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Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda?

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Gentileza: Na atualidade, um valor em extinção.

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- Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda?

As perguntas acima foram feitas por mim para uma senhora idosa que caminhava com dificuldade, que cruzou o meu caminho ontem. Ou será que foi eu quem cruzou o dela? Não importa. 

A resposta imediata que recebi foi um Tudo Bem... Não muito convencida segui em frente. Me afastei, mas fiquei a observar. Voltei e novamente perguntei:

- Tudo bem com a senhora? Precisa de ajuda? 

Desta vez a resposta foi diferente: “Acho que vou aceitar a sua ajuda. Não estou conseguindo andar sozinha. As minhas pernas estão falhando...”.

Ofereci-lhe o meu braço e a conduzi até o hospital situado a uns quinhentos metros, onde a senhora ia pegar o resultado de um exame. Exatamente o exame das pernas que estavam falhando. 

Na Recepção do hospital solicitei as informações necessárias e a levei até o setor em que pegaria os exames. Depois, a orientei a comprar uma bengala para ajudá-la a deambular, e, a ligar para algum familiar. A ligação ela fez. Se comprou a bengala não sei. 

Então, eu que havia ido ao supermercado comprar umas coisinhas, pude seguir o meu rumo com um sentimento de dever cumprido.

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Pois é...

E para quem vive repetindo que Gentileza gera Gentileza, uma historinha de quem teve o privilégio de vê-lo pessoalmente, diariamente...

É preferível a solidão fiel do que a companhia traiçoeira

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UM BOM LIVRO E UM BOM VINHO SÃO MELHORES DO QUE MUITA GENTE.

Estou ficando velha e a cada dia mais medrosa. Tenho medo de tudo. Do escuro, de espíritos, de barata, de montanha-russa, até de manga com leite - melhor evitar. Não me convide para programações radicais, como descer numa tirolesa ou pular de uma cachoeira. Para quê? Já estou velha para algumas emoções. Quanto mais perto dos 40, mais me convenço de que já vivi o bastante para saber, pelo menos, o que eu não quero fazer.


Hoje eu sei que não preciso mais me agarrar à adrenalina para me sentir viva. Ler um livro, assistir a um filme, encontrar um amigo me fazem melhor do que voar de asa delta, por exemplo. Chega uma época em que não precisamos mais de autoafirmação. Nós nos conhecemos tão bem que já não fazemos a menor questão e o mínimo esforço para agradar aos outros. Não temos mais a necessidade de nos sentir aceitas, da mesma forma que também não aceitamos qualquer um e qualquer programa.

Uma coisa é certa: o nível de exigência aumenta impetuosamente com os anos e isso reflete em todos os aspectos. Para sair de casa, só se a companhia for excepcional. Para entrar num relacionamento, nem se fala. Depois dos 30, nós só namoramos se valer muito a pena. Antes só do que mal amada. Se isso é bom? Claro que sim! Fica quem quer ficar e vai embora quem deve ir.

31 de outubro. O Dia do Saci

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Um dos fundadores da Sociedade dos Observadores do Saci, o escritor e jornalista Mouzar Benedito afirma que a ideia de comemorar essa data surgiu como contraponto à “invasão do Halloween” no país.

O Dia do Saci surgiu em 2003 e hoje é comemorado em São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, e em diversos municípios do país. A cada ano cresce o número dos seguidores do Saci.

Para ele, é muito importante disseminar os nossos mitos para combater o preconceito com conhecimento. “Ocorre atualmente no Brasil uma desvalorização de tudo o que é brasileiro, justamente para defenderem a submissão ao capital estrangeiro”.

Dessa forma, “nada que é nacional serve. 

A Petrobras não pode existir e a exploração do nosso petróleo tem que ser feita por empresas do Hemisfério Norte”. Benedito ressalta ainda que para o governo golpista “a cultura não tem importância nenhuma, mas para nós é por onde se dá grande parte da resistência à destruição de nossos direitos”.

E complementa: “O Saci, a Iara, o Boitatá, o Curupira, o Mapinguari e muitos outros brasileiros legítimos estão aí para serem festejados, sem espírito comercial, como nossos legítimos representantes no mundo do imaginário popular e infantil”.

De acordo com Benedito, a dominação de um povo, começa pela destruição de sua cultura. “Os colonizadores europeus quando chegaram no continente americano passaram a demonizar a mitologia indígena, colocando a sua cultura como superior”.

Que Brasil nós Queremos?

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Artistas denunciam PEC 241.

Vários artistas denunciam a PEC do fim do mundo. 

A iniciativa faz parte de uma campanha da CUT para alertar a sociedade dos possíveis retrocessos que o projeto traz, caso seja aprovado no Congresso Nacional.

#ForaGolpistas #PEC241Não #PECdaMaldade #PECdoFimdoMundo


Saiba quem e quais partidos votaram contra o futuro das crianças, jovens e aposentados. Contra os mais frágeis e necessitados. Amanhã, você ou alguém de dentro da sua família poderá estar nesta situação.

Para eles, o futuro é Não Ter Futuro!

Veja aqui.

“Era o Hotel Cambridge”

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Emocionante e imperdível programa para quem quer entender as desigualdades sociais a que estamos submetidos e a força de quem luta por direitos, com um dos movimentos sociais mais importantes e atuantes da capital paulista.

O Longa retrata o cotidiano de trabalhadores brasileiros e refugiados que vivem numa das maiores ocupações do País.


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No começo deste ano, a Prefeitura de São Paulo identificou 1.320 imóveis sem função social na capital, ou seja, que não cumprem com interesses da cidade e da sociedade. São cerca de 2 milhões de m2 de casas e edifícios ociosos que não pagam impostos, estão vazios e abandonados. Esses são os estabelecimentos escolhidos pelos movimentos de trabalhadores sem teto para ocupar e transformar em moradia.

Foi o que ocorreu com o Hotel Cambridge, na Avenida 9 de Julho, uma das mais importantes vias de São Paulo, em novembro de 2012. Abandonado, com focos de dengue e acúmulo de lixo, a Frente de Luta por Moradia (FLM) ocupou o hotel, que abriga hoje 170 famílias. Gerido pelo Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC), o imóvel foi recuperado e é lar para trabalhadores brasileiros e refugiados, revelando uma rara mistura de idiomas, costumes, culturas e comidas nos corredores do prédio.

Para retratar o cotidiano dos moradores, a cineasta Eliane Caffé frequentou a ocupação ao longo de dois anos. Criou uma história de ficção (muito real) que narra a trajetória dos refugiados recém-chegados a São Paulo, que não cabem nos abrigos oferecidos pelo Estado, e seu convívio com brasileiros dos movimentos de sem teto. “Somos todos refugiados. Refugiados da falta de nossos direitos”, afirma Carmen Silva Ferreira, dirigente da FLM, que comanda o MSTC e, com dedicação, força e delicadeza, organiza a convivência no Cambridge e outros edifícios do centro da capital paulista.

NA QUEBRADA

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Mostra cultural gratuita celebra 15 anos da Cooperifa.

Dos dias 15 a 23, coletivo realizará apresentações de teatro, música, saraus, debates e cinema na periferia da zona sul de São Paulo. Criolo encerrará a programação

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São Paulo – Em outubro, a Cooperifa, coletivo de vanguarda na produção cultural periférica de São Paulo, comemora 15 anos e, para celebrar, realiza a 9º Mostra Cultural da Cooperifa, entre os próximos dias 15 e 23. Entre as principais atrações está shows do rapper Criolo e da sambista Fabiana Cozza, debate com o cineasta Renato Cândido e uma edição especial do sarau da Cooperifa com a tradicional “chuva de livros”, na qual milhares de publicações serão distribuídas para os participantes. Toda a programação é gratuita.

Na mostra, o público tomará contato com o trabalho de nomes já consolidados do cenário cultural brasileiro, assim como o de outros menos conhecidos. As escritoras Cidinha Silva e Ana Maria Gonçalves, por exemplo, dividem uma das mesas de debate com a jovem poeta Jeniffer Nascimento. Também são presença confirmada os escritores Marcelino Freire, Akins Kintê e Elizandra Souza. Haverá ainda apresentações especiais do Balé Capão Cidadão e do balé afro Kotebam.

O Cinema na Laje, evento realizado durante o ano inteiro pela Cooperifa, terá edição especial no dia 17, com presença do cineasta Renato Cândido, que participará de um debate com o público após a exibição dos três filmes previstos pela programação: Jenifer (Renato Cândido), A Boneca e o Silêncio (Carol Rodrigues) e Preto(Elton Martins).

A programação será aberta por um show da cantora Fabiana Cozza, que apresentará canções interpretadas por Clara Nunes. Em outros palcos, o público ouvirá importantes vozes do rap paulista como Cocão A Voz, Jairo Periafricania, Inquérito, Negredo, Fuzzil. 

O rapper Criolo encerrará a mostra, no dia 23.


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Bruto, duro e cru. Assim é o ‘Precisamos falar do assédio’

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Filmado dentro de uma van-estúdio, documentário da diretora Paula Sacchetta apresenta 26 depoimentos de mulheres vítimas de algum tipo de violência sexual. As mulheres escolheram entre dar o depoimento mostrando o rosto ou com máscara.

São Paulo – Entrou em cartaz ontem (29), no Cine Belas Artes, na região central de São Paulo, o documentário Precisamos falar do assédio, da diretora Paula Sacchetta, que o define como “bruto, duro, cru”. São 26 depoimentos de mulheres contando casos de violência sexual sofrida, em grande parte, durante a infância ou adolescência.

A força dos depoimentos tem ainda mais vitalidade em função da estética adotada pela diretora. Com um fundo escuro, os depoimentos são colhidos com apenas uma câmera parada e a mulher, em close, contando sua história. O filme tem a particularidade de ter sido um projeto-rodante, com as falas sendo tomados dentro de uma van-estúdio, uma espécie de confessionário, que percorreu cinco endereços da cidade de São Paulo e quatro do Rio de Janeiro durante a semana da mulher, em março deste ano.

Ao todo, foram 140 mulheres, entre 14 e 85 anos de idade, vítimas de qualquer tipo de assédio, que decidiram expor sua história. Os depoimentos são puros, sem qualquer tipo de interlocução ou entrevista, e podiam ser feitos mostrando o rosto ou usando máscaras. “No primeiro dia na rua, as mulheres foram tímidas, tentando entender o que estava acontecendo. Isso mudou a partir do segundo dia, quando, após o projeto ter aparecido na mídia, começou a haver uma mobilização das mulheres para encontrar a van e dar seu depoimento”, diz Paula, também diretora do documentário Verdade 12.528, sobre a criação da Comissão Nacional da Verdade.

“Falo das coisas mais tristes e feias do mundo, para tentar mudá-las”, afirma Paula. Ela explica que a ideia do filme surgiu após a grande repercussão nas redes sociais das campanhas #meuprimeiroassédio, #meuamigosecreto e #agoraéquesãoelas. Para a diretora, a partir do momento em que as mulheres se sentem parte de um problema maior, que envolve também milhares de outras mulheres, há mais coragem para falar sobre a violência sofrida.



Com Emma Watson, ONU Mulheres lança relatório sobre universidades

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HeForShe.

Impact 10x10x10.

Documento aborda paridade de gênero em instituições de ensino superior; no relatório, 10 universidades de oito países lista compromissos concretos; Universidade de São Paulo está entre participantes.

Às margens dos debates da 71ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, a ONU Mulheres lançou o primeiro relatório de uma iniciativa da campanha HeForShe, ou ElesPorElas, sobre paridade de gênero nas universidades. A atriz Emma Watson, embaixadora da Boa Vontade da agência da ONU, participou do lançamento.


Neste relatório, 10 universidades mundiais importantes listam compromissos concretos e começam a registrar seu progresso para alcançar a paridade de gênero.

Lançada em 2015, a iniciativa HeForShe Impact 10x10x10 reúne 10 chefes de Estado, 10 CEOs de empresas e 10 presidentes de universidades para acelerar a igualdade de gênero em salas de reuniões e de aula e em capitais do mundo.

"Eu já estou com os pés nesta estrada...

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E não desejo uma viagem de volta para o passado, muito menos em uma Ponte que não aponta para o futuro.

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A legislação trabalhista é uma conquista e um avanço. Podemos afirmar que há dois Brasis aí. Aquele em que antes não havia férias nem descanso remunerado, não havia salário-mínimo e muito menos licença-maternidade. As pessoas trabalhavam doze, catorze, dezesseis horas por dia. Era comum encontrar crianças com oito, nove anos em trabalhos forçados. Havia um processo em gestação que levaria a um colapso social.

Com a promulgação de novas leis a partir de 1931 e a chegada da CLT, em 1943, o país começou a mudar de rumo nas suas relações de trabalho com a incorporação das necessidades dos trabalhadores e de suas famílias. Surge o Ministério do Trabalho, a garantia da carteira de trabalho, do salário-mínimo, da jornada de trabalho, entre outros direitos.

A vida do país prosseguiu. Tivemos períodos de abertura de indústrias, com incentivo às empresas e grande geração de emprego e outros de inflação alta, recessão e milhões de desempregados. Tivemos governos de exceção e desde 1989 elegemos o presidente da República pelas urnas.

Em todas essas décadas sempre que o país não apresentava níveis concretos de crescimento surgiram tentativas de retirar direitos trabalhistas e sociais. Programas aplicavam a tese de que a CLT é arcaica, ultrapassada, que a Previdência Social é deficitária (Análise da ANFIP - Associação dos Auditores Fiscais da Receita - prova o contrário), que não há caminho fora das privatizações.

Jorge Souto Maior - juiz do Trabalho - disse em 2007, que "direito trabalhista não é custo para as empresas" e que flexibilizar as relações de emprego diminui salários e não aquece a economia. A legislação nunca foi um entrave ao desenvolvimento econômico do país. Se isso fosse uma situação válida, "o país já teria um desenvolvimento econômico invejável".

Em 1974, veio a criação do trabalho temporário. Dizia-se que era preciso diminuir os custos, para que em determinadas épocas do ano as empresas pudessem contratar. Em 1988 surgiu a lei do banco de hora.  "O Brasil já fez de tudo que poderia ser feito do ponto de vista da flexibilização. Além disso, a economia não cresceu".
As 10 estratégias da manipulação das massas e outras táticas.

-A distração
-Criar problema para depois oferecer solução
-A Gradação
-O deferido... Entre outras.

Vídeo explica como a manipulação das massas pode levar a retrocessos silenciosos nos direitos sociais.

O desmantelamento dos serviços públicos e diversos ataques aos direitos dos cidadãos vêm sendo usados como argumento do governo para retomar o crescimento econômico e reverter o cenário de crise.


Um discurso comprado pela grande mídia e repetido exaustivamente, como forma de controlar o pensamento e ações dos cidadãos.

Inspirado na obra do linguista e filósofo Noam Chomsky, o vídeo abaixo é muito importante para entendermos o contexto pelo qual o Brasil passa. 


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Fonte: CSPB 



Acorde! Mudança na Previdência vai piorar sua vida

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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) lança cartilha e denuncia o desmonte da Previdência Social promovido pela gestão interina de Michel Temer. 

Com o título, “Acorde! Mudança na Previdência vai piorar sua vida”, a cartilha desconstrói, ponto a ponto, o pacote de maldades de Temer, mostra o que está por trás da proposta que cria a idade mínima e da desindexação dos benefícios do Salário Mínimo.

“As medidas que essa gestão quer implementar se voltam contra a classe trabalhadora e têm por objetivo impor o retrocesso neoliberal e satisfazer interesses da burguesia e do imperialismo. Tal propósito transparece no projeto de reforma da Previdência Social que Temer tenta impor ao nosso povo”, avisou o presidente da CTB, Adilson Araújo.

Ele salienta que “as propostas de Temer já foram repudiadas pela maioria da sociedade. Elas ameaçam, sobretudo, o futuro da nossa juventude”.









Ciência & Mulher: SBPC lança site para enaltecer o papel de mulheres cientistas

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A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC -, lança um novo portal de divulgação científica, o Ciência & Mulher, voltado para as conquistas e descobertas de mulheres das diversas áreas da ciência. O novo Ciência & Mulher.


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Quando abordamos algum tema sobre a importância do reconhecimento do papel da mulher e sua contribuição para sociedade brasileira, somos taxadas de feministas, mal amadas e mal resolvidas sexualmente. A reação, para alguns, pode até ser “compreensível”. Contudo, jamais poderá ser banalmente aceitável. Se o Mundo tem a face masculina que de fato tem, é porque os machos que historicamente o dominou, assim a cunhou. Não por competência ou segurança intelectual ou moral. Mas, pela necessidade cultural e doentia de subjugar as mulheres, condenando-as a desempenhar o papel de ser inferior, nos espaços públicos e privados. Isso tem nome: insegurança sexual e intelectual.

Marie Curie (1867 - 1934) - física e química polonesa, ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1903 e o Prêmio Nobel de Química de 1911, tornando-se a primeira pessoa a conquistar o Nobel duas vezes e em duas áreas diferentes. Ficou conhecida por suas contribuições sobre radioatividade e tornou-se a primeira mulher - e pessoa -, a conquistar o Nobel duas vezes e em duas áreas diferentes. Mas, quantas mulheres sabem disso? Quantas revistas ou publicações científicas divulgam esse feito? Quanto estudos foram escritos e publicados por homens cientistas tendo como base os seus trabalhos sem ao menos mencionar o seu nome? Provavelmente uma infinidade. 

Lady’s Comics: “Aninha e suas pedras”

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Trecho do poema “Aninha e suas pedras” de Cora Coralina.





Lady’s Comics
HQ não é só pro seu namorado

Leia mais em : http://ladyscomics.com.br/

A mulher BRANCA e o feminismo NEGRO

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“Aquele homem ali diz que é preciso ajudar as mulheres a subir numa carruagem, é preciso carregá-las quando atravessam um lamaçal e que devem ocupar sempre os melhores lugares. Nunca ninguém me ajuda a subir numa carruagem, a passar por cima da lama ou me cede o melhor lugar! E não sou uma mulher? (…)” 

(Sojourney Truth)

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O feminismo negro surgiu no Brasil entre o fim da década de 70 e o início da década de 80, com o intuito de pautar as necessidades específicas da mulher negra, que não eram presentes no movimento feminista já existente. De uma forma geral, o movimento tinha uma identidade exclusivamente voltada ao gênero e não via como indispensável a prática de fazer recortes, como por exemplo etnia e classe social.   

Sojourney Truth, que fora escravizada e se tornou oradora, em seu discurso na Convenção de Direito das mulheres em Ohio, no ano de 1851, questionou se ela, enquanto negra, não era mulher, em um discurso que evidenciava o privilégio branco em detrimento ao negro, especificamente, mulheres.  

Partindo da premissa na qual no machismo a opressão se dá do homem estruturalmente opressor para a mulher estruturalmente oprimida, podemos aplicar esses mesmos preceitos dentro da questão de gênero, onde os privilégios das mulheres brancas são interpretados como ferramentas de opressão às mulheres negras. Mas quais privilégios são esses? O privilégio de estampar as capas das revistas, de interpretar majoritariamente os personagens das novelas, de estar nas passarelas ou de simplesmente ser preferida numa disputa por vaga de emprego. 

Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe

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Mulher, sua força pode mudar o mundo!

O dia 25 de julho, escolhido em 1992 para marcar a luta da mulher negra latina é mais uma data que deve ser utilizada para impulsionar a luta cotidiana das mulheres.

Apesar dos pequenos avanços conquistados no Brasil e no mundo através da luta das mulheres, o dia “25 de julho” ainda é um dia de reflexão e “luto” em memória de tantos milhões de mulheres que tiveram suas vidas violentamente marcadas ou simplesmente ceifadas.

Mulheres cujas histórias de sofrimento e lutas tiveram início quando nossas primeiras ancestrais foram sequestradas da África e se viram presas aos grilhões físicos, morais, emocionais, políticos, econômicos e também sexuais. É lamentável que este tipo de coisa ainda aconteça na América Latina e no Caribe.

Uma situação que, para ser compreendida de fato, precisa sempre considerar a profundidade do que significa ser “duplamente oprimida”, como mulher e como negra.

Significa, dentre muitas outras coisas, ser vista como um “objeto”, como os machistas vêm todas as mulheres; mas, também, ter um passado como “escrava”, ou seja, ser vista, pelos “donos do mundo”, como “objeto” desde sempre, feita para servir, “disponível” a qualquer hora e para qualquer coisa, mas ainda indigna de se postular a ser gente.


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A farsa chamada deficit da Previdência Social

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Sem a Previdência, mais de 70% dos idosos estariam na pobreza extrema. 

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O Brasil testemunha, desde o início de 2016, uma saga para empreender uma Reforma da Previdência que exclui, que é privatista e que impactará fortemente centenas de municípios brasileiros. Sob o pretexto de que existe um rombo na Previdência, a cantilena realizada pelo mercado financeiro ao lado do governo interino pode prejudicar os mais de cerca de 35 milhões que hoje são atendidos pelo sistema. Mas, será que existe rombo na Previdência? 

Para o ministro Eliseu Padilha, sim. Durante entrevista ao programa da Rede Globo, Fantástico, no domingo (17), Padilha elencou as propostas da gestão interina para pôr fim no chamado rombo da Previdência. 

No entanto, essa não é a mesma opinião da professora de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Gentil, que ao ser questionada sobre a veracidade do deficit da Previdência, defendeu exatamente o oposto: o deficit seria uma farsa provocada por uma distorção do mercado financeiro, que fecharia os olhos para um artigo da Constituição Federal que exige participação da União na composição da Seguridade Social, da qual a Previdência Social faz parte. 

Segundo ela, o chamado rombo da Previdência é uma mentira construída a partir dos mais variados artifícios financeiros. Em primeiro lugar, a questão está mal posta: não se deve falar em deficit da Previdência, mas da Seguridade Social. Não existe sequer um orçamento da Previdência Social que permita identificar o deficit propalado pelo governo. 

A Constituição Federal instituiu o orçamento da Seguridade Social (art. 165, § 5º, III), que engloba a Previdência, a assistência social e a saúde. Esses três segmentos são financiados por recursos comuns, dentre os quais sobressaem as receitas oriundas das contribuições de Seguridade Social (contribuições dos empregados e empregadores, COFINS, CSL, etc.), cobradas para custear não apenas as aposentadorias e pensões, mas também os programas de assistência social e de saúde. 

A pesquisadora da UFRJ explica que é essa a metodologia utilizada pelos setores que desejam implodir a Previdência. Dados divulgados pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) apontam que a Seguridade Social, historicamente, tem saldo financeiro superavitário e não deficitário como vem divulgando a mídia tradicional e a gestão interina de Temer. De acordo com o estudo, os superavits dos últimos três anos foram: ano de 2013 R$76,2 bilhões; ano de 2014 R$53,8 bilhões; ano de 2015 R$23,9 bilhões. 

Guimarães Rosa e Manuelzão: a amizade de oito dias que gerou uma obra de 60 anos

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"O sonho dele era se juntar ao bando de Lampião. Quando ele estava em Pirapora (MG), ele recebeu a notícia de que Lampião tinha sido morto. Então, seguiu sua vida no sertão mineiro".

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Lá se vão 60 anos desde que o sertão mineiro ganhou o mundo pela literatura de Guimarães Rosa. Mas, Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile, publicados em 1956, podem na verdade ter nascido quatro anos antes, quando o escritor mineiro organizou uma boiada para entender melhor a cultura sertaneja. Nessa aventura, Guimarães Rosa registrou lugares, palavras, expressões e personagens. Entre tantos vaqueiros que se juntaram à empreitada, um pode ter sido definitivo para as obras roseanas: Manuelzão.


A cruzada teve origem na Fazenda Sirga, a 60 quilômetros de Andrequicé, distrito de Três Marias (MG), onde Manuelzão viveu seus últimos 20 anos. Dez dias depois, o ponto de chegada foi uma fazenda em Araçaí (MG), município vizinho a Cordisburgo (MG), cidade natal de Guimarães Rosa.

A revista Cruzeiro, dos Diários Associados, publicou um relato da expedição na reportagem Rosa e seus vaqueiros, em 21 de junho de 1952. Nas fotos, Manuelzão está entre o grupo. Em sua homenagem, o escritor mineiro escreveu o conto Uma Estória de Amor, do livro Corpo de Baile, que posteriormente foi desmembrado em três volumes: Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém e Noites do Sertão.

Manuelzão é o protagonista do primeiro volume: após a morte de sua mãe, o vaqueiro resolve atender a um pedido dela para que fosse construída uma capela em suas terras e a obra é inaugurada com uma grande festa. Guimarães Rosa mescla realidade e ficção: assim como o personagem, a capela (foto) existe e ao seu lado está o túmulo de sua mãe. Já a festa é romanceada.

“Schadenfreude”: Muito ajuda quem não atrapalha

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É preciso adotar uma postura empática e solidária, para que, caso não consigamos ajudar, também não atrapalhemos, tampouco alimentemos a maldade.

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“Schadenfreude” é uma palavra da língua alemã que designa um sentimento de alegria ou satisfação perante o dano ou infortúnio do outro, ou seja, trata-se do prazer que se sente com a infelicidade alheia. Em maior ou menor grau, todos somos atraídos por acontecimentos trágicos que envolvem terceiros, o que pode se exemplificar pela multidão que se aglomera em torno de acidentes de carro.

Muitas situações de desastres naturais, de acidentes e de crimes hediondos destacam-se por si só, tamanha a amplidão de suas consequências, tamanha a dor dos envolvidos, levando-nos a nos interessar pelos desdobramentos do fato. Como tudo isso vende muito, a mídia não se furta de veicular massivamente eventos trágicos, aplicando-lhes o devido sensacionalismo.

Somos atraídos pelas tragédias que acometem alguém de fora muito provavelmente porque o que foge à normalidade que se espera causa curiosidade, além de nos provocar certa sensação de alívio íntimo, por não termos sido nós as vítimas daquilo. O ser humano muitas vezes lança mão do expediente que consiste em comparar-se com quem passa por situações bem piores, tentando se conformar com as próprias desgraças.

Foram mais de 8,5 mil casamentos

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Homoafetivos foram realizados até 2014.

A maioria dos casamentos homoafetivos realizados em 2014 foram de casais formados por mulheres. 

Elas representaram 50,3% dos mais de 4,8 mil casamentos realizados.

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Mais de 8,5 mil casamentos homoafetivos foram realizados em todo o país até o fim de 2014, após a entrada em vigor de uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que proíbe os cartórios de se recusarem a converter uniões estáveis homoafetivas em casamento civil. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

“Desde a vigência da resolução [maio de 2013] até o final de 2014, 8.555 casamentos entre cônjuges do mesmo sexo já foram registrados em cartórios em todo o país”, informou nesta quarta-feira (13) o CNJ. Os dados referentes a 2015 devem ser divulgados pelo IBGE até o fim deste ano.

Em 2016, a resolução completou três anos e, de acordo com o CNJ, vem dando impulso para que casais homoafetivos oficializem as uniões.

Mais mulheres: Na divisão por regiões, o Sudeste teve maior percentual de uniões homoafetivas registradas. Foram 60,7% sendo que a maioria deles aconteceu no estado de São Paulo. Logo depois está a região Sul com 15,4%, seguida do Nordeste, com 13,6%; Centro-Oeste (6,9%) e Norte (3,4%).

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Fonte: Agência Brasil

"Todo poder emana do povo"

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Ou, pelo menos, deveria.

O que na verdade nos faltou em nossa história, foi uma verdadeira revolução como houve na França, na Itália e em outros países. A história nunca é uma continuidade, algo que cresce organicamente de uma para outra coisa. Ela é feita de descontinuidades e rupturas radicais que derrubam uma ordem e instauram uma nova.

No Brasil, como sempre lamentava Celso Furtado, nunca tivemos essa ruptura. O que predominou em todo o tempo até hoje é a política de conciliação entre os poderosos. O povo sempre ficou de fora como incômodo dos acertos feitos por cima e contra ele.


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Em momentos em que uma nação se encontra num voo cego e perdeu o rumo de seu destino, este povo deve ser convocado para dizer que tipo de país quer e que tipo de democracia deseja
Quando há uma crise generalizada como esta que estamos vivendo e sofrendo sem perspectiva de uma saída que crie consenso, não temos outra alternativa senão voltar à fonte do poder político, expressão da soberania de um povo. Temos que resgatar todo o valor do primeiro artigo da Constituição, parágrafo único: "Todo poder emana do povo".

O povo é, pois, o sujeito último do poder. Em momentos em que uma nação se encontra num voo cego e perdeu o rumo de seu destino, este povo deve ser convocado para dizer que tipo de país quer e que tipo de democracia deseja: está com um presidencialismo de coalizão, feito de negócios e negociatas ou uma democracia de verdade, na qual os representantes eleitos representam efetivamente os eleitores e não os interesses corporativos e empresariais que lhe garantiram a eleição? Urge avançar mais: precisamos dar forma política ao nível de consciência que cresceu em todos os estratos sociais, mostrando vontade de participação nos destinos do país.

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