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Mostrando postagens com marcador Corrupção. Mostrar todas as postagens
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"Amar sem Temer"

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“Eles não sabem fazer, quem sabe é a gente”

Afirma Dona Onete.

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A Diva do Carimbó Chamegado no Pará, Dona Onete, mandou um recado ao governo Temer, que não foi eleito: 

Amar sem Temer. "A gente já não veio de lá? Já não está aqui? Então é aqui, daqui é pra frente. É fincar o pé e fazer. Eles não sabem fazer, quem sabe é a gente, né?", disse.

Dona Onete mandou seu recado: "Amar sem Temer", durante a sua participação especial na 2ª Conferência da Agroecologia e Alimentação Saudável, em Brasília e aproveitou a oportunidade para protestar contra o golpe em curso no país. 

“Eu não quero que tenha uma regressão. Eu não quero que essa cultura vá regredir. Eu quero que ela vá mais, que ela caminhe mais. Mas eu tenho a impressão de que deram uma volta drástica. E a gente tem que ser forte para aguentar essa pressão”, afirmou. 

A rainha do Carimbó falou ainda sobre a presidenta afastada: “A Dilma passou por uma, ela acreditou muito, sabe? Vamos torcer para que ela volte. A gente ainda tem muito pano pra manga e muita água para rolar”, disse. 

Dona Onete já foi secretária de Cultura do Estado no Pará e professora de História e Estudo Paraenses. Fundou grupos de danças folclóricas e agremiações carnavalescas. Cantora, compositora e poetisa, sua contribuição para a cultura no Norte lhe rendeu o “título” de “Diva do Carimbó Chamego”, estilo de música criado por ela.


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Com informação do Portal Vermelho

Ministros divulgam Manifesto contra a desconstrução do direito do trabalho

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"Muitos aproveitam a fragilidade em que são jogados os trabalhadores em tempos de crise para desconstruir direitos".

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Contrariando o governo INTERINO e Golpista de Michel Temer e a maioria dos seus Ministros, que são investigados  pela Operação Lava Jato,

O Manifesto contra a desconstrução do Direito do Trabalho, divulgado na última sexta-feira, 10 de junho, 19 dos 27 ministros do Tribunal Superior do Trabalho – TST, que assinam o documento, se contrapõem às medidas anunciadas pelo governo em relação à intenção de promover uma reforma previdenciária seguida de uma reforma trabalhista.

"Muitos aproveitam a fragilidade em que são jogados os trabalhadores em tempos de crise para desconstruir direitos, desregulamentar a legislação trabalhista, possibilitar a dispensa em massa, reduzir benefícios sociais, terceirizar e mitigar a responsabilidade social das empresas", diz trecho do manifesto.

O Sinait - Sindicato dos Auditores-Fiscais do Trabalho, lembra que o processo de sucateamento da Auditoria-Fiscal do Trabalho também é um dos fatores que demonstram claramente esta intenção por parte do governo. A redução do quadro de Auditores-Fiscais do Trabalho, cuja carreira já possui cerca de 1.200 cargos vagos e a precarização das condições de trabalho dos Auditores aliados a outras dificuldades enfrentadas são alguns exemplos desse sucateamento orquestrado.

Intitulado Documento em defesa do Direito do Trabalho e da Justiça do Trabalho no Brasil, o manifesto foi lido pelo desembargador Francisco Giordani no encerramento da 16º edição do Congresso Nacional de Direito do Trabalho e Processual do Trabalho, que acontece em Paulínia (SP), promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região.

Clique aqui para ler o manifesto dos ministros do TST.

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Com informações do SINAIT.

A maldição das grifes de moda e o mundo dos novos ricos corruptos

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Há um livro clássico sobre o ciclo das grifes de moda, chama-se THE FASHION CONSPIRACY, de Nicholas Coleridge,  edição inglesa da Harper & Row, 1980. 

O livro narra a história das grifes de moda e seus ciclos naturais de nascimento, vida e morte. Uma grife exclusiva vira símbolo de classe e elegância, uma classe endinheirada se identifica com a marca que, pela sua exclusividade,  torna-se emblema de status e riqueza. A grife, antes pequena e exclusiva, cresce e prospera, atrai a atenção de grandes corporações ou fundos de investimento, que a compram pagando aos donos originais um valor extraordinário. Para remunerar o investimento, a grife precisa se expandir pelo mundo, mas aí surge um dilema, com a expansão em múltiplas lojas por todos os continentes a grife deixa de ser exclusiva, passa a banalizar-se e aqueles que procuravam se identificar pelo status de exclusividade caem fora dessa grife, que se disseminou e  virou coisa acessível à classe média, a grife rapidamente perde seu timbre de exclusiva, vira banal e a marca perde valor.


Grifes famosas dos anos 60 saíram de lojas luxuosas em Paris e Milão para serem vendidas em butiques de navio e algumas até na calçada, caíram na vida. Quando uma grã fina de alto bordo vê uma perua vulgar usando a bolsa outrora exclusiva, cai fora da marca e vai procurar outra que só existe em cidades do circuito europeu da moda e em Nova York, como Celine, Balenciaga, Chopard ou Loewe. Lembro nos anos 60 da loja da Ferragamo em Florença, nos baixos do palazzo onde morava a família, hoje as lojas existem pelo mundo afora. Marcas exclusivas como Pierre Cardin se popularizaram, outras estão a caminho, como Ralph Lauren. Logo a Prada, comprada por um bilhão de dólares e Valentino, por 1,6 bilhões seguirão o mesmo caminho inexorável.  Revlon e Max Factor já foram marcas caras de cosméticos, hoje estão em drogarias, os ciclos de vida das marcas são estórias de ascensão e queda no altar do luxo.

O comprador de grife exclusiva não quer ver acessórios similares aos seus por todo lugar e foge da expansão da grife.

Cultura inútil: Onde está a honestidade? Parte III

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Contiuando...

O que se disse sobre honestidade:

Eu: “As CPIs são exemplares na punição da corrupção. Nelas, os parlamentares pegos com a mão na massa são interrogados e julgados pelos que não foram pegos”.

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Em nome da boa
Governança
A ética dança

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Francisco Quevedo: “A honestidade é uma cor delicada, que teme o ar”.

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Antônio Lobo Antunes: “Não há honestidades possíveis. Ou há honestidade ou não há”.

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Baltasar Gracián y Morales: “Não há ninguém mais fácil de enganar do que um homem honesto; muito crê quem nunca mente, e confia muito quem nunca engana”.

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Warren Buffett: “A honestidade é presente caro. Não espere isso de pessoas baratas”.

Cultura inútil: Onde está a honestidade? Parte II

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Bom, já que temos o tema honestidade na ordem do dia, selecionei pensamentos sobre ele, mas, antes de entrar neles, cito uma fala de Rui Barbosa (antiquíssima, portanto), muito lembrada: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.


Barão de Itararé: “Deve haver honestidade entre os ladrões”.

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Barão de Itararé, de novo: “A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele”.

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Barão de Itararé, mais uma vez: “Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados”.

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Anton Thekov: “Eles são honestos: não mentem sem necessidade”.

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Tchekov, de novo: “Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade nisso, ninguém sabe”.

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Bocage: “A quem torpe nasceu, nenhum defeito adorna”.

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Capistrano de Abreu: “O termômetro da dignidade poucos graus vai acima do zero; mas abaixo a graduação não tem fim”.


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Émile Zola: “Que patifes, as pessoas honestas”.

Cultura quase inútil: Onde está a honestidade? Parte I

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Na Dinamarca não existe verão, segundo muita gente acredita. É frio o tempo todo. Mas uma atriz dinamarquesa (não me lembro qual) disse sobre isso: “Existe sim. No ano passado até caiu num domingo”.

Sobre políticos, não só no Brasil, a pergunta é: existem honestos? Existem sim, e acho que, aqui, não tão raros como os verões na Dinamarca. Segundo a resposta dessa moça, o verão dinamarquês dura um dia, ou seja, é um em cada 365. 

No Congresso Nacional existem 513 deputados e 81 senadores, além de um monte de suplentes cobiçando vagas. Quando o Lula era oposição, e não usava os “bons serviços” desses parlamentares, disse que na Câmara dos Deputados havia uns trezentos picaretas. Acho muito otimismo acreditar que tinham mais de duzentos lá que não eram picaretas. Mas também, como hoje, não chega a ser apenas um honesto em cada 365. Não duvido que achem lá uns dez ou quinze deputados e uns cinco ou seis senadores em que se pode confiar.

Mas os eleitores… Caramba! Nunca vi tanta gente cobrando honestidade como no ano passado e neste. Para falar dessa gente, terei que usar expressões de “antigamente”, já que quando se fala em caráter, retidão, honradez, honestidade e essas coisas todas, “antigamente” era sempre melhor. Então, são pessoas impolutas, de caráter sem jaça. Talvez possam responder à pergunta contida no samba de Noel Rosa: “O povo já pergunta com maldade / onde está a honestidade?”.

E certamente são indivíduos que não se encaixam naquele samba de Bezerra da Silva que diz assim:

Resposta: porque acobertados pelo manto legal da impunidade que rege as práticas no Congresso Nacional, e estimulados pela imprensa que estimula em seus programas de baixaria à cultura do estupro, agem como covardes, machistas, misóginos, torturadores de mulheres, canalhas, ladrões, corruptos, bandidos, hipócritas, e sobretudo, aliciadores e manipuladores da fé alheia de uma camada da sociedade, que em nome de uma pretensa e pretérita palavra de Deus, também covardemente se omite. Além é claro, de agirem em causa própria, ao tentarem esconder os seus mais íntimos instintos e desejos sexuais-bestiais que muitos devem ter. 

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O meu sentimento é o da mais absoluta revolta ao constatar que o projeto dos golpistas da Bancada da Bala, do Boi e a Evangélica comandada pelo Eduardo Cunha – BBB, que cria o Estatuto do Nascituro disfarçado de Bolsa Estupro, avança na Câmara dos Deputados. 

Depois da aprovação do mérito, em 2010, a proposta foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação, em meio a manifestações a favor e contra a proposta. O texto define que a vida começa na concepção e prevê o pagamento de uma bolsa em dinheiro para as mulheres vítimas de estupro que optarem por não fazer o aborto, caso venha engravidar após ser submetida a essa violência imensurável. Pelo andar da carruagem, periga ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça antes da matéria seguir ao plenário.

De acordo com o projeto, a mulher que optar por não fazer o aborto legal terá assistência pré-natal, acompanhamento psicológico e ajuda financeira do governo até que o estuprador seja localizado e se comprometa a pagar a pensão pelo filho ou se a criança for adotada. Simples assim, para eles. 

A adoção da “bolsa estupro”, o mesmo que dizer que não tem problema a mulher ser estuprada. Querem pagar pelo estupro sofrido pelo mulher, criticou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Em plenário, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou o avanço da votação. "É algo inaceitável. Se tivessem uma filha vítima de estupro, aceitariam esse tratamento desrespeitoso?", cobrou.

O projeto tem o apoio dos deputados da Frente Parlamentar Evangélica, capitaneado pelo deputado afastado por corrupção, Eduardo Cunha (PMDBRJ).

Em momento algum os “nobres” homens de Deus mencionaram a alteração da legislação, tipificando o estupro como crime hediondo e aumentando a pena para os que o praticaram/rem.

E o que pensar das “nobres deputadas, mulheres dos homens de Deus”, da bancada BBB que nada fazem para barrar esta aberração?

- A mesma coisa. 

Ambos são feitos da mesma massa podre que espalha alienação, usurpação, corrupção, enganação e violência contra as mulheres, meninas, negros, índios, LGBT’s, pobres e periféricos que não são considerados "Povo de Deus", por essa gente asquerosa e fundamentalista.

Beth Muniz

Lobo come a comida do lobo. Portanto, estão todos na bandeja para serem comidos

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Dança com Lobos.

Era só ter o mínimo de percepção, quando os senhores do engenho, deputados, senadores e políticos dirigidos por interesses extemporâneos (300 deles na Lava Jato) que confrontam as aspirações populares das urnas, se articularam, e como lobos em cima da carniça traíram não somente a ética política, como a fantasiaram num luxuoso disfarce de constitucionalidade à moda veneziana e colocaram, sem votos, suas máscaras e lentejoulas no grande salão do pátio Brasil.

Lamentavelmente Temer, conduzido pelo lobo-alfa, hoje afastado pelo STF da presidência da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, deixou-se manipular pela derrubada da presidente Dilma Rousseff, e pior; acertou, prometeu, conspirou e cedeu à matilha a esperança de poder tão por eles desejada. Sem nenhum respeito as urnas e a população do Brasil, seus trabalhadores, mulheres e homens, comprometeu-se com o botim da traição, através da manutenção do seu poder de fogo nas mãos do Congresso e ainda com o compromisso de que, em um novo governo, formado com eles mesmos que até ontem pertenciam ao velho, sem nenhum escrúpulo, como nunca se viu em democracia alguma, trocariam de lado como verdadeiros traidores, cínicos da democracia, para auto proteger-se.

A promessa era intrínseca e secreta; sairiam ilesos da Operação Lava-Jato da qual estariam envolvidos.

- Mas, lobo come a comida do lobo.

Como disse Sergio Machado: “Estão todos na bandeja para serem comidos. ”

Ontem, Geraldo Magela Fernandes da Rocha, 65, empresário, abriu a boca e declarou à Polícia Federal que aceitou ser laranja do Senador Romero Jucá em declaração por ele prestada, sob investigação.

O que destrói a humanidade?

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Política, sem princípios;

Prazer, sem compromisso;

Riqueza sem trabalho;

Sabedoria sem caráter;

Negócios sem moral;

Ciência sem humanidade;

Oração sem caridade.

Mahatma Gandhi

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Pessoal,
Até ontem eu estava na 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Agora, retomarei as atividades do Travessia.

Como explicar para o meu filho o que está acontecendo com o Brasil?

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Meu filho,

Quis o destino que você viesse ao mundo em um ano histórico para o nosso País. Um ano triste, é verdade, mas também extremamente importante por sua simbologia. O momento nos faz lembrar como nossos direitos não são permanentes e que precisamos estar sempre atentos e em vigilância à democracia.

Vai chegar a hora de você estudar sobre isso em seus livros de história e não sei ao certo como essa história será contada - isso depende provavelmente de quem estiver no poder.

Então, meu amor, assim como durante tanto tempo ouvi histórias da época da ditadura -- uma época tão sombria da nossa história e que acabou logo quando eu estava nascendo --, hoje venho te contar o meu sentimento sobre tudo isso que está acontecendo hoje. O sentimento de uma mãe, que já te ama tanto e que sempre lutará para que a história se escreva de forma diferente da que está se desenhando.

Antes de mais nada você precisa saber que sua mãe sempre foi e sempre será uma apaixonada pela democracia e pelo Estado de Direito. Fiz desse tema meu trabalho de conclusão de curso no qual, após a analisar diversas teorias do Poder Constituinte concluí:

"Essa é uma missão para as nossas gerações, que, apesar de não terem participado do terror que foi a ditadura, precisam sempre ter em mente o quão gratos devemos ser àqueles que nos proporcionaram a possibilidade de vivermos em um regime democrático por mais manco que este seja.

Ocorre, infelizmente que as novas gerações cada vez mais alheiam-se com orgulho a situação política, importam-se cada vez menos com o próximo, com o pobre, armando-se atrás do ódio, da revolta das classes que pode muito bem ser considerada em algumas cidades brasileiras uma verdadeira guerra civil.

Como um criminoso pode julgar uma mulher honrada?

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Leonardo Boff, no twitter diante dos corruptos que voltavam pelo Golpe em nome de Deus e da família e para combater a suposta corrupção de uma mulher honrada:

Um golpe parlamentar e a volta reacionária da religião. Da família, em nome de Deus e, “contra” a corrupção

Na história há tragédias como o viu no teatro grego. 

"A nossa, é uma tragédia nacional e internacional, em que um criminoso como Eduardo Cunha e sua gangue julgam uma mulher honrada".

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Ontem, o Brasil e o mundo viu a foto de dois Brasis que ao longo de décadas a elite brasileira tentou esconder.

Um, o Brasil da FIESP, da Avenida Paulista, comandado pela elite branca e reacionária, que vai às manifestações patrocinadas pela mídia golpista, pelos empresários, banqueiros, ruralistas, latifundiários, torturadores e homofóbicos. E para não ter trabalho e se divertir, leva junto suas mucamas e a criadagem – Claro que neste caso à criadagem não tem opção. Ou vai, ou perde o emprego. É o do Brasil da Casa Grande.

O outro, o Brasil dos trabalhadores urbanos e rurais. Dos sem tetos. Dos quilombolas. Dos trabalhadores domésticos. Das crianças assistidas pelo Bolsa Família e o Programa Minha Casa Minha Vida. Do Luz para Todos. Do Programa Brasil Sorridente. Do acesso às Universidades (no Brasil e no exterior), das Escolas Técnicas. Do direito de ter acessos às salas de espera dos aeroportos. Do Programa da Agricultura Familiar. Do respeito à diversidade religiosa, de gênero e sexual. Dos negros e dos que sempre foram sistematicamente excluídos do ponto de vista social e econômico pelos governos anteriores a Lula e Dilma. O Brasil da Senzala.

Ontem, a Casa Grande surtou quando percebeu que a senzala está aprendendo a ler, e que por meio da educação, está conquistando a sua libertação.

O processo de ontem não foi como pretendem vender, contra a corrupção. Se assim o fosse, a maioria dos que julgaram Dilma deveriam estar presos, começando pelo chefe da gangue: Eduardo Cunha.

Mas assim como em Palmares, a senzala não se entregará.

E eu estarei com ela.


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Foto pública - Vale do Anhangabaú, São Paulo, 17 de abril de 2016

Enfim, FHC admitiu que era contratado da Globo

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Poder sem Pudor.

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Logo após deixar o governo de oito anos, em 2003, FHC fez uma viagem de férias com dona Ruth. 

Os dois apenas, sem segurança ou assessores. Escolheram uma remota ilha dos mares gregos.

Num restaurante, um grupo de turistas olhavam insistentemente e cochichava. Um rapaz fortão do grupo se dirige ao casal, que temia alguma provocação.

- Desculpe – perguntou o rapaz-, o senhor não trabalha na TV Globo, não?

E FHC, com aquele sorriso mordaz:

- Trabalhava, meu filho, trabalhava. Meu contrato terminou.

-Ah, sim.... Valeu, tchau.

FHC ainda ouviu o rapaz se gabar com a turma: 

- Num falei? Num falei? É ele mesmo!

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E... enfim, FHC foi contratado da Globo por oito anos. Os mesmos oitos anos dos seus dois mandatos. 

O contrato estava na Faixa presidencial.

Isso explica o afago da mídia ao tucanato, até hoje.

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Do Metro

O novo manual para exterminar os índios

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Enfim, um novo modo de exterminar índios, ora em debate, e que promete excelente resultado, é retirar das mãos do Poder Executivo a demarcação de suas terras e passá-la ao Poder Legislativo que, com muita habilidade, tem feito retroceder os chamados direitos humanos.

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Há muitos modos de acabar com os índios, como querem aqueles que os consideram inúteis, atrasados, e acreditam que suas grandes extensões de terra seriam mais lucrativas em mãos do agronegócio, de mineradoras ou madeireiras.

Um modo eficaz é divulgar, como se fez no passado, que são desprovidos de alma e, na escala evolutiva, se situam a meio caminho entre o símio e o humano. A Igreja utilizou com sucesso esse método ao colonizar o que hoje se conhece como continente americano.

Ninguém é preso por atropelar um cachorro, e há quem insista que o seu animal de estimação "também é gente”. A ideia de que índio não possui alma nem racionalidade facilita enormemente o seu extermínio, com a vantagem de não se guardar sentimento de culpa.

Outro modo, sobejamente usado pelos colonizadores espanhóis, é esquartejá-los por mordidas de cães. Os cães são adestrados a temerem as roupas. Ao verem um corpo nu, sem movimento e cores de tecidos, atacam ferozmente e, nesse caso, devem ser recompensados com as mais saborosas porções dos corpos indígenas.

Os heroicos bandeirantes do Brasil, que dão nomes a rodovias e logradouros, e merecem monumentos em nossas cidades, costumavam exterminá-los com métodos de fácil aplicação: submetê-los à escravidão, ainda que considerados inaptos para o trabalho imposto pelos caras-pálidas; cercá-los impedindo-os de ter acesso a alimentos e às fontes de água; instigar a inimizade entre aldeias, de modo que uma guerreasse contra a outra.

Hoje em dia existem modos mais modernos e igualmente eficazes, como reduzir drasticamente os recursos da Funai, sem inclusive prejudicar a sigla, que passaria a ser conhecida como Funerária Nacional dos Índios.

Ministro não é síndico e ministério não é condomínio

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Carta aberta à Presidência da República

A saúde é um processo que envolve continuidade de propósitos e genuína atenção sobre cada um de seus meios. Quando deixamos que um ministro, cuja prática vem do SUS e que age para o SUS, seja substituído, apenas como meio para sustentação política, é a finalidade da política que se perdeu. Finalidade que é distribuir este bem simbólico, a saúde, para todos. Ministro não é síndico e ministério não é condomínio. As coisas públicas não são bens que se trocam, elas são meios comuns para fins comuns. A fonte e origem de toda corrupção é a inversão entre meios e fins. As piores experiências e as práticas menos producentes nesta área são verificadas quando substituímos agentes interessados em saúde por gestores e políticos de ocasião.

Não é o que a saúde precisa, não é o que o Brasil precisa. Sobretudo neste momento, não tornemos esta pequena urgência local, e a miséria de suas circunstâncias, um motivo para suspender benefícios e sucessos laboriosamente compostos. Não deixemos que, mais uma vez, nosso presente precário destitua nosso futuro possível, pago com grande custo no passado.

Christian Ingo Lenz Dunker,
São Paulo, 25 de Setembro de 2015.

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Na Rede

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Esqueça por alguns minutos sua indignação seletiva e pense os fatos.

Você não acha bem mais provável que, sob o pretexto de combater a corrupção, eles queiram que Dilma saia para atender a interesses poderosos e voltar a roubar como sempre fizeram?

Se for possível, esqueça por alguns minutos todos os adjetivos e piadinhas, toda indignação seletiva dos que governaram o país por décadas e o transformaram na sociedade mais desigual do planeta, todas as manchetes escandalosas, esqueça as frases de efeito dos jornalistas que garantem seus empregos pensando exatamente como o patrão manda, os comentários dos seus amigos e colegas ressentidos pela ascensão social dos mais pobres, esqueça por alguns segundos o nosso racismo, nossa centenária indiferença com os miseráveis, nossa cordial tolerância com as injustiças sociais, nossa cômoda aceitação da existência de uma multidão de pobres dispostos a fazer o trabalho pesado por salários irrisórios, deixe de lado nossa ancestral complacência com a corrupção – que começa com a carta de Pero Vaz de Caminha pedindo ao Rei um emprego para um parente e vem até ontem, quando você aceitou pagar menos por um serviço sem recibo ou ofereceu um troco (ou um milhão) para o fiscal não multar –, esqueça tudo isso por um breve instante e pense nos fatos.

1. O golpe civil-militar de 1964, que jogou o Brasil numa ditadura cruel que durou 25 anos e foi planejado e executado (hoje todos sabem) pelo governo americano e segundo interesses das grande empresas americanas, foi apoiado por pessoas de bem como você, que acreditavam no que diziam os jornais da época (os mesmos de agora), e queriam combater a corrupção na Petrobras e impedir as práticas comunistas do governo eleito.

2. Em 1989, ano que marca a volta da democracia com eleições diretas para presidente, o jornalista Ricardo Boechat foi premiado por denunciar a corrupção na Petrobras.

3. Em 1995 o jornalista Paulo Francis denunciou a corrupção na Petrobras e, por isso, foi processado.

Sonegação e repatriação

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Proposta de repatriação do governo pode gerar arrecadação de até R$ 150 bi sem aumento de tributo.

O governo federal enviou à Câmara dos Deputados na quinta-feira (10) projeto de lei (PL 2960/15) que permite o repatriamento de recursos que foram remetidos ao exterior sem o devido pagamento das obrigações fiscais. Com a medida, o Executivo estima arrecadar aos cofres da União entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões, já que os dados revelam existir fora do País ativos não declarados de brasileiros na ordem de US$ 400 bilhões.

Segundo o governo o regime de repatriação já foi aplicado de forma exitosa em outros países: na Argentina, cerca de US$ 4,7 bilhões foram repatriados; na Itália, a recuperação chegou a cerca de 100 bilhões de euros; e, na Turquia, foram 47,3 bilhões de euros. “Espera-se que a repatriação de ativos financeiros injetará uma grande quantidade de recursos no País, o que contribuirá para o aquecimento da economia brasileira e permitirá o emprego de recursos consideráveis em investimentos nacionais, sem que haja qualquer aumento de tributação”, argumentou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na justificativa da proposta.

A regra valerá desde que a origem do patrimônio – bens ou dinheiro – seja lícita e seus proprietários – pessoas físicas ou jurídicas – efetuem o devido pagamento de tributos e multas ao fisco brasileiro. O projeto tramita em regime de urgência constitucional, e, na mesma quinta-feira, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a criação de comissão especial para dar parecer à matéria. Em suma, o PL cria o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT), cuja adesão poderá ser feita até 180 dias a partir da regulamentação da norma. 

O Quarto Poder

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A Globo nasceu de uma ilegalidade.

Declara Paulo Henrique Amorim

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O jornalista Paulo Henrique Amorim está lançando o livro O Quarto Poder - uma outra história. Nele, o apresentador e blogueiro mescla sua trajetória profissional com a história de poder da imprensa brasileira em momentos históricos.

"No Brasil, em muitas circunstâncias, a imprensa é o primeiro poder. A força dela aqui é superior à força que a gente encontra em outras democracias no mundo", afirmou Amorim que chama a reunião dos grandes grupos midiáticos brasileiros de Partido da Imprensa Golpista (PIG).

O nome do criador da Rede Globo Roberto Marinho é bastante presente no livro. Amorim conta que, diferentemente das publicações antigas sobre Marinho “de bajulação rasteira e vulgar” seu livro mostra bastidores e trata o empresário “com as armas que ele deveria ser tratado”.

Em uma das passagens, Amorim conta qual foi a ordem de Marinho para a equipe de redação da emissora no episódio do debate entre os então presidenciáveis Collor e Lula, no segundo turno em 1989: “o que for de melhor do Collor com o que for de pior do Lula”.

O livro também conta detalhes do surgimento da Rede Globo e de como o governo do ditador Artur da Costa e Silva (1967-1969) salvou a emissora, fazendo as estatais comprarem maciças cotas de publicidade. 

“A Rede Globo nasceu de uma ilegalidade, financiada por um grupo americano, o Time-Life, o que era proibido pela Constituição". 

O Roberto Marinho deu uma garantia das posses pessoais dele, sabendo que a Globo receberia uma publicidade a preço de tabela. A Globo vendeu esses espaços para as estatais e pôde comprar a parte do Time-Life e saiu no lucro”, denuncia.

O lançamento do livro é amanhã, dia 3/9, às 19:30, na Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, em São Paulo (SP).

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Fonte: Brasil de Fato.

O poder não muda ninguém

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Vladimir Saflate

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Segundo essa lógica, o mensalão tucano não teve nada a ver com o mensalão petista. A compra de deputados feita por FHC foi "outra coisa", assim como a corrupção no metrô de São Paulo: mesmo abrindo processos nas justiça da França e da Suíça, ela não justificaria uma reles CPI no Tucanistão, vulgo Estado de São Paulo. A corrupção do PT foi caixa dois, como sempre foi feito.

Em um país que sempre teve de aturar uma elite rentista e ociosa, que vive de "patrimônios" e é especializada em tomar de assalto o bem público como se fosse posse privada, socializando dívidas e privatizando ganhos, ser revolucionário começa por ter decência em relação à função pública e ter respeito absoluto pelo bem comum. Por isso, vale a pena começar a governar devolvendo a diária do segundo quarto. 

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O sociólogo Francisco de Oliveira costumava contar uma história envolvendo Celso Furtado. Na época em que era presidente da Sudene, cuja sede estava no Recife, Furtado chamou Oliveira para irem juntos a uma reunião no Rio de Janeiro.

Depois da reunião, os dois foram para seus quartos de hotel. Quando chegou ao quarto, Chico de Oliveira recebeu uma ligação de Furtado: "Chico, acabo de entrar no quarto e vi que há duas camas aqui. Você poderia vir para cá e assim devolvemos a diária do segundo quarto". De certa forma, creio que há gente que ainda não entendeu esta ideia simples: o que a população esperou da esquerda no poder é que ela começasse por querer devolver a segunda diária do hotel.

Quando os escândalos de corrupção estouraram de forma sistemática, não foram poucos os que procuraram "contextualizar" o problema, como se dar muita importância a eles fosse fazer o velho jogo do moralismo udenista. "Focar tudo no problema da corrupção é uma pauta da direita."

Alguns não temeram em dizer que a corrupção era um dado intrínseco do capitalismo, não para porventura mudar o capitalismo, mas para tentar vender a ideia de que ela seria o preço a pagar para se operar no interior das falhas da democracia parlamentar.


Da Folha, hoje.

Em nome de Deus?

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Delator fez doação à igreja de Eduardo Cunha

O lobista e delator da Lava Jato Júlio Camargo repassou R$ 125 mil para a igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Campinas (SP). 

A informação consta da quebra de sigilo bancário da empresa Treviso, utilizada por Camargo para repassar propinas no esquema de corrupção na Petrobrás revelado pela Lava Jato. Nem o pastor da igreja nem a defesa de Júlio Camargo, que negou que ele seja evangélico, quiseram dar explicações sobre o repasse.

Laudo da Polícia Federal aponta que a quantia foi repassada entre 2008 e 2014, sem detalhar se o valor foi pago de uma só vez ou em parcelas. A movimentação é a única feita no período pelas duas empresas de Júlio Camargo (Piemonte e Treviso) que teve como destino uma instituição religiosa.

O repasse mostra que o delator que disse à Justiça ter sido pressionado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar propina de US$ 5 milhões, também repassou dinheiro para uma igreja simpática ao deputado expoente da bancada evangélica. 

O parlamentar é um dos políticos alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por suspeita de envolvimento no esquema de propinas na Petrobrás revelado pela Lava Jato.

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Tudo em nome de Deus?
Certamente que não.
Pelo que tenho lido, visto e ouvido, Deus não precisa de dinheiro e muito menos de patrimônios.

Fonte: Estadão.
Foto: G1

A hora do grande acerto de contas nacional

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Por Luis Nassif.

Ainda não caiu a ficha dos principais atores públicos – governo, oposição, Congresso, mídia, Ministério Público Federal – sobre o tamanho da crise que se avizinha.

Quadro fiscal – não há nenhuma possibilidade do ajuste fiscal de Joaquim Levy dar certo. Criou-se uma dinâmica perversa em que cada corte de despesas aumenta mais a recessão provocando uma queda proporcionalmente maior na receita; e a elevação descomunal da taxa Selic impede qualquer estabilização no déficit nominal. Era um quadro previsível que, agora, confirma-se com os últimos dados divulgados:

Apenas no mês passado, o impacto dos juros na dívida pública federal foi de R$ 23,34 bilhões.

A recessão derrubou em R$ 122 bilhões a arrecadação de dois tributos, os administrados e a arrecadação previdenciária. Parte pela queda da atividade, parte por manobras fiscais defensivas das empresas.

Haverá um impacto adicional na dívida na eventualidade de um rebaixamento do país pela agência Moody´s. Ainda não foram contabilizados os impactos da desvalorização cambial sobre os swaps cambiais do Banco Central.

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Quadro internacional – Avolumam-se os sinais de uma nova crise. Os superinvestimentos dos anos de bonança criaram um excesso de capacidade. Ainda não terminou a parte mais aguda do processo de desinflação mundial.

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Efeito junho de 2013 – as manifestações de junho de 2013 provocaram um cataclismo político cujas consequências mais graves estão se fazendo sentir agora. Com o modelo institucional vigente sem condições de atender às insatisfações, buscou-se a saída em outras instâncias. Em 1964, foram os militares; em 2015, a república dos procuradores. Para atingir seus objetivos, vale tudo, até divulgar mensagens em celulares de filha de detido ou divulgar como obra de arte valiosa, meras gravuras. O inferno das denúncias e julgamentos midiáticos prosseguirá por muito tempo.

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