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Mostrando postagens com marcador Europa. Mostrar todas as postagens
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Só dele

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Quando Michelangelo ficou sabendo da morte de Francesco, que era o ajudante e muito mais, arrebentou a marteladas o mármore que estava esculpindo.

Pouco depois, escreveu que aquela morte foi graça de Deus, mas para mim foi grave dano e infinita dor. 

"A graça está no fato de que Francesco, que em vida me mantinha vivo, morrendo me ensinou a morrer sem pena. Mas eu o tive durante vinte e seis anos... 

Agora não me resta outra coisa que uma infinita miséria. A maior parte de mim foi-se com ele".

Michelangelo jaz em Florença, na igreja da Santa Croce.

Ele e seu inseparável Francesco costumavam sentar-se na escadaria dessa igreja, para desfrutar dos duelos em que na vasta praça se enfrentavam, aos pontapés e boladas, os jogadores do que agora chamamos de futebol.

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Eduardo Galeano,
Os Filhos dos Dias.


A Garota Dinamarquesa: arte, amor e identidade de gênero

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Filme é baseado na história real de Lili Elbe, primeira mulher trans a passar pelos procedimentos de transição de gênero, em 1930, sempre acompanhada pela devoção de sua mulher, a pintora Gerda Weneger

O longa-metragem A Garota Dinamarquesa, dirigido por Tom Hooper, conta a história de Lili Elbe, uma mulher que nasceu em um corpo masculino e é considerada pioneira na realização de cirurgia de transição de gênero. Filme que estreou ontem, dia 11, nos cinemas brasileiros retrata a vida de Lili desde quando ela ainda era conhecida como Einar Mogens Weneger, um famoso artista dinamarquês casado com a pintora Gerda Weneger.

Baseado no livro homônimo de David Ebershoff (Editora Rocco, 368 págs.), o filme começa em 1926, em Copenhage, onde Einar (Eddie Redmayne) vive harmoniosamente com sua esposa Gerda (Alicia Vikander) em uma relação intensa e apaixonada. Ambos são artistas plásticos e assíduos frequentadores das festas e eventos sociais ligados à arte.

Um dia, a modelo de Gerda, a soprano Anna Fonsmark, se atrasa para uma sessão e a pintora pede um favor ao marido: que ele vista as meias de seda e os sapatos femininos para que ela possa começar a pintar e acaba colocando um vestido de festa sobre as roupas masculinas dele. O toque macio da seda e das rendas é o ponto de partida da crise de identidade de Einar no filme.

O espectador vai entender que o desconforto com o gênero sempre existiu na vida do protagonista, mas ele soube escondê-lo (até dele mesmo) para se proteger de uma sociedade preconceituosa e que ainda tratava as relações homoafetivas como crime. As roupas femininas sobre seu corpo são apenas o gatilho para o início de uma dolorida e profunda busca pela própria identidade.

Abram alas pro Maxixe

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No dia de hoje,

Em 1899, as ruas do rio de Janeiro enlouqueceram dançando a música que inaugurou a história do carnaval carioca.

Esse alvoroço debochado se chamava "Ó abre alas"!

Um maxixe, invenção musical brasileira, que ria das rígidas danças de salão. A autora era Chiquinha Gonzaga, compositora desde a infância.

Aos dezesseis anos, os pais a casaram, e o marquês que depois seria o duque de Caxias foi padrinho de casamento.

Aos vinte, o marido a obrigou a escolher entre o lar e a música.

- Não entendo a vida sem música - disse ela, e saiu de casa.

Então seu pai proclamou que a honra familiar tinha sido manchada, e denunciou que Chiquinha havia herdado de alguma avó negra a sua tendência à perdição.

E a declarou morta, e proibiu que em sua casa o nome daquela desguiada fosse mencionado.

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Chiquinha vive a até hoje, na memória da música brasileira.

Já o pai dela... Quem se lembra?

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Eduardo Galeano
Los Hijos de los Días.

Vai, vai, vai... Começar a brincadeira...

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Festival Internacional de Circo terá mais de 90 espetáculos gratuitos.

Evento que vem sendo realizado no Rio de Janeiro a cada dois anos desde 2012,  o Festival Internacional de Circo ganha uma edição especial em comemoração aos 450 anos do cidade trazendo até o próximo dia 6 de dezembro, mais de 90 espetáculos gratuitos de cerca de 30 companhias brasileiras e de outros países, somando um toral de 300 artistas. As apresentações ocorrem em diferentes espaços, como arenas, lonas, teatros, escolas e parques públicos, e em todas as áreas da cidade, incluindo 20 favelas.

O espetáculo Clockwork, da companhia sueca Sisters, abriu na noite desta quinta-feira o festival, em sessão fechada para convidados na lona do Circo Crescer e Viver, localizada na Praça Onze, região central do Rio. O Crescer e Viver, circo que junta arte e transformação social, com mais de dez anos de atividade, é o idealizador e organizador do festival, que conta com o patrocínio da prefeitura carioca.

Misto de dança contemporânea e acrobacias sincronizadas, Clockwork terá apresentações abertas ao público nos próximos três dias, na mesma lona circense. Um outro destaque internacional é o premiado espetáculo argentino Barlovento, da companhia do mesmo nome, misturando dramaturgia e circo, com ingredientes de humor, dança e acrobacias.

Esta terceira edição do festival tem como tema Eu Rio, inspirado no sorriso e na alegria do carioca. Bem de acordo com a temática, a companhia carioca Up Leon traz a montagem Rio de Felicidade, que se baseia nas cenas do cotidiano da cidade e nas músicas que falam do Rio para apresentar números como contorcionistas embalados pelas ondas de Copacabana.

“Uma das coisas que não abrimos mão no festival é atender a cidade em sua totalidade, levando espetáculos de qualidade para todos os cantos do Rio”, destaca Vinicius Daumas, diretor artístico do festival. Além de 11 escolas públicas da rede municipal e de dois ônibus-palcos itinerantes, que levam espetáculos às favelas, passam a integrar o circuito nesta edição quatro áreas públicas da cidade: a revitalizada Praça Mauá, Praça Tiradentes, Campo de Santana e Quinta da Boa Vista.



Gente agradecida

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Um ano depois da invasão da Polônia, Hitler continuava seu avanço desenfreado, e estava devorando meia Europa.

Já tinha caído, ou estava por cair, a Áustria, a Checoslováquia, a Finlândia, a Noruega, a Dinamarca, a Holanda, a Bélgica e a França, e já tinham começado os bombardeios noturnos contra Londres e outras cidades britânicas.

Em sua edição de hoje de 1940, o jornal espanhol ABC informava que haviam sido derrubados cento e dezesseis aviões inimigos  e não ocultava sua satisfação diante do grande êxito dos ataques do Reich.

Na capa do jornal sorria, triunfante, o generalíssimo Francisco Franco.

A gratidão era uma de suas virtudes.

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Os Filhos dos Dias.



Sobre solidariedade seletiva e de como algumas dores parecerem maiores do que outras

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Primeiramente, sim, a opinião é sua, o facebook é seu, e você pode postar o que quiser nele. Ninguém está te proibindo de sentir compaixão, medo, consternação. 

Nada te impede de valorizar tanto a vida das vítimas francesas quanto das vítimas de tantos outros crimes (e se você faz isso, então não tem motivo pra se preocupar com as críticas à solidariedade seletiva) e é claro que você pode e deve se preocupar com os atentados na França, porque as repercussões são globais. Acredite, ninguém quer que você ignore os ataques da França, até porque quem faz essas críticas geralmente conhece a sensação de ter suas próprias tragédias ignoradas. Não se trata de promover alienação, e sim de pensar criticamente. Em outras palavras, o que as pessoas devem se perguntar é o porquê de algumas dores te parecerem maiores do que outras.

Todos deveriam, em qualquer situação, se perguntar quais as raízes das suas ações e sentimentos. O que você pensa e sente não acontece por mágica ou pela sua essência nata. Não existe "porque sim". Se você se sente mais comovido pelas mortes na França do que no Brasil, no Líbano ou na Síria, existem razões pra isso, e te faria muito bem saber exatamente quais são elas. Talvez seja porque você tem parentes franceses ou tenha passado bons tempos em Paris, e sente um carinho mais especial por aquela cidade e seus habitantes do que por outras cidades e pessoas (e isso significa que o seu #somostodoshumanos é menos humanista do que você pensa); talvez seja porque você saiba o nome de cidades francesas, conheça palavras em francês, musicas francesas, arte francesa, queijos e vinhos franceses, ao passo que não saiba muita coisa sobre a vida e cultura de outros países, fazendo com que os franceses sejam mais concretos do que esses outros povos confusos e abstratos dos quais você nada sabe, ou só sabe coisas negativas (e esse é o sistema de hierarquização de povos que possibilitou o colonialismo e alimenta o racismo até hoje); ou talvez você apenas esteja reagindo ao grande movimento de comoção que a mídia promove em relação à França. Talvez haja outras razões  (e eu gostaria muito de saber quais são).

Sandra Duailibe: A voz de veludo que acaricia a alma

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“Vesti Azul” e “Menininha do Portão” são duas canções de Nonato Buzar, compositor maranhense, que a Sandra, também maranhense, resolveu homenagear em seu mais recente lançamento. Ao todos, são 13 faixas com as mais belas canções do compositor.

Belíssima homenagem.

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Brasília generosamente já nos ofertou vários talentos artísticos/musical nativo, ou adotado pelo coração desta cidade tão emblemática. A lista é grande. Quem nunca ouviu falar em Ney Matogrosso, Cássia Eller, Renato Russo, Zélia Ducan e Oswaldo Montenegro, apenas para citar os mais conhecidos.

Mas, eis que no meio do Cerrado, surgiu mais um talento que inegavelmente já entrou para o time da primeira grandeza musical de Brasília, do Brasil e do Mundo: Sandra Duailibe.

O Maranhão nos deu Sandra. Como o povo de Brasília não é egoísta, a mandou brilhar pelo Mundo. E é exatamente isso que está acontecendo. Sandra esteve recentemente na Europa onde foi aplaudida de pé, em uma Arena repleta de fãs, em Chipre.

Desde que a vi cantar pela primeira vez me apaixonei. E para explicar esta paixão musical, nada melhor que o depoimento da musicista, flautista e cavaquinista Helena Pinheiro, na página oficial da Sandra.

"Sandra Duailibe é cantora de voz que cheira a coisas boas, dias de sol, noites de lua cheia. Veludo acariciando a alma. Sandra Duailibe é pessoa assim também, e pra quem é assim, a vida tem mais é que ser generosa."

Como fã, abri o espaço do Travessia – coisa que não costumo fazer -, para divulgar o belíssimo CD Sandra Duailibe canta Nonato Buzar. 

Que tal conferir?

Para quem estiver no Rio de Janeiro no início de dezembro, uma dica: Sandra estará na Cidade Maravilhosa no dia 03/12, às 21 h, no Espaço Tom Jobim. Os ingressos estarão à venda na bilheteria do teatro no seguinte endereço: Espaço Tom Jobim Rua Jardim Botânico 1008. Fone (21) 2274.7012 - 3874.0594.

Quer ter a Sandra pertinho de você? Compre o CD aqui.

Recomendo.
Show e CD imperdíveis

Para saber mais sobre a Sandra, entre aqui. 

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Também te convido a ler o artigo que escrevi sobre o meu primeiro contato direto com Sandra.

***Comunidade Sandra Duailibe no G+

Avós da Praça de Maio encontram 118º neto da ditadura argentina

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Em entrevista coletiva em Buenos Aires, Estela de Carlotto, presidente da associação, comunicou que foi encontrado o neto de Delia Giovanola, uma das 12 fundadoras do grupo. 

Ele tem 39 anos e é filho de Jorge Ogando, filho de Delia, e Stella Maris Montesano, sua nora, que desapareceram no dia 16 de outubro de 1976. Montesano estava grávida de oito meses.

Delia Giovanola, uma das fundadoras do grupo, diz que cumpriu promessa feita ao filho. Ao ter certeza de ter encontrado neto levado por militares, afirmou: 'Há 39 anos te procuro.'

No dia 30 de março o neto de Delia, que vive no exterior, se apresentou à associação e foi recebido pela equipe de Apresentação Espontânea da instituição. Exames de DNA confirmaram o parentesco. A avó contou que falou com seu neto hoje mesmo para dar-lhe a notícia. “É Divino, meu neto. Estou feliz”, disse Delia. "Ele me perguntou se eu trabalhava com as Avós da Praça de Maio e eu respondi: 'há 39 anos que estou aqui te procurando'. 'É sério?', ele perguntou."

O secretário de Direitos Humanos da Argentina, Martín Fresneda, declarou que receber a notícia foi “emocionante”: “Hoje recuperamos a vida, um neto a mais nos emociona e nos dá muita alegria.”

Organização

As Avós da Praça de Maio buscam os filhos de suas filhas ou noras — presas grávidas e desaparecidas forçadamente pela ditadura militar do país e cujas crianças foram entregues a outras famílias. Por meio de sensibilização, as integrantes da organização pedem que jovens que tenham dúvida sobre sua identidade, façam teste de DNA para verificar a possibilidade de ser um dos netos desaparecidos.

Em 1987, sobre a base de um projeto da organização, foi aprovada uma lei que criou um Banco Nacional de Dados Genéticos. Nele ficou registrado o mapa genético de cada uma das avós de Praça de Maio.

De acordo com estimativas das Avós da Praça de Maio, durante o regime militar, as autoridades se apropriaram de pelo menos 500 bebês, muitos deles nascidos em centros de torturas, hospitais militares e delegacias.

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Ainda falta encontrar 382 netos.



O maior sucesso da Islândia: a Sexta-feira longa

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A greve geral de mulheres que tornou Islândia o país 'mais feminista do mundo'

Há 40 anos, as mulheres islandesas entraram em greve – recusaram-se a trabalhar, cozinhar e cuidar das crianças por um dia. O momento mudou a forma como as mulheres eram vistas no país e ajudou a colocar a Islândia na vanguarda da luta pela igualdade.

O movimento também abriu espaço para que, cinco anos depois, em 1980, Vigdis Finnbogadottir, uma mãe solteira divorciada, conquistasse a Presidência do país, tornando-se a primeira mulher presidente da Europa, e a primeira mulher no mundo a ser eleita democraticamente como chefe de Estado.

Finnbogadottir ocupou o cargo por 16 anos – período que ajudou a fazer a fama da Islândia como "país feminista mais do mundo". Mas ela diz que nunca teria sido presidente se não fosse o que aconteceu naquele ensolarado 24 de outubro de 1975, quando 90% das mulheres do país decidiram demonstrar sua importância entrando em greve.

Em vez de ir aos seus escritórios, fazer tarefas domésticas ou cuidar de crianças, elas foram às ruas, aos milhares, para reivindicar direitos iguais aos dos homens. 

O movimento ficou conhecido como o "Dia de Folga das Mulheres", e a ex-presidente o vê como um divisor de águas.

"O que aconteceu naquele dia foi o primeiro passo para a emancipação das mulheres na Islândia", disse. "Ele paralisou o país completamente e abriu os olhos de muitos homens".

Bancos, fábricas e algumas lojas tiveram que fechar, assim como escolas e creches – deixando muitos pais sem escolha a não ser levar seus filhos para o trabalho.

Houve relatos de homens se armando com doces e lápis de cor para entreter a multidão de crianças superexcitadas em seus locais de trabalho. Salsichas, fáceis de serem preparadas e populares entre crianças, sumiram rapidamente dos supermercados.

Foi um batismo de fogo para alguns pais, o que pode explicar o outro nome que o dia recebeu: "Sexta-feira longa".

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Achou interessante?
Para saber mais, entre aqui.

Serão 600 milhões. Será que é pouco?

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Cerca de 600 milhões de pessoas poderão ficar subnutridas até 2080, diz ONU.

A relatora especial das Nações Unidas sobre o Direito à Alimentação declarou ontem, terça-feira que a "mudança climática impõe sérias e diferentes ameaças à segurança alimentar".

Pelos cálculos de Hilal Elver, essa situação pode fazer com que um adicional de 600 milhões de pessoas fiquem subnutridas até 2080. A especialista explica que a frequência e a intensidade do clima extremo, o aumento da temperatura e do nível do mar, enchentes e secas têm um grande impacto no direito à alimentação.

Gado e Pesca

Segundo Elver, esses fenômenos climáticos afetam de forma negativa as plantações, o gado, a pesca e o meio de subsistência de muitas pessoas. A relatora acredita que a produção de comida em larga escala não é a melhor resposta para a demanda alimentar mundial.

Para a especialista, é preciso substituir a agricultura industrial por modelos transformadores, como a "agro-ecologia que apoie produção local de comida, proteja os pequenos agricultores, respeite os direitos humanos e as tradições culturais".

Políticas Públicas

A relatora da ONU também defende a necessidade de se manter a sustentabilidade ambiental e facilitar o acesso a uma dieta saudável. Na avaliação dela, os que menos contribuíram para o aquecimento global são os que mais sofrem com os efeitos.

Hilal Elver diz que para responder aos desafios da mudança climática, é necessária ação urgente, com políticas que respeitem o direito à comida e outros direitos fundamentais.

COP 21

As recomendações da relatora são feitas em antecipação à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP 21, que ocorre em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro.

A meta da reunião é conseguir com que os países assinem um acordo universal para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Para a relatora Hilal Elver, esse acordo precisa incluir um "compromisso claro com justiça climática e segurança alimentar para todos".

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Fonte: Leda Letra, Rádio ONU/EBC/Agência Brasil

Festa Literária

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Escritores de 21 países vão participar.

Começa nesta terça-feira, 3/10, a Festa Literária das Periferias (Flupp), a maior do país voltada para as comunidades. Este ano, o evento é realizado no complexo Babilônia/Chapéu Mangueira e vai até o dia  8 de novembro.

Participam da festa mais de 50 nomes da literatura mundial, como Alan Campbell (Escócia), Glenn Greenwald (Estados Unidos), Caryl Férey (França), Uwe Timm (Alemanha), Amyr Klink (Brasil) e Jean Wyllys (Brasil). 

Literários de 21 países vão ficar hospedados em hotéis e albergues da comunidade carioca.

O evento é o ponto alto de uma série de encontros que promovem a formação de autores, realizados ao longo do ano. 

A Flupp 2015, que está no calendário das comemorações pelos 450 anos do Rio, homenageia Nise da Silveira, primeira psiquiatra brasileira a rejeitar o confinamento dos pacientes e os eletrochoques.

Você pode conferir a programação completa da Flupp aqui.

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Fonte: EBC/Agência Brasil


Iluminados de azul, mais de 300 lugares no mundo servirão como faróis no Dia da ONU

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A ação marca os 70 anos de criação da Organização. 

Para o chefe da ONU, Ban Ki-moon, evento global servirá para reafirmar o compromisso do mundo por um futuro melhor para todos.

A celebração começará na Nova Zelândia, seguido por países em todos os continentes. Entre os monumentos iluminados se encontram vários Patrimônios Históricos e Culturais da Humanidade e maravilhas do mundo antigo e atual como as Pirâmides de Guizé, a muralha da China, a cidade histórica de Petra (Jordânia) e a estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. 

A sede da ONU será iluminada por dois dias, começando nesta sexta com o concerto anual e terminando neste sábado, quando se comemora oficialmente, desde 1948, o Dia das Nações Unidas.


Envelhecer

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Diante dos incontáveis e cada vez mais complexos problemas do mundo contemporâneo, um deles – em especial – chama a atenção pela maneira como vem sendo tratado, ou melhor, pela maneira como não vem sendo tratado: o que fazer com os idosos, aqueles que já não produzem e que passam a depender das suas reformas e aposentadorias? Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas com mais de 60/65 anos de idade tem crescido muito nas últimas três décadas, com a curiosa e não menos preocupante expectativa de que em 2025 o Brasil ocupe o sexto lugar no mundo em número de idosos.

Todos os países, sem exceção, enfrentam o problema.

O que significa envelhecer num mundo em que cada vez mais se valoriza o consumo, o sucesso, o dinheiro e a sobrevivência a qualquer preço? Em um mundo onde a guerra cibernética já não é uma fantasia de ficção científica?

Envelhecer, e perdoem-me o simplismo, é o mesmo que assistir a um filme por várias e repetidas vezes. Sempre vem aquela sensação do “isto aí eu já vi”. Situações que se repetem, mesmo com desfechos diferentes. E ainda bem, não amigo leitor? Porque se o “dejà vu” tivesse sempre o mesmo final, a vida, por melhor que fosse, seria de uma chatice insuportável.

A propósito, a pensadora e escritora francesa Simone de Beauvoir se dedicou ao assunto. Escreveu um ensaio específico sobre o tema com o título “A Velhice”, onde reflete – através da História – sua preocupação com o último estágio da nossa passagem pelo planetinha Terra. Muito embora aborde a matéria sob os mais variados ângulos de muitos dos pensamentos e das atividades humanas, sua conclusão é simples e enriquecedoramente óbvia: viver é envelhecer.

Existem os que não se importam com a velhice, os que fingem em não se importar com ela, os que se preocupam em excesso com o envelhecimento e ainda os que envelhecem sem saber, e que não são poucos. Existem até os que envelhecem naturalmente. Para cada um dos casos serão inúmeros os exemplos com histórias tristes ou bem humoradas, divertidas ou trágicas, exemplares ou patéticas.

Século XX e o piano Chique

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De George Feyer.

Na segunda metade do Século XX, nenhum outro pianista de música ligeira atingiu o nível, a fama e a classe do húngaro George Feyer. 

Nascido em Budapeste em 1908, teve formação clássica na Academia Franz Liszt, onde foi aluno de Bela Bartok e contemporâneo de Georg Solti, famoso regente da Filarmônica de Londres. Feyer optou pela música ligeira, para horror de seus professores e teve sua primeira estreia fora da Hungria em Barcelona em 1932. 

Tocou por toda a Europa nos melhores hotéis, naquela época os grandes hotéis tinham orquestra e música de qualidade. Voltou para a Hungria e lá foi pego pela guerra, a Hungria foi satélite da Alemanha,  acabou preso no campo de concentração de Bergen Belsen  com toda a familia (Feyer era judeu). 

Libertado pelos Aliados, a Hungria logo depois caiu sob dominação sovietica, Feyer fugiu para a Suíca com a família, quando seu passaporte venceu perdeu seu visto de permanência e o único lugar que conseguiu para emigrar foi a Venezuela. De lá conseguiu ir para Nova York e com apoio da grande colônia na cidade conseguiu visto de permanência para toda a familia. Passou a fazer o circuito dos grandes hotéis, começando pelo Delmonico e depois o Carlyle, onde ficou anos, depois no Waldorf Astoria onde eu, seu fã desde a infância, o encontrei tocando no bar Hideway em 1981, não acreditava que era George Feyer em pessoa,  meu idolo há decadas. 



Com emoção pedi para autografar dois long plays que tenho até hoje, um das canções de Cole Porter (que morava no Waldorf) e outro das músicas de Jerome Kern. Nas três noites seguintes, passei horas no bar ouvindo Feyer, que tocava uma hora e meia, já estava então com 75 anos e se aposentaria no ano seguinte, foi morar na Califórnia, em Palm Springs, com a terceira esposa. Morreu em 2001, com 93 anos.

Feyer foi um dos pianistas que mais gravou, creio que uns 35 LPs,  ao lado de Eddie Duchin e Carmen Cavallaro forma o trio dos grandes pianistas de bar de Nova York, mas considero Feyer superior, questão de opinião.

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André Araújo
No Jornal de todos Brasis

Até tu Finlândia?

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A Finlândia fez a maior greve geral das últimas duas décadas. 

Portanto, ao contrario do que muitos de bico grande teimam em afirmar, pode-se concluir que a crise Econômica Mundial é mesmo global. 

Para os "economistas" de plantão na imprensa tupiniquim, que gostam de comparar um Condado (Finlândia), com um Continente (Brasil), deve ser desesperador saber que até na Finlândia os trabalhadores também fazem greve geral. Deve ser doído perder referência... Já que patriotismo e nacionalismo perderam faz tempo.

Neste 19 de setembro, dezenas de milhares de finlandeses manifestaram-se no centro de Helsinque, paralisando a capital finlandesa, contra um pacote de medidas de austeridade anunciado pelo governo de centro-direita.

Portos, aeroportos, transportes urbanos, correios, fábricas de papel, comércio e serviços públicos foram dos setores mais afetados pela paralisação. O protesto foi convocado pelas três centrais sindicais do país – SAK, STTK e Akava –, que representam 80% da população ativa (2,2 milhões). 

Na semana passada, depois de fracassarem as negociações com patrões e sindicatos para um "contrato social" que reduzisse os custos de produção, o governo dirigido por Juha Sipila anunciou medidas para reduzir a despesa pública e o custo do trabalho.

E... Tome austeridade...

Entre estas medidas estão a redução dos dias de férias dos trabalhadores - dos atuais 38 para 30, com a qual o governo prevê poupar 640 milhões de euros. A redução do pagamento de horas extraordinárias e a redução do pagamento do primeiro dia de baixa por doença de 100% para 75% do salário.

Outra medida é a redução de 1,72% da prestação paga pelas empresas à Segurança Social por cada trabalhador e transformar dois feriados em dias livres não-remunerados.

As três centrais sindicais opõem-se unanimemente ao pacote de cortes, argumentando que eles afetam sobretudo os funcionários públicos e os trabalhadores com empregos precários. "O corte das horas extra é uma tesourada nos nossos rendimentos, que pode chegar a um quarto dos nossos salários”, disse a enfermeira Sirkku Alsthed, que completou: “Se todos temos de contribuir para sair desta situação, também os empregadores deviam contribuir com a sua parte.”

A recessão em que a Finlândia está mergulhada entra no quarto ano consecutivo. O seu PIB está 4,5% abaixo do valor registado em 2007. A dívida pública duplicou para 63% do PIB e o desemprego já atinge 11%.

O atual governo, formado em maio, é composto pelo Partido do Centro, de Sipila, pelos Verdadeiros Finlandeses, um partido eurocético de direita, e pelo Partido da Aliança Nacional (NCP, conservador). O governo finlandês foi um dos mais duros em relação à Grécia na maratona de reuniões do Eurogrupo, defendendo a austeridade extrema para o país e opondo-se a um novo resgate, e manifestando-se a favor da expulsão da Grécia do Euro.

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Agora que a "mídia baixa estima" não tem mais como fazer comparações desconexas entre o Brasil e a Finlândia  sobre "qualidade de vida e felicidade", vamos ver o que irão inventar para exibir no JN, que se afunda cada vez mais mais a cada dia que passa,

A conferir...

Para você que chora pela crianças síria mas não se importa com a miséria a seu redor

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Falta água para refugiados haitianos no Acre
O grande acontecimento na internet nesta semana não foi uma modelo que foi traída ou uma subcelebridade que resolveu escrever uma autobiografia ou uma atriz que mostrou os seios na televisão. Foi a foto chocante de uma criança síria morta na tentativa de fugir da guerra e da fome e alcançar o primeiro mundo.

A família do menino Aylan Kurdi tentava entrar no Canadá, que teria negado pedido de refúgio e ofereceu asilo ao pai da criança depois que a foto viralizou na internet. Só depois que a tragédia foi assistida pelo mundo inteiro – antes disso, a questão imigratória simplesmente não era um problema da Europa (e nem nosso, para sermos sinceros).

A fotografia – que promete ser um divisor de águas na atitude européia com a questão dos imigrantes (embora eu, particularmente, não guarde essa esperança) -- rendeu opiniões emocionadas, ilustrações tocantes e milhões de manifestações de condolências na internet.

Parece que o mundo enxergou que a questão imigratória – assim como várias outras questões sociais – é, sim, um problema nosso.

O poder da internet de viralizar absolutamente tudo finalmente alcançou um refugiado, um esquecido, um marginalizado, um invisível. É claro que é louvável saber que as pessoas – a internet, sobretudo – ainda são capazes de se deixarem tocar, mas isso me pareceu cruelmente raso e efêmero, exatamente como aquelas fotos de crianças africanas famintas nas timelines de quem diz que menino de rua é trombadinha e é a favor da redução da maioridade penal.

A foto viralizou exatamente como a Andressa Urach, a traição do Marcelo Adnet, a morte de um cantor sertanejo: nada muito frutífero, nada realmente tocante, nada que vista um sentimento permanente.

Esse texto é pra você que acha que o mundo vai mal porque um imigrante sírio foi fotografado morto numa praia, mas ignora a guerra urbana nas favelas da sua cidade. Que lamenta a questão imigratória na segurança do seu quarto, protegido pelos muros – visíveis e invisíveis – do seu condomínio, que acha tocante que a tentativa imigratória mate crianças (e adultos, e idosos), mas não enxerga que isso é um fruto amargo do mesmo sistema que não ampara o homem que te pede esmola na mesa de um bar.

O trombadinha faz tudo e Sherlock Holmes

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O faz tudo.

Eugène François Vidocq morreu em Paris, em 1857.

Desde que havia assaltado, aos catorze anos, a padaria de seu pai, Eugène foi ladrão, saltimbanco, espadachim, soldado desertor, contrabandista, mestre-escola louco pelas menininhas, ídolo dos bordéis, empresário, delator, espião, criminologista, especialista em balística, diretor da Sûreté Générale - a polícia francesa de investigações, e fundador da primeira agência de detetives privados.

Vinte vezes se bateu em duelo e fugiu de cinco prisões, transformado em freira ou mutilado de guerra.

Foi mago do disfarce, delinquente disfarçado de polícia, polícia disfarçado de delinquente, e foi amigo de seus inimigos e inimigo de seus amigos.

Sherlock Holmes e outros famosos detetives da literatura europeia devem boa parte de suas habilidades aos truques que Vidocq aprendeu praticando o crime e que depois aplicou para combatê-lo.

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Os Filhos dos Dias.

Os 11 princípios do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels

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Qualquer semelhança com as práticas da mídia golpista brasileira é mera coincidência...

Conhece Joseph Goebbels, o violento ministro de propaganda de Hitler? Estes são os 11 princípios que levaram o povo alemão a tentar exterminar à humanidade:

1.- Princípio da simplificação e do inimigo único.

Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.

2.-Princípio do contágio

Divulgue a capacidade de contágio que este inimigo tem.  Colocar um antes perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo.

3.-Princípio da Transposição

Transladar todos os males sociais a este inimigo.

4.-Princípio da Exageração e desfiguração

Exagerar as más noticias até desfigurá-las transformando um delito em mil delitos criando assim um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?”

5.-Princípio da Vulgarização

Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As ações do inimigo são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir.

6.-Princípio da Orquestração

O Inferno

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Lá pelo ano de 960, os missionários cristão invadiram a Escandinávia e ameaçaram os vikings.

- Se insistissem em seus costumes pagãos, iriam parar no Inferno, onde ardia o fogo eterno.

Os vikings agradeceram a boa notícia.

Eles tremiam de frio, não de medo.

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Os Filhos dos Dias.


Existe amor tão forte a ponto de superar uma traição?

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Ela me empresta um livro do qual eu tinha ouvido falar com admiração. O Passado, romance de amor do argentino Alan Pauls. 

Eu tinha acabado de ler O Homem Comum, de Philip Roth, altamente depressivo. Gosto de Roth, gosto do erotismo requintado que brota de sua prosa, mas O Homem Comum é negativo demais.

Um cara de 71 anos vê seus amigos doentes, prestes a morrer ou já mortos, e ele mesmo reconhece o quanto sua vida foi patética. Mas gosto tanto de Roth que, ao contrário do que faria normalmente, fui até o fim.

Fui fisgado pelo Passado imediatamente. Primeiro pela edição caprichada da editora, e até antes disso pelo bom gosto literário de quem me emprestou. Depois pela citação de dois pintores que admiro, austríacos e iconoclastas os dois, quase da mesma época (final do século 19, início do 20), Schiele e Klimt.

Há em Schiele e Klimt um caos colorido, erótico, perturbador. Mulheres angulosas, despidas ou quase, sem vergonha dos pêlos, modelos que quase sempre foram amantes dos dois gênios, e que por meio deles alcançaram a imortalidade. Tenho uma reprodução de O Beijo, de Klimt, em meu quarto. Acordo com ela, e gosto disso.

Um trecho de O Passado me chama a atenção. O protagonista, apaixonado, não pensa na possibilidade de dormir com nenhuma outra mulher. Jamais fez isso. Ele conta isso para ela. Ela diz: “Eu fui pra cama com o Rafael”. Palavras do autor: “Então ele soube que, para algum dia deixar de amá-la, algo mais forte que outro homem, que outra mulher, algo tão desumano e cego quanto um desastre, uma queda de avião, um terremoto, teria de arrancá-la de seu lado e extirpá-la de sua alma”.

Reflito um momento. Existe amor assim tão generoso e permissivo? A traição gera ódio e desejo obsessivo de vingança. Muitas vezes a pessoa finge perdoar, mas fica no fundo de sua alma um ódio que, cedo ou tarde, explode alguma forma. Não sei se existe mesmo amor tão lindo quanto o descrito por Pauls.

Chuto que não.

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Fabio Hernandez

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