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Mostrando postagens com marcador Direitos Humanos - Mulheres. Mostrar todas as postagens
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O 121º Neto

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Avós da Praça de Maio encontram neto nº 121

Uma das líderes do grupo das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, anunciou nessa quarta-feira (5) que o neto 121 foi encontrado. A notícia já havia sido veiculada pela imprensa argentina, mas a confirmação foi feita apenas ontem, durante entrevista. 

Segundo De Carlotto, o homem de 40 anos é filho de Ana María Lanzillotto e de Domingo "El Gringo" Menna, ambos membros do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT) e do Exército Revolucionário do Povo (ERP), que foram sequestrados pelos membros da ditadura em julho de 1976.

A denúncia sobre o sequestro de Lanzillotto foi feita por uma irmã dela, Irma Ferrara de Menna, que foi para o exílio no México em 1982. Na época, ela afirmou que sua irmã estava "grávida de oito meses e em perfeito estado de saúde".

O homem é ainda sobrinho de Alba Lanzilotto, a única integrante da comissão diretora das "Avós" que tinha apenas o sobrinho - e não um neto - desaparecido. Segundo estimativa do grupo, há cerca de 150 argentinos que foram retirados de suas famílias - que lutavam contra a ditadura - ainda bebês e que cresceram sob identidades diferentes.

A informação é da Agência Ansa.

Com Emma Watson, ONU Mulheres lança relatório sobre universidades

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HeForShe.

Impact 10x10x10.

Documento aborda paridade de gênero em instituições de ensino superior; no relatório, 10 universidades de oito países lista compromissos concretos; Universidade de São Paulo está entre participantes.

Às margens dos debates da 71ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, a ONU Mulheres lançou o primeiro relatório de uma iniciativa da campanha HeForShe, ou ElesPorElas, sobre paridade de gênero nas universidades. A atriz Emma Watson, embaixadora da Boa Vontade da agência da ONU, participou do lançamento.


Neste relatório, 10 universidades mundiais importantes listam compromissos concretos e começam a registrar seu progresso para alcançar a paridade de gênero.

Lançada em 2015, a iniciativa HeForShe Impact 10x10x10 reúne 10 chefes de Estado, 10 CEOs de empresas e 10 presidentes de universidades para acelerar a igualdade de gênero em salas de reuniões e de aula e em capitais do mundo.

Lei Maria da Penha completa 10 anos sob mira dos Golpistas e das Recatadas do Lar

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Com o argumento de aumentar a celeridade no atendimento às vítimas de violência, o PLC 7 incorre em dois erros: ignorar a consulta às mulheres para qualquer alteração e transformar um problema estrutural em caso de polícia.

A tendência é que o atendimento à vítima de violência seja ainda mais prejudicado. Se nas delegacias de mulheres, que são preparadas para esse atendimento, há problemas, imagina na comum?!

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Uma das medidas mais avançadas do mundo corre o risco de retrocesso por falta de diálogo e desejo de transformar a legislação em caso de polícia.

Amanhã, domingo (7), a Lei Maria da Penha (11.340/2006) completa 10 anos sob o risco de sofrer um retrocesso pelas mãos de parlamentares que apoiaram o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e que agora miram direitos sociais e trabalhistas.


Após ser aprovado no dia 29 de junho na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, o PLC 7/2016 (Projeto de Lei da Câmara), que permite ao delegado de polícia conceder medidas protetivas de urgência a mulheres vítimas de violência doméstica, deve ser votado em breve no plenário da Casa.

O parecer favorável à alteração foi apresentado pelo relator do PLC, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), um dos parlamentares que apoiam o golpe.

Marta Vieira da Silva: Construí minha carreira com base na insistência

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Embaixadora Mundial das Nações Unidas.

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Teimosia. Se existe uma palavra para descrever como cheguei até aqui, a palavra é teimosia. Claro, talento, dedicação e um ótimo aproveitamento das oportunidades que tive também fizeram a diferença. Mas, não fosse eu teimosa, minha carreira não teria nem começo...

Cheguei aos 30 anos com o currículo pesado. Jogo na Europa. Fui a primeira pessoa eleita como melhor jogadora do mundo cinco vezes, um recorde entre homens e mulheres igualado por Messi no ano passado. Sou a camisa 10 da Seleção Brasileira. Nas Copas do Mundo, sou a maior artilheira da história, com 15 gols – se eu marcar mais dois golzinhos em 2019, supero o Klose e lidero o ranking entre homens e mulheres. Os mais de cem (são 101, para ser mais precisa) tentos que marquei com a camisa amarelinha me colocam no topo da lista de artilheiros absolutos da Seleção – deixando no segundo lugar ninguém menos do que o Rei Pelé, o maior de todos. Meus pés estão na Calçada da Fama do Maracanã, e sou a primeira mulher a conquistar essa honra. Em 2010, a ONU me nomeou Embaixadora Mundial, título que carrego junto da missão de trabalhar pela valorização da mulher como forma de combate à pobreza.


Quem lê assim minhas conquistas, condensadas em um parágrafo, pensa que vivo um sonho. Pode até ser verdade, mas o caminho para chegar até aqui foi árduo. O esforço que fiz para chegar onde cheguei passa longe do campo pouco concreto dos sonhos.

A mulher BRANCA e o feminismo NEGRO

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“Aquele homem ali diz que é preciso ajudar as mulheres a subir numa carruagem, é preciso carregá-las quando atravessam um lamaçal e que devem ocupar sempre os melhores lugares. Nunca ninguém me ajuda a subir numa carruagem, a passar por cima da lama ou me cede o melhor lugar! E não sou uma mulher? (…)” 

(Sojourney Truth)

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O feminismo negro surgiu no Brasil entre o fim da década de 70 e o início da década de 80, com o intuito de pautar as necessidades específicas da mulher negra, que não eram presentes no movimento feminista já existente. De uma forma geral, o movimento tinha uma identidade exclusivamente voltada ao gênero e não via como indispensável a prática de fazer recortes, como por exemplo etnia e classe social.   

Sojourney Truth, que fora escravizada e se tornou oradora, em seu discurso na Convenção de Direito das mulheres em Ohio, no ano de 1851, questionou se ela, enquanto negra, não era mulher, em um discurso que evidenciava o privilégio branco em detrimento ao negro, especificamente, mulheres.  

Partindo da premissa na qual no machismo a opressão se dá do homem estruturalmente opressor para a mulher estruturalmente oprimida, podemos aplicar esses mesmos preceitos dentro da questão de gênero, onde os privilégios das mulheres brancas são interpretados como ferramentas de opressão às mulheres negras. Mas quais privilégios são esses? O privilégio de estampar as capas das revistas, de interpretar majoritariamente os personagens das novelas, de estar nas passarelas ou de simplesmente ser preferida numa disputa por vaga de emprego. 

Atraente...

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Chiquinha Gonzaga.



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Que o seu domingo seja atraente!

Bolsonaro, de valentão a réu por apologia ao estupro

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"A violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo".

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Depois que o STF decidiu que ele será réu em ação por apologia ao estupro, o valentão se faz de vítima para as câmeras

O relator da ação no STF, o ministro Luiz Fux, afirmou: "A violência sexual é um processo consciente de intimidação pelo qual as mulheres são mantidas em estado de medo". 

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) acreditava que suas agressões ficariam impunes por conta da imunidade parlamentar. Agora, depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que ele será réu em ação por apologia ao estupro, o valentão se faz de vítima para as câmeras de TV. Mas em conversa com um jornalista que imaginava ser um advogado ele revelou que sentiu o baque.

O valentão se faz de vítima
"Me fodi. Tomei de quatro a um [quatro ministros votaram contra ele e um a favor]. Estão querendo me tornar inelegível para as próximas eleições. Vou pagar pelo estupro coletivo daquela menina no Rio", disse Bolsonaro, segundo a coluna de Ricardo Noblat.

Segundo o colunista, a declaração de Bolsonaro foi feita nesta terça-feira (21), no restaurante Bistrô Piantas, em Brasília. Quando o Jornal Nacional noticiava a decisão do Supremo, ele se levantou para assistir. Em seguida, de acordo com o colunista, decidiu gravar um vídeo para desabafar e em conversa com um jornalista que ele imaginou ser um advogado acabou confessando que a decisão o abalou.

A agressão contra a deputada Maria do Rosário (PT-RG) aconteceu em 2014, após discurso da parlamentar que homenageou as vítimas do regime militar. Defensor da ditadura, Bolsonaro, histérico, subiu à tribuna da Câmara para criticar a fala da depurada.

Quando a deputada deixava o plenário, ele disse: “Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir”.

Durante a votação do pedido de impeachment, Bolsonaro dedicou o seu voto ao torturador do Doi-Codi coronel Brilhante Ustra.

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Portal Vermelho, 23 de Junho de 2016.

Paulina: O Filme aborda cultura do estupro, respeito às vítimas e (in) justiça

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Em 'Paulina', do diretor argentino Santiago Mitre, protagonista escolhe caminho incompreensível para superar o trauma e a dor da violência sexual.

'Quando há pobres envolvidos, a polícia não busca a verdade, busca culpados'

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Já nos primeiros minutos de Paulina é possível sentir que as convicções políticas e sociais são os verdadeiros protagonistas do novo filme de Santiago Mitre, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros. O longa-metragem argentino conta a história de Paulina (Dolores Fonzi) que, depois de estudar direito em Buenos Aires, decide voltar para Posadas, no interior do país, para se dedicar à formação política em uma comunidade carente na sua cidade, na fronteira entre a Argentina e o Paraguai. Um dia, quando volta da casa de uma amiga, ela é estuprada por um grupo de rapazes.

A história é uma releitura de La Patota, dirigido por Daniel Tinayre em 1961. Sem o tom religioso do original, o novo filme se debruça prioritariamente sobre questões sociais e a origem da violência, assim como o respeito integral à vítima. Uma das frases mais marcantes do longa é quando Paulina argumenta com seu pai (Oscar Martínez), o juiz Fernando, que não quer que seu caso seja investigado: “Quando há pobres envolvidos, a polícia não busca a verdade, busca culpados”.

“Não tinha assistido à versão original até que eles me disseram para trabalhar em sua adaptação. Vi o filme uma vez e decidi nunca mais assisti-lo: uma vez fora o suficiente. Havia algo no personagem de Paulina que me deu um estalo, me colocou em apuros. No início, tentei compreendê-la, e logo percebi que era impossível, que não tinha que entender Paulina, e que justamente aí estava o que me interessava nessa história. Paulina é movida por uma força de sobrevivência que beira o irracional e essa força é o que move o filme, que nos arrasta junto com ele”, afirma Santiago Mitre.
Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, aprofundar o debate sobre sexualidade e gênero contribui para uma educação mais inclusiva, equitativa e de qualidade, não restando dúvida sobre a necessidade de a legislação brasileira e os planos de educação incorporarem perspectivas de educação em sexualidade e gênero.

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil reafirmou ontem (7), seu compromisso com a garantia dos direitos das mulheres e da população LGBT, posicionando-se de forma contrária a toda forma de discriminação e violação dos diretos humanos em qualquer circunstância e, em especial, em espaços educativos.

“As desigualdades de gênero, muitas vezes evidenciadas pela violência sexual de meninas, expõem a necessidade de salvaguardar marcos legais e políticos nacionais, assim como tratados internacionais, no que se refere à educação em sexualidade e de gênero no sistema de ensino do país”, disse a agência das Nações Unidas em comunicado.

“Isso se torna ainda mais importante uma vez que a educação é compreendida como processo de formar cidadãos que respeitem às várias dimensões humanas e sociais sem preconceitos e discriminações”, disse a agência da ONU.

Um dos compromissos dos países-membros das Nações Unidas é garantir o cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pelo Brasil e todos os outros Estados-membros da ONU em 2015. Entre os 17 objetivos globais da agenda, está a garantia de ambientes de aprendizagem seguros e não violentos, inclusivos e eficazes, e a promoção da educação para a igualdade de gênero e os direitos humanos. Resultado de amplo debate internacional, o Marco de Ação Educação 2030 joga luz sobre a importância da perspectiva de gênero na educação.

“Esta agenda dedica especial atenção à discriminação baseada em gênero, bem como a grupos vulneráveis, e para assegurar que ninguém seja deixado para trás. Nenhum objetivo de educação deve ser considerado cumprido a menos que seja alcançado por todos”, afirmou trecho do documento da reunião, realizada em novembro do ano passado, paralelamente à 38ª Conferência Geral da UNESCO, com a presença de ministros e especialistas.

A UNESCO ressaltou em todos os seus documentos oficiais que estratégias de educação em sexualidade e o ensino de gênero nas escolas é fundamental para que homens e mulheres, meninos e meninas tenham os mesmos direitos, para prevenir e erradicar toda e qualquer forma de violência, em especial a violência de gênero.

A agência da ONU já possui diversos materiais que podem ajudar os educadores do país a incluírem questões de gêneros nos debates de suas aulas e seus espaços educativos.

A UNESCO no Brasil lançou também uma campanha nas redes sociais sobre o tema (veja aqui).

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Fonte: ONU Brasil

E para o delegado “bonitinho”, nenhuma punição?

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Ontem, 6/6, houve uma Audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, para debater o caso do estupro coletivo ocorrido recentemente, e que ainda nos deixa perplexos e indignados.

Convidado a prestar esclarecimentos sobre sua participação na investigação do caso, o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers não compareceu. 

Poderia ter ido pelo menos para pedir desculpas publicamente, pela agressão e violência que cometeu contra a adolescente e a todas nós, mulheres, que por extensão, também fomos agredidas. Thiers ainda cometeu a indecência de enviar uma delegada, para comunicar que o colega, no caso, ele, estava de férias.

- Perdeu a chance de crescer enquanto homem e como ser humano.

Deputados/as e representantes de entidades de defesa do direito da mulher tinham preparado uma série de perguntas sobre a postura do titular da DRCI na condução inicial do crime contra uma adolescente de 16 anos. Em conversa de WhatsApp, ele chegou a desqualificar a vítima.

A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que é responsável pela investigação do estupro coletivo, iniciou o debate ressaltando que o vídeo, por si só, já mostrava o crime e, por isso, pediu a prisão de todos os identificados pela DRCI no mesmo dia que pegou o caso.

Resta saber quais as sanções disciplinares as “nobres” autoridades superiores do Estado e da polícia civil adotarão para punir o delegado bonitinho, arrumadinho, branquinho, machinho, bem criado e bem nascido, que adotou uma conduta nada profissional e muito menos humana e respeitosa com a vítima, no decorrer do tempo em que esteve responsável pela investigação.

- Até agora nada.

Prova retumbante que a cultura do estupro está enraizada em todos os setores da sociedade. Inclusive naquele que deveriam por forçados cargos e das atividades que exercem, combate-la.

- Revoltante!

Beth Muniz





Resposta: porque acobertados pelo manto legal da impunidade que rege as práticas no Congresso Nacional, e estimulados pela imprensa que estimula em seus programas de baixaria à cultura do estupro, agem como covardes, machistas, misóginos, torturadores de mulheres, canalhas, ladrões, corruptos, bandidos, hipócritas, e sobretudo, aliciadores e manipuladores da fé alheia de uma camada da sociedade, que em nome de uma pretensa e pretérita palavra de Deus, também covardemente se omite. Além é claro, de agirem em causa própria, ao tentarem esconder os seus mais íntimos instintos e desejos sexuais-bestiais que muitos devem ter. 

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O meu sentimento é o da mais absoluta revolta ao constatar que o projeto dos golpistas da Bancada da Bala, do Boi e a Evangélica comandada pelo Eduardo Cunha – BBB, que cria o Estatuto do Nascituro disfarçado de Bolsa Estupro, avança na Câmara dos Deputados. 

Depois da aprovação do mérito, em 2010, a proposta foi aprovada na Comissão de Finanças e Tributação, em meio a manifestações a favor e contra a proposta. O texto define que a vida começa na concepção e prevê o pagamento de uma bolsa em dinheiro para as mulheres vítimas de estupro que optarem por não fazer o aborto, caso venha engravidar após ser submetida a essa violência imensurável. Pelo andar da carruagem, periga ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça antes da matéria seguir ao plenário.

De acordo com o projeto, a mulher que optar por não fazer o aborto legal terá assistência pré-natal, acompanhamento psicológico e ajuda financeira do governo até que o estuprador seja localizado e se comprometa a pagar a pensão pelo filho ou se a criança for adotada. Simples assim, para eles. 

A adoção da “bolsa estupro”, o mesmo que dizer que não tem problema a mulher ser estuprada. Querem pagar pelo estupro sofrido pelo mulher, criticou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Em plenário, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) criticou o avanço da votação. "É algo inaceitável. Se tivessem uma filha vítima de estupro, aceitariam esse tratamento desrespeitoso?", cobrou.

O projeto tem o apoio dos deputados da Frente Parlamentar Evangélica, capitaneado pelo deputado afastado por corrupção, Eduardo Cunha (PMDBRJ).

Em momento algum os “nobres” homens de Deus mencionaram a alteração da legislação, tipificando o estupro como crime hediondo e aumentando a pena para os que o praticaram/rem.

E o que pensar das “nobres deputadas, mulheres dos homens de Deus”, da bancada BBB que nada fazem para barrar esta aberração?

- A mesma coisa. 

Ambos são feitos da mesma massa podre que espalha alienação, usurpação, corrupção, enganação e violência contra as mulheres, meninas, negros, índios, LGBT’s, pobres e periféricos que não são considerados "Povo de Deus", por essa gente asquerosa e fundamentalista.

Beth Muniz
Houve estupro ou não? O simbolismo do episódio e os fatos

Não é fácil abrir mão de um simbolismo tão grande quanto o que se converteu o episódio. A mídia teme ir contra o senso comum. Até o Presidente interino, Ministros do Supremo, políticos aproveitaram para tirar sua casquinha, tentando embarcar na unanimidade criada pela divulgação do episódio.

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Vamos avançar um pouco mais na análise das notícias do estupro coletivo que teria ocorrido no Rio. 

Independentemente da veracidade ou não dos fatos, a divulgação do episódio trouxe um bem enorme ao país, ao escancarar o tema, expor a dose de preconceito que o cerca, desmascarar as diversas formas de minimizar os crimes – colocando a culpa na vítima – e dando visibilidade a um novo feminismo, que nasce arrebatador no coração das jovens.

Por tudo o que provocou, o episódio é um marco na luta pelos direitos das mulheres.

Mas há uma probabilidade de que o episódio não tenha ocorrido da maneira relatada pela vítima.

Primeiro, vamos definir claramente o que é estupro:

Qualquer relação não consentida é estupro, independentemente de ser um ou trinta estupradores. Se foi um estuprador expondo o estupro a uma plateia de machos, mesmo que as demais pessoas apenas assistiram, é crime no qual todos estão incursos.

Como, por definição, a vítima de estupro é vulnerável, qualquer tentativa de coagi-la nos depoimentos policiais é sinal de misoginia e de direcionamento das investigações,  que deveria provocar o afastamento e a punição dos interrogadores. É o caso do delegado tentando arrancar da jovem se ela praticava sexo grupal e que, devido à reação geral, acabou afastado das investigações. Aliás, é justamente porque esse sentimento é generalizado na polícia (e na sociedade), é que foram criadas as delegacias de mulheres e de crianças e adolescentes.

Estupros: A Tolerância deve ser Zero

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Nota pública da ONU Mulheres Brasil sobre estupros coletivos

A ONU Mulheres Brasil se solidariza com as duas adolescentes vítimas de estupro coletivo: uma, no Rio de Janeiro, violada por mais de 30 homens, e outra, em Bom Jesus (PI), vitimada por cinco homens. Além de serem mulheres jovens, tais casos bárbaros se assemelham pelo fato de as duas adolescentes teriam sido atraídas pelos algozes em tramas premeditadas e terem sido violentamente atacadas num contexto de uso de drogas ilícitas.

Nesse sentido, a ONU Mulheres solicita, aos poderes públicos dos estados do Rio de Janeiro e do Piauí, que seja incorporada a perspectiva de gênero na investigação, processo e julgamento de tais casos, para acesso à justiça e reparação às vítimas, evitando a sua revitimização. Alerta, ainda, que uma das formas com que a revitimização acontece é pela exposição social da vítima e dos crimes, incluindo imagens e vídeos em redes sociais e demais meios de comunicação, em ações de violação do respeito e da dignidade das vítimas, entre eles a falta de privacidade, a culpabilização e os julgamentos morais baseados em preconceitos e discriminações sexistas.

Como crime hediondo, o estupro e suas consequências não podem ser tolerados nem justificados sob pena do comprometimento da saúde física, mental e emocional das mulheres, as quais devem dispor de todas as condições para evitar a extensão do sofrimento das violências perpetradas. Deste modo, urge a plena aplicação da Lei 12.845/2013 de atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual, com profilaxia de gravidez e antirretrovirais, em consonância com normativas internacionais a exemplo da Declaração sobre a Eliminação das Nações Unidas sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres

Por fim, a ONU Mulheres reforça a necessidade de garantia e fortalecimento da rede de atendimento a mulheres em situação de violência e de órgãos de políticas para as mulheres e profissionais especializadas e especializados em gênero em todas as esferas governamentais, para o pleno acolhimento às vítimas, primando pelo cumprimento de protocolos, pela celeridade e pela humanização nos procedimentos de saúde, assistência psicossocial e justiça em todas as etapas do atendimento às vítimas e seus familiares, assim como a rigorosa punição dos agressores. À sociedade brasileira, a ONU Mulheres pede a tolerância zero a todas as formas de violência contra as mulheres e a sua banalização.

Nadine Gasman
Representante da ONU Mulheres Brasil

O Dia das mães cativas

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Em 24 de maio de 1870, D. Pedro II alforria 70 filhos de escravas da fazenda imperial. As mães, entretanto, permanecem cativas.

1543: 
Morre o astrônomo polonês Nicolau Copérnico, 60 anos. No mesmo dia sai seu livro As Revoluções em torno da órbita celeste, proibido pela Inquisição.
   
1822:
Batalha de Pichincha liberta o Equador do julgo espanhol.
   
1844:
Samuel Morse instala nos Estados Unidos a primeira linha de telégrafo, Baltimore-Washington.
   
1883:
Os abolicionistas libertam os últimos escravos de Fortaleza.

1884:
Manaus deixa de ter escravos.
   
1989:
O Congresso aprova reajuste mensal de salários até 3 mínimos.
   
1995:
FHC manda o Exército ocupar as refinarias de Paulínia, Capuava, Henrique Lage (SP) e Getúlio Vargas (PR) para debelar greve dos petroleiros.

2016: Temer, anuncia o corte nos programas sociais que tiraram mais de 36 milhões de pessoas da miséria nos últimos 12 anos. Com isso, criará o seu exército de mães cativas modernas.

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Foto: Óleo de Antonio Ferrigno
Fonte: Com informações do Portal O Vermelho.

Eu não mereço e não desejo ser encoxada

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Pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid nesta sexta-feira (20) mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. 

O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema.

A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país, em uma amostragem que acompanhou o perfil da população brasileira feminina apontado pelo censo populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Todas as estudantes afirmaram que já foram assediadas em suas cidades. Para a pesquisa, foram considerados assédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendo configurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional.

Formas de assédio

Em relação às formas de assédio sofridas em público pelas brasileiras, o assobio é o mais comum (77%), seguido por olhares insistentes (74%), comentários de cunho sexual (57%) e xingamentos (39%). Metade das mulheres entrevistadas no Brasil disse que já foi seguida nas ruas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% disseram que homens se exibiram para elas e 8% foram estupradas em espaços públicos.

Metrô SP
“É quase uma exceção raríssima que uma mulher não tenha sofrido assédio em um espaço público. É muito preocupante. A experiência de medo, de ser assediada, de sofrer xingamento, olhares, serem seguidas, até estupro e assassinato. Os dados são impressionantes se pensarmos que a metade das mulheres diz que foi seguida nas ruas, metade diz que teve o corpo tocado”, diz a representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman.

Desigualdade de gêneros

Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, os dados refletem a desigualdade entre homens e mulheres na sociedade. “É uma questão de gênero, de entender que na sociedade, qualquer que seja, as mulheres não são consideradas iguais aos homens. A ideia é que a mulher está subordinada no lar, na casa, no trabalho. Dados [da Organização Mundial da Saúde] apontam que uma a cada três mulheres sofre violência doméstica. Para os homens, os corpos e as vidas das mulheres são uma propriedade, está para ser olhada, tocada, estuprada”, disse.

Segundo Nadine, é necessário implementar políticas públicas que garantam a segurança da mulher em espaços públicos, com políticas públicas específicas, como a iluminação adequada das ruas e transporte público exclusivo para mulheres.

“Quando se pensa que quase todas as mulheres têm a experiência com abusos, não se tem a ideia do assédio. Isso tem um impacto, isso limita de andar na rua com segurança e direitos como educação e trabalho”, diz.

Falta repressão

A professora de direito civil da Universidade de Brasília (UnB), Suzana Borges, avalia que não há repressão adequada ao assédio à mulher em espaços públicos.

“É uma questão social porque, em função de uma posição histórica inferiorizada, a mulher foi objeto de repressão, violência, não só nos espaços públicos, mas privados, dentro da família, em casa, no trabalho”, disse.

Suzana Borges diz que há necessidade das mulheres denunciarem as situações de assédio que vivenciam no cotidiano. “Por se tratar de uma questão de gênero, a denúncia é um mecanismo que reforça a proteção”.

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Fonte: UNB/Agência Brasil
Foto: 

Conferência sobre a mulher discute mais direitos e participação na política

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“As mulheres podem estar e devem estar em todos os lugares de poder, em qualquer área da sociedade e desenvolver qualquer tarefa".

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Brasília - A luta por mais direitos e espaços na política brasileira é uma das pautas da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que começa hoje (10) em Brasília. Para a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, é inaceitável que menos de 10% do Congresso Nacional seja formado por parlamentares mulheres.


“É importante lembrar que se nós mulheres somos 52% da população, é lamentável que só tenhamos 9% de representação no Congresso. Isso não pode continuar acontecendo.”, disse à Agência Brasil. Com o tema Mais direitos, participação e poder para as mulheres, a conferência quer assegurar a democracia e a consolidação das políticas já colocadas em prática.

“As mulheres – me lembro bem do que disse a presidenta Dilma em seu primeiro discurso, no início do mandato – podem estar e devem estar em todos os lugares de poder, em qualquer área da sociedade e desenvolver qualquer tarefa.”, afirma.

Seis consultas nacionais deram voz aos vários segmentos, grupos e etnias - foram ouvidas mulheres transexuais, ciganas, mulheres com deficiência, indígenas, quilombolas e de religião de matriz africana. Cerca de 3 mil pessoas representarão todos os estados do país na conferência, que vai até quinta-feira (11). Como resultado, serão feitas recomendações para o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

Cultura periférica é vetor econômico e alternativa para manter jovens negros vivos

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Para presidente estadual da Nação Hip Hop Brasil, cultura oferece alternativas nas periferias. "Lá estão os maiores filósofos e as melhores análises, só não está institucionalizado"

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São Paulo – As manifestações culturais desenvolvidas nas periferias das cidades brasileiras por moradores locais são uma forma de movimentar a economia das comunidades e de oferecer alternativas para a juventude longe da violência, como afirmou o presidente estadual da Nação Hip Hop Brasil, Bob Controversista, que participou de um debate sobre o tema na noite de ontem (26,) na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na zona oeste da capital. O evento fez parte do ciclo SP em Debate, promovido pelo Coletivo Ocupar e Construir, que até sexta-feira (29), vai discutir políticas públicas da cidade de São Paulo, fazendo uma análise da gestão atual, comparativamente às gestões passadas e avaliar as demandas futuras da capital. Os encontros ocorrem a partir das 18h, na PUC.


"A cultura periférica é um vetor socioeconômico e possibilita concretizar a manutenção da vida dos jovens pretos e pobres de São Paulo", afirmou lembrando que nas periferias a principal presença do estado é pela polícia militar. "A cultura dá sentido para a vida dos jovens e fortalece a possibilidade de eles não serem assassinados antes dos 21 anos."

Os negros entre 15 e 29 anos são as principais vítimas de homicídio no país, de acordo com o Mapa da Violência 2015. Do total de 42.416 óbitos por disparo de armas de fogo em 2012, 24.882 foram jovens, o equivalente a 59%. Proporcionalmente, morreram 142% mais negros que brancos por armas de fogo, sendo que 94% das vítimas fatais eram do sexo masculino e 95% jovens.

Huda Shaarawi: a primeira feminista do Egito

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“Homens destacam mulheres de mérito excepcional e as colocam em um pedestal para não terem que reconhecer as capacidades de todas as mulheres” - Huda Shaarawi.

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Huda Shaarawi foi uma pioneira no feminismo egípcio e influenciou mulheres em todo o mundo árabe. Nascida em uma família de alta classe, Huda foi criada dentro do sistema de haréns, espaços de convívio exclusivo de mulheres em uma sociedade profundamente patriarcal e segregacionista. Em seu livro The Harem Years, publicado em 1897, Huda conta detalhes desta época, bem como as suas percepções sobre como a sociedade egípcia negava direitos civis e educação às mulheres. 

“Entrei em depressão e comecei a negligenciar meus estudos, odiando ser uma menina porque isso me impedia de ter a educação que eu buscava. Mais tarde, ser uma mulher se tornou uma barreira entre mim e a liberdade pela qual eu ansiava”.  - The Harem Years

Ainda que já houvesse publicações de escritoras egípcias pensando a condição das mulheres desde pelo menos 1890, foi só a partir dos anos 1920, com Huda Shaarawi, que o termo Feminismo passou a ser formalmente empregado e a participação política de mulheres tomou forma concreta oficialmente no país. Essa foi a primeira fase do feminismo egípcio (1920-1940), tido como feminismo liberal radical de orientação francesa, marcado por aspirações nacionalistas e anti coloniais.

Huda recebeu uma educação privilegiada, sendo fluente em árabe, francês e turco. Aos treze anos se casou com seu primo, Ali Pasha Shaarawi, um ativista político, na época com trinta anos de idade. Ele violou uma cláusula contratual na qual se comprometia a largar sua concubina, e por isso eles se separaram no ano seguinte. Permaneceram separados durante sete anos, durante os quais Huda aprofundou seus estudos se envolveu com militância política. Mais tarde retomaria a relação com seu marido, que a envolveu em suas reuniões políticas e apoiou sua militância até o fim da vida.

A Primavera das Mulheres

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Feminismo volta à cena no Rio com espetáculo.

Musical será apresentado no Teatro Baden Powell em Copacabana, no próximo dia 10, com ingressos a preços populares. Musical pauta o combate ao preconceito e à violência de gênero.

O espetáculo vem à cena após um 2015 marcado por um cenário de crise política e de crescimento de opiniões reacionárias que ameaçam a conquista dos direitos das mulheres. 

O projeto nasceu durante as manifestações ocorridas em novembro de 2015, contra as propostas de emendas apresentadas pelo polêmico deputado Eduardo Cunha à Câmara dos Deputados. Entre outros absurdos, dificultavam o atendimento e o acolhimento às vítimas de violência sexual.


O musical “Primavera das Mulheres: um show – manifesto” chama a atenção do público para a defesa dos direitos já alcançados pelas mulheres e convoca à mobilização através de palavras de ordem já entoadas nas manifestações. Assim, o roteiro é conduzido por questões fundamentais para a evolução da sociedade, como o combate ao preconceito e à violência de gênero.

12 livros feministas que você precisa conhecer – Parte II

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Para uma melhor reflexão, vou mencionar três indicações por vez.

Para ler as anteriores clique aqui.

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Fundamentos para uma leitura crítica do mundo social

As reflexões produzidas pelo feminismo – numa economia expressiva, já que se trata na realidade de feminismos, no plural – colocam questões fundamentais para a análise da opressão às mulheres nas sociedades contemporâneas. Mas não é só da posição relativa das mulheres que trata a crítica feminista.

O conjunto cada vez mais volumoso dos estudos feministas expõe os limites das democracias quando estas convivem com a exploração e a marginalização de amplos contingentes da população.

Analisam, assim, mecanismos que operam para silenciar alguns grupos e suspender a validade das suas experiências – eles operam de maneira específica sobre as mulheres, mas não se reduzem a uma questão de gênero. Tratam das conexões entre o mundo da política, o mundo do trabalho e a vida doméstica cotidiana. Na produção mais recente, sobretudo, apresentam contribuições incontornáveis para o entendimento de como diferentes formas de opressão e de dominação operam de forma cruzada e sobreposta. Cada vez mais, falar da posição das mulheres é falar de como gênero, classe, raça e sexualidade, para mencionar as variáveis mais mobilizadas, situam conjuntamente os indivíduos e conformam suas alternativas.

Em sua diversidade, a produção feminista questiona a subordinação e confronta, permanentemente, discursos que se fundam na “natureza” para justificar a opressão.

A lista que apresentamos traz um conjunto (entre muitos outros possíveis) de leituras feministas que colaboram para entender o mundo contemporâneo e os desafios que enfrentamos para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais livre. A ordem segue de maneira aproximada a data da publicação original das obras.

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