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A arma para combater os ataques que sofremos, é seguir um sonho Coletivo!

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Olá pessoal,

Nos últimos dias tenho recebido muitos ataques de golpistas, homofóbicos, fundamentalistas religiosos e psicopatas no meu site. Por conta disso resolvi desabilitar temporariamente os comentários nos artigos do blog.

- Se pensam que vão me intimidar, se enganam.

Vou continuar usando esta ferramenta para defender a Democracia, os mais pobres, a opção sexual de cada um/uma, a laicidade do Estado, os direitos das mulheres/crianças/idosos/negros vítimas de opressão e violência física/social/econômica.

Continuarei defendo os avanços sociais conquistados pelo mais necessitados e periféricos nos últimos treze anos, dos governos Lula/Dilma, e, não me calarei diante das ameaças de retiradas dessas conquista pelo governo INTERINO E GOLPISTA do Temer.

E para continuar esta jornada, peço-lhe que se some aos mais de 6 mil seguidores do Travessia no G+, no Face e no blog, e me ajude a continuar com esta jornada.

Siga o Travessia. Conto com você.

Um abraço.

Beth Muniz

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Porque somos Tops!

MST lança campanha para construir campo Dr. Sócrates Brasileiro

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O “Trincheira de luta”.

Com o apoio de Chico Buarque, Juca Kfouri e Ermínia Maricato, o MST  lançou a campanha de financiamento coletivo para construir o Campo Dr. Sócrates na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, interior de São Paulo.

Em parceria com o LabHab da Faculdade de Arquitetura da USP, a campanha vai durar 60 dias. O objetivo é levantar R$ 60 mil.

O campo de futebol é a primeira parte da construção do complexo esportivo, que abrigará ainda uma quadra de vôlei de areia, uma trilha ecológica e um memorial sobre Futebol e Política.

O campo será um espaço de saúde e lazer para atender mais de 200 educandos que frequentam a ENFF para estudar por semanas ou meses.

Ele atenderá também as crianças das comunidades de Guararema, local em que a ENFF está instalada. O espaço servirá ainda de ponto de encontro e apoio de times populares.

- Por que homenagear Dr. Sócrates Brasileiro?

A ENFF explica no projeto:

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira (Magrão), não foi só um jogador de futebol, foi a representação da democracia num momento de mercantilização de uma de nossas maiores artes.

Dentro dessa perspectiva, a construção de um campo de futebol não significa só um espaço de lazer, mas um lugar de pensamento político, coletivo e democrático, que tem como objetivo reunir através do esforço popular todos os valores contidos no punho esquerdo de Sócrates.

Dr. Sócrates é homenageado pela ENFF, por seu legado histórico e por nos lembrar sempre que futebol nunca será ópio do povo, mas trincheira de luta.



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Do Viomundo

Mais Médicos é destaque em publicação das Nações Unidas

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Para a alegria da população carente e médicos cubanos, e o desespero dos médicos mercantilista dos Planos de Saúde privados.

Antes do programa, cinco estados brasileiros possuíam menos de um médico para cada mil pessoas, enquanto 700 municípios não dispunham de nenhum médico na atenção básica. Quase três anos após o início do Mais Médicos, foram preenchidas 18.240 vagas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).


Mais Médicos beneficia atualmente 63 milhões de pessoas.

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Programa Mais Médicos, que conta com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, foi considerado prática relevante para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em publicação do Escritório da ONU para a Cooperação Sul-Sul e do PNUD.

O Programa Mais Médicos foi considerado uma das boas práticas relevantes para a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A informação consta da publicação “Good Practices in South-South and Triangular Cooperation for Sustainable Development” (em português: ‘Boas Práticas de Cooperação Triangular Sul-Sul para o Desenvolvimento Sustentável’), primeira de uma série desenvolvida pelo Escritório das Nações Unidas para a Cooperação Sul-Sul e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

'Em defesa da família'

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O Museu Nacional de Brasília convida para um Bate-papo seguido da exibição do Curta ‘Em defesa da Família’.

O filme acompanha um lar formado por duas mães e três filhos cujo cotidiano é "invadido" por discursos de intolerância vindos do Congresso Nacional. 

O filme aborda temas como a homofobia e a própria definição de família dentro de um contexto de luta por direitos civis. Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados busca definir o conceito de família como a união entre um homem e uma mulher, "por meio do casamento ou união estável". O chamado Estatuto da Família, aprovado em comissão especial, é uma das ameaças à comunidade LGBT, representada no documentário por Marília e Vanessa.

Casadas há 13 anos, elas são mães de Samuel, Felipe e Mateus. Entre tarefas diárias, piqueniques e eventos escolares, a família precisa lidar com o preconceito que as cerca. Na ótica do filme, discursos de parlamentares que buscam "defender a família brasileira" com palavras e projetos de lei conservadores agridem e criam "monstros inexistentes", segundo a diretora do curta, Daniella Cronemberger. "O que o filme diz é: precisamos focar o olhar nas pessoas. As pessoas são mais importantes, o amor é mais importante", diz ela.

O curta foi produzido pela produtora brasiliense Olho de Gato Filmes, com verba arrecadada, em parte, via financiamento coletivo na internet. Mais de 300 pessoas doaram cerca de R$ 38 mil.

A produção de Brasília entrou na programação do Short Film Corner, espaço do Festival de Cannes. que aconteceu em maio.

- Quando e onde: Museu da República, Esplanada dos Ministérios.
- Dia 21/6, Terça, 19 horas.

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Brás Cubas, motivo de orgulho na literatura, e de vergonha no caráter do brasileiro

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Seria o personagem mais emblemático da literatura brasileira mais um caso daqueles em que amamos um herói cheio de defeitos, dentre eles o de ser consciente de todas as suas falhas de caráter, fraquezas humanas e ainda por cima, que faz chacota delas para que possamos conhecê-lo melhor?

Brás Cubas, narrador morto de um romance póstumo, só por isso já seria um inovador no campo literário do fim do século XIX. A questão se torna ainda mais complexa se formos analisar e verificar que o tempo “presente” da narrativa é a pós-vida do narrador, que de forma inexplicável escreve um romance mesmo morto e transforma o nosso agora no seu depois.

Vejamos: a narrativa está no tempo presente, mas esse presente já passou, pois o livro (que Brás Cubas deixa claro ser uma obra escrita por ele para nós) já terminou de ser escrito, então é, ao mesmo tempo, passado. E é passado pela segunda vez ao ser o romance sobre a vida que ele viveu antes de morrer (óbvio? Não, afinal ele também vive (ou viveu) uma vida depois de morto, que foi quando nos escreveu o romance).

O prefácio já nos prepara para o que vem pela frente ao revelar, em uma página, a personalidade do personagem que nos conta sua vida. E a pergunta que se pode fazer (e seria uma pergunta muito comum muito tempo depois na literatura) é se de fato podemos acreditar nesse narrador. Sim, porque suas intenções ao revelar detalhes de sua vida e pensamento não são claras. Ao mesmo tempo em que ficamos sabendo de seus amores, percebemos que as bases de seus sentimentos são questionáveis e muito rapidamente a direção de sua vida se modifica. Mesmo quando Brás Cubas nos confessa um profundo pesar por algo, não tarda mais de algumas linhas para que, com uma boa dose de sarcasmo, a vida real seja reconsiderada, colocando em dúvida sua sinceridade.

E para o delegado “bonitinho”, nenhuma punição?

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Ontem, 6/6, houve uma Audiência pública na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, para debater o caso do estupro coletivo ocorrido recentemente, e que ainda nos deixa perplexos e indignados.

Convidado a prestar esclarecimentos sobre sua participação na investigação do caso, o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers não compareceu. 

Poderia ter ido pelo menos para pedir desculpas publicamente, pela agressão e violência que cometeu contra a adolescente e a todas nós, mulheres, que por extensão, também fomos agredidas. Thiers ainda cometeu a indecência de enviar uma delegada, para comunicar que o colega, no caso, ele, estava de férias.

- Perdeu a chance de crescer enquanto homem e como ser humano.

Deputados/as e representantes de entidades de defesa do direito da mulher tinham preparado uma série de perguntas sobre a postura do titular da DRCI na condução inicial do crime contra uma adolescente de 16 anos. Em conversa de WhatsApp, ele chegou a desqualificar a vítima.

A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), que é responsável pela investigação do estupro coletivo, iniciou o debate ressaltando que o vídeo, por si só, já mostrava o crime e, por isso, pediu a prisão de todos os identificados pela DRCI no mesmo dia que pegou o caso.

Resta saber quais as sanções disciplinares as “nobres” autoridades superiores do Estado e da polícia civil adotarão para punir o delegado bonitinho, arrumadinho, branquinho, machinho, bem criado e bem nascido, que adotou uma conduta nada profissional e muito menos humana e respeitosa com a vítima, no decorrer do tempo em que esteve responsável pela investigação.

- Até agora nada.

Prova retumbante que a cultura do estupro está enraizada em todos os setores da sociedade. Inclusive naquele que deveriam por forçados cargos e das atividades que exercem, combate-la.

- Revoltante!

Beth Muniz





Conferência sobre a mulher discute mais direitos e participação na política

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“As mulheres podem estar e devem estar em todos os lugares de poder, em qualquer área da sociedade e desenvolver qualquer tarefa".

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Brasília - A luta por mais direitos e espaços na política brasileira é uma das pautas da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que começa hoje (10) em Brasília. Para a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, é inaceitável que menos de 10% do Congresso Nacional seja formado por parlamentares mulheres.


“É importante lembrar que se nós mulheres somos 52% da população, é lamentável que só tenhamos 9% de representação no Congresso. Isso não pode continuar acontecendo.”, disse à Agência Brasil. Com o tema Mais direitos, participação e poder para as mulheres, a conferência quer assegurar a democracia e a consolidação das políticas já colocadas em prática.

“As mulheres – me lembro bem do que disse a presidenta Dilma em seu primeiro discurso, no início do mandato – podem estar e devem estar em todos os lugares de poder, em qualquer área da sociedade e desenvolver qualquer tarefa.”, afirma.

Seis consultas nacionais deram voz aos vários segmentos, grupos e etnias - foram ouvidas mulheres transexuais, ciganas, mulheres com deficiência, indígenas, quilombolas e de religião de matriz africana. Cerca de 3 mil pessoas representarão todos os estados do país na conferência, que vai até quinta-feira (11). Como resultado, serão feitas recomendações para o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres

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Mulheres perderam o medo de denunciar a violência, afirma Ministra.

Começa amanhã em Brasília e ocorre até o dia 18, a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, convocada pela  presidenta Dilma.

Coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, a Conferência tem como  objetivo o fortalecimento d a Política Nacional para as Mulheres. 

As Etapas Estaduais, Municipais e as Conferências Livres ocorreram no período de Março à Dezembro de 2015, em todo o Brasil, e remeteram as suas conclusões para a apreciação da 4ª Conferência Nacional.

Eu estarei lá.

Terminada a Conferência, prometo a vocês que escreverei um artigo sobre os seus resultados.

Para saber mais, acesse aqui.

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http://www.spm.gov.br/4cnpm/

Normandia, lugar de vida e de luta

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Normandia, assentamento do MST, em Caruaru, completa 23 anos de vida e de luta

São 23 anos de muita história para contar. História de luta e resistência que o assentamento Normandia, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aniversaria neste dia 1º de maio. Foi no dia do trabalhador e da trabalhadora que, em 1993, 179 famílias ocuparam a fazenda na zona rural de Caruaru, no Agreste Central de Pernambuco. Em 1997, Normandia foi de fato reconhecido como assentamento.

Garantir a permanência no espaço não foi fácil, foram cinco ordens de despejo, muito sofrimento, plantações queimadas, barracos derrubados e até greve de fome. Mas a organização, força e resistência de luta possibilitou a conquista. O aniversário será comemorado com muita animação, nesta segunda-feira, dia 02.05, e estão previstas atividades culturais abertas à comunidade. “Teremos apresentação teatral, entre outras atividades”, explica Maria Joelma, da coordenação do Centro de Formação Paulo Freire, que compõe a estrutura do assentamento.

Hoje, em sua estrutura, Normandia conta, além do centro de formação, com cooperativa, associação, agroindústria, escola multisseriada até o quinto ano, e com o grupo de mulheres boleiras, todas estruturas ativas e de organização dos assentados e assentadas e que também acolhem a comunidade nas atividades. O Centro de Formação Paulo Freire é onde são realizados encontros e formações do MST em Pernambuco.


Mas o espaço é aberto e recebe cursos e atividades de outras organizações, grupos ou movimentos. Todos os meses atividades de diversas naturezas são recebidas no espaço. A Universidade Federal de Pernambuco, campus Agreste, é um dos exemplos de como a comunidade utiliza o espaço, realizando lá cursos e formações. Um espaço agregador, onde a formação popular é um princípio. “O centro de formação faz parte da estrutura do assentamento Normandia e vem funcionando desde 1998. É espaço de formação para o movimento do campo e da cidade. Universidades, entidades parceiras e outras unidades do campo se reúnem também aqui”, explica Joelma.

A comemoração dos 23 anos do assentamento vem para marcar e reforçar com muita mística a luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra. Em Normandia e em outros assentamentos espalhados pelo Brasil, essa celebração acontece diariamente a partir da força de organização de assentados e assentadas. E na luta diária de todos e todas que buscam que a reforma agrária se consolide no Brasil e possibilite o direito à terra e melhor qualidade de vida a camponeses e camponesas do País.

“O assentamento do MST tem que ser o melhor lugar do mundo para se viver”.

É a palavra de ordem do movimento

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Fonte: Catarina de Angola
Brasil de Fato

A loucura do coração, no coração da loucura

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'Nise - o coração da loucura' é um filme que deve fazer parte do ensino e pesquisa das universidades brasileiras tanto na área artística quanto médica.

Um sinal do coração basta para que se abra um paraíso ou um inferno. Um limbo talvez se a batida paradisíaca ou infernal, irrompendo-se de repente e ao mesmo tempo, for do mesmo tom e intensidade, quando uma se contrapõe à outra. Esta é a sintonia-espera-distonia, a loucura, de cada coração no decurso de sua sinfonia quotidiana.

Nise: o coração da loucura, filme dirigido por Roberto Berliner, leva o coração a descompassar nos três estados evocados. As sequências de cenas transportam sentimentos de um lado a outro da tríade. Um rio de três margens ao se abrir um vértice de terra no meio do leito principal.

Enquanto o coração navega por esse rio, às vezes sombrio, outras ensolarado, muitas vezes caleidoscópico, quase nunca apaziguado, a tela se faz coração e pulsa pelos personagens que se encontram e desencontram entre si através de seus conflitos internos. Densamente povoados.

De fato, o filme se intromete no interior dos espectadores, em cada coração, e cada espectador ao revés vê seus sentimentos reverberados na tela. Uma conjugação de sentimentos visuais e sanguíneos na sequência de um roteiro limpo, exato, doce e seco, tateando como convém na busca da expressão da loucura.

Nise era bem assim. Limpa, exata, doce e seca, mas da textura do outono aprazível, não a do inverno cortante. Não era de poses melodramáticas, superficiais, contidas ou abundantes. Dizia muito em pouco. Seus olhos eram o mapa de seu coração, além de seus gestos largos ao se estenderem no trato do outro para compreender e enlaça-lo.



Uma folha seca saída do galho de uma frondosa árvore. Desce lenta, suave, tranquila, ave sem asas. Até se deitar mansamente no solo. Na verdade, o solo a espera desde seu desprendimento para acolhe-la de corpo inteiro. Admirado. Ninguém passou por Nise sem ser aguilhoado no doce ou no seco.

12 livros feministas que você precisa conhecer – Parte III

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Para uma melhor reflexão, vou mencionar em cada post, apenas três.

Para ler o post anterior clique aqui.

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Fundamentos para uma leitura crítica do mundo social

As reflexões produzidas pelo feminismo – numa economia expressiva, já que se trata na realidade de feminismos, no plural – colocam questões fundamentais para a análise da opressão às mulheres nas sociedades contemporâneas. Mas não é só da posição relativa das mulheres que trata a crítica feminista.

O conjunto cada vez mais volumoso dos estudos feministas expõe os limites das democracias quando estas convivem com a exploração e a marginalização de amplos contingentes da população.

Analisam, assim, mecanismos que operam para silenciar alguns grupos e suspender a validade das suas experiências – eles operam de maneira específica sobre as mulheres, mas não se reduzem a uma questão de gênero. Tratam das conexões entre o mundo da política, o mundo do trabalho e a vida doméstica cotidiana. Na produção mais recente, sobretudo, apresentam contribuições incontornáveis para o entendimento de como diferentes formas de opressão e de dominação operam de forma cruzada e sobreposta. Cada vez mais, falar da posição das mulheres é falar de como gênero, classe, raça e sexualidade, para mencionar as variáveis mais mobilizadas, situam conjuntamente os indivíduos e conformam suas alternativas.

Em sua diversidade, a produção feminista questiona a subordinação e confronta, permanentemente, discursos que se fundam na “natureza” para justificar a opressão.

A lista que apresentamos traz um conjunto (entre muitos outros possíveis) de leituras feministas que colaboram para entender o mundo contemporâneo e os desafios que enfrentamos para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais livre. A ordem segue de maneira aproximada a data da publicação original das obras.

8 de Março: As grandes mulheres negras da história do Brasil

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Talvez você nunca tenha conhecido a trajetória de sequer uma mulher negra na história.

Mesmo na escola, nas aulas sobre o período da colonização e da escravidão, é provável que você não tenha lido ou ouvido falar sobre nenhuma líder quilombola, nem mesmo sobre líderes que foram tão importantes para comunidades enormes.


Essa ausência de conhecimento é um problema profundo no Brasil. Infelizmente, na escola não temos acesso a nomes como o de Tereza de Benguela, por exemplo, que recentemente se tornou símbolo nacional, quando o dia 25 de Julho foi oficializado como o Dia de Tereza de Benguela. Ainda assim, há grandes chances de que essa seja a primeira vez em que esse nome lhe salta aos olhos.

Para conhecer as histórias de luta dessas mulheres, é preciso mergulhar em uma pesquisa pessoal, que antes de tudo precisa ser instigada. Mas se as escolas e Universidades nem mesmo mencionam a existência de mulheres negras que concretizaram grandes feitos no Brasil, como a curiosidade das pessoas será despertada?

Na prática, as consequências dessa ignorância são muito graves. Não aprendemos que mulheres negras foram capazes de conquistas admiráveis ou que lutaram bravamente, até mesmo em guerras contra a escravidão, e crescemos acreditando na ideia de que as mulheres negras nunca fizeram nada de grandioso e nem marcaram o país como outros grupos de pessoas. A tendência de muita gente é associar a bravura, a inteligência e a estratégia somente a figuras masculinas, sobretudo aos homens brancos, que são notavelmente mais registrados, memorados e citados em aulas de História.

Dividir para somar!

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Nos últimos 10 anos, jornada feminina aumentou uma hora.

"A diferença persiste porque os homens não reconhecem que as responsabilidades devem ser compartilhadas de forma igualitária". 

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A mais recente pesquisa do IBGE comprova que a mulher, apesar de ser maioria na população e maioria no mundo do trabalho, continua ganhando menos e trabalhando mais.

Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita entre os anos de 2004 e 2014 com 150 mil famílias, a dupla jornada feminina aumentou uma hora. Agora as mulheres trabalham cinco horas a mais que os homens.

A estatística também mostra que, enquanto a jornada de trabalho masculina fora de casa caiu de 44 horas para 41 horas e 36 minutos por semana, a carga horária dedicada ao trabalho doméstico se manteve estável. Ou seja, o tempo livre não foi revertido em maior dedicação ao lar.

Nesse mesmo período de 10 anos, a mulher manteve uma média de jornada de trabalho fora de casa de 35 horas e meia, mas ainda continua ganhando 24% a menos que os homens – e acumulando tarefas domésticas.

Para a economista Marilane Teixeira, a diferença persiste porque os homens não reconhecem que as responsabilidades devem ser compartilhadas de forma igualitária. “A cultura enraizada naturaliza papéis sociais para homens e mulheres”, comentou. A dupla jornada é realidade da grande parte da população feminina no país.

O bode que iludiu o governo

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Não se sabe ao certo, mas uns dizem que a metáfora do bode na sala vem de uma antiga parábola chinesa. Um sujeito reclama que a sua vida em casa estava um inferno, na mesa faltava comida, todos ali discutiam e todos queriam ter razão. Um amigo sugeriu ao sujeito que colocasse um bode na sala. Mesmo estranhando, seguiu seu conselho e a reação foi imediata. 

O bode, além de sujar o local, ainda exalava um cheiro terrível, ou seja, a situação ficou pior ainda. Devido a isso o bode foi retirado e os ânimos na casa nunca estiveram tão bons. O bode causou tanto problema que eles até esqueceram-se dos outros problemas que tinham. 

Tudo de acordo com o projeto de lei aprovado ontem no Senado.

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No início de 2015, quando a base de apoio à Dilma Rousseff erodiu, iniciou-se imediatamente uma caça ao petróleo, digna dos pioneiros texanos. "Três craques" saíram na frente tentando perfurar o primeiro poço: o presidente da Câmara Eduardo Cunha e os senadores José Serra e Renan Calheiros.

Serra e Calheiros acabaram se aliando em seus trabalhos pioneiros.

Nas votações de ontem conseguiram a adesão do governo com uma versão muito simples da estratégia do bode na sala.

Consistiu no seguinte.

A Petrobras, de fato, tem problemas imediatos para manter o ritmo de investimentos no pré-sal. Está com um alto grau de endividamento agravado pela queda nos preços do petróleo.

Serra apresentou um projeto que tirava da Petrobras a obrigatoriedade e a preferência de ficar com os 30% de cada exploração. Teve início as negociações, e a base aliada foi convencida de que, dando à Petrobras o direito de preferência, tudo estaria resolvido.

Você sabe quanto ganha um médico perito do INSS? - II

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Em 2010 eu publiquei um artigo sobre a greve dos médicos peritos do INSS. Este artigo é um dos mais acessados no Travessia. 

Agora, em 2016, ao término de mais uma greve que durou mais de 4 meses - de 4/9/15 à 22/01/16, e deixou mais de 1,3 milhão de pessoas sem atendimento pericial inicial, e consequentemente sem salário, volto a atualizar esses dados. Não porque os ache bonito. 

Mas, para dar conhecimento aos leitores do blog o quanto a população desembolsa para ter um serviço que lhe garanta na hora mais crítica da vida – a hora da doença -, o seu direito, e não o tem.

E vale lembrar que esta população é a que menos ganha, e a mais necessitada da proteção do Estado. Estado este que continua refém das corporações mercantilistas que só enxergam o seu próprio umbigo, e se esquecem que quem lhes paga o salário não é o governo, mas os trabalhadores, com os seus impostos.

Mas, afinal, quanto ganha um médico perito do INSS?

Hoje, para uma jornada de 40 horas:
- Início de carreira: R$ 11.383,54.
- Final de carreira: R$ 16.222,85.

Em agosto de 2016, com a mesma jornada:
- Início de carreira: R$ 12.009,65.
- Final de carreira: R$ 17,115,15.

De acordo com o Acordo firmado com o governo federal, as remunerações terão reajuste anual e chegarão em janeiro de 2019 aos seguinte valores: 

Fotógrafo conta histórias de amizade entre moradores de rua e seus cães

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Parte da venda do livro de Edu Leporo será revertida em ração, vacinas, castrações e coleiras antipulgas para os animais de rua.

O ritmo frenético das ruas de São Paulo faz com que muitas belezas não sejam notadas. A pressa e a indiferença podem anular do campo de visão um graffiti, um prédio histórico, um jardim florido e até mesmo milhares de pessoas que fazem das calçadas suas casas. Mas essas pessoas muitas vezes invisíveis (e com relações ainda mais invisíveis) não passaram despercebidas aos olhos atentos do fotógrafo Edu Leporo. Interessado em registrar pessoas em situação de rua ao lado de seus cães, durante três anos o fotógrafo especializado em animais frequentou praças, calçadas e viadutos da capital paulista para documentar a profunda relação de amizade entre eles.

"Como é a vida dos cães que vivem nas ruas?" Em 2012, o Elu Leporo decidiu procurar, com sua câmera, a resposta para esta pergunta. O resultado até agora são seis exposições já realizadas em São Paulo e o lançamento do livro Moradores de Rua e Seus Cães, que traz fotografias e 19 histórias de amizade. "Eu sempre via cães de ruas com seus donos e eu queria saber como era a vida deles: como eles se viravam, como viviam, como faziam para comer, dormir, beber etc", afirma Leporo, que promoveu uma campanha de financiamento coletivo para o lançamento da obra.

Inseparáveis

A intolerância

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A intolerância é a imbecilidade à procura de uma multidão. 

É o espetáculo da estupidez com entrada franca, mas todos pagam caro ao final, quando as portas são fechadas, uma após outra. 

A intolerância é o ofício de trucidar inocentes.  Por isso o ódio é um requisito - veneno trazido em embalagem de remédio. O ódio justifica culpar, perseguir, condenar e executar pessoas que não merecem ser tratadas como pessoas, nem mesmo como adversários, e sim como inimigos.

A intolerância é uma seita cultuada e inculta. Com ideias em falta, os xingamentos sobram. A narrativa dos intolerantes não é a de contar histórias, mas a de encontrar culpados. O discurso dos intolerantes não é a conversa e a argumentação, é a ofensa. 

Os intolerantes não são burros. Quem dera fossem. Burros são criaturas simpáticas, pacíficas, úteis, laboriosas, respeitadoras. Sequer fazem asneiras, ao contrário do que se lhes atribui. Burros relincham, mas não gritam nem ofendem. Burros cometem erros, mas, nunca, injustiças.

A intolerância é um Mar Morto salgado até trincar. É um monumento granítico impermeável ao bom senso. É a corrupção da alma - por isso, a corrupção é seu assunto predileto. 

A intolerância é obscena, pois desconfia que tudo é uma vergonha. A perseguição seletiva apresenta-se como seu principal espetáculo, protagonizado por heróis da repressão. 

Fórum Social Temático começa hoje em Porto Alegre e comemora 15 anos

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Começa hoje (19) em Porto Alegre a edição brasileira que celebra os 15 anos do Fórum Social Mundial (FSM). Com o tema Paz, Democracia, Direito dos Povos e do Planeta, o encontro segue até sábado (23) e reúne participantes de organizações sociais e movimentos populares para debater a conjuntura mundial, com a perspectiva de construir um novo modelo de desenvolvimento.

O fórum temático no Brasil é preparatório à edição mundial do evento que ocorrerá em Montreal, no Canadá, entre os dias 9 e 14 de agosto, o primeiro a ser realizado no Hemisfério Norte.

Desde 2001, o FSM reúne militantes de diferentes países no mesmo período em que ocorre, em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial. 

Para Oded Grajew, coordenador-geral da organização não governamental Rede Nossa São Paulo e idealizador do fórum.democracia será o tema central deste Fórum Social Temático em Porto Alegre. “Existe hoje uma grande perplexidade em relação aos atuais modelos políticos, não só no Brasil, mas no mundo. Há uma desconfiança de que os políticos e os governantes atuam mais em benefício de uma elite econômica do que em relação à maioria da população. Há desconfiança em relação à eficiência de gestão dos políticos, às vezes são bons políticos, mas não bons gestores”, disse à Agência Brasil. Ele destacou que há a expectativa de que este espaço sirva para discutir propostas e conhecer exemplos que “possam inspirar outros”. Após 15 anos do surgimento da proposta do FSM, Grajew avalia que muitos problemas persistem. Ele cita como o mais simbólico a questão da desigualdade.

Meninas de Ouro! Hexacampeãs!

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Esqueça os marmanjos do futebol masculino, que ganham rios de dinheiro e não fazem absolutamente nada dentro do campo, a não ser amarelar, no pior sentido da expressão.

Lembre-se do merecido o 7 x 0 da Alemanha.

Só não se esqueça de que no mundo do futebol profissional impera a lógica masculina da valorização dos homens, a bandalheira da corrupção e a desvalorização do melhor futebol que temos hoje no país: O futebol Feminino!

- E salve as meninas!

Ontem, 20/12, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino conquistou o sexto título do Torneio Internacional de Futebol Feminino, realizado este ano em Natal (RN). 

Com o apoio da torcida, que compareceu em peso à Arena das Dunas, as brasileiras venceram a equipe do Canadá por 3 a 1, com gols de Andressa Alves e Mônica (duas vezes), e fecharam o ano de 2015 em grande estilo.

Campeãs invictas, as jogadoras comandadas pelo técnico Vadão chegaram à final no primeiro lugar do quadrangular, podendo jogar pelo empate na decisão. 

Na primeira fase, foram duas goleadas – contra Trinidad e Tobago por 11 a 0, e México por 6 a 0 –, e uma vitória simples – 2 a 1 sobre o Canadá.

O que vi ontem foi um show de profissionalismo, cooperação e solidariedade entre as meninas do Brasil.

Ao final, antes de erguer a Taça, Marta tirou a braçadeira de capitã do braço e a entregou simbolicamente a Formiga.

Gesto que no mundo do futebol masculino ninguém é capaz de fazer.

O Torneio foi transmitido pela TV Bandeirantes.

Em que espelho ficou perdida a minha face?

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Retrato.

Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

 Cecilia Meireles





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