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Mostrando postagens com marcador Direitos Humanos - Igualdade Racial. Mostrar todas as postagens
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Nina Simone na Netflix, em Junho

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Gravações inéditas, imagens raras de arquivo e músicas populares icônicas contam a história da lendária cantora e ativista Nina Simone.

O filme documentário  What Happened, Miss Simone?, de Liz Garbus, selecionado para os festivais de Sundance e Berlim deste ano, estreia no dia 26 de junho na Netflix brasileira. 

Nina Simone é uma lenda da música americana, era também, uma ativista política pelos direitos civis e sociais dos negros americanos. Sua é história, desde a infância até a morte, em 2003, é contada na íntegra no documentário.

O trailer mostra cenas da cantora no palco, em entrevistas e conversas com pessoas que se relacionaram com Nina Simone, como sua filha Lisa Celeste Stroud, atriz e cantora que adotou o nome Simone.

"Minha mãe foi uma das maiores artistas de todos os tempos. Quando se apresentava, ela era uma anomalia. Ela era brilhante, ela era amada", diz Celeste Stroud, para depois concluir: "As pessoas acham que quando ela entrava no palco, se tornava Nina Simone. 

Minha mãe era Nina Simone o tempo todo, e foi aí que isso se tornou um problema".

Você pode saborear um aperitivo do documentário aqui

Cadeia não conserta ninguém

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Ministro do STF diz que redução da maioridade não deve ser vista como esperança

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello disse hoje (1), durante um evento em que participava, que a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos não deve ser vista como uma esperança de dias melhores. 

“Cadeia não conserta ninguém e não resolve os problemas do país, que são outros”, afirmou. 

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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171-A/93, que altera a faixa etária de responsabilidade penal, foi aprovada ontem (31/3) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), após mais de 20 anos em tramitação.

O texto seguirá para uma comissão especial, que será instalada no próximo dia 8 pelo presidente da Câmara a Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Marco Aurélio Mello lembrou a articulação para que a mudança se torne cláusula pétrea -, dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por uma PEC.

Ele antecipou que não concorda com a classificação legal para redução da maioridade. “De início, não penso assim, mas estou aberto à reflexão”, ponderou, afirmando que o projeto “baterá no Supremo”.

Mello reconheceu que o ritmo de aprovação de novas regras demonstra que o Legislativo está buscando se fortalecer. Entretanto, alertou sobre o receio de normatizações “em época de crise, porque vingam as paixões exacerbadas”.

Segundo ele, o país já tem leis suficientes para correções e deveria se concentrar em outros problemas.

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Fica aí, a fala do ministro, para reflexão.

Mulheres Extraordinárias - V

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Angela Davis

Uma Pantera Negra.

(1944)

Angela foi uma ativa militante do movimento negro norte-americano.

Nasceu em 26 de janeiro de 1944, em Birmingham, Alabama.

De origem extremamente humilde, Angela perseguiu a carreira acadêmica, e por tanto determinação conseguiu estudar na Universidade Brandeis, sendo aluna de Herbert Marcuse. Depois de formada, tornou-se professora, mas teve a carreira acadêmica interrompida por ser filiada ao Partido Comunista.

Na "terra da liberdade", Angela foi proibida de dar aluas.

Durante a militância política aproximou-se dos Panteras Negras, uma organização política e anti-racista. Sua prisão, após envolvimento numa ação para libertar jovens negros acusados de matar um juiz, mobilizou o mundo nos anos 1970.

Angela Davis esteve no Brasil em 2013, ocasião em que participou de um fórum sobre racismo na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira, e afirmou: "o racismo de hoje é mais perigoso". Foi a quarta vez que a Pantera veio Brasil.

Tema de músicas de John Lennon e Yoko Ono (Angela), além dos Rolling Stones (Sweet Black Angela), continua ativista.

"O racismo, em primeiro lugar, é uma arma dos ricos para aumentar seus lucros pagando menos aos trabalhadores".
(Angela Davis)

- Lei aqui a integra da entrevista que ela concedeu à Revista Muito, na ocasião.

- Sobre esta série você pode ler aqui.

Os 70 anos do TEN

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O Teatro Experimental do Negro.

Criado no dia 13 de outubro de 1944 para chamar a atenção contra a discriminação racial e destacar a população negra como protagonista na dramaturgia, o TEN – Teatro Experimental do Negro – completou na segunda-feira (13/10), 70 anos.

O Teatro Experimental do Negro (TEN) foi fundado e dirigido por Abdias do Nascimento, em 1944, no Rio de Janeiro, tornando-se pioneiro em levar ao palco um elenco de atores negros e/ou mestiços, fazendo parte da formação do teatro moderno brasileiro, ao lado de grupos como o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em São Paulo, e Os Comediantes, no Rio de Janeiro.

O objetivo do grupo era a valorização do negro e o trabalho de cidadania, propiciando a conscientização social, além da alfabetização, na medida em que o elenco era recrutado no universo operário, entre as empregadas domésticas e favelados sem profissão.

A comemoração aconteceu no Centro Afro Carioca de Cinema, Lapa, Rio de Janeiro.

Um local que merece ser conhecido e divulgado.

Até porque, fica no coração da Cidade Maravilhosa.

Como é ser negro no Brasil, após 126 anos depois da escravidão?

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E como vive a imensa maioria dos negros?

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Janaína Jay Viegas (foto), primeira pessoa negra da família materna e primeira branca da família do pai.

- O programa Caminhos da Reportagem exibirá novamente o episódio A Pele Negra, que recebeu Menção Honrosa na categoria Documentário de TV, no 36º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.

O programa entrevista jovens de classe média e média alta, professores universitários, moradores da Rocinha e de Madureira (Zona Norte do Rio de Janeiro), para responder à pergunta: como é ser negro no Brasil?

“Eu já namorei com um rapaz que adorava ostentar o quanto eu sambo. Só que quando eu chegava em casa ele me dizia 'você nem é tudo isso' “, diz Manoela Gonçalves, mãe e estilista. Ela está na estatística do último censo do IBGE: as mulheres negras são as que menos se casam.

“Sou a primeira pessoa negra na família da minha mãe e a primeira branca da família do meu pai”, diz Janaína Jay Viegas, acostumada também a ser a única negra em escolas particulares.

O documentário apresenta pessoas que têm origem africana, pele clara, cabelo crespo e muitas dúvidas na hora de se declarar negras. Certeza mesmo têm os pesquisadores da Universidade de São Carlos (UFSCar) quando o tema é violência. 

Os negros são as maiores vítimas da polícia militar em São Paulo, Rio e Minas. 

As famílias de Amarildo Dias de Souza – levado pela PM da casa dele e desaparecido até hoje – e de Cláudia Silva Ferreira – morta e arrastada pelo carro da polícia, dizem que o preconceito não está só na cor da pele. Também está na condição de pobreza também.

Alexandre, viúvo de Cláudia – negro, pobre e favelado, é discriminado três vezes. Se for mulher, quatro.


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Fonte: EBC

A Angela dos Rolling Stones, é a mesma de John & Yoko

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Ângela Davis!

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Sweet Black Angel 

“Tenho um anjo negro doce, 
Tem uma garota pin-up, 
Tenho um anjo negro doce, 
Até na minha parede.

Bem, ela não é nenhuma cantora 
E ela não é nenhuma estrela, 
Mas com certeza ela fala bem...”.

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A ausência de negros em cargos políticos e de destaque no Brasil chamou a atenção da filósofa e ativista norte-americana Angela Davis. 

Nascida no Alabama, Davis foi professora da Universidade da Califórnia e teve ligações com o grupo Panteras Negras, sendo presa por causa disso no início dos anos 70. Uma das principais lideranças femininas na luta pelo direito dos negros nos Estados Unidos, foi homenageada em músicas de John & Yoko (“Angela”) e dos Rolling Stones (“Sweet Black Angel”).

Ângela foi destaque no V Festival Latinidades 2014: Griôs da Diáspora Negra, em Brasília. Na sua conferência,, no evento, afirmou ter ficado impressionada com a pouca presença de negros e pardos na política nacional. “Quantos senadores negros há no Brasil? Se olharmos para o Senado não saberíamos que os negros constituem mais de 50% da população brasileira”, questionou: 

_ “Não posso falar com autoridade no Brasil, mas às vezes não é preciso ser especialista para perceber que alguma coisa está errada em um país cuja maioria é negra e a representação é majoritariamente branca”, disse.

Eu estive por lá...

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A equação é muito mais perversa

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Quando se é mulher, e negra.

Nosso país conta com cerca de 11,5 milhões de jovens negros entre 18 e 24 anos de idade, o que representa 6,6% da população. A taxa de analfabetismo é de 5,8%. 

Em média, os jovens negros têm dois anos a menos de estudo do que os brancos da mesma faixa etária: 7,5 anos e 9,4 anos, respectivamente. A comparação das taxas de escolarização é um indicador de como o sistema educacional brasileiro ainda tem muito o que fazer para combater as desigualdades raciais: a proporção de crianças no ensino fundamental é de 92,7% para negros e de 95% para brancos; no entanto, somente 4,4% dos negros, de 18 a 24 anos, chegam ao ensino superior. Entre os brancos, esse percentual é de 16,6%*.

A equação perversa de diversos fatores tais como racismo, pobreza, discriminação institucional e impunidade, contribui para a falência do sistema de segurança e justiça em relação à população negra. Essa relação não é fruto do acaso: distorções como a “presunção de culpabilidade” em relação aos negros resulta em ações que promovem a eliminação pura e simples dos suspeitos, violando os direitos humanos e constitucionais desses jovens. Ações que de tão recorrentes e banalizadas denunciam um processo silencioso de eliminação desse grupo da população.*

(*Do artigo Juventude negra e exclusão radical, de Maria Aparecida Bento e Nathalie Beghin).

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Em mais um passo na tentativa de superar este quadro, começa hoje e vai até o dia 29 de julho, em Brasília, o V Latinidades – Festival da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. Em sua quinta edição, o Latinidades promove ações afirmativas no sentido de incluir socialmente, dar visibilidade e voz à mulher negra.

Mandela e Nadine
Prêmio Nobel de Literatura em 1991 e uma das principais vozes contra o apartheide.

Um dos principais nomes do combate ao apartheide no África do Sul, a escritora Nadine Gordimer morreu no último domingo, aos 90 anos. 

Por meio dos seus mais de 30 livros Nadine abordou com densidade a situação social naquele país.

Suas publicações mais conhecidas mundialmente são: “Beethoven era 1/16 Negro”, “De Volta à Vida e a Filha de Bueger”, que a tornou mundialmente conhecida. Seu primeiro romance foi “The Linving Days”, de 1973.

Em 1974 Nadine recebeu o Booker Prize , em 1991 o Nobel de Literatura.

No Brasil,

- A editora Biblioteca Azul lançou os livro “Tempos de Reflexão" – 1954 a 1989, e "Tempos de Reflexão" – 1990 a 2008, que detalham como Nadine se tornou uma das pessoas mais respeitadas no combate à segregação racial.

- A editora Companhia das Letras publicou seis de suas obras, entre elas, “A Arma da Casa” e o “O Engate”.

Revista Isto É: Por que as cotas raciais deram certo no Brasil

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Política de inclusão de negros nas universidades melhorou a qualidade do ensino e reduziu os índices de evasão. Acima de tudo, está transformando a vida de milhares de brasileiros.

Amauri Segalla, Mariana Brugger e Rodrigo Cardoso.

Revista Isto É.

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Antes de pedalar pelas ruas de Amsterdã com uma bicicleta vermelha e um sorriso largo, como fez na tarde da quarta-feira da semana passada, Ícaro Luís Vidal dos Santos, 25 anos, percorreu um caminho duro, mas que poderia ter sido bem mais tortuoso. Talvez instransponível. Ele foi o primeiro cotista negro a entrar na Faculdade de Medicina da Federal da Bahia. Formando da turma de 2011, Ícaro trabalha como clínico geral em um hospital de Salvador. A foto ao lado celebra a alegria de alguém que tinha tudo para não estar ali. 

É que, no Brasil, a cor da pele determina as chances de uma pessoa chegar à universidade. Para pobres e alunos de escolas públicas, também são poucas as rotas disponíveis. Como tantos outros, Ícaro reúne várias barreiras numa só pessoa: sempre frequentou colégio gratuito, sempre foi pobre – e é negro. Mesmo assim, sua história é diferente. Contra todas as probabilidades, tornou-se doutor diplomado, com dinheiro suficiente para cruzar o Atlântico e saborear a primeira viagem internacional. Sem a política de cotas, ele teria passado os últimos dias pedalando nas pontes erguidas sobre os canais de Amsterdã? Impossível dizer com certeza, mas a resposta lógica seria “não”.

Desde que o primeiro aluno negro ingressou em uma universidade pública pelo sistema de cotas, há dez anos, muita bobagem foi dita por aí. Os críticos ferozes afirmaram que o modelo rebaixaria o nível educacional e degradaria as universidades. Eles também disseram que os cotistas jamais acompanhariam o ritmo de seus colegas mais iluminados e isso resultaria na desistência dos negros e pobres beneficiados pelos programas de inclusão. 

Os arautos do pessimismo profetizaram discrepâncias do próprio vestibular, pois os cotistas seriam aprovados com notas vexatórias se comparadas com o desempenho da turma considerada mais capaz. Para os apocalípticos, o sistema de cotas culminaria numa decrepitude completa: o ódio racial seria instalado nas salas de aula universitárias, enquanto negros e brancos construiriam muros imaginários entre si. A segregação venceria e a mediocridade dos cotistas acabaria de vez com o mundo acadêmico brasileiro. Mas, surpresa: nada disso aconteceu. 

Um por um, todos os argumentos foram derrotados pela simples constatação da realidade. “Até agora, nenhuma das justificativas das pessoas contrárias às cotas se mostrou verdadeira”, diz Ricardo Vieiralves de Castro, reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O excelente artigo, com dados de campo, derruba mitos e restabelece a verdade.

Para ler o artigo completo, acesse: Revista Isto É/Portal Terra

No Brasil, achamos que negros são inerentemente inferiores

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“O racismo é um sistema de dominação social e o seu objetivo sempre foi o mesmo: garantir a hegemonia do grupo racial dominante”.

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  Eis a conclusão a que chegou Adilson José Moreira, professor de Direito na Fundação Getúlio Vargas em sua tese de doutorado em Direito na Harvard Law School, sobre a questão racial no Brasil. Sua conclusão acadêmica vai direto ao ponto.

Sua tese expõe um país dominado pela hegemonia branca, cheio de preconceitos e muito longe de uma real igualdade racial, embora haja esforços para mudar o quadro. “A percepção é de que o país tem progredido, em função de várias políticas que promoveram a distribuição de renda, como o Bolsa Família, mas essas políticas ainda não conseguiram promover a inclusão social da mulher negra”, explica. 

Para Moreira, a justiça racial está diretamente ligada à justiça de gênero. “Sem isso nós nunca vamos conseguir chegar à justiça racial”.

Para quem teima em pensar que as políticas públicas de inclusão social é uma aberração e/ou discriminação contra os próprios negros, nada melhor para clarear um tantinho as ideias do que ler a entrevista completa.

Na segunda tudo muda, quem não me mata me beija...

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Segunda é dia de branco, vou arrastar meu tamanco...
Quem não tem dinheiro em banco, madruga e Deus não ajuda.

Sexta-feira eu dou o arranco,
no sábado aguento o tranco,
chega no domingo estanco,
Na segunda tudo muda...

Digo isso com alegria, não vejo o nascer do dia...
Mas pela Virgem Maria, tenho dinheiro e patrão.

Eu mesmo sou "mei" galego,
O meu chefe no emprego...
É que é mulato pra nego: 
- Só ecos da escravidão.
Se conhece pela bunda, pela tristeza profunda, mas é só dele a segunda.

Eu foi que herdei a senzala, mas agora a minha sala,
Tem geladeira de gala, à dele quase se iguala...

Muda o mundo em barafunda,
vou arrastar meu tamanco...
Que amanhã volto à peleja, quem não me mata me beija...

Mas ninguém morre de inveja.
Essa é a última cerveja, bendigo quem vai à igreja...

Quem não vai, louvado seja,
Segunda é dia de branco!





Conta do twitter, “A Minha Empregada”, denuncia preconceito e agressões

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Conta no twitter denuncia o racismo, a xenofobia e as humilhações sofridas por empregadas domésticas e mostra as veias abertas da sociedade brasileira

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A conta do twitter “A Minha Empregada” tem gerado polêmica na internet ao revelar algo que muitos tentam baixar os olhos: as agressões às empregadas domésticas no Brasil. Os relatos retuitados fazem com que a máscara de pretensa familiaridade na relação entre patroa e empregada das novelas da Globo caia. Muitos vão dizer que isso são casos isolados, mas o simples fato destes tipos de “brincadeiras” serem socialmente aceitas em certos meios já mostra o quanto este discurso está entranhado na sociedade brasileira.

A contratação de trabalhadores domésticos em larga escala é consequência do atraso social de um país. O fato de que existem pessoas que ganham o suficiente para que outra pessoa faça o serviço que ela própria poderia fazer demonstra o abismo da desigualdade social de uma nação. A proporção da existência deste tipo de trabalho se dá na medida que houver, de um lado, um excedente de mão-de-obra desempregada e sem qualificação para outros tipos de serviço, e de outro, uma classe que ganha o suficiente para comprar a força de trabalho de outra pessoa.

Os brancos são mesmo mais civilizados?

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Somos todos macacos.

Depois da enésima vez que jogaram bananas contra jogadores negros na Europa, Daniel Alves resolveu comer a banana e Neymar declarou: “Somos todos macacos”. É o começo da reação, que os próprios europeus parecem incapazes de fazer, contra a discriminação nos campos de futebol, que é apenas a extensão da vida cotidiana em países que se consideram  “brancos e civilizados”.

A Europa “civilizada” se enriqueceu às custas da escravidão e do seu corolário – a discriminação e a redução dos negros a “bárbaros”. Vieram com a cruz e a espada a “civilizar-nos”,  isto é, destruir as populações nativas e submete-las ao jugo da dominação colonial. Tiraram milhões de  africanos do seu mundo para trazê-los como animais a trabalhar como escravos para explorar as riquezas daqui e enviá-las para enriquecer a Europa  “civilizada”.

Aamer Rahman: Racismo inverso

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Só lendo ou ouvindo o contexto histórico, para saber o que poderia ter sido.

Aamer Rahman  nasceu em 17 de outubro 1982, é um famoso comediante de stand-up de Bangladesh.

Bem que poderia ter nascido no Brasil, dada a carência que temos por aqui... 

Rahman nasceu na Arábia Saudita, embora sua família muitas vezes tenha viajado para Bangladesh. Viveu na Arábia Saudita até seis anos de idade, quando sua família mudou-se para Austrália. Tinha 13 anos de idade, e cresceu nos subúrbios ocidentais e orientais de Melbourne.

Sua infância foi vivida entre a Austrália e Oriente Médio. Ele, e sua irmã mais nova, Rasha Rahman.

Rahman se formou na Universidade de Monash, com uma licenciatura em Direito. No entanto, ele não usou seu diploma de Direito, já que passou o seu tempo na universidade realizando protestos políticos em torno de questões como a detenção obrigatória, refugiados e os cortes para a educação superior. 

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Para assistir no YouTube com legendas, basta clicar no botão "legendas", no canto inferior direito, selecionar o idioma "português" e clicar em "ativo".

Joaquina Lapinha e o conveniente cosmético europeu

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Para negar ou esconder o seu preconceito, você pode usar maquiagem.

Mas se alma não estiver lavada, de nada adiantará a máscara.


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Joaquina Lapinha começou a atuar no Rio de Janeiro na década de 80 do século XVIII, embora tenha nascido em Minas Gerais, conforme registro de 1859 do jornal O Espelho.

Apresentou-se em várias cidades portuguesas de 1791 a 1805. A edição de 16 de janeiro de 1795 da Gazeta de Lisboa chegou a citar que "Joaquina Mara da Conceição Lapinha, natural do Brasil, onde se fizeram famosos os seus talentos musicais, que já têm sido admirados pelos melhores avaliadores desta capital". 

Em 6 de fevereiro de 1795, a mesma publicação fez uma crítica mais elogiosa ao registrar que plateias europeias teriam ficado deslumbradas com a capacidade artística da cantora lírica.

Não existem retratos ou uma imagem real conhecida da cantora, mas Joaquina Lapinha era negra e isso acrescentava mais desafios à carreira dela pelo contexto racista.


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Sua voz de soprano, capaz de dar cor a cada sílaba, havia despertado ovações no Rio de Janeiro.

Pouco depois, no final do século XVIII, Joaquina Lapinha foi a primeira cantora brasileira a conquistar a Europa.


Carl Ruders, um viajante sueco apreciador de óperas, escutou-a no ano de 1800, num teatro de Lisboa, e elogiou, entusiasmado, sua boa voz, sua figura imponente e seu grande sentimento dramático.

-Lamentavelmente, Joaquina tem a pele escura, avisou Ruders, mas, este inconveniente pode ser remediado com cosmético.

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Os Filhos dos Dias

Abdias Nascimento: 100 anos de vida!

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No Cais do Valongo.

Amanhã, 14/3, uma ampla programação cultural será realizada no Centro Cultural Ação da Cidadania, Cais do Valongo, zona portuária do Rio de Janeiro, para celebrar os 100 anos do ativista social Abdias Nascimento, falecido em 2011.

Para comemorar, exposição, poesia, cerimônias, cortejos e shows de samba serão realizados no espaço cultural.

Marcam presença no evento nomes como Nei Lopes, Nilze Carvalho, autoridades da umbanda, de povos indígenas, além do grupo de samba Terno de Cambraia.

A promoção é do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro Brasileiros - Ipeafro.

-Horário: Das 12h até às 22h30.


Uma história real e brasileira, melhor que a de 12 Anos de Escravidão

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O relato da vida de Luiz Gama, feito escravo no século XIX, é superior ao do filme candidato ao Oscar

Seis dos nove candidatos ao Oscar se basearam em histórias verdadeiras. Uma delas, a do músico sequestrado e escravizado por doze anos, me chamou a atenção pela semelhança com uma das raras histórias da escravidão brasileira que conhecemos pela pena do principal protagonista.

Trata-se da longa carta em que Luiz Gama conta sua vida. 
Resgatada do esquecimento em 1989 num artigo de Roberto Schwarz na revista do Cebrap, ela faz pensar, como observou o apresentador, na literatura brasileira que podia ter sido e não foi.

O documento começa desafiador: “Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação) de nome Luiza Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã.” O pai “fidalgo” esbanjou a fortuna em jogatina, não hesitando em vender o próprio filho com 10 anos. Assim como o protagonista do filme, foi reduzido à escravidão criminosamente.

O sonho de Malcolm

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Morreu há exatamente 49 anos.

Al Hajj Malik Al-Shabazz, mais conhecido como Malcolm X, foi um dos maiores defensores dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. 

Escritor e orador apaixonado, Malcolm escreveu a mensagem Grass Roots, a mais importante da sua curta vida, e a proferiu em 10 de novembro de 1963, durante a Northern Negro Grass Roots Leadership Conference, na Igreja Batista Rei Salomão de Detroit, Michigan. Em sua fala, Malcolm descreve a diferença entre a "revolução Black" e a "revolução do Negro", acentuando o contraste entre o "negro da casa" e o "negro do campo" durante a escravidão africana e nos tempos contemporâneos, criticando a Marcha sobre Washington, naquele ano.

A preleção a Gross Rooth ficou ranqueada em 91º lugar dentre os 100 maiores discursos estadunidenses do século XX, numa pesquisa feita entre 137 estudiosos do país.

Patrocinado pela irmã Ella, Malcolm viajou para Meca com o objetivo de conhecer melhor o Islã. Ao voltar da viagem, estava para iniciar uma nova fase em sua vida. 

Em uma entrevista coletiva, perguntaram-lhe: “Você ainda acredita que os brancos são demônios?” E ele respondeu: “Os brancos são seres humanos na medida em que isto for confirmado em suas atitudes em relação aos negros”.

O primeiro 'rolezinho' da história

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1960
Em 1960, na Carolina do Norte.

O título não poderia deixar de ser uma provocação, mas bem intencionada – peço perdão aos colegas historiadores pelo anacronismo.

Em 1 de Fevereiro de 1960, quatro jovens universitários negros, vestidos com suas melhores roupas, entraram na lanchonete Woolworth’s em Greensboro, no Estado da Carolina do Norte, EUA. Os estudantes compraram alguns itens da mercearia sem nenhum problema, e em seguida pediram um lanche no balcão de serviços da lanchonete.

O evento, aparentemente banal, é um marco histórico da luta por direitos civis nos Estados Unidos. Tudo porque os estudantes, contrariando a política da loja, fizeram seus pedidos na área do balcão que era reservada para as pessoas brancas, quando havia indicações explícitas de que a área para as pessoas “de cor” era mais ao canto da loja.

Os funcionários da loja se recusaram a atender ao pedido dos jovens, e o gerente pediu que se retirassem do estabelecimento. Os quatro jovens ficaram sentados até o horário que a loja fecharia, esperando pacientemente serem atendidos – o que não aconteceu.

No momento da foto, uma mulher branca idosa ia em direção aos quatro. Um deles, Franklin McCain, relembra o que sentiu no momento: “Eu estava pensando comigo mesmo, ela deve ter uma faca de amolar e tesouras naquela bolsa dela e elas estão prestes a me atravessar direto. Quero dizer, nós estávamos invadindo o espaço dela, um espaço que nos era dito que nós não podíamos habitar.” A citação vem de uma entrevista dada por McCain em 2010, no aniversário de 50 anos do protesto de Greensboro.

No dia seguinte ao protesto, mais de vinte afro-americanos reuniram-se na loja, onde novamente tiveram seu pedido recusado e sofreram discriminação por parte dos clientes brancos do recinto. No terceiro dia, por volta de 60 pessoas juntaram-se ao protesto, e a loja protegeu-se alegando estar “de acordo com a lei estadual”, que era favorável à segregação.

Venda de negros: Isto é Mercado é Livre?

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Secretaria solicita ao MercadoLivre informações sobre anúncio de venda de negros

Quem compartilhar o material ofensivo em blogs ou redes sociais com intenção de denegrir ou discriminar pode responder pelos mesmos crimes.

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A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, vinculada à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), informou hoje (9) que solicitou ao site de vendas MercadoLivre informações sobre o autor de uma postagem que anuncia a venda de negros por R$ 1. Segundo o ouvidor nacional, Carlos Alberto Silva Júnior, a intenção é encaminhar os dados ao Ministério Público Federal para que seja oferecida denúncia.

Por meio da assessoria de imprensa, o MercadoLivre disse que ainda não recebeu o pedido de informações, mas está à disposição da ouvidoria. O site informou que entregou os dados cadastrais e de acesso do usuário à Polícia Civil do Rio de Janeiro, após notificação oficial, para que o autor seja investigado.

Em nota divulgada à imprensa, a empresa de vendas diz que o conteúdo foi retirado do ar na segunda-feira (6), após denúncia dos usuários do site. O anúncio repercutiu nas redes sociais no domingo (5). A nota do MercadoLivre diz que o site de vendas repudia o conteúdo da postagem e que todos os anúncios publicados têm um botão de denúncia. “Os usuários que infringem as regras do MercadoLivre têm seu cadastro cancelado. Reiteramos que o MercadoLivre está sempre à disposição para colaborar com as autoridades”, declara o texto.

O ouvidor nacional, Carlos Alberto Silva Júnior, explica que quem fez a postagem pode ser enquadrado no Artigo 20 da Lei n° 7.716/1989, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Carlos Alberto destaca que quem compartilhar o material ofensivo em blogs ou redes sociais com intenção de denegrir ou discriminar pode responder pelos mesmos crimes.

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