unidos


Com o intuito de expandir ainda mais a diversidade da literatura brasileira contemporânea, o portal Letras e Becos - Literatura das Periferias de São Paulo (Letters and Alleys - Literature from the outskirts of São Paulo) chega à internet com 36 textos e traduções que compõem esta antologia. A seleção é resultado de uma pesquisa da obra de 18 autoras e autores participantes, que colaboraram com dois textos cada entre poemas, contos e crônicas.

O projeto é resultado da iniciativa conjunta do selo independente Elo da Corrente Edições e da produtora Avangi Cultural, em parceria com o professor Vivaldo Santos, que coordenou um grupo de estudantes da Universidade de Georgetown na tradução dos textos.

"Nosso desejo é contribuir com a tradução e difusão da produção literária das periferias de São Paulo para o mundo. O portal foi criado para ser mais um canal de comunicação entre pesquisadores, escritoras e escritores, ampliando a circulação e o acesso a esta autoria, e acreditamos que ele tem potencial para crescer", diz a produtora Amanda Prado, uma das organizadoras do projeto, responsável pela criação do portal.

Os autores que compõe a antologia são Akins Kintê, Alessandro Buzo, Allan da Rosa, Binho, Débora Garcia, Dinha, Elizandra Souza, Fuzzil, Lids Ramos, Marco Pezão, Michel Yakini, Priscila Obaci, Raquel Almeida, Sacolinha, Samanta Biotti, Sonia Bischain, Tula Pilar Ferreira e Walner Danziger.

"A paridade de gênero foi um critério fundamental para esta seleção, pois há uma presença significativa das mulheres no cenário. A escolha dos textos se baseou na 'ginga' entre forma e conteúdo de cada produção, com preferência para obras autorais publicadas", diz o escritor Michel Yakini, que também participou da organização do projeto, na pesquisa e seleção dos textos.

Além das produções literárias, o portal reúne um perfil de cada um dos autores e notícias relacionadas à literatura e ao território. É possível também acompanhar o material pela página do projeto no Facebook.

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Com informações do (((RBA

“Era o Hotel Cambridge”

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Emocionante e imperdível programa para quem quer entender as desigualdades sociais a que estamos submetidos e a força de quem luta por direitos, com um dos movimentos sociais mais importantes e atuantes da capital paulista.

O Longa retrata o cotidiano de trabalhadores brasileiros e refugiados que vivem numa das maiores ocupações do País.


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No começo deste ano, a Prefeitura de São Paulo identificou 1.320 imóveis sem função social na capital, ou seja, que não cumprem com interesses da cidade e da sociedade. São cerca de 2 milhões de m2 de casas e edifícios ociosos que não pagam impostos, estão vazios e abandonados. Esses são os estabelecimentos escolhidos pelos movimentos de trabalhadores sem teto para ocupar e transformar em moradia.

Foi o que ocorreu com o Hotel Cambridge, na Avenida 9 de Julho, uma das mais importantes vias de São Paulo, em novembro de 2012. Abandonado, com focos de dengue e acúmulo de lixo, a Frente de Luta por Moradia (FLM) ocupou o hotel, que abriga hoje 170 famílias. Gerido pelo Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), o imóvel foi recuperado e é lar para trabalhadores brasileiros e refugiados, revelando uma rara mistura de idiomas, costumes, culturas e comidas nos corredores do prédio.

Para retratar o cotidiano dos moradores, a cineasta Eliane Caffé frequentou a ocupação ao longo de dois anos. Criou uma história de ficção (muito real) que narra a trajetória dos refugiados recém-chegados a São Paulo, que não cabem nos abrigos oferecidos pelo Estado, e seu convívio com brasileiros dos movimentos de sem teto. “Somos todos refugiados. Refugiados da falta de nossos direitos”, afirma Carmen Silva Ferreira, dirigente da FLM, que comanda o MSTC e, com dedicação, força e delicadeza, organiza a convivência no Cambridge e outros edifícios do centro da capital paulista.

A Banda bucólica e a Disparada telúrica completam 50 anos.

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Zuza (foto): "A expectativa era tão grande que alguns cinemas e teatros chegaram a suspender suas sessões"
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São Paulo – "Com essas duas músicas, a bucólica A Banda e a telúrica Disparada, o II Festival da TV Record mostrou para os brasileiros de todas as classes sociais a grandeza de sua música popular, um bem dotado do mais alto valor artístico do qual tinham por que se orgulhar." Com o parágrafo final do capítulo dedicado ao festival organizado pela Record em 1966 (o primeiro havia sido realizado em 1960), no livro A Era dos Festivais - uma parábola, o pesquisador Zuza Homem de Mello resume em certa medida o que foi a noite de 10 de outubro de 1966 – como neste ano, uma segunda-feira –, no teatro que funcionava na Rua da Consolação, região central de São Paulo.

Era o momento da decisão com as 12 finalistas, depois de três eliminatórias, em 27 e 28 de setembro e 1º de outubro. Nada menos que 2.635 canções haviam sido inscritas. Desde que foram apresentadas, A Banda, de Chico Buarque, e Disparada, de Geraldo Vandré e Theo de Barros, concentraram as atenções do público. A música de Chico, um jovem ainda pouco conhecido, de 22 anos, foi interpretada por Nara Leão. A de Vandré, 31 anos, que acabara de ganhar o festival da Excelsior com Porta Estandarte (parceria com Fernando Lona), foi defendida por Jair Rodrigues, o que surpreendeu muita gente.

"Ninguém imaginava que o Jair Rodrigues fosse capaz daquele jeito", lembra Zuza. O intérprete tinha a justificada fama de brincalhão, o que levou Vandré a adverti-lo: Cachorrão (apelido de Jair), cuidado com a minha música, que é coisa séria. O cantor xingou o compositor, que se desculpou. Mas Jair, indicado por Hilton Acioli, do Trio Marayá, tinha muito mais que irreverência. Zuza destaca a "cancha" do intérprete, que começou a carreira como crooner no interior paulista e era capaz de cantar de tudo.

Em 2008, Jair Rodrigues diria compreender os motivos da desconfiança. "Cachorrão pra lá, Cachorrão pra cá, eu plantava bananeira... A minha imagem mudou a partir daí, de Disparada. Talvez a força das palavras do Geraldo me abriu a cabeça." Dona Conceição, mãe de Jair, profetizou: Essa musca (como ela pronunciava) é muito bonita, meu filho. Se você defender, você vai ganhar (o festival). No vídeo disponível no Youtube, ela aparece no palco da Record, enquanto Jair canta.




Disparada era "uma total novidade em todos os aspectos", em interpretação, arranjo, conteúdo, formato. "Não era visível que havia uma primeira e uma segunda parte", diz Zuza. Uma música comprida, "mas que a gente não sentia que era cumprida". Sem contar, acrescenta, o uso da famosa queixada de burro, que "dava uma conotação instrumental totalmente inusitada".

Ele vê A Banda como uma "canção visivelmente menor na obra de Chico Buarque, que foi crescendo numa dimensão extraordinária". A composição foi ficando "para trás", mas na época foi uma "febre", lembra Zuza, cantarolando um trecho. "Era uma música gostosa de ouvir e de cantar."

NA QUEBRADA

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Mostra cultural gratuita celebra 15 anos da Cooperifa.

Dos dias 15 a 23, coletivo realizará apresentações de teatro, música, saraus, debates e cinema na periferia da zona sul de São Paulo. Criolo encerrará a programação

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São Paulo – Em outubro, a Cooperifa, coletivo de vanguarda na produção cultural periférica de São Paulo, comemora 15 anos e, para celebrar, realiza a 9º Mostra Cultural da Cooperifa, entre os próximos dias 15 e 23. Entre as principais atrações está shows do rapper Criolo e da sambista Fabiana Cozza, debate com o cineasta Renato Cândido e uma edição especial do sarau da Cooperifa com a tradicional “chuva de livros”, na qual milhares de publicações serão distribuídas para os participantes. Toda a programação é gratuita.

Na mostra, o público tomará contato com o trabalho de nomes já consolidados do cenário cultural brasileiro, assim como o de outros menos conhecidos. As escritoras Cidinha Silva e Ana Maria Gonçalves, por exemplo, dividem uma das mesas de debate com a jovem poeta Jeniffer Nascimento. Também são presença confirmada os escritores Marcelino Freire, Akins Kintê e Elizandra Souza. Haverá ainda apresentações especiais do Balé Capão Cidadão e do balé afro Kotebam.

O Cinema na Laje, evento realizado durante o ano inteiro pela Cooperifa, terá edição especial no dia 17, com presença do cineasta Renato Cândido, que participará de um debate com o público após a exibição dos três filmes previstos pela programação: Jenifer (Renato Cândido), A Boneca e o Silêncio (Carol Rodrigues) e Preto(Elton Martins).

A programação será aberta por um show da cantora Fabiana Cozza, que apresentará canções interpretadas por Clara Nunes. Em outros palcos, o público ouvirá importantes vozes do rap paulista como Cocão A Voz, Jairo Periafricania, Inquérito, Negredo, Fuzzil. 

O rapper Criolo encerrará a mostra, no dia 23.


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Haddad ao Conversa Afiada: houve um strike no Brasil

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Foi um vendaval. E vendaval passa.


Num telefonema, Fernando Haddad falou ao Conversa Afiada:

- agradeceu à militância, aos artistas e intelectuais;

- e aos eleitores que confiaram nele;

- sobre a derrota: "você está vendo o que está acontecendo no Brasil: foi um strike, um vendaval;

- e a luta continua: sempre!

PHA


Bruto, duro e cru. Assim é o ‘Precisamos falar do assédio’

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Filmado dentro de uma van-estúdio, documentário da diretora Paula Sacchetta apresenta 26 depoimentos de mulheres vítimas de algum tipo de violência sexual. As mulheres escolheram entre dar o depoimento mostrando o rosto ou com máscara.

São Paulo – Entrou em cartaz ontem (29), no Cine Belas Artes, na região central de São Paulo, o documentário Precisamos falar do assédio, da diretora Paula Sacchetta, que o define como “bruto, duro, cru”. São 26 depoimentos de mulheres contando casos de violência sexual sofrida, em grande parte, durante a infância ou adolescência.

A força dos depoimentos tem ainda mais vitalidade em função da estética adotada pela diretora. Com um fundo escuro, os depoimentos são colhidos com apenas uma câmera parada e a mulher, em close, contando sua história. O filme tem a particularidade de ter sido um projeto-rodante, com as falas sendo tomados dentro de uma van-estúdio, uma espécie de confessionário, que percorreu cinco endereços da cidade de São Paulo e quatro do Rio de Janeiro durante a semana da mulher, em março deste ano.

Ao todo, foram 140 mulheres, entre 14 e 85 anos de idade, vítimas de qualquer tipo de assédio, que decidiram expor sua história. Os depoimentos são puros, sem qualquer tipo de interlocução ou entrevista, e podiam ser feitos mostrando o rosto ou usando máscaras. “No primeiro dia na rua, as mulheres foram tímidas, tentando entender o que estava acontecendo. Isso mudou a partir do segundo dia, quando, após o projeto ter aparecido na mídia, começou a haver uma mobilização das mulheres para encontrar a van e dar seu depoimento”, diz Paula, também diretora do documentário Verdade 12.528, sobre a criação da Comissão Nacional da Verdade.

“Falo das coisas mais tristes e feias do mundo, para tentar mudá-las”, afirma Paula. Ela explica que a ideia do filme surgiu após a grande repercussão nas redes sociais das campanhas #meuprimeiroassédio, #meuamigosecreto e #agoraéquesãoelas. Para a diretora, a partir do momento em que as mulheres se sentem parte de um problema maior, que envolve também milhares de outras mulheres, há mais coragem para falar sobre a violência sofrida.



A Vila dos Idosos: modelo de política de moradia em São Paulo

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A Vila dos Idosos, localizada no bairro do Pari, região central de São Paulo, que hoje (19) completa nove anos, é tida como exemplo de política pública bem-sucedida no oferecimento de moradia digna para os mais velhos. Mantido pela prefeitura de São Paulo, o complexo com 145 unidades habitacionais foi elaborado e desenvolvido em parceria com o Grupo de Articulação para Moradia do Idoso da Capital (Garmic), que agora segue em busca de multiplicar o modelo nas demais regiões da cidade.

A Vila integra o Programa Locação Social, que oferece subsídios para populações vulneráveis e de baixa renda no acesso à moradia. Nesse caso, os idosos que recebem até três salários mínimos de aposentadoria pagam como aluguel o equivalente entre 10% e 15% dos rendimentos de suas aposentadorias, além de uma taxa condominial no valor de R$ 35.

São 90 quitinetes para solteiros e 55 para casais, totalizando o atendimento a 200 idosos, que contam também com assistência médica pelo Programa de Atendimento ao Idoso (PAI), desenvolvido pela Unidade Básica de Saúde (UBS) da região, e o acompanhamento de assistentes sociais e psicólogos contratados.

Olga Quiroga, coordenadora-geral do Garmic, conta que a Vila dos Idosos recebe visitas de grupos e representantes de governo de diversas regiões do país, como Recife, Piauí e Minas Gerais, que querem reproduzir o modelo em seus estados.

O Garmic busca, atualmente, que o modelo da Vila dos Idosos se espalhe pela capital paulista. A demanda do movimento é para que seja construída uma vila – em menor escala, com 40 habitações – em cada uma das 32 subprefeituras da cidade de São Paulo.

Eu quero Liberdade: Festas da cultura negra celebram Luiz Gama e Elza Soares

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Elza Soares e Luiz Gama, os homenageados, defendem cada um a seu tempo, a liberdade e o respeito aos negros. Cantora receberá prêmio por trajetória na cultura afro.


São Paulo – A quarta edição da FlinkSampa – Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra – foi lançada dia 5/8, em São Paulo. Com o lema “Eu quero liberdade”, o evento será realizado nos dias 18 e 19 de novembro, no Memorial da América Latina, na capital paulista. A programação, gratuita, será composta por debates literários e sociais, lançamentos de livros e performances artísticas.

“O lema da FlinkSampa significa a luta pelo direito do negro à liberdade física, liberdade de expressão individual e coletiva, de exercer qualquer profissão e, acima de qualquer coisa, a liberdade de ir e vir. O negro tem todo o direito de se movimentar no mundo, ainda que muitos continuem sendo presos e até mortos sem qualquer razão”, ponderou José Vicente, reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, promotora do evento em parceria com a ONG Afrobras.

Já estão confirmadas as participações dos escritores brasileiros Ana Paula Maia, Ferréz e Paulo Lins. E dos estrangeiros Antônio Quino e Maria Celestina Fernandes (Angola), Futhi Ntshingila (África do Sul), Glaucia Nogueira (Cabo Verde), Jean-Paul Delfino (França), Carlos Moore e Teresa Cárdenas (Cuba), Kangni Alem (Togo), Milagros Carazas (Peru) e Shirley Campbell Barr (Costa Rica).

A edição de 2016 terá como novidade o Prêmio Flink de Literatura, com o objetivo de estimular e revelar autores negros brasileiros e residentes no país, com idade entre 16 e 29 anos. Podem participar autores com obras inéditas destinadas ao público adulto. O regulamento está disponível no site do evento. As inscrições podem ser feitas a partir de hoje até o dia 2 de setembro. Os três primeiros colocados terão seus livros publicados.

Isenção de IPTU a templos custa 22 creches por ano em São Paulo

O que daria para fazer com esse dinheiro:

- 75% do hospital que está sendo construído em Parelheiros (zona sul), com 250 leitos
- 22 creches
- 3 CEUs (Centro Educacional Unificado)
- 28 UBSs (Unidades Básicas de Saúde)
- 1.500 apartamentos populares

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A Prefeitura de São Paulo deixa de arrecadar com o IPTU de templos religiosos –todos beneficiários de imunidade tributária - cerca de R$ 110 milhões por ano. Esse montante, calculado pela Folha a partir do cadastro de imóveis, seria suficiente para construir um hospital ou 22 creches. A prefeitura recolhe cerca de R$ 6,5 bilhões com o imposto. Além do IPTU, templos têm isenção de outros tributos, como o ISS (sobre serviços). A imunidade fiscal de IPTU é prevista na Constituição desde 1946 e, atualmente, o tema é debatido no Congresso.

A bancada religiosa na Câmara quer ampliar a isenção de IPTU para todo o país, incluindo o caso de imóveis alugados pelas entidades religiosas  - na capital paulistana, isso já é realidade para os 5.734 templos da cidade. Há também grupos contrários, que defendem o fim de todas as isenções aos templos.

Na lista de entidades religiosas com mais templos, também aparece a Universal (foto), como a 14ª maior proprietária de locais de culto, com 21. A colocação se deve ao fato de, ao contrário de outras evangélicas, a Universal adotar a prática de alugar os locais onde faz seus cultos. Amparada por lei municipal, não paga IPTU desses imóveis.

A igreja mais beneficiada pelo não pagamento de tributos é a Católica. Segundo o levantamento, ela tem 730 imóveis cadastrados como templos na cidade  - renderiam R$ 17 milhões ao ano em IPTU.

O valor de R$ 110 milhões calculado pela Folha considera o imposto que seria cobrado dos templos com base no valor dos imóveis e nas alíquotas básicas do IPTU e não inclui características dos terrenos que podem influenciar o valor final. Segundo a estimativa da prefeitura, a isenção fiscal aos templos está na casa dos R$ 90 milhões.

Para efeito de comparação, um hospital com cerca de 250 leitos em construção em Parelheiros (zona sul) tem custo estimado de R$ 148 milhões. Na educação, os R$ 110 milhões poderiam erguer 22 creches.

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Matéria completa com gráficos e números no site da Folha.

O que você sabe sobre a Africa?

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Livro sobre a história da África chega à rede municipal de ensino de São Paulo.

A obra "O que você sabe sobre a Africa? - Uma viagem pela história do continente e dos afro-brasileiros", lançada pela prefeitura paulistana, é uma síntese de material produzido pela Unesco

Os 50 mil exemplares estarão disponíveis para alunos paulistanos e comunidade acadêmica.
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São Paulo – A história da África está ao alcance dos alunos e professores da rede municipal de ensino de São Paulo por meio do livro "O que você sabe sobre a Africa? - Uma viagem pela história do continente e dos afro-brasileiros". "É uma obra que é acessível, em que poderão encontrar textos, imagens e informação que vão construindo a sua concepção de ser humano, de africano, a sua concepção do afro-brasileiro", afirma a professora emérita da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Petronilha Gonçalves e Silva.

O material lançado pela prefeitura de São Paulo na última sexta-feira (29) é uma síntese, em menos de 100 páginas, de uma obra feita pela Unesco durante 35 anos por 350 especialistas em história do continente africano, consolidada em oito volumes chamada História Geral da África. Segundo a prefeitura, 50 mil exemplares estarão disponíveis para toda a comunidade acadêmica e estudantes da rede municipal.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou em sua página do Facebook que o livro permite que os afrodescendentes poderão conhecer suas origens. "É uma leitura maravilhosa, com base na melhor pesquisa já feita sobre a África. Nós vamos, finalmente, fazer com que os afrodescendentes possam conhecer suas origens, se apropriar disso e se realizar como ser humanos plenos a partir do autoconhecimento."



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Fonte: Rede Brasil Atual e Prefeitura de São Paulo

Ruas de Memória

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Mudança de nome de rua é resposta a violência e transição do esquecimento.

O anúncio de que o Elevado Costa e Silva, a partir daquele momento (11h27 de ontem), passaria a se chamar Elevado João Goulart foi o momento mais comemorado na cerimônia de hoje (25) em que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou dois projetos que mudam nomes de logradouros da cidade e assinou um decreto tornando permanente o programa Ruas de Memória. Mais conhecido como Minhocão, inaugurado há 45 anos para compor a ligação leste-oeste da capital, cortando a região central, a via passa a homenagear o presidente deposto em 1964, em vez do general-presidente do período do AI-5. Foram quase dois minutos de palmas, com todos no auditório em pé – o primeiro a se levantar foi o ativista e ex-senador italiano José Luiz Del Roio.

Na sanção, o prefeito disse ter lembrado do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015, chefe do DOI-Codi paulista. "Acho que esta é uma resposta à altura a todas as atrocidades que ele e todos os seus comparsas cometeram contra a liberdade de expressão, a liberdade de opinião e contra a democracia", afirmou Haddad, destacando ainda o momento atual, em que, segundo ele, a democracia "dá sinais de fragilidade".

O projeto que muda o nome do Minhocão, de 2014, foi aprovado há apenas um mês. "Na Câmara, foi dificílimo passar", disse o vereador Eliseu Gabriel (PSB), autor da proposta. Segundo ele, temas como esse, além das comissões da verdade, são "uma questão civilizatória" para o país.

Fórum Mundial de Migrações

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Em sua sétima edição, começa amanhã e debate temas sobre migrantes e políticas públicas.

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A questão dos migrantes em situação de vulnerabilidade na América Latina e no mundo, a crise do capitalismo, imigração, gênero, clima, meio ambiente, direitos humanos e moradia são alguns dos temas da sétima edição do Fórum Social Mundial das Migrações (FSMM), que começa nesta quinta-feira (7), em São Paulo. Serão três dias de debates, com participação de 14 palestrantes. As palestras acontecerão na Universidade Zumbi dos Palmares e no Centro Esportivo e de Lazer Tietê, em São Paulo.

Segundo o site do Fórum, os movimentos e organizações sociais que integram o evento poderão “compartilhar experiências, estudos, denúncias e propostas sobre migrações no futuro”. Ainda de acordo com o site, apesar de acontecer em São Paulo, os debates buscam fortalecer políticas públicas em todo o Brasil, na América Latina e também em alguns países do mundo. O evento também conta com atividades culturais, artísticas e culinárias para apresentar a diversidade entre os países.

O ator Wagner Moura divulgou um vídeo em apoio ao FSMM, "Acho que a migração é um dos assuntos mais importantes a serem debatidos no mundo de hoje, especialmente no Brasil".

Tema

A música “Meu lugar”, com participação de artistas brasileiros e imigrantes é a música tema do Fórum e possuí trechos cantados em português, espanhol, árabe e lingala (idioma derivado do bantu, falado na região noroeste da República Democrática do Congo). O objetivo da canção é criar um instrumento que dê voz aos imigrantes, ressaltando também a diversidade cultural e étnica, confira:

Dez sinais de transtornos intelectuais em crianças

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A criança não se interessa por nada? Prefere ficar isolada? Reclama de dores? Tem medo de tudo? Este artigo da APAE de São Paulo mostra os principais sintomas que podem indicar deficiência intelectual ou transtornos sociais e psicológicos, que merecem atenção de pais e cuidadores.

Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que apenas uma equipe multidisciplinar (pediatra, pedagogo, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social, dentre outros) tem condições de avaliar e diagnosticar qualquer problema. Por isso, os itens abaixo são alertas para que pais e cuidadores procurem ajuda. Quanto antes o transtorno for detectado, maiores as possibilidades de dar à criança mais qualidade de vida.

1. Atraso no desenvolvimento
Atrasos significativos nos marcos do desenvolvimento infantil são sinais de que alguma coisa não está bem. Ouvir a queixa dos pais, observar a criança são atitudes essenciais para orientar as famílias. Quanto mais cedo acontecer a intervenção, maiores serão as oportunidades de resolver ou amenizar o problema.

2. Falta de interesse
As crianças são naturalmente curiosas e envolvidas. Aquelas que parecem alheias aos outros ou que antes brincavam e interagiam e, de repente, deixam de fazê-lo precisam ser avaliadas.

3. Isolamento familiar
Toda criança se afasta dos pais em algum momento. Mas quando esse afastamento é intenso ou repentino, sem motivo aparente, é melhor verificar o que está acontecendo, porque pode ser um sinal de depressão, de sofrimento emocional ou psíquico.

O “Machistério' premia e aceita a tortura

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Afirma a cineasta Tata Amaral: 'Mais do que aceitar, sociedade brasileira premia a tortura'

“O fato de nunca termos identificado, investigado, julgado e punido os torturadores faz com que a tortura continue sendo praticada na sociedade brasileira até hoje. Então, o que mais ecoa deste filme, é que nós aceitamos a tortura”, afirmou a cineasta Tata Amaral sobre sua obra mais recente, Trago Comigo. O longa retrata uma história fictícia mesclada com depoimentos de sobreviventes da ditadura civil-militar brasileira (1964-1985).


Traumas e lembranças mesclam-se no roteiro para evidenciar o conflito de gerações de uma nação que nunca curou as chagas de seu passado. “Como não fizemos nossa lição de casa, a tortura continua sendo praticada até hoje. Isso é o mais impactante. Quando a sociedade brasileira não pune, mais do que isso, ela premia. Esses criminosos são funcionários públicos, recebem dinheiro dos nossos impostos”, disse a cineasta em debate realizado ontem (23) após a exibição do filme na casa do Outras Palavras, na região central de São Paulo.

Ao lado de Tata, a jornalista Laura Capriglione (Jornalistas Livres) endossou a teoria da impunidade para torturadores que remanesce até os dias atuais. “O Brasil não acertou as contas com o passado. Repetimos esse passado todos os dias. Sabemos que a população negra, pobre e periférica não tem direito à defesa, é assassinada e torturada. A Polícia Militar se tornou a potência criminosa e assassina que é, durante a ditadura. Ela é fruto e herdeira direta desta época”, afirmou.

Laura recordou de uma história de sua experiência com a ditadura, traçando paralelos com ações do Estado diante da população periférica. “Eu morava no Brooklin na época e lembro de uma menina do PCdoB, chamada Maria Berta. Ela foi presa e desaparecida. A mãe dela gritava todas as tardes: 'Maria Berta, Maria Berta', e nós entendíamos Maria Aberta. De fato, é uma chaga aberta. Aquele grito desesperado e o silêncio no bairro continuam acontecendo. As periferias estão lotadas de mães gritando pelos seus filhos sem respostas para os desaparecimentos, para as mortes injustas.”

Falta de representatividade negra causa morte simbólica, aponta criadora do Ubuntu

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O Festival Afreaka: encontros de Brasil e África Contemporânea realizou uma roda de debates sobre “Mídias e ferramentas sociais digitais para o empoderamento negro” nesta terça-feira (21), na região central de São Paulo. A mesa contou com a comunicadora e empreendedora baiana Monique Evelle.

Monique (foto), 21 anos, é responsável pela criação da organização Desabafo Social e da Ubuntu, a primeira rede social de aprendizagem colaborativa do Brasil e espaço de troca de conteúdo e experiências sobre a história da cultura afro-brasileira. Monique está na lista das “30 mulheres com menos de 30 anos para ficar de olho″, feita pela Revista Cláudia e o Portal M de Mulher.

“Ubuntu”, expressão da língua Zulu, significa “Eu sou porque nós somos”, filosofia seguida a risca pela ativista, que enxerga “a união como chave para a promoção de debates e de novas políticas sociorraciais”. Por isso, o evento promovido pelo Festival teve um tom intimista, em um espaço de reflexão sobre a questão negra dentro dos movimentos sociais, da universidade e redes, com direito a depoimentos de experiências pessoais dos presentes. 

O tom de quase toda a discussão foi de questionamento sobre o fato de o “empoderamento” negro muitas vezes se dar em lugares não tão acessíveis, como nas universidades e redes sociais, já que a população negra é minoria nos cursos superiores e cerca da metade da população brasileira ainda não tem acesso à internet. Para ela, é preciso levar esse conhecimento “onde as hashtags não chegam”, lembrando uma expressão da filósofa Djamila Ribeiro.

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