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A celebração de 30 anos do porão mais famoso de SP: o teatro Lira Paulistana

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Um porão onde a capacidade para setenta pessoas era constantemente superada foi o epicentro da música independente paulistana nos anos 80.

Para comemorar os 30 anos do Lira Paulistana, o Sesc Ipiranga terá extensa programação entre a última semana de janeiro e primeira quinzena de fevereiro. Shows, rodas de conversa com os fundadores, mostra de cinema.

Quem não é de São Paulo ou não acompanha o cenário fora do mainstream talvez nunca tenha ouvido falar de grandes artistas saídos daquela portinha de pouco mais de um metro de largura no bairro de Pinheiros.

Por ali passaram em seus primeiros dias de vida artística Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção e a Isca de Polícia, as afinadíssimas Suzana Salles, Vania Bastos, Tetê Espíndola, Ná Ozetti, Premeditando o Breque, Luiz Tatit, Rumo, Kid Vinil e a Banda Verminose, Ratos de Porão e Titãs. Ah sim, esse chegou ao mainstream.

Criado por Wilson Souto Jr, o “Gordo”, no finalzinho de 1979, o Lira Paulistana nasceu e viveu durante os anos finais da ditadura militar. O cenário cultural estava com tudo engasgado na garganta e precisando vomitar. Sim, os punks também passaram por lá.

Uma música tipicamente paulistana, que misturava humor ao rock, ao samba da Moóca, com críticas à censura, à ditadura, é o principal legado do Lira.

A intolerância

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A intolerância é a imbecilidade à procura de uma multidão. 

É o espetáculo da estupidez com entrada franca, mas todos pagam caro ao final, quando as portas são fechadas, uma após outra. 

A intolerância é o ofício de trucidar inocentes.  Por isso o ódio é um requisito - veneno trazido em embalagem de remédio. O ódio justifica culpar, perseguir, condenar e executar pessoas que não merecem ser tratadas como pessoas, nem mesmo como adversários, e sim como inimigos.

A intolerância é uma seita cultuada e inculta. Com ideias em falta, os xingamentos sobram. A narrativa dos intolerantes não é a de contar histórias, mas a de encontrar culpados. O discurso dos intolerantes não é a conversa e a argumentação, é a ofensa. 

Os intolerantes não são burros. Quem dera fossem. Burros são criaturas simpáticas, pacíficas, úteis, laboriosas, respeitadoras. Sequer fazem asneiras, ao contrário do que se lhes atribui. Burros relincham, mas não gritam nem ofendem. Burros cometem erros, mas, nunca, injustiças.

A intolerância é um Mar Morto salgado até trincar. É um monumento granítico impermeável ao bom senso. É a corrupção da alma - por isso, a corrupção é seu assunto predileto. 

A intolerância é obscena, pois desconfia que tudo é uma vergonha. A perseguição seletiva apresenta-se como seu principal espetáculo, protagonizado por heróis da repressão. 

Em que espelho ficou perdida a minha face?

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Retrato.

Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios, 
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil:

- Em que espelho ficou perdida
a minha face?

 Cecilia Meireles





A Companheira

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Eu ia saindo, ela estava ali
No portão da frente
Ia até o bar, ela quis ir junto
"tudo bem", eu disse
Ela ficou super contente

Falava bastante,
O que não faltava era assunto
Sempre ao meu lado,
Não se afastava um segundo
Uma companheira que ia a fundo

(Luiz Tati)

Que horas ela volta? entre os 5 melhores filmes estrangeiros do ano

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O filme brasileiro Que horas ela volta?, estrelado por Regina Casé, ficou na lista dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano divulgada pelo National Board of Review.

Que Horas Ela volta? foi acompanhado pelo austríaco Boa noite, mamãe, o italiano Mediterranea, o alemão Phoenix e o ucraniano A gangue; longa de aventura e ação Mad Max: Estrada da Fúria foi indicado o melhor filme de 2015 pela organização norte-americana, que escolheu o húngaro O filho de Saul como o melhor longa em idioma estrangeiro.

Os candidatos em potencial ao Oscar saíram com as mãos vazias. 

O grupo de candidatos em potencial conta com "Steve Jobs", filme sobre o fundador da Apple, "Brooklyn", saga de uma imigrante irlandesa e o muito aguardado "Joy: O Nome do Sucesso", com Jennifer Lawrence.

O filme mais premiado foi "Perdido em Marte", de Ridley Scott, que ficou com os prêmios de diretor (Ridley Scott), ator (Matt Damon) e roteiro adaptado (Drew Goddard).

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Fonte: Portal Vermelho


O novo manual para exterminar os índios

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Enfim, um novo modo de exterminar índios, ora em debate, e que promete excelente resultado, é retirar das mãos do Poder Executivo a demarcação de suas terras e passá-la ao Poder Legislativo que, com muita habilidade, tem feito retroceder os chamados direitos humanos.

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Há muitos modos de acabar com os índios, como querem aqueles que os consideram inúteis, atrasados, e acreditam que suas grandes extensões de terra seriam mais lucrativas em mãos do agronegócio, de mineradoras ou madeireiras.

Um modo eficaz é divulgar, como se fez no passado, que são desprovidos de alma e, na escala evolutiva, se situam a meio caminho entre o símio e o humano. A Igreja utilizou com sucesso esse método ao colonizar o que hoje se conhece como continente americano.

Ninguém é preso por atropelar um cachorro, e há quem insista que o seu animal de estimação "também é gente”. A ideia de que índio não possui alma nem racionalidade facilita enormemente o seu extermínio, com a vantagem de não se guardar sentimento de culpa.

Outro modo, sobejamente usado pelos colonizadores espanhóis, é esquartejá-los por mordidas de cães. Os cães são adestrados a temerem as roupas. Ao verem um corpo nu, sem movimento e cores de tecidos, atacam ferozmente e, nesse caso, devem ser recompensados com as mais saborosas porções dos corpos indígenas.

Os heroicos bandeirantes do Brasil, que dão nomes a rodovias e logradouros, e merecem monumentos em nossas cidades, costumavam exterminá-los com métodos de fácil aplicação: submetê-los à escravidão, ainda que considerados inaptos para o trabalho imposto pelos caras-pálidas; cercá-los impedindo-os de ter acesso a alimentos e às fontes de água; instigar a inimizade entre aldeias, de modo que uma guerreasse contra a outra.

Hoje em dia existem modos mais modernos e igualmente eficazes, como reduzir drasticamente os recursos da Funai, sem inclusive prejudicar a sigla, que passaria a ser conhecida como Funerária Nacional dos Índios.

III Festival Internacional Cinema e Transcendência

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O Festival começa hoje.

Diante dos desafios de compactar numa amostragem única, a diversidade de expressão artística e as múltiplas abordagens do conhecimento da nossa contemporaneidade, o III Festival Internacional Cinema e Transcendência, vai privilegiar dois tipos de filmes. 

O filme que pela extensão do seu conteúdo, ao mostrar as tradições do conhecimento humano, possibilita novas leituras da realidade e assim prescinde de uma experimentação da linguagem cinematográfica. E o “filme busca” aquele em que o autor é o buscador, tanto de novos abordagens estéticas como de novos caminhos que o levem ao autodesenvolvimento.

Mas o III Festival Internacional de Cinema e Transcendência não para por aí, e vai além da amostragem dos filmes e espetáculos musicais. Atendendo a um clamor coletivo da alma do nosso tempo afogada em perspectivas sombrias para o planeta e o ser humano, ele vem propiciar o encontro de pessoas em torno da arte do cinema, da música e também da arte de desenvolver consciência.

Em 2015, na sua terceira edição, o Festival Cinema e Transcendência, incorpora à sua programação, workshops, oficinas de música, espetáculos, palestras, contato e experiências com as tradições, Ioga, Meditação, Tai-chi- chuan, entre outras atividades criativas.

O III Festival Cinema e Transcendência vai oferecer janelas de possibilidades e meios de auto desenvolvimento, destinados àqueles seres que buscam, desejam o contato como que transcende a vida ordinária, seja pela arte, seja pelo exercício da experiência direta.

Assim, nessa terceira edição, o evento amplia a sua vocação de difusor da arte transcendente.


III FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E TRANSCENDÊNCIA
Data: 20 a 29 de novembro de 2015
Local: Auditório do Museu Correios -  Setor Comercial Sul, Quadra 04, Bloco A, nº 256.
Horários: Veja a programação 
ENTRADA FRANCA

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Fonte: Museu dos Correios, Brasília

Dicionário Feminino da Infâmia

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É lançado pela Fiocruz.

A Fiocruz lançou ontem, 09/11, o Dicionário Feminino da Infâmia: acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência. 

O lançamento ocorreu durante o I Seminário Pedagógico do Dicionário/RJ, que acontece até amanhã, dia 11/11, na própria Fiocruz - Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. Um seminário, com o lançamento do dicionário, também será realizado em Belo Horizonte, nos dias 12 e 13/11, na Academia Mineira de Letras

A publicação tem o selo da Editora Fiocruz e foi coordenada pelo Comitê Nacional de Pró-Equidade de Gênero e Raça da instituição.  O livro aborda temas relevantes e atuais relacionados à luta da mulher, como aborto, estupro, redes sociais, ética feminina, trabalho, autoestima, violência, feminismo e lesfobia, entre outros. O trabalho reúne mais de cem colaboradores, pesquisadores e profissionais de universidades, agências governamentais, serviços públicos de saúde, seguridade social, segurança pública, jurídico-policiais e organizações não governamentais, que trabalharam coletivamente na seleção dos temas e elaboração dos verbetes.

A organização é das pesquisadoras Elizabeth Fleury e Stela Meneghel, e o Dicionário feminino da infâmia oferece um rico panorama dos conceitos recorrentes na pauta feminista e das mulheres e vai além, apresentando temas e significados em sua dimensão histórica, política e social. O dicionário nasceu com o objetivo de permitir o acesso a informações fundamentais para o acolhimento e cuidado com as mulheres tanto ao público leigo como às equipes multiprofissionais de saúde, assistência social, segurança e justiça que atendem mulheres em situação de violência.

Estão explicados nessa obra de referência fenômenos que envolvem os vários aspectos, tipos e cenários das violências e também formas de resistência, além de informações sobre análises científicas que ampararam a criação de procedimentos, normas, abordagens e técnicas que hoje estão regulamentados e em funcionamento em diversos setores públicos de forma consolidada ou ainda embrionária. Além disso, houve uma preocupação importante: transmitir aos leitores as mais importantes noções sobre conceitos de liberdade, direitos humanos, justiça, aspectos da educação masculina que levam à prática da violência e outros temas.

A ideia é prover os profissionais da área pública e os cidadãos de informações sobre o que tem acontecido desde que as mulheres começaram a conquistar espaço nos planos social, político, jurídico e de cidadania. A obra traz registradas histórias de lutas que atravessaram séculos, travadas por pioneiras reconhecidas e outras anônimas, e que permitem que cada vez mais as mulheres transitem por espaços e lugares antes vetados a elas.

Com informações da FIOCRUZ

O que a cultura da competitividade fará com nossas crianças?

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Frei Betto afirma que crianças começam a ser solidárias desde um ano de idade, expõe a falta de solidariedade na atual sociedade e aponta que boas ações são oriundas de quem se menos espera.

“A solidariedade é uma tendência inata no ser humano, porém se ela não for cultivada pelo exemplo familiar ou educação, ela não se desenvolve”.

Frei Betto relata casos de solidariedade em que as boas ações vêm de quem se menos espera. Na Itália, jovens colocaram um cartaz na beira da estrada que avisava que logo adiante um homem necessitava ser transportado a um hospital com urgência. Todos os motoristas eram parados adiante pela polícia rodoviária para responder porque passaram indiferentes ao cartaz. 

- Quem parou foi um verdureiro com uma velha caminhonete.

Em um teste realizado nos Estados Unidos, um homem tentava alcançar um objeto através de uma grade, mas não tinha sucesso. Porém um chimpanzé tinha fácil acesso e, espontaneamente, o animal era solidário ao homem, apanhava o objeto e entregava ao rapaz.

Em 1996, uma criança caiu em uma jaula de primatas em um zoológico. Um gorila apanhou o menino, e o afagou até que viessem buscar a criança”, conta.

O escritor também lembra de outro caso, em uma escola teológica norte-americana: “Seminaristas foram incumbidos de fazer uma apresentação da Parábola do Bom Samaritano. No caminho do auditório, um homem ficou estendido no chão, como se estivesse ferido. Apenas 40% dos seminaristas que passaram por ali pararam para atender o rapaz. 

- "Como contradição, os que mais se mostraram indiferentes foram os estudantes que se dirigiam ao palco que tinha como tema a solidariedade".

Frei Betto conclui o comentário alertando para a falta de solidariedade na sociedade atual. “Frente a tais exemplos, é de se perguntar o que a nossa cultura baseada na competitividade, não na solidariedade, faz com as nossas crianças e como forma nossos adultos. 

"Os pobres, doentes, idosos e necessitados que o digam".

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Frei Betto, ontem, 27/10, em sua coluna na Rádio Brasil Atual))), ao falar sobre solidariedade e egoísmo.

HOJE, ONTEM, AMANHÃ

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Não são apenas advérbios de tempo. São mais que isso.

Só tem memórias quem viveu.

Seja individualmente, socialmente, afetivamente.

Critica-se muito quem vive lembrando o passado. Desprezam-se os saudosistas. Mas e a famosa lei do eterno retorno?

Li há muitos e muitos anos, que quando a gente fica mais velho, a gente volta pra casa, atribuía-se a Jung - não sei se a fonte está correta. Mas sei que a frase é correta.

Tenho percebido em gerações diferentes esse resgate. Filhos que voltam à casa dos pais, netos que voltam a casa destes que são os seus pais e assim vamos metaforizando nossas voltas, reencontrando nossas raízes, resgatando nossa infância, nossa juventude, nossa casa de dentro, digamos assim.

Creio que isso só pode acontecer quando já queimamos nossas arrogâncias de juventude, nossa sabedoria maior que a de todo mundo, nossa onipotência adolescente de querer inaugurar tudo do nosso jeito, como se fosse o melhor dos jeitos: o mais saudável, o mais sensato, o menos hipócrita.

A vivência vai-nos fazendo enxergar por dentro os seres humanos e, por conseguinte, o todo, o planeta também. 

Viver é uma estrada longa. 

É como escalar, escalar, respirar com dificuldade e ir, ir, continuar indo... E encontrar depois orquídeas no mato pelo caminho, céu de estrelas que se pode pegar com as mãos, e, ao descer, rios cheios de peixes em que se pode molhar os pés: vida, quase eterna!

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Odonir Araujo de Oliveira
De Barbacena/MG
Para o GGN


Para combater o ódio, sem medo

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Frente Povo Sem Medo será lançada nesta quinta (8)

Grupo nasce com desafio de mudar a política nas ruas e responder com mobilização à onda conservadora.

Muitas medidas antipopulares e manobras ameaçam a democracia, como a regulamentação da terceirização sem limites, contrarreforma política, redução da maioridade penal e o estatuto da família.

Além das pautas conservadoras, uma parte da sociedade semeia a intolerância e o ódio seletivo nas ruas e nas redes. Ações que tiveram mais um título capítulo nesta semana.

Nesta segunda (05) folhetos com os dizeres “Petista bom é Petista morto” foram jogados no local onde foi velado o corpo do ex-presidente da Petrobrás e ex-presidente do PT, José Eduardo Dutra. O ex-dirigente do PT morreu neste domingo (04) na capital mineira, vítima de câncer.

Não bastasse isso, pessoas com cartazes na porta do velório diziam que “Lula amigo seu nem morto” e “Lula sua hora tá chegando”.

Ações como essa são o ápice de um cenário que inclui a hostilidade a ministros e secretários de governos petistas, como foi o caso da mais recente agressão ao secretário de Saúde da prefeitura de São Paulo, Alexandre Padilha, xingado num restaurante em São Paulo.

Para dar resposta a esse clima de ódio e intolerância, movimentos sociais e centrais sindicais lançam na quinta-feira (8), às 19h, a Frente Povo Sem Medo, no Centro Transmontano, em São Paulo.
Se não há segurança para todos, não haverá segurança para ninguém.

O genocídio de jovens negros é o maior escândalo do Brasil de hoje. Quem concorda com estes assassinatos acaba sendo autor intelectual desse genocídio.

O primeiro valor para todas as pessoas é o direito à vida. Se esse direito não está assegurado, de nada vale o resto.

No Brasil de hoje vivemos as maiores transformações sociais da nossa história, em que as condições básicas de vida para toda a população estão asseguradas. No entanto, as condições de segurança para toda a sociedade - especialmente o direito à vida - hoje são negadas a um numero cada vez maior de pessoas, particularmente jovens e de origem negra.

O genocídio de jovens negros é o maior escândalo do Brasil de hoje. As famílias desses jovens melhorou inegavelmente de vida na última década, mas se elevou em quase 200% o genocídio de jovens negros, nesses mesmos anos.

Como correlato desse genocídio, o Brasil possui a polícia mais violenta do mundo. Esses fenômenos são possíveis, porque foi fabricada na opinião publica a criminalização das crianças e jovens negros. De crianças e jovens das famílias pobres de nossa sociedade, que deveriam merecer nossa atenção, nosso cuidado, nosso apoio, passaram a ser sinais de risco, de perigo para a segurança dos outros.

Enquanto essas crianças e jovens são vítimas de mais de 1/3 dos crimes cometidos no Brasil – na sua grande maioria pela polícia -, eles são responsáveis por menos de 2% dos crimes cometidos. No entanto se fabricou diabolicamente na cabeça das pessoas a imagem de que essas crianças e jovens são responsáveis pelo aumento dos problemas de segurança na nossa sociedade e não vítimas da insegurança, o que se presta à cruel discriminação contra eles.

Construíram-se assim os clichês que permitem a chacina dos jovens negros, com autorização e delegação da opinião pública à polícia para o seu extermínio. Um mecanismo hediondo que faz com que tenhamos a polícia que mais mata no mundo.

Tô me sentido muito sozinho...

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Por que você me esquece e some? 
E se eu me interessar por alguém? 
E se ela, de repente, me ganha? 

Quando a gente gosta 
É claro que a gente cuida 
Fala que me ama 
Só que é da boca pra fora 

Onde está você agora...?




Mujica e a mudança do padrão de consumo

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UFRJ, Rio
Pepe Mujica socou-me o estômago

Acabei de comprar meu primeiro iPhone. Usado, modelo antigo, mas iPhone. 

O ex-presidente uruguaio, reunido com milhares de estudantes no Rio, disse a mim, e a todos que o ouviram, para não confundirmos consumo com felicidade. Ele lembrou que, ao imitar os consumidores dos países centrais, estou contribuindo para a desigualdade do meu próprio país

Sempre cultivei certa birra para comprar produtos da Microsoft ou da Apple. Mas, isso não me impediu de ter um notebook HP com Windows, embora saiba da existência do Linux e do Ubuntu. E agora um iPhone. Além de ter um Nike nos pés. E, olhando melhor ao meu redor, podia listar muitos outros exemplos. Fiquei com muita vergonha. Com mais vergonha ainda por me considerar de esquerda. Acho que vou ter de parar de brigar quando for chamado de esquerda caviar.

Gosto muito de, socialmente claro, tomar uma cachaça ou um whisky. A diferença econômica entre os dois é imensa. A cana é produzida no nosso solo, destilada aqui, engarrafada aqui, tudo aqui, fazendo com que todo o fluxo de dinheiro se distribua dentro do Brasil. Quanto ao whisky, podemos imaginar para onde vai nosso dinheiro. Além disso, reclamamos que a grana da Ambev financia o que há de pior na política e bebemos suas cervejas, certo?

Conheço Paris, mas não conheço a Chapada Diamantina. Estou achando meu carro meio velho e pensando em trocá-lo. Não vou dizer a idade dele para você não rir de mim. Também não vou falar sobre os aparelhos quebrados que tenho em casa e que estão encostados porque achei melhor comprar outro.

Você quer saber se o seu amigo é um psicopata?

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Psicopatas podem ser imunes a bocejos, afirma estudo

Você quer saber se o seu amigo é um psicopata? Boceje na frente dele e veja se ele reage. Um estudo da Universidade Baylor, no Texas, revelou que psicopatas não sentem a necessidade de bocejar quando veem outra pessoa bocejando.

Os pesquisadores analisaram um grupo de 133 estudantes, que respondeu a um relatório sobre personalidade psicopática. Todos eles possuiam características relacionadas ao comportamento de psicopatas já estudados pela ciência. Eles eram narcisistas, frios, egocêntricos e inconformistas rebeldes.

Para realizar a pesquisa, eles mostraram vídeos de pessoas com diversas expressões faciais - algumas estavam bocejando - para os participantes. Foi durante estas seções que os pesquisadores descobriram que os estudantes que apresentaram sinais de psicopatia eram menos propensos a responder aos bocejos.

Apesar de interessante, o estudo não é conclusivo. “Se você não reage a um bocejo, não significa que há algo errado com você”, disse Brian Rundle, um dos autores do estudo. A pesquisa foi publicada no periódico "Personaliy and Individual Differences".

Contagioso

A maioria das pessoas não consegue segurar o bocejo quando alguém está mostrando sintomas de cansaço. Contudo, no caso dos psicopatas, este desejo não existe. Por quê? Porque eles simplesmente não reagem aos sentimentos humanos.

"Uma das maiores evidências da pesquisa é que o bocejo está muito relacionado à empatia", disse Rundle ao site The Times.

De acordo com o autor do estudo, muitos mamíferos bocejam. Para ele, tal traço pode ter se originado na época das cavernas. "Evidências revelam que os babuínos, cachorros e chimpanzés machos tendem a bocejar primeiro para liderar o grupo", disse o pesquisador.

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Fonte: Exame.com.br

Conheça oito formas de dar dinheiro para os filhos

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Semanada ou mesada? 

“A mesada sempre é uma doação, nunca uma remuneração".

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O autor do livro “Mesada não é só dinheiro – Conheça os 8 tipos e construa um novo futuro”, professor Reinaldo Domingos, que será lançado no dia 27 de agosto, foi o convidado do programa Valor do Em Conta, nesta terça-feira, dia 18.

Ele garante que ao dar a mesada para a criança, os pais na verdade têm a chance de ensinar questões que vão além do dinheiro, como a sustentabilidade, consumo consciente e meio ambiente.

A “semanada” pode ser dada para a criança, independente do valor, a partir dos sete anos de idade, depois de uma conversa, aí dependendo da idade, quando pode ser mensal, sobre as necessidades que elas passam a gerir de uma forma independente. 

No caso da mesada, aconselha o educador financeiro Reinaldo Domingos, não pode haver interferência dos pais na forma como ela é escolhida para ser gasta, economizada ou investida. “A mesada sempre é uma doação, nunca uma remuneração”, afirma.

Entre as oito formas de mesada, citadas no livro e explicadas na entrevista que pode ser ouvida no player, estão a voluntária, a financeira, a econômica, a ecológica (reciclagem), a empreendedora, a de troca e a social.

Ouça a entrevista aqui.

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Fonte: EBC


Cultura, nem tão inútil assim

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Pichação de paredes é coisa mais antiga do que imaginamos. Numa das poucas paredes que não caíram quando uma erupção do vulcão Vesúvio destruiu a cidade de Pompeia, no sul da Itália, estava escrito: “Gosto de mulheres com cabelos nos lugares certos, e não depilada e raspada. A gente pode então se abrigar do frio, como se fosse um casaco”. Enfim, a depilação da área genital feminina também é coisa antiga, assim como vontade de externar a preferência contra ela.

* * *

A Rainha Vitória, que ocupou o trono durante 64 anos, nunca falou inglês com perfeição: sua mãe era filha de um duque alemão e só falava inglês em casa.

* * *

Mark Twain, quem diria, poderia ter migrado para o Brasil quando jovem e será que faria aqui a fama que fez nos EUA? Ele se chamava, na verdade, Samuel Langhorne Clemens Nascido na Flórida, ele viveu de 1835-1910. Foi pintor, explorador de ouro e muitas outras coisas. Iniciou a carreira de jornalista (em que ele se revelou grande humorista) no “Missouri Courier”, de seu irmão, praticamente criança. Ele estava planejando vir para o Brasil, tentar a sorte aqui, quando conheceu um piloto de barco do Mississipi e adotou essa profissão também, entre 1857 e 1861.

* * *

Goethe, considerado o mais importante escritor alemão, trabalhou em muitos serviços. Foi chefe de bombeiros, diretor de teatro, ator, pintor, cientista, ministro… E era também um grande conquistador de mulheres.

* * *

Na Babilônia antiga havia um costume estranho: nas celebrações do Ano Novo, escolhia-se alguém do povo para ser “rei por um dia”. O problema é que no dia seguinte a essa glória ele era executado, sacrificado aos deuses. O jardineiro Enlil-Bani foi escolhido para essa glória inglória, mas o destino o ajudou: o rei de verdade, Erra-Imitti, morreu durante as comemorações e o jardineiro permaneceu no trono, governando (segundo a lenda, melhor do que outros reis) por mais de vinte anos.

* * *

Complexo de Édipo, todo mundo sabe o que é. E muitos sabem da história de Édipo, filho do rei de Tebas. Um oráculo previu que ele mataria o pai e se casaria com a mãe, e o rei mandou abandonar o menino recém-nascido numa montanha, pendurado pelos pés em uma árvore, mas ele foi recolhido por um pastor e sobreviveu, e a previsão do oráculo acabou se realizando. O nome Édipo vem justamente do fato dele ter sido pendurado pelos pés: significa pés inchados. Já o nome de sua mãe, Jocasta, que se tornou sua mulher, significa “a que cura do veneno”.

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Mouzar Benedito, da Boitempo.

Quem foi que inventou o Brasil?

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Resgatar a história política do país e recontá-la por meio de músicas dos mais variados estilos é o intuito do livro Quem foi que inventou o Brasil?, do jornalista Franklin Martins.

Em três volumes, a obra aborda o período de 1902 a 2002 e reúne mais de mil canções situando historicamente os fatos e os personagens, tanto políticos quanto artísticos.

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“A música brasileira faz a crônica da vida política nacional. Não há fato relevante que não tenha sido objeto de uma ou mais músicas compostas no calor dos acontecimentos”, disse Franklin durante o programa Espaço Público, da TV Brasil, no início do mês de julho. 

Na avaliação do jornalista, a música, assim como a fotografia e o cinema, é uma expressão artística capaz de transmitir os acontecimentos. Para ele, uma das razões para a força da musicalidade brasileira é a precariedade histórica da educação. “Em um país onde a maior parte da população não tinha acesso às letras, era analfabeta, a forma de transmissão da história era oral. E a transmissão oral se faz melhor quando é feita com rima e música. Isso é uma das grandes razões, a meu ver, da nossa musicalidade: a falta da educação formal no Brasil ao longo dos séculos”, disse o jornalista.

O título do livro, Quem foi que inventou o Brasil?, faz referência a uma marchinha de Lamartine Babo. 

Na música, a resposta a essa pergunta se refere às origens do povo brasileiro – os portugueses, os indígenas e os africanos. Franklin afirma que essa capacidade de documentar fatos históricos por meio das músicas é algo que diferencia a produção brasileira, que é constante, permanente. 

Sobre feios e feiura

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“Você é mais feio que…”

Chamar alguém de feio, varapau, baixote, gordo, barrigudo, magrelo ou outras coisas hoje em dia pega mal. O “politicamente correto” de hoje é uma chatice.

Aqui, vou me restringir aos feios. Havia muitas formas de xingar alguém de feio. Não vou dizer que isso seja uma coisa boa, mas podia-se levar para o lado divertido. Fiz uma lista do que foi dito sobre feios e feiura por algumas celebridades, e também alguns ditados.

- Mas antes quero contar o que me levou a isso.

Foi a lembrança de um grande amigo, um sociólogo piauiense chamado Mendes, com quem trabalhei no Sesc. Um dia, tomando umas no Bar do Zé, começamos a brincar sobre quem era mais feio: ele ou eu. Numa boa. Rindo, sem intenção de ofender. Não faria isso se fosse para ofender alguém.

Depois disso, cada dia que o encontrava, entregava uma lista para ele e ele entregava outra para mim, cada um falando da feiura do outro.

A lista era encabeçada pelo título “Você é mais feio que…”, e listávamos inicialmente coisas já manjadas, como “o rascunho do mapa do inferno”. “a mãe da peste”, “briga de foice no escuro”, “briga de foice no elevador”… Depois fomos inventando. Às vezes nos lembrávamos de algum xingamento antigo e repetíamos.

O certo é que eu acabei listando mais de quatrocentos “você é mais feio que…” para ele, e ele listou quase o mesmo tanto para mim. Ganhei em quantidade, mas me declarei derrotado quando ele me disse que eu era mais feio do que resto de sarapatel.

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Confira o texto completo e os DITADOS E FRASES, aqui.

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Mouzar Benedito, para o Blog da BoiTempo

Sobre mentiras e mentirosos

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Clarice Lispector
Cuide da memória!
Mentiroso não pode errar
Ao recontar a mesma estória

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Numa “aula espetáculo” de Ariano Suassuna, a que assisti no Memorial da América Latina, ele fez um discurso a favor da mentira. Não a mentira agressiva, mas aquela que abranda a verdade ou diverte. E disse que ele mesmo mentia: por que falar a uma pessoa uma verdade que a ofende? Melhor mentir e deixá-la feliz.

Confira os que alguns deles e delas disseram:

- Napoleão Bonaparte: “A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo”.

- Millôr Fernandes: “As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades”.

- Federico Fellini: “Cinema-verdade? Prefiro o cinema-mentira. A mentira é sempre mais interessante do que a verdade”.

- Espínola Veiga: “Mentira, que importa? No amor, a mentira é como o sal: demais, salga; às pitadas, tempera”.

- Mark Twain: “Algumas pessoas nunca dizem uma mentira – se souberem que a verdade pode magoar mais”.

- Adolf Hitler: “As grandes massas cairão mais facilmente numa grande mentira do que numa mentirinha”. Hitler continua atual...

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