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A Primavera das Mulheres

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Feminismo volta à cena no Rio com espetáculo.

Musical será apresentado no Teatro Baden Powell em Copacabana, no próximo dia 10, com ingressos a preços populares. Musical pauta o combate ao preconceito e à violência de gênero.

O espetáculo vem à cena após um 2015 marcado por um cenário de crise política e de crescimento de opiniões reacionárias que ameaçam a conquista dos direitos das mulheres. 

O projeto nasceu durante as manifestações ocorridas em novembro de 2015, contra as propostas de emendas apresentadas pelo polêmico deputado Eduardo Cunha à Câmara dos Deputados. Entre outros absurdos, dificultavam o atendimento e o acolhimento às vítimas de violência sexual.


O musical “Primavera das Mulheres: um show – manifesto” chama a atenção do público para a defesa dos direitos já alcançados pelas mulheres e convoca à mobilização através de palavras de ordem já entoadas nas manifestações. Assim, o roteiro é conduzido por questões fundamentais para a evolução da sociedade, como o combate ao preconceito e à violência de gênero.

12 livros feministas que você precisa conhecer – Parte III

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Para uma melhor reflexão, vou mencionar em cada post, apenas três.

Para ler o post anterior clique aqui.

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Fundamentos para uma leitura crítica do mundo social

As reflexões produzidas pelo feminismo – numa economia expressiva, já que se trata na realidade de feminismos, no plural – colocam questões fundamentais para a análise da opressão às mulheres nas sociedades contemporâneas. Mas não é só da posição relativa das mulheres que trata a crítica feminista.

O conjunto cada vez mais volumoso dos estudos feministas expõe os limites das democracias quando estas convivem com a exploração e a marginalização de amplos contingentes da população.

Analisam, assim, mecanismos que operam para silenciar alguns grupos e suspender a validade das suas experiências – eles operam de maneira específica sobre as mulheres, mas não se reduzem a uma questão de gênero. Tratam das conexões entre o mundo da política, o mundo do trabalho e a vida doméstica cotidiana. Na produção mais recente, sobretudo, apresentam contribuições incontornáveis para o entendimento de como diferentes formas de opressão e de dominação operam de forma cruzada e sobreposta. Cada vez mais, falar da posição das mulheres é falar de como gênero, classe, raça e sexualidade, para mencionar as variáveis mais mobilizadas, situam conjuntamente os indivíduos e conformam suas alternativas.

Em sua diversidade, a produção feminista questiona a subordinação e confronta, permanentemente, discursos que se fundam na “natureza” para justificar a opressão.

A lista que apresentamos traz um conjunto (entre muitos outros possíveis) de leituras feministas que colaboram para entender o mundo contemporâneo e os desafios que enfrentamos para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais livre. A ordem segue de maneira aproximada a data da publicação original das obras.

12 livros feministas que você precisa conhecer – Parte II

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Para uma melhor reflexão, vou mencionar três indicações por vez.

Para ler as anteriores clique aqui.

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Fundamentos para uma leitura crítica do mundo social

As reflexões produzidas pelo feminismo – numa economia expressiva, já que se trata na realidade de feminismos, no plural – colocam questões fundamentais para a análise da opressão às mulheres nas sociedades contemporâneas. Mas não é só da posição relativa das mulheres que trata a crítica feminista.

O conjunto cada vez mais volumoso dos estudos feministas expõe os limites das democracias quando estas convivem com a exploração e a marginalização de amplos contingentes da população.

Analisam, assim, mecanismos que operam para silenciar alguns grupos e suspender a validade das suas experiências – eles operam de maneira específica sobre as mulheres, mas não se reduzem a uma questão de gênero. Tratam das conexões entre o mundo da política, o mundo do trabalho e a vida doméstica cotidiana. Na produção mais recente, sobretudo, apresentam contribuições incontornáveis para o entendimento de como diferentes formas de opressão e de dominação operam de forma cruzada e sobreposta. Cada vez mais, falar da posição das mulheres é falar de como gênero, classe, raça e sexualidade, para mencionar as variáveis mais mobilizadas, situam conjuntamente os indivíduos e conformam suas alternativas.

Em sua diversidade, a produção feminista questiona a subordinação e confronta, permanentemente, discursos que se fundam na “natureza” para justificar a opressão.

A lista que apresentamos traz um conjunto (entre muitos outros possíveis) de leituras feministas que colaboram para entender o mundo contemporâneo e os desafios que enfrentamos para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais livre. A ordem segue de maneira aproximada a data da publicação original das obras.

12 livros feministas que você precisa conhecer – Parte I

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Para uma melhor reflexão, vou mencionar em cada post, apenas três.

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Fundamentos para uma leitura crítica do mundo social

As reflexões produzidas pelo feminismo – numa economia expressiva, já que se trata na realidade de feminismos, no plural – colocam questões fundamentais para a análise da opressão às mulheres nas sociedades contemporâneas. Mas não é só da posição relativa das mulheres que trata a crítica feminista.

O conjunto cada vez mais volumoso dos estudos feministas expõe os limites das democracias quando estas convivem com a exploração e a marginalização de amplos contingentes da população.

Analisam, assim, mecanismos que operam para silenciar alguns grupos e suspender a validade das suas experiências – eles operam de maneira específica sobre as mulheres, mas não se reduzem a uma questão de gênero. Tratam das conexões entre o mundo da política, o mundo do trabalho e a vida doméstica cotidiana. Na produção mais recente, sobretudo, apresentam contribuições incontornáveis para o entendimento de como diferentes formas de opressão e de dominação operam de forma cruzada e sobreposta. Cada vez mais, falar da posição das mulheres é falar de como gênero, classe, raça e sexualidade, para mencionar as variáveis mais mobilizadas, situam conjuntamente os indivíduos e conformam suas alternativas.

Em sua diversidade, a produção feminista questiona a subordinação e confronta, permanentemente, discursos que se fundam na “natureza” para justificar a opressão.

A lista que apresentamos traz um conjunto (entre muitos outros possíveis) de leituras feministas que colaboram para entender o mundo contemporâneo e os desafios que enfrentamos para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais livre. A ordem segue de maneira aproximada a data da publicação original das obras.

Performance 'Entre Saltos' trata sobre relação do feminino com a cidade

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Trata-se de uma provocação sobre o constante subir e descer do salto, metáfora do equilíbrio e desequilíbrio, da força e fragilidade que permeiam o universo feminino,” afirma Priscilla Toscano, diretora do Coletivo PI.

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Coletivo Pi faz caminhada para refletir sobre a metáfora de subir e descer do salto, equilíbrio e desequilíbrio, força e fragilidade. Ação usa rua como extensão do corpo e da vida das mulheres

O Coletivo Pi, um núcleo de performance e intervenções urbanas radicado em São Paulo, promove no dia 12 de março, às 15h, uma caminhada pelas ruas do Centro da capital paulista. A intenção é promover, na semana do Dia Internacional da Mulher, reflexões sobre questões de gênero e a relação do feminino com a cidade. A intervenção Entre Saltos pretende reafirmar a rua e outros locais utilizados cotidianamente como espaços de experiência, memória e afetividade.

Ação não é restrita apenas às mulheres, mas a qualquer pessoa que queira refletir sobre o gênero feminino. A participação na performance é livre e gratuita, com duas condições: os interessados também devem frequentar a oficina preparatória nos dias 9, 10 e 11 de março, das 18h às 21h

Além das diretoras do Coletivo Pi, Pâmella Cruz e Priscilla Toscano, e dos atores Natalia Vianna, Chai Rodrigues, Mari Sanhudo e Jean Carlo Cunha, a caminhada de duas horas deve reunir outros interessados, que andarão pelas ruas com um sapato de salto alto no pé e outro na mão. O que o coletivo quer é promover reflexões sobre esta imagem tão metafórica, que simboliza o equilíbrio e o desequilíbrio na vida das mulheres na sociedade contemporânea.

Caminhada

Cartilha: Violência contra as mulheres nos locais de trabalho

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Denuncie, combata, pare!

A Internacional de Serviços Públicos (ISP-Brasil) lança cartilha em conjunto com entidades sindicais.

O objetivo é convocar os sindicato e orientar no combate à violência contra as mulheres nos locais de trabalho.
A Internacional de Serviços Públicos (ISP Brasil) em conjunto com a FASUBRA Sindical e demais entidades do movimento sindical em referência ao Dia Internacional da Mulher, lança a cartilha “Violência contra as mulheres nos locais de trabalho: denuncie, combata, pare!”.

A cartilha é fruto da campanha de combate à violência sexista nos locais de trabalho por meio de debates construídos em 2015, em encontros estaduais. 

De acordo com a ISP, o objetivo é convocar os sindicatos no combate e prevenção da violência, e ser utilizada como instrumento de informação, formação e mobilização para mulheres e homens no combate à violência sexista, fornecendo elementos que possibilitem a identificação, denúncia, prevenção e a busca de soluções.




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Fonte: ISP/Fasubra Sindical

E muitas delas ainda acreditam neles

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Hoje é o Dia Internacional da Mulher.

E... Ao longo da história, vários pensadores, humanos e divinos, todos machos, "cuidaram" da mulher, por várias razões:

* Pela sua anatomia

- Aristóteles: A mulher é um homem incompleto.
- São Tomás de Aquino: A mulher é um erro da natureza, nasce de um esperma em mau estado.
- Martinho Lutero: Os homens têm ombros largos e cadeiras estreitas. São dotados de inteligência. As mulheres têm ombros estreitos e cadeiras largas, para ter filhos e ficar em casa.

Pela sua natureza

- Francisco Quevedo: As galinhas botam ovos e as mulheres, chifres.
São João Damasceno: A mulher é uma jumenta teimosa.
- Arthur Schopenhauer: A mulher é um animal de cabelos longos e pensamentos curtos.

* Pelo seu destino

- Disse Yahvé à mulher, segundo a Bíblia: Teu marido te dominará.
- Disse Alá a Maomé, segundo o Corão: As boas mulheres são obedientes.

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Os Filhos dos Dias
Eduardo Galeano


Uma década de conquistas

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No ano em que a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 comemora seu aniversário de uma década de prestação de serviços, os atendimentos quase alcançam a casa dos 5 milhões. Desde sua criação em 2005, foram 4.708.978 atendimentos. Desses, 552.748 foram relatos de violência, preponderando os relatos de violência física (56,72%) e psicológica (27,74%). 

Neste décimo ano de funcionamento, somente nos 10 primeiros meses, a Central realizou 634.862 atendimentos. Foram em média 63.486 mensais e 2.116 diários. Essa quantidade foi 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014 (406.515).

Dos atendimentos realizados de janeiro a outubro de 2015, 39,52% corresponderam à prestação de informações (principalmente sobre a Lei Maria da Penha); 9,65% foram encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% se referem a encaminhamentos para outros serviços de tele atendimento (telefonia), tais como: 190 da Policia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos. 

Precisamos Falar com os Homens

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Brasília - Pesquisa da ONU sobre igualdade de gênero resultará em documentário a ser divulgado mundialmente ainda este ano.

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A ONU Mulheres, em parceria com o portal PapodeHomem, lançou ontem (1°) no Brasil, a pesquisa sobre igualdade de gênero no Brasil.

A pesquisa Precisamos Falar com os Homens, feita pela internet e viabilizada pelo Grupo Boticário, é aberta a todas as pessoas e aborda temas como machismo, feminismo e violência entre parceiros.

O objetivo é entender como os homens podem participar do diálogo pela igualdade de gênero e identificar como as mulheres percebem o papel dos homens na sua vida e na sociedade hoje, apontando as principais tensões culturais que geram sofrimento e desigualdade.
Saiba Mais

A pesquisa é a segunda etapa de um processo que começou com entrevistas com especialistas e pessoas comuns, no Recife, Rio de Janeiro e em São Paulo, em busca de histórias inspiradoras. A pesquisa e as entrevistas resultarão em um documentário sobre o tema, que será divulgado mundialmente ainda este ano.

O trabalho é parte da campanha ElesPorElas (HeForShe), lançada pela ONU Mulheres em 2014. A iniciativa convoca os homens a refletir e a participar ativamente da defesa dos direitos das mulheres, enfrentando estereótipos machistas que perpetuam a desigualdade de gênero.

No site da campanha, qualquer pessoa pode assinar o compromisso ElesPorElas. Mais de 680 mil já assinaram em todo o mundo. O ranking dos países que mais participaram inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, Equador, México e Canadá.

Mais de 22 mil brasileiros já participaram da campanha. Entre os que assinaram o compromisso, 21.353 são homens. Temas como violência e mercado de trabalho são apontados pelos brasileiros como prioritários na igualdade de gênero.

A Islândia, país com aproximadamente 320 mil habitantes, tem o maior percentual de assinaturas no mundo - um em cada 18 homens já aderiu ao compromisso.

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Com informações da Agência Brasil.

8 de Março: As grandes mulheres negras da história do Brasil

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Talvez você nunca tenha conhecido a trajetória de sequer uma mulher negra na história.

Mesmo na escola, nas aulas sobre o período da colonização e da escravidão, é provável que você não tenha lido ou ouvido falar sobre nenhuma líder quilombola, nem mesmo sobre líderes que foram tão importantes para comunidades enormes.


Essa ausência de conhecimento é um problema profundo no Brasil. Infelizmente, na escola não temos acesso a nomes como o de Tereza de Benguela, por exemplo, que recentemente se tornou símbolo nacional, quando o dia 25 de Julho foi oficializado como o Dia de Tereza de Benguela. Ainda assim, há grandes chances de que essa seja a primeira vez em que esse nome lhe salta aos olhos.

Para conhecer as histórias de luta dessas mulheres, é preciso mergulhar em uma pesquisa pessoal, que antes de tudo precisa ser instigada. Mas se as escolas e Universidades nem mesmo mencionam a existência de mulheres negras que concretizaram grandes feitos no Brasil, como a curiosidade das pessoas será despertada?

Na prática, as consequências dessa ignorância são muito graves. Não aprendemos que mulheres negras foram capazes de conquistas admiráveis ou que lutaram bravamente, até mesmo em guerras contra a escravidão, e crescemos acreditando na ideia de que as mulheres negras nunca fizeram nada de grandioso e nem marcaram o país como outros grupos de pessoas. A tendência de muita gente é associar a bravura, a inteligência e a estratégia somente a figuras masculinas, sobretudo aos homens brancos, que são notavelmente mais registrados, memorados e citados em aulas de História.

Dividir para somar!

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Nos últimos 10 anos, jornada feminina aumentou uma hora.

"A diferença persiste porque os homens não reconhecem que as responsabilidades devem ser compartilhadas de forma igualitária". 

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A mais recente pesquisa do IBGE comprova que a mulher, apesar de ser maioria na população e maioria no mundo do trabalho, continua ganhando menos e trabalhando mais.

Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita entre os anos de 2004 e 2014 com 150 mil famílias, a dupla jornada feminina aumentou uma hora. Agora as mulheres trabalham cinco horas a mais que os homens.

A estatística também mostra que, enquanto a jornada de trabalho masculina fora de casa caiu de 44 horas para 41 horas e 36 minutos por semana, a carga horária dedicada ao trabalho doméstico se manteve estável. Ou seja, o tempo livre não foi revertido em maior dedicação ao lar.

Nesse mesmo período de 10 anos, a mulher manteve uma média de jornada de trabalho fora de casa de 35 horas e meia, mas ainda continua ganhando 24% a menos que os homens – e acumulando tarefas domésticas.

Para a economista Marilane Teixeira, a diferença persiste porque os homens não reconhecem que as responsabilidades devem ser compartilhadas de forma igualitária. “A cultura enraizada naturaliza papéis sociais para homens e mulheres”, comentou. A dupla jornada é realidade da grande parte da população feminina no país.

Mostra Kitinete

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Exposição mostra vida doméstica em obras que mesclam fotografia e pintura.

A mostra Kitinete apresenta cerca de 20 obras inéditas da artista visual Patrizia D’Angello, que desde 2008 vem trabalhando no cruzamento da fotografia com cinco gêneros da pintura: retrato, autorretrato, natureza morta, paisagem e nu.

Os aspectos da rotina da vida doméstica e familiar estão registrados nas imagens captadas pela artista, e são armazenadas em arquivos digitais ou impressas, e guardadas em caixas. 

As obras ficam disponíveis para o momento em que a artista decida transformá-las em obras de arte.

Para o curador da mostra, Marco Antonio Teobaldo, “a intenção da artista está presente em cada pincelada sobre a tela ou o papel, sem se intimidar com as escalas de seus trabalhos, que podem ser pequenos ou generosamente ampliados. Imagens de alimentos à mesa se apresentam de forma voluptuosa e, em alguns casos, com forte apelo erótico”.

Formada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), Patrizia D’Angello cursou a Escola de Artes Visuais (EAV), no Parque Lage. Já fez exposições individuais no Rio e em outras cidades.

Onde e quando: A mostra Kitinete fica em cartaz até 8 de abril e pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h e aos sábados, das 10h às 17h, com entrada franca. 

O Ateliê da Imagem Espaço Cultural fica na Avenida Pasteur, 453, na Urca, zona sul do Rio.

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Fonte: Agência Brasil
Imagem: Patrizia D'Angello

Luana Tolentino diz não a Luciano Huck

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Hoje [ 18 de fevereiro] à tarde fui surpreendida com um telefonema da produção do Caldeirão do Huck. Em março, o programa fará uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Segundo a produtora do programa "sou uma mulher inspiradora". Por isso eles acharam que o Luciano Huck deveria me entrevistar.

Não aceitei. Minha decisão não se deu pelo fato do Caldeirão do Huck fazer parte da programação da Rede Globo, emissora pela qual tenho uma infinidade de críticas e há muito tempo não assisto. Longe disso. Não aceitei porque não me agrada a espetacularização que é feita com a vida das pessoas que tem uma "história de superação".

Não aceitei porque não vou me prestar ao papel de reforçar o discurso da meritocracia, que discordo e combato com veemência.

- Luana, você é a prova de que quando as pessoas realmente querem, elas conseguem! — Foi o que a produtora me disse.

Mas não é bem assim. De fato, desejei estudar, desejei escrever, desejei ser professora. Me sinto grata, rica, realizada em poder fazer tudo o que eu sempre quis. Porém, provavelmente tudo teria sido muito diferente não fosse a estrutura desigual, racista e machista do nosso país.

Para chegar até aqui tive que romper barreiras visíveis e invisíveis. Nesse percurso fui me arrebentando de tal maneira que às vezes tenho a sensação de que sou toda quebrada por dentro. São questões que precisam ser ditas, mas a produção e o Luciano Huck não têm o menor interesse em debatê-las ou enxergá-las.

Concordo que nós negras e negros devemos ocupar espaços, que as nossas vozes devem ir para além da internet, da Academia, e no meu caso, da sala de aula, mas não acho que seja necessário perder de vista os compromissos assumidos: comigo mesma e com aqueles que represento através da minha fala e da minha escrita.

Respeito o trabalho da profissional que entrou em contato comigo. Por isso agradeci imensamente o convite. Por outro lado, não vejo o menor sentido em ser homenageada no dia 8 de Março pelo Luciano Huck, que durante a Copa usou o programa para oferecer brasileiras aos gringos, como se fôssemos mercadoria.

Luana Tolentino é professora e historiadora. É ativista dos Movimentos Negro e Feminista.

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Por Luana Tolentino, em sua página no Facebook

A Garota Dinamarquesa: arte, amor e identidade de gênero

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Filme é baseado na história real de Lili Elbe, primeira mulher trans a passar pelos procedimentos de transição de gênero, em 1930, sempre acompanhada pela devoção de sua mulher, a pintora Gerda Weneger

O longa-metragem A Garota Dinamarquesa, dirigido por Tom Hooper, conta a história de Lili Elbe, uma mulher que nasceu em um corpo masculino e é considerada pioneira na realização de cirurgia de transição de gênero. Filme que estreou ontem, dia 11, nos cinemas brasileiros retrata a vida de Lili desde quando ela ainda era conhecida como Einar Mogens Weneger, um famoso artista dinamarquês casado com a pintora Gerda Weneger.

Baseado no livro homônimo de David Ebershoff (Editora Rocco, 368 págs.), o filme começa em 1926, em Copenhage, onde Einar (Eddie Redmayne) vive harmoniosamente com sua esposa Gerda (Alicia Vikander) em uma relação intensa e apaixonada. Ambos são artistas plásticos e assíduos frequentadores das festas e eventos sociais ligados à arte.

Um dia, a modelo de Gerda, a soprano Anna Fonsmark, se atrasa para uma sessão e a pintora pede um favor ao marido: que ele vista as meias de seda e os sapatos femininos para que ela possa começar a pintar e acaba colocando um vestido de festa sobre as roupas masculinas dele. O toque macio da seda e das rendas é o ponto de partida da crise de identidade de Einar no filme.

O espectador vai entender que o desconforto com o gênero sempre existiu na vida do protagonista, mas ele soube escondê-lo (até dele mesmo) para se proteger de uma sociedade preconceituosa e que ainda tratava as relações homoafetivas como crime. As roupas femininas sobre seu corpo são apenas o gatilho para o início de uma dolorida e profunda busca pela própria identidade.

Poetisa ou poeta? Todavia, sempre foi assim? Não! Claro que não!

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A polêmica é uma das principais características do Literário. Claro, refiro-me à sadia, à que suscite esclarecedores debates tendentes a conduzir a alguma conclusão lógica e correta e não à forçada, à controversa, à gerada apenas pelo mau entendimento de alguma questão, ou seja, a que nasça de erros e, por isso, não forme, mas “deforme” opiniões. Hoje, por exemplo, trago à baila algo que gera, há já bom tempo, dúvidas na cabeça de muitas pessoas e que, por mais que se debata, certamente não conseguirá consenso: qual a forma mais adequada, do ponto de vista gramatical (mas não só dele) para se referir a uma mulher que escreva poesia? Devemos tratá-la de “poeta” ou de “poetisa”? Os dicionários aceitam ambas as formas. Todavia, sempre foi assim? Não! Claro que não!

Antes, tentarei esclarecer como se dão os debates no Literário. Ocorrem de forma “transversa”, indireta, nada prática, mas é algo que em quase dez anos não consegui mudar. Em vez de ocorrerem no próprio blog, como a mínima lógica indica que deveria ser, se dá por “tabela”. Os debatedores encaminham, aos meus cuidados e-mails firmando suas posições, quando o mais prático, e óbvio, seria expressá-las aqui mesmo, no espaço destinado a comentários. Sempre que posso (o que nem sempre acontece) respondo diretamente a essas mensagens pelo mesmo meio. Ou seja, por e-mail. Às vezes comento, no editorial dessa nossa mini-revista eletrônica diária, as opiniões mais relevantes, ou mais inteligentes. Nem todas, no entanto, permitem que eu proceda assim. Muitas são expressas em linguagem (no mínimo) deselegante, com palavras chulas, em textos eivados de ofensas. Sinais dos tempos de internet e redes sociais (infelizmente) Muita gente confunde ênfase com má educação. Quanto a isso... não há o que fazer, a não ser ignorar. É questão de educação ou, mais propriamente, de falta dela.

Programa, Maria!

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Para tentar barrar o preconceito e o machismo um grupo de mulheres fundou em São Paulo, um site para incentivar mais mulheres a programarem sites.


A “máxima” de que meninas não são boas em ciências – consequentemente, em profissões que envolvam tecnologia – motivou um grupo de mulheres envolvidas em programação de sites a tentar mudar essa realidade.

O site PrograMaria colocado no ar em novembro, reúne dicas e artigos para defender que o mundo tecnológico não precisa ser tão masculino como mostram as estatísticas.

No censo do IBGE de 2010 mostra que as mulheres compõem apenas 22% das turmas. De ciência da computação, uma realidade que ninguém questiona ou procura mudar, o que levou a jornalista Iana Chan a criar o PrograMaria.

Assim que o site é acessado, aparece o chamado: Aprende a programar e transforme o mundo!

E mesmo que você não vá trabalhar na área, aprender a programar já é considerada uma habilidade do século 21, por desenvolver o raciocínio lógico, a criatividade e a solução de problemas, afirma o site.

Quer começar? Clique na aba “Quero começar” e se programe. 

Lá você encontrará os melhores conteúdos para dar os primeiros passos no maravilhoso mundo da programação, além de artigos sobre todos os tipos de violência contra a mulher.

Eu vou me programar...

Programe-se também!

Meninas de Ouro! Hexacampeãs!

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Esqueça os marmanjos do futebol masculino, que ganham rios de dinheiro e não fazem absolutamente nada dentro do campo, a não ser amarelar, no pior sentido da expressão.

Lembre-se do merecido o 7 x 0 da Alemanha.

Só não se esqueça de que no mundo do futebol profissional impera a lógica masculina da valorização dos homens, a bandalheira da corrupção e a desvalorização do melhor futebol que temos hoje no país: O futebol Feminino!

- E salve as meninas!

Ontem, 20/12, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino conquistou o sexto título do Torneio Internacional de Futebol Feminino, realizado este ano em Natal (RN). 

Com o apoio da torcida, que compareceu em peso à Arena das Dunas, as brasileiras venceram a equipe do Canadá por 3 a 1, com gols de Andressa Alves e Mônica (duas vezes), e fecharam o ano de 2015 em grande estilo.

Campeãs invictas, as jogadoras comandadas pelo técnico Vadão chegaram à final no primeiro lugar do quadrangular, podendo jogar pelo empate na decisão. 

Na primeira fase, foram duas goleadas – contra Trinidad e Tobago por 11 a 0, e México por 6 a 0 –, e uma vitória simples – 2 a 1 sobre o Canadá.

O que vi ontem foi um show de profissionalismo, cooperação e solidariedade entre as meninas do Brasil.

Ao final, antes de erguer a Taça, Marta tirou a braçadeira de capitã do braço e a entregou simbolicamente a Formiga.

Gesto que no mundo do futebol masculino ninguém é capaz de fazer.

O Torneio foi transmitido pela TV Bandeirantes.

Acredite se quiser...

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Filhote de Coronel
Partido da Mulher Brasileira tem sete deputados, todos HOMENS.

Recém-criado, o 35º partido político do País, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) já tem uma bancada de sete deputados na Câmara dos Deputados. Todos homens.

São eles: Domingos Netos e Valtenir Pereira (ex-PROS), Weliton Prado e Toninho Wandscheer (ex-PT), Victor Mendes (ex-PV), Ezequiel Teixeira (ex-Solidariedade) e Pastor Franklin (ex-PTdoB).

A maioria saiu brigado do partido e para não perder o mandato teve que mudar para uma legenda nova.

Este é o caso de Domingos Neto (foto), que será líder da sigla. Em entrevista ao Diário do Nordeste, ele deixou claro que não mudou de partido por ideologia ou afinidade com a causa da mulher.

“Todos sabem que, para não colocar em risco meu mandato, só se pode mudar para um partido novo. (…) No ambiente do Pros era impossível eu ficar, porque eu não iria aceitar de maneira nenhuma esse tipo de gestão à frente do partido e, assim, eu me filio ao Partido da Mulher”, disse ao Diário do Nordeste.

À revista Época, a presidente do partido, Suéd Haidar, reconheceu que não há nenhuma mulher interessada em ingressar na legenda até o momento. 

“Fechado, só macho”, pontuou.

*****

Este é, sem dúvida, um clássico caso de utilização política do gênero feminino em benefício da manutenção do poder masculino.

Uma vergonha. 

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Fonte: BrasilPost

Quem dera pudesse todo homem compreender...

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Super-homem, a Canção.

Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter

Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver

Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser

Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um Deus o curso da história
Por causa da mulher

Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um deus o curso da história
Por causa da mulher


Dicionário Feminino da Infâmia

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É lançado pela Fiocruz.

A Fiocruz lançou ontem, 09/11, o Dicionário Feminino da Infâmia: acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência. 

O lançamento ocorreu durante o I Seminário Pedagógico do Dicionário/RJ, que acontece até amanhã, dia 11/11, na própria Fiocruz - Campus Manguinhos, no Rio de Janeiro. Um seminário, com o lançamento do dicionário, também será realizado em Belo Horizonte, nos dias 12 e 13/11, na Academia Mineira de Letras

A publicação tem o selo da Editora Fiocruz e foi coordenada pelo Comitê Nacional de Pró-Equidade de Gênero e Raça da instituição.  O livro aborda temas relevantes e atuais relacionados à luta da mulher, como aborto, estupro, redes sociais, ética feminina, trabalho, autoestima, violência, feminismo e lesfobia, entre outros. O trabalho reúne mais de cem colaboradores, pesquisadores e profissionais de universidades, agências governamentais, serviços públicos de saúde, seguridade social, segurança pública, jurídico-policiais e organizações não governamentais, que trabalharam coletivamente na seleção dos temas e elaboração dos verbetes.

A organização é das pesquisadoras Elizabeth Fleury e Stela Meneghel, e o Dicionário feminino da infâmia oferece um rico panorama dos conceitos recorrentes na pauta feminista e das mulheres e vai além, apresentando temas e significados em sua dimensão histórica, política e social. O dicionário nasceu com o objetivo de permitir o acesso a informações fundamentais para o acolhimento e cuidado com as mulheres tanto ao público leigo como às equipes multiprofissionais de saúde, assistência social, segurança e justiça que atendem mulheres em situação de violência.

Estão explicados nessa obra de referência fenômenos que envolvem os vários aspectos, tipos e cenários das violências e também formas de resistência, além de informações sobre análises científicas que ampararam a criação de procedimentos, normas, abordagens e técnicas que hoje estão regulamentados e em funcionamento em diversos setores públicos de forma consolidada ou ainda embrionária. Além disso, houve uma preocupação importante: transmitir aos leitores as mais importantes noções sobre conceitos de liberdade, direitos humanos, justiça, aspectos da educação masculina que levam à prática da violência e outros temas.

A ideia é prover os profissionais da área pública e os cidadãos de informações sobre o que tem acontecido desde que as mulheres começaram a conquistar espaço nos planos social, político, jurídico e de cidadania. A obra traz registradas histórias de lutas que atravessaram séculos, travadas por pioneiras reconhecidas e outras anônimas, e que permitem que cada vez mais as mulheres transitem por espaços e lugares antes vetados a elas.

Com informações da FIOCRUZ

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