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Mostrando postagens com marcador Cultura e Arte - Cinema. Mostrar todas as postagens
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As diferenças entre o Netflix e o Afroflix

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Seis mulheres selecionam audiovisuais em que pelo menos um afrodescentente participe da direção, roteiro ou atuação.


Cerca de 100 filmes de dez estados que contam com a participação de negros em pelo menos uma área técnica da produção estão disponíveis no Afroflix, plataforma de pesquisa online. Os filmes são enviados por seus autores e passam por uma curadoria da equipe do projeto, composta por seis mulheres afrodescendentes.

Apesar do nome, o site tem muitas diferenças em relação ao Netflix. Uma delas é que, enquanto a plataforma internacional disponibiliza filmes via streaming, esta iniciativa não armazena os vídeos, mas os linka para sua fonte original (seja o YouTube, o Vimeo ou o site do filme, por exemplo). A plataforma reúne filmes que já estão na internet, organizados de forma a facilitar a busca de referências.

"A gente não baixa o vídeo. Não gera visualizações para nós. Todo play que é dado vai para o próprio realizador. E já estamos recebendo retornos de que as visualizações aumentaram. Tem sido bem legal", afirma a cineasta Yasmin Thayná, idealizadora do projeto e diretora e roteirista de Kbela - O Filme, lançado em 2015.

O site também indica vlogs, programas, séries e videoclipes e não conta com nenhum tipo de financiamento. Todo ele foi produzido por meio da cooperação das participantes do coletivo. "É uma ideia para o futuro, um sonho nosso para que possamos ter conteúdos originais. Séries originais, filmes. A ideia é trabalhar no campo da produção, difusão e formação. Mas para isso precisamos de investimento", pondera Yasmin. 

Aquarius, um filme de resistência

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Aplaudido no festival de Cannes, Aquarius é um filme que a direita quer boicotar porque mostra justamente um Brasil que eles tentam esconder.

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Aquarius é um filme de resistência,” disse o diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, 48 anos, em entrevista coletiva, esta semana, diante da mesma entusiasmada recepção de público e de crítica com que Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, foi saudado no Festival de Cinema de Cannes em 1964 – outro filme de resistência.

A semelhança não para aí. O clássico filme incendiário de Glauber foi apresentado pela primeira vez, em sessão fechada, no Rio de Janeiro, quatro dias depois do comício de Jango, na Central: 17 de março de 64. Agora, com uma notável atuação de Sonia Braga (ressaltada pela mais respeitada crítica internacional) Aquarius, libelo contra a especulação imobiliária desenfreada que desfigura as grandes cidades brasileiras, parece simbolizar aquilo em que está se transformando a sociedade brasileira como escreveu o crítico do jornal britânico The Guardian, Peter Bradshaw: "Essa rica e misteriosa história brasileira é sobre desintegração social". 

Para ele, o roteiro, escrito por Kleber, sobre uma mulher de 66 anos, crítica musical aposentada, em pé de guerra contra uma construtora que quer demolir o prédio em que mora, é "linda" e "surpreendente."

Já o crítico brasileiro e editor do site Filme B, Pedro Butcher, lembra que o diretor tem um” controle absoluto do cinema”, demonstrado em O Som ao Redor, seu primeiro longa- metragem de ficção. 

"Toda a mídia do Brasil falou sobre o gesto do protesto,” observa surpreso, o autor de Aquarius, que também é roteirista, tem formação jornalística e já exerceu a crítica de filmes, a respeito do protesto e da denúncia do elenco no tapete vermelho do festival. 

“Aproveitar os holofotes de Cannes deu certo", disse nas primeiras entrevistas concedidas depois da exibição oficial. “O filme é de resistência e é um pouco um filme de sobrevivência; mas mais ainda se trata de um filme sobre a energia necessária para existir. Às vezes cansa, mas há que encontrar mais energia para continuar a lutar. Penso que a Sônia entendeu isso logo”. 


O Começo da Vida: "Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda"

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A primeira infância e a construção de uma sociedade mais justa.

O Começo da Vida também mostra o contraste entre o desenvolvimento de crianças que têm todo o conforto e todos os direitos garantidos e o de crianças como Phula, uma menina indiana que cuida sozinha dos irmãos em uma comunidade carente que mora em condições precárias em meio a obras em construção.

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Documentário 'O Começo da Vida', de Estela Renner, investiga a importância dos primeiros anos de vida como a chave para o futuro.

Estela Renner: 'O que nos une é o que desejamos para nossos filhos e o que nos separa é a condição que o ambiente nos dá para proporcionar isso a eles'.

Se mudarmos o começo da história, mudamos a história toda. Esta frase resume o filme O Começo da Vida, documentário de Estela Renner que estreia nesta quinta-feira (5) nos cinemas. Com base nas recentes constatações científicas de que os bebês se desenvolvem a partir da combinação entre a sua carga genética e as relações com as pessoas que os rodeiam, o longa-metragem trata sobre vários temas ligados à primeira infância: a importância do acesso aos direitos básicos, do afeto, das brincadeiras, da quebra dos papeis de gênero, do incentivo à amamentação, a educação para a solidariedade etc.

Estela Renner, que também dirigiu Criança a Alma do Negócio e Muito Além do Peso (disponíveis gratuitamente na plataforma on-line VideoCamp), visitou famílias de diferentes culturas, etnias e classes sociais no Brasil, na Argentina, nos Estados Unidos, no Canadá, na Índia, China, Itália, França e no Quênia para mostrar a importância dos vínculos afetivos nos primeiros anos de vida das pessoas.

A loucura do coração, no coração da loucura

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'Nise - o coração da loucura' é um filme que deve fazer parte do ensino e pesquisa das universidades brasileiras tanto na área artística quanto médica.

Um sinal do coração basta para que se abra um paraíso ou um inferno. Um limbo talvez se a batida paradisíaca ou infernal, irrompendo-se de repente e ao mesmo tempo, for do mesmo tom e intensidade, quando uma se contrapõe à outra. Esta é a sintonia-espera-distonia, a loucura, de cada coração no decurso de sua sinfonia quotidiana.

Nise: o coração da loucura, filme dirigido por Roberto Berliner, leva o coração a descompassar nos três estados evocados. As sequências de cenas transportam sentimentos de um lado a outro da tríade. Um rio de três margens ao se abrir um vértice de terra no meio do leito principal.

Enquanto o coração navega por esse rio, às vezes sombrio, outras ensolarado, muitas vezes caleidoscópico, quase nunca apaziguado, a tela se faz coração e pulsa pelos personagens que se encontram e desencontram entre si através de seus conflitos internos. Densamente povoados.

De fato, o filme se intromete no interior dos espectadores, em cada coração, e cada espectador ao revés vê seus sentimentos reverberados na tela. Uma conjugação de sentimentos visuais e sanguíneos na sequência de um roteiro limpo, exato, doce e seco, tateando como convém na busca da expressão da loucura.

Nise era bem assim. Limpa, exata, doce e seca, mas da textura do outono aprazível, não a do inverno cortante. Não era de poses melodramáticas, superficiais, contidas ou abundantes. Dizia muito em pouco. Seus olhos eram o mapa de seu coração, além de seus gestos largos ao se estenderem no trato do outro para compreender e enlaça-lo.



Uma folha seca saída do galho de uma frondosa árvore. Desce lenta, suave, tranquila, ave sem asas. Até se deitar mansamente no solo. Na verdade, o solo a espera desde seu desprendimento para acolhe-la de corpo inteiro. Admirado. Ninguém passou por Nise sem ser aguilhoado no doce ou no seco.

Filme Livre

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15ª Mostra do Filme Livre segue até o dia 11 de abril no CCBB

Rio de Janeiro - A 15ª Mostra do Filme Livre que está acontecendo no CCBB foi prorrogada até o dia 11 de abril.

Com entrada gratuita, a Mostra apresenta obras de todos os gêneros, formatos e durações na maior mostra de filmes independentes do país. Estão na programação 35 longa-metragens, diversos debates e quatro oficinas de vídeo. 

“De curtas infantis - alguns feitos por crianças -, a longas de horror, sem esquecer as experimentações audiovisuantes (que passam em loop por 6 horas na nossa Cabine Livre) e documentários nada nada caretas, tem de quase tudo na MFL. 

A Mostra do Filme Livre também será realizada em mais três capitais: São Paulo, (de 16 de março a 7 de abril); Brasília (de 13 de abril a 2 de maio) e Belo Horizonte (de 25 de maio a 13 de junho). 

Em Niterói (RJ) a Mostra acontecerá pela primeira vez em maio, no Cine Arte UFF.

Para conferir a programação completa, basta acessar o site da Mostra, ou do CCBB.

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Fonte: Rádios MEC AM e FM/RJ
EBC/Agência Brasil

A Luneta do Tempo

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"O Poder é irmã da políça, que é prima carnal do Estado e de uma cega chamada Justiça".

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Entre as estreias da semana nos cinemas do país, Cinema No Ar destaca dois filmes brasileiros: A Luneta do Tempo, primeiro filme do músico Alceu Valença, e A Frente Fria que a Chuva Traz, mais recente longa-metragem do mestre Neville de Almeida.



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Fonte: Cinema no Ar.


Na Alemanha Meryl Streep afirma: Somos todos africanos. Tudo começou na África

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A inegavelmente talentosa e maior vencedora do Oscar, Meryl Streep foi soberana na condução da coletiva do júri da Berlinale. Meryl comandou como presidente, o seu primeiro júri como uma grande estrela de Hollywood, o que realmente é.

"Estou muito entusiasmada de estar aqui. Nunca fiz isso e vou ter de descobrir as exigências da função com meus colegas. Mas não deve ser difícil. Já dirijo uma casa, tenho filhos, marido. É muita gente para administrar. Sou uma boa 'listener' (escuto bastante). Mas no limite, o que vai fazer a diferença é que eles têm um voto cada, e eu tenho dois".

'Eles', os companheiros de júri eram a fotógrafa Brigitte Lacombe, a diretora Malgorzata Szumowska, a atriz Alba Rohrwacher, os atores Clive Owen e Lars Eidinger e o crítico do The Guardian, Nick James. 

Meryl admitiu ter dado uma ordem a seus jurados. Na verdade, foi um pedido: “Convenci-os de que seria melhor assistirmos aos filmes com um olhar virgem. Descobri-los juntos" e sem a influências externas das mídias sociais.

A um jornalista que a provocou dizendo que não via nenhum negro na mesa, numa referência ao debate que agita Hollywood (e o Oscar), ela retrucou: "Olhem para vocês", "Eu também não vejo negros entre vocês". Era verdade, pelo menos ali, naquela plateia da coletiva. 

E aproveitou outra pergunta - sobre o que conhece de cinema chinês, africano? - para marcar posição respondeu: "Vi Timbuktu (de Abderrahmane Sissako) e gostei muito. A verdade é que, a despeito de todas as diferenças, temos muito em comum. Já interpretei muitas personagens e há um traço comum, que compõe nossa humanidade. Quanto à raça, somos todos africanos. Tudo começou na África".




A Garota Dinamarquesa: arte, amor e identidade de gênero

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Filme é baseado na história real de Lili Elbe, primeira mulher trans a passar pelos procedimentos de transição de gênero, em 1930, sempre acompanhada pela devoção de sua mulher, a pintora Gerda Weneger

O longa-metragem A Garota Dinamarquesa, dirigido por Tom Hooper, conta a história de Lili Elbe, uma mulher que nasceu em um corpo masculino e é considerada pioneira na realização de cirurgia de transição de gênero. Filme que estreou ontem, dia 11, nos cinemas brasileiros retrata a vida de Lili desde quando ela ainda era conhecida como Einar Mogens Weneger, um famoso artista dinamarquês casado com a pintora Gerda Weneger.

Baseado no livro homônimo de David Ebershoff (Editora Rocco, 368 págs.), o filme começa em 1926, em Copenhage, onde Einar (Eddie Redmayne) vive harmoniosamente com sua esposa Gerda (Alicia Vikander) em uma relação intensa e apaixonada. Ambos são artistas plásticos e assíduos frequentadores das festas e eventos sociais ligados à arte.

Um dia, a modelo de Gerda, a soprano Anna Fonsmark, se atrasa para uma sessão e a pintora pede um favor ao marido: que ele vista as meias de seda e os sapatos femininos para que ela possa começar a pintar e acaba colocando um vestido de festa sobre as roupas masculinas dele. O toque macio da seda e das rendas é o ponto de partida da crise de identidade de Einar no filme.

O espectador vai entender que o desconforto com o gênero sempre existiu na vida do protagonista, mas ele soube escondê-lo (até dele mesmo) para se proteger de uma sociedade preconceituosa e que ainda tratava as relações homoafetivas como crime. As roupas femininas sobre seu corpo são apenas o gatilho para o início de uma dolorida e profunda busca pela própria identidade.

Rio recebe até domingo a Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo

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A exibição do documentário Betinho, a Esperança Equilibrista, de Victor Lopes, sobre a trajetória do sociólogo e ativista Herbert de Souza (1935-1997), precedida do curta Abraço de Maré, de Victor Ciriaco, abriu na noite de ontem (15) a etapa carioca da 10ª Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo. 

Realizada de forma quase simultânea em todas as capitais do país, ao longo de um período de cinco semanas a partir do 13 de novembro, a mostra encerra sua edição 2015 no próximo domingo (20) em duas dessas cidades, Rio de Janeiro e Curitiba.

Em cada capital fazem parte da programação um total de 40 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens, divididos em três mostras: Homenagem, Panorama e Temática. No Rio, as sessões, todas gratuitas, são realizadas na Caixa Cultural, no centro da cidade, com exceção de uma exibição especial amanhã (16), às 16h, com os mesmos filmes da abertura, na Biblioteca Parque de Manguinhos, na zona norte.

A mostra Homenagem é uma retrospectiva das nove edições anteriores, com a exibição de filmes premiados em cada uma delas. Já a mostra Temática tem como foco este ano a criança e o adolescente, enquanto a Panorama reúne 24 filmes produzidos a partir de 2011 no Brasil, França, Estados Unidos e Singapura.

“Todos os filmes são exibidos com intérpretes de Libras [língua de sinais], em closed caption, para os deficientes auditivos e alguns contam com audiodescrição para deficientes visuais”, informa Ricardo Favilla, produtor executivo do Instituto Cultura em Movimento (Icem), responsável pela organização da mostra que tem como realizador o governo federal, por meio do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Sempre com foco na questão dos direitos humanos, os filmes tratam de temas como pessoas com deficiência, população LGBT e enfrentamento da homofobia, população negra, moradores de rua, idosos, sistema prisional, democracia e participação política e vários outros. 

O cinema brasileiro predomina entre os títulos selecionados, mas, segundo Favilla, o festival se abre cada vez mais para outros países. A programação completa está disponível no site  da Mostra.

A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.

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Frank Sinatra, 100 anos

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Ele tinha mesmo um jeito próprio de fazer as coisas. Dominador, perfeccionista e intenso. Mas é impossível não reconhecer a forma sofisticada de cantar. 

Frank Sinatra completaria 100 anos amanhã.

Treze Grammys, mais de 500 milhões de cópias vendidas, 31 “Discos de Ouro”, 18 de “Platina”, 1.800 gravações e 12 biografias. Aliás, treze, porque a mais recente acaba de ser lançada nos Estados Unidos revelando como Sinatra lutava pelo poder, seja no mundo da música, no cinema, na TV ou mesmo na política.

Um personagem controverso, mas que merece todas as homenagens. Nomes como Lady Gaga, Tony Bennet, Celine Dion e Harry Conick Junior se reuniram em um tributo. Duas exposições em Nova Iorque comemoram o centenário. Um documentário de quatro horas de duração da TV americana promete também ser exibido em todo o mundo. Aqui, Bibi Ferreira surpreendeu em um espetáculo só interpretando Sinatra. São grandes números para um grande artista que além dos palcos conquistou também o cinema e a TV.

No Brasil, entrou para o Livro dos Recordes há 35 anos com o show Magnífico que reuniu 170 mil pessoas no Maracanã, no Rio de Janeiro.

New York, New York foi criada para o filme de Martin Scorcese e para a voz de Liza Minelli, mas bastou Frank Sinatra gravar para se tornar um verdadeiro hino. Afinal, o filho dos imigrantes italianos, nascido em 12 de dezembro de 1915, do outro lado da ponte, em New Jersey, virou um símbolo de sucesso.



Chatô e Geraldo Vandré agitam a Paraíba

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Marco Ricca e Andrea Beltrão
No Festival do Audiovisual que começa hoje.

Evento que será aberto hoje, em João Pessoa, tem mostra competitiva e homenagens a quatro convidados, entre eles Fernando Morais e Lima Duarte. 

A décima edição do Fest-Aruanda do Audiovisual Brasileira começa hoje (10), em João Pessoa, com exibição às 20h30 de Chatô - O Rei do Brasil, filme de Guilherme Fontes que levou duas décadas para ser finalizado e que conta a história do paraibano Assis Chateaubriand, magnata das comunicações. Outra novidade é a participação do cantor e compositor, também paraibano, Geraldo Vandré, que chegou ontem à tarde à cidade onde nasceu, em 1935, e para onde não ia há 20 anos.

Até quarta-feira (16), o festival terá mostra competitiva, com 15 curtas e sete longas-metragens e debates sobre Chatô, com a presença do diretor e do ator Marco Ricca, que fez o personagem principal. No último dia será exibido o documentário Chico – Um Artista Brasileiro, de Miguel Faria Jr., sobre Chico Buarque.

Mesmo antes de começar, o evento já movimentou João Pessoa, com a chegada de Vandré, acompanhado do músico Sabiá e do produtor Darlan Ferreira. Tranquilo e bem-humorado, deu entrevistas ainda no aeroporto e atribuiu a "contingências da vida" sua ausência tão prolongada da terra natal.

O evento terá minicursos e exibições para crianças, no Fest-Aruandinha. O festival remete ao filme Aruanda, de Linduarte Noronha. O documentário de 1960, que influenciou a geração do chamado Cinema Novo, também inspirou canção do mesmo nome composta em parceria entre Carlos Lyra e Vandré. É uma narrativa sobre uma comunidade quilombola na Serra do Talhado, também na Paraíba.

Que horas ela volta? entre os 5 melhores filmes estrangeiros do ano

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O filme brasileiro Que horas ela volta?, estrelado por Regina Casé, ficou na lista dos cinco melhores filmes estrangeiros do ano divulgada pelo National Board of Review.

Que Horas Ela volta? foi acompanhado pelo austríaco Boa noite, mamãe, o italiano Mediterranea, o alemão Phoenix e o ucraniano A gangue; longa de aventura e ação Mad Max: Estrada da Fúria foi indicado o melhor filme de 2015 pela organização norte-americana, que escolheu o húngaro O filho de Saul como o melhor longa em idioma estrangeiro.

Os candidatos em potencial ao Oscar saíram com as mãos vazias. 

O grupo de candidatos em potencial conta com "Steve Jobs", filme sobre o fundador da Apple, "Brooklyn", saga de uma imigrante irlandesa e o muito aguardado "Joy: O Nome do Sucesso", com Jennifer Lawrence.

O filme mais premiado foi "Perdido em Marte", de Ridley Scott, que ficou com os prêmios de diretor (Ridley Scott), ator (Matt Damon) e roteiro adaptado (Drew Goddard).

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Fonte: Portal Vermelho


5 X Chico - O Velho e Sua Gente

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Documentário faz viagem afetiva pelo Rio São Francisco.

5 X Chico – O Velho e Sua Gente, de Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldenstein e Eduardo Nunes, retrata a fé, as tradições, lendas e a vida dos ribeirinhos.

O longa-metragem dirigido por Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldenstein e Eduardo Nunes viaja pelos cinco estados cortados pelo Velho Chico, desde sua nascente, em Minas Gerais, atravessando a Bahia e Pernambuco, até chegar à sua foz, entre Alagoas e Sergipe.

Além da vida pulsante que acerca o rio, os diretores também retratam a degradação que traz duros impactos ao ecossistema e às comunidades ribeirinhas. “Esse filme-processo significa pra mim um mergulho profundo dentro do rio, da sua gente ribeirinha que tira o sustento das águas e que tem uma relação íntima com a natureza. Uma imersão no homem nordestino que luta para subsistir e não perde a fé, mesmo que não tenha peixe. Que não perde a alegria de viver, mesmo que o mundo diga ‘não’. Que não perde a honestidade, mesmo que ao redor a injustiça reine", declarou Cavalcante na página do filme no Facebook.

O que se vê em quase uma hora e meia é um passeio por meio de uma narrativa poética pelas águas e pela identidade de pessoas que não apenas moram nas bordas do rio, mas cujas vidas dependem e são diretamente influenciadas por ele. As imagens de abertura preparam o espectador para esta emocionante imersão: a doçura da vegetação que ladeia o curso do São Francisco dá lugar a impressionantes imagens subaquáticas, uma espécie de dança dentro de um corpo (ainda) pulsante.

Cada diretor percorreu uma trajetória e contou uma história diferente. Gustavo Spolidoro abre o filme na nascente do São Francisco, em Minas Gerais, e apresenta os carismáticos personagens Moranga e Carlúcio. O primeiro é um pescador e famoso contador de causos mirabolantes em Pirapova. Já Carlúcio, de Januária, descreve sua relação com São Francisco: “O rio quer conversar com a gente. Ele conversa comigo. Olha aí, ó, o rio está chorando. Quem está vendo as lágrimas dele? Ninguém está vendo as lágrimas dele. O rio está querendo sossego. O rio não dorme. E ele dormia doze horas da noite, quando o rio parava. Hoje, o rio não para. Além da conta que doze horas da noite é a hora dos mortos, a hora que o rio para para aquelas pessoas que já morreram no rio. Agora, como que o rio vai parar? Muita embarcação, muitas pessoas pescando, muitas pessoas explorando o rio porque esse rio é um pai e uma mãe pra gente.”




Algumas palavras sobre “O menino e o mundo”

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Poético e sofisticado, O menino e o mundo é, sem dúvida, um dos melhores filmes brasileiros lançados em anos recentes. 

O enredo conta a história de um menino da zona rural que vê seu pai partir em busca de trabalho na cidade grande. Inconformado, o garoto sai mundo afora, sozinho, atrás do progenitor. Seu universo imaginário é certamente mais belo e lúdico do que a realidade que o cerca: ele sonha constantemente; imagens de uma infância idealizada surgindo na mente de uma criança… Mas ele acorda de seu daydreaming e acaba confrontado com tudo à sua volta.

Escrito, dirigido e editado por Alê Abreu, este desenho animado surpreende pelo lirismo, pelas imagens impactantes e por sua crítica veemente ao capitalismo globalizado. O longa-metragem de oitenta minutos de duração, que começou a ser preparado em 2010 e estreou três anos depois em Ottawa, Canadá (no Brasil, seria lançado no começo de 2014), tem feito uma trajetória digna de sua qualidade artística. Entre os mais de trinta prêmios que ganhou estão aqueles recebidos no 38º Festival de Annecy (França), na Mostra de Lisboa (Portugal) e na de Havana (Cuba), só para citar alguns. Em meio a todo o lixo produzido pelo cinema nacional nas últimas décadas, O menino e o mundo é um alento. Esteticamente impecável, a narrativa trabalha diferentes temas de modo sutil e ao mesmo tempo, provocador.

O cinema de animação tem sido dominado por filmes de grandes corporações, como a Disney/Pixar. Histórias fracas, pueris e açucaradas, que reproduzem a ideologia dominante norte-americana, através de personagens estúpidos, a partir de enredos convencionais: esta tem sido a marca dos trabalhos criados por megacompanhias deste tipo (que, por sinal, controlam a distribuição para a maioria das salas de exibição em boa parte do mundo). As novidades nas telas, por sinal, são quase sempre acompanhados do lançamento de bonecos, brinquedos, DVDs, roupas, jogos eletrônicos e outras quinquilharias. Em outras palavras, uma indústria multimilionária, que retira do objeto principal (o filme), vários subprodutos comercializáveis, quando a qualidade da obra em si é bastante questionável, para não dizer pífia.

Já O menino e o mundo é um caso distinto. Começando pelo visual. A equipe de artistas responsável pela fita utilizou uma diversidade de técnicas, como colagens, lápis de cor e giz de cera que, mesclados, dão uma textura diferente e vanguardista ao trabalho. Até mesmo trechos de cenas reais, retirados de filmes de cineastas como Jorge Bodanzky, Orlando Senna e Leon Hirszman, entre fragmentos de outros documentários que retratam a poluição e a devastação da natureza, são incluídos na obra. Ou seja, este é um filme de artesãos, que opera numa lógica muito distante da linha de produção computadorizada e homogeneizadora de Hollywood.

III Festival Internacional Cinema e Transcendência

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O Festival começa hoje.

Diante dos desafios de compactar numa amostragem única, a diversidade de expressão artística e as múltiplas abordagens do conhecimento da nossa contemporaneidade, o III Festival Internacional Cinema e Transcendência, vai privilegiar dois tipos de filmes. 

O filme que pela extensão do seu conteúdo, ao mostrar as tradições do conhecimento humano, possibilita novas leituras da realidade e assim prescinde de uma experimentação da linguagem cinematográfica. E o “filme busca” aquele em que o autor é o buscador, tanto de novos abordagens estéticas como de novos caminhos que o levem ao autodesenvolvimento.

Mas o III Festival Internacional de Cinema e Transcendência não para por aí, e vai além da amostragem dos filmes e espetáculos musicais. Atendendo a um clamor coletivo da alma do nosso tempo afogada em perspectivas sombrias para o planeta e o ser humano, ele vem propiciar o encontro de pessoas em torno da arte do cinema, da música e também da arte de desenvolver consciência.

Em 2015, na sua terceira edição, o Festival Cinema e Transcendência, incorpora à sua programação, workshops, oficinas de música, espetáculos, palestras, contato e experiências com as tradições, Ioga, Meditação, Tai-chi- chuan, entre outras atividades criativas.

O III Festival Cinema e Transcendência vai oferecer janelas de possibilidades e meios de auto desenvolvimento, destinados àqueles seres que buscam, desejam o contato como que transcende a vida ordinária, seja pela arte, seja pelo exercício da experiência direta.

Assim, nessa terceira edição, o evento amplia a sua vocação de difusor da arte transcendente.


III FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA E TRANSCENDÊNCIA
Data: 20 a 29 de novembro de 2015
Local: Auditório do Museu Correios -  Setor Comercial Sul, Quadra 04, Bloco A, nº 256.
Horários: Veja a programação 
ENTRADA FRANCA

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Fonte: Museu dos Correios, Brasília

O êxito e o fracasso são acidentes de duvidosa importância

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O pai de Moby Dick.

Em 1851, foi publicada em Nova York, a primeira edição de Moby Dick.

Herman Melville, peregrino do mar e de terra, havia lançado alguns livros de êxito.

Mas, Moby Dick, sua obra-prima, jamais esgotou essa edição, e suas obras seguintes não tiveram melhor sorte.

Melville morreu esquecido, quando já havia aprendido que o êxito e o fracasso são acidentes de duvidosa importância.

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Os Filhos dos Dias.
Eduardo Galeano

Cinema: pela terceira vez, Pernambuco arrebentou!

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Pela terceira vez desde 2012, um longa-metragem pernambucano ganha o Troféu Redentor de melhor filme de ficção da Première Brasil, a mostra competitiva do Festival do Rio. O filme Boi Neon, de Gabriel Mascaro, foi o grande vencedor da edição 2015 do festival. A produção conquistou também os prêmios de melhor roteiro, melhor direção de fotografia e melhor atriz coadjuvante, com a atriz Alyne Santana. A cerimônia de premiação ocorreu na noite de ontem (13) no Espaço BNDES, no centro do Rio. O Festival do Rio 2015 termina hoje (14). 

Desde o dia 1°, mais de 250 filmes foram exibidos, entre o melhor da recente produção cinematográfica brasileira e mundial. No ano passado, a produção pernambucana Sangue Azul, de Lirio Ferreira, foi a vencedora da mostra e, em 2012, o troféu ficou para O Som ao Redor, do pernambucano Kleber Mendonça Filho.

Boi Neon, ganhador desta edição, é ambientado no universo do agronegócio e conta a história de um vaqueiro que deseja ser estilista. O filme ganhou o prêmio especial do júri da mostra Horizontes do Festival de Veneza deste ano.

Dois cineastas cariocas que estrearam em longas este ano dividiram o prêmio de melhor direção do Festival do Rio 2015: Anita Rocha da Silveira, por Mate-me por Favor e Ives Rosenfeld, por Aspirantes. Esse último levou também o prêmio de melhor ator, com Ariclenes Barroso, enquanto Valentina Herszage, de Mate-me por Favor, ficou com o troféu de melhor atriz. Caio Horowicz, de Califórnia, foi o melhor ator coadjuvante.

Na categoria documentário, o prêmio de melhor filme foi para Olmo e a Gaivota, de Petra Costa e Lea Glob, e o de melhor direção para Maria Augusta Ramos, por Futuro Junho. Na mostra Novos Rumos, o vencedor foi Beira-mar, produção gaúcha dos também estreantes em longa-metragem Filipe Matzembacher e Marcio Reolon. No último domingo (11), Beira-mar conquistou o Prêmio Felix, concedido pelo júri do Festival do Rio ao melhor filme de temática LGBT.

O prêmio especial do júri desta edição do festival ficou para um veterano cineasta brasileiro, Ruy Guerra, pelo filme Quase Memória, baseado no livro do mesmo nome do escritor Carlos Heitor Cony. Entre os curtas, o escolhido na competição oficial foi Pele de Pássaro, de Clara Peltier, e na Novos Rumos foi Outubro Acabou, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes.

O prêmio do público, dado pelo voto dos espectadores das sessões da Première Brasil, ficou com Nise – O Coração da Loucura, de Roberto Berliner (ficção), Betinho – A Esperança Equilibrista, de Victor Lopes (documentário), e Até a China, de Marão (curta). O Festival do Rio contemplou ainda o melhor longa-metragem latino-americano, escolhido entre os exibidos na mostra Première Latina: o vencedor foi o mexicano Te Prometo Anarquia, de Julio Hérnandez Cordón.

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Fonte: Agência Brasil/ECB
Edição: Talita Rodrigues

Festival Cinema do Rio e os 450 anos da cidade

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Rio, 450 anos de pura arte.

Os 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, comemorados no dia 1º de março deste ano, mereceram uma seleção especial dentro da programação não competitiva de documentários da Première Brasil, a mostra do Festival do Rio que, todos os anos, constitui uma espécie de vitrine da produção recente do cinema brasileiro. São seis filmes que enfocam diferentes aspectos da história da cidade, da cultura e do cotidiano carioca.

Um deles é São Sebastião do Rio de Janeiro, que revela a formação de uma cidade. Produzido e dirigido por Juliana de Carvalho, o documentário conta, em 90 minutos, a história da formação urbana da cidade, desde os vestígios arqueológicos de seus primeiros habitantes, e as lutas travadas na conquista da terra carioca, passando pelos acontecimentos históricos e indo até as reformas e intervenções urbanas que moldaram o desenho de cidade.

“Nossa opção foi fazer um filme que narra a história do Rio através do ponto de vista geográfico, em que todos os depoimentos colocam o Rio como protagonista. É uma viagem no tempo”, explica a cineasta, uma mineira que adotou o Rio de Janeiro. Imagens antigas, obtidas em arquivos de cerca de 30 instituições de Brasil, França e Inglaterra, e outras recentes, mostram como o povoado carioca surgiu e evoluiu até dos dias de hoje.

Cativas e presas pelo coração

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Documentário trata sobre amor que move mulheres apaixonadas por detentos

'Cativas – Presas pelo Coração', de Joana Nin, não aborda questões ligadas ao sistema penal, os crimes cometidos pelos presos nem faz juízo de valor. O que importa são os sentimentos que elas vivem

Camila: "Eu sempre vou estar do lado dele. Vou dar todo o amor que sinto por ele. O amor vence qualquer coisa".

“A gente não escolhe quem a gente ama.” Se fosse para escolher uma frase que resumisse o filme Cativas – Presas pelo Coração, esta frase de Malu sintetizaria bem o que a diretora Joana Nin apresenta em seu primeiro longa-metragem, que estreou a no Cine Belas Artes, em São Paulo, dia 24/9.

O documentário que também está em cartaz em outros estados, apresenta a história de sete mulheres livres que se mantêm cativas em nome do amor. Apaixonadas por presidiários, elas vivem as limitações do relacionamento e a esperança de um dia constituir uma família do lado de fora das grades.

Não vá ao cinema esperando análises de psicólogos que provavelmente diriam, “certeiros”: “estas mulheres procuram o amor dentro dos presídios porque vivenciaram relacionamentos pouco afetivos, foram abandonadas ou porque têm baixa autoestima. Pode ser que sim, pode ser que não: o filme não dá nenhum tipo de resposta pronta nem digerida, muito menos explora o senso comum. Vá aberto(a) para ouvir depoimentos singelos e profundos das próprias mulheres explicando o inexplicável. Como diria o filófofo francês Blaise Pascal, “o coração tem suas razões, que a própria razão desconhece”.

Elas contam de maneira intensa e aberta como são seus casamentos e deixam aflorar toda a subjetividade de seus amores e como, objetivamente, suas relações influenciam suas vidas. Solidão, preconceito, inseguranças, a responsabilidade de criar os filhos e cuidar de tudo sozinha, a humilhação das (curtas) visitas íntimas, a ansiedade com a espera das cartas… Joana acompanha intimamente o cotidiano de sete mulheres de presidiários da Penitenciária Central do Estado (PCE), no interior do Paraná.

Andrea: 'Imagine ter uma pessoa que não dorme com você, que não paga tuas contas e você ama? É teu marido e manda em você mesmo vendo só uma vez por semana'
O que importa é o amor

O que separa as mulheres negras de qualquer outra pessoa?

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Na premiação do Emmy Awards 2015, Viola Davis, a primeira mulher negra a ganhar um Emmy,  respondeu perfeitamente esta pergunta.

Ela fez história no domingo (20/9), quando se tornou a primeira mulher negra da história a ganhar um Emmy de melhor atriz na categoria dramática por How To Get Away With Muder.

Viola concorreu com Taraji P. Henson, de Empire, que também é negra, e Claire Danes, de Homeland, Tatiana Maslany, de Orphan Black, Elizabeth Moss de Mad Men e Robin Right de House of Cards.

Na história dos 67 anos do Emmy Awards somente atrizes brancas levaram este prêmio. Mulheres negras só tinham ganhado em categorias de comédia e minissérie, por exemplo.

Em seu discurso de agradecimento, Viola lembrou outras atrizes negras que ganharam e disputaram prêmios — e foram, muitas vezes, preteridas pela indústria do entretenimento.

"Na minha mente, eu vejo uma linha. E sobre essa linha que eu vejo campos verdes e flores lindas e belas mulheres brancas com seus braços esticados para fora sobre essa linha. Mas eu não consigo chegar lá, não sei porque. Eu não consigo superar essa linha. Harriet Tubman disse isso em 1800", lembrou, ao começar seu discurso de agradecimento.

E continuou...

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