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Mostrando postagens com marcador Eleições 2014. Mostrar todas as postagens
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Golpe suave, autoridades suspeitas

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O papa Francisco declarou, a 20 de maio, que "pode estar ocorrendo um golpe de Estado suave em algum país”. Para bom entendedor meia palavra basta. Como latino-americano, Francisco entende de golpes de Estado, tantos foram os que ocorreram em nosso continente.

Outrora os golpistas se apropriavam do Estado à ponta do fuzil. Agora, por meio de artimanhas parlamentares. No Brasil, de fevereiro a abril, o caldo de cultura propício a favorecê-lo se temperou à base de nobres ingredientes: reduzir os gastos públicos e instaurar um novo governo integrado por autoridades acima de qualquer suspeita.

Temer queria que a Câmara dos Deputados aprovasse a criação de 14.419 novos cargos públicos, quase quatro vezes mais os 4 mil postos que prometera eliminar em nome do enxugamento das finanças do Estado. Isso custaria R$ 58 bilhões aos cofres da nação. Devido à reação popular, Temer recuou.

No país da saúde pública inoperante, o que obriga 50 milhões de brasileiros a dependerem de planos de saúde privados, a Agência Nacional de Saúde Suplementar acaba de fixar em até 13,57% o índice de reajuste dos planos individuais e familiares. É de matar de infarto qualquer um.

O ministério "da ética” carece de atestado de bons antecedentes. Dois ministros já foram demitidos, acusados de corrupção e tentativa de obstrução da Justiça: Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência e Fiscalização.
Elas não precisam ralar. Só precisam gastar!

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"No caso da maioria das mulheres brasileiras, o governo ignora por completo as duplas ou triplas jornadas de trabalho que desempenham - trabalho, casa, filhos e estudo-, e as punem por ter uma expectativa de vida maior do que a dos homens trabalhadores”.

O governo INTERINO de Michel Temer anunciou na segunda-feira (13) que enviará ao Congresso Nacional até o mês de julho, uma proposta de contrarreforma da Previdência Social. O pacote será encaminhado ao Legislativo antes da votação final do processo de impedimento da presidente AFASTADA Dilma Rousseff, prevista para agosto. No dia 17 de maio, o governo federal interino já havia anunciado que apresentaria a proposta de projeto para alterar a Previdência, prevista no plano “Ponte para o Futuro”. Resta saber, o futuro de quem e para quem?.

De acordo com informações divulgadas pela Coluna do Aposentado do jornal O Dia, a proposta de contrarreforma da Previdência do governo federal interino prevê aumentar imediatamente a chamada fórmula 85/95 para 105 anos tanto para homens quanto para mulheres – atualmente para receber a aposentadoria integral a soma da idade e tempo de contribuição para mulheres é de 85 e, no caso das homens, 95. O jornal teve acesso a um documento elaborado pela Consultoria de Orçamentos e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Conof/CD) e pela Consultoria de Orçamentos, Fiscalização e Controle do Senado (Conorf/SF), que traça as diretrizes da reforma da Previdência que o presidente interino vai apresentar para o Congresso Nacional.

Ainda segundo o jornal, a proposta que vem sendo elaborada elevará também o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos na concessão de aposentadorias por idade e estipulará uma idade mínima para aposentadoria de 65 anos - tanto para trabalhadores do setor privado quanto público-, prevendo regras de transição para quem já está trabalhando. Entre outros ataques aos direitos dos trabalhadores, o periódico destaca ainda a possibilidade de perda de vínculo da pensão por morte do INSS com o salário mínimo, e a intenção de mudar as regras de concessão de aposentadorias para trabalhadores rurais, benefícios assistenciais e previdenciários e auxílio doença do INSS.

"Amar sem Temer"

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“Eles não sabem fazer, quem sabe é a gente”

Afirma Dona Onete.

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A Diva do Carimbó Chamegado no Pará, Dona Onete, mandou um recado ao governo Temer, que não foi eleito: 

Amar sem Temer. "A gente já não veio de lá? Já não está aqui? Então é aqui, daqui é pra frente. É fincar o pé e fazer. Eles não sabem fazer, quem sabe é a gente, né?", disse.

Dona Onete mandou seu recado: "Amar sem Temer", durante a sua participação especial na 2ª Conferência da Agroecologia e Alimentação Saudável, em Brasília e aproveitou a oportunidade para protestar contra o golpe em curso no país. 

“Eu não quero que tenha uma regressão. Eu não quero que essa cultura vá regredir. Eu quero que ela vá mais, que ela caminhe mais. Mas eu tenho a impressão de que deram uma volta drástica. E a gente tem que ser forte para aguentar essa pressão”, afirmou. 

A rainha do Carimbó falou ainda sobre a presidenta afastada: “A Dilma passou por uma, ela acreditou muito, sabe? Vamos torcer para que ela volte. A gente ainda tem muito pano pra manga e muita água para rolar”, disse. 

Dona Onete já foi secretária de Cultura do Estado no Pará e professora de História e Estudo Paraenses. Fundou grupos de danças folclóricas e agremiações carnavalescas. Cantora, compositora e poetisa, sua contribuição para a cultura no Norte lhe rendeu o “título” de “Diva do Carimbó Chamego”, estilo de música criado por ela.


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Com informação do Portal Vermelho

A maldição das grifes de moda e o mundo dos novos ricos corruptos

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Há um livro clássico sobre o ciclo das grifes de moda, chama-se THE FASHION CONSPIRACY, de Nicholas Coleridge,  edição inglesa da Harper & Row, 1980. 

O livro narra a história das grifes de moda e seus ciclos naturais de nascimento, vida e morte. Uma grife exclusiva vira símbolo de classe e elegância, uma classe endinheirada se identifica com a marca que, pela sua exclusividade,  torna-se emblema de status e riqueza. A grife, antes pequena e exclusiva, cresce e prospera, atrai a atenção de grandes corporações ou fundos de investimento, que a compram pagando aos donos originais um valor extraordinário. Para remunerar o investimento, a grife precisa se expandir pelo mundo, mas aí surge um dilema, com a expansão em múltiplas lojas por todos os continentes a grife deixa de ser exclusiva, passa a banalizar-se e aqueles que procuravam se identificar pelo status de exclusividade caem fora dessa grife, que se disseminou e  virou coisa acessível à classe média, a grife rapidamente perde seu timbre de exclusiva, vira banal e a marca perde valor.


Grifes famosas dos anos 60 saíram de lojas luxuosas em Paris e Milão para serem vendidas em butiques de navio e algumas até na calçada, caíram na vida. Quando uma grã fina de alto bordo vê uma perua vulgar usando a bolsa outrora exclusiva, cai fora da marca e vai procurar outra que só existe em cidades do circuito europeu da moda e em Nova York, como Celine, Balenciaga, Chopard ou Loewe. Lembro nos anos 60 da loja da Ferragamo em Florença, nos baixos do palazzo onde morava a família, hoje as lojas existem pelo mundo afora. Marcas exclusivas como Pierre Cardin se popularizaram, outras estão a caminho, como Ralph Lauren. Logo a Prada, comprada por um bilhão de dólares e Valentino, por 1,6 bilhões seguirão o mesmo caminho inexorável.  Revlon e Max Factor já foram marcas caras de cosméticos, hoje estão em drogarias, os ciclos de vida das marcas são estórias de ascensão e queda no altar do luxo.

O comprador de grife exclusiva não quer ver acessórios similares aos seus por todo lugar e foge da expansão da grife.

O Pato: Quém! Quém! Quém!

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O golpe, os golpistas e a crise moral da direita brasileira

Depois de usar os mais torpes instrumentos para levar o golpe a cabo, setores da direita se sentem um pouco constrangidos com o tipo de governo que saiu de tudo isso

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A direita brasileira já governou o país de distintas maneiras, mas principalmente através da ditadura civil-militar e de governos neoliberais – foram 21 anos de ditadura, mais 12 de neoliberalismo (Collor, Itamar Franco e FHC), aos que poderíamos agregar os cinco anos do governo Sarney. Um total de 38 anos, dos últimos 56.

Fizeram do Brasil o país mais desigual do continente mais desigual, um país violento, de concentração da riqueza, da terra, dos meios de comunicação, de uma elite egoísta e desnacionalizada, de um povo sofrido, humilhado, superexplorado, oprimido.

Jogaram tudo o que tinham para tentar voltar ao governo e, principalmente, cortar os governos que, por si, são uma acusação brutal de como essa elite nunca havia se preocupado com o povo, com o país, com a democracia. Conseguiram uma solução: o golpe com Temer, do qual não têm nada de que se orgulhar.

Um governo de corruptos, golpistas, medíocres, incompetentes, se propõe a realizar o que as manifestações de rua, promovidas por gigantesca campanha de mídia dos meios de comunicação, prometia: acabar com a corrupção, reunificar o país, pacificá-lo, reconquistar a confiança no governo. Que antes mesmo de existir, já havia provocado a eloquente expressão do juiz do STF, Luís Roberto Barroso: “Meu deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder!”

Mais de 50 manifestações são realizadas nessa sexta no Brasil e no mundo

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Também serão realizados atos em Nova Iorque, São Francisco, Boston, Montreal, Frankfurt, Berlim, Colônia, Munique, Barcelona, Lisboa, Amsterdã.

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Jornal GGN – O presidente Lula deve estar presente em ato realizado nessa sexta-feira (10), em São Paulo, em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. A presidente Dilma também estará na cidade, mas sua participação ainda não foi confirmada.

Ela se encontra, às 15h, com o historiador e brasilianista, James Green, com o presidente da CUT, Vagner Freitas, e com o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos. O evento é promovido pelo Fórum 21 e será realizado no Hotel Maksoud Plaza.

A manifestação será a poucas quadras dali, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista. A concentração deve começar às 17h. Além disso, estão agendados atos em mais 40 cidades, em todas as regiões do país. E em 16 cidades em países estrangeiros.

No Rio de Janeiro, haverá concentração na Candelária seguida de passeata até a Praça XV. Em Brasília, o ponto de encontro será no Museu da República, em Belo Horizonte na Avenida Liberdade e em Porto Alegre, na Esquina Democrática. Todos às 17h.

Também serão realizados atos em Nova Iorque, São Francisco, Boston, Montreal, Frankfurt, Berlim, Colônia, Munique, Barcelona, Lisboa, Amsterdã.

De acordo com levantamento feito pelo Partido dos Trabalhadores, desde o afastamento da presidente pelo Senado Federal, mais de 400 atos em defesa da democracia já foram realizados em 90 cidades do Brasil e do mundo.

Cultura inútil: Onde está a honestidade? Parte II

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Bom, já que temos o tema honestidade na ordem do dia, selecionei pensamentos sobre ele, mas, antes de entrar neles, cito uma fala de Rui Barbosa (antiquíssima, portanto), muito lembrada: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça; de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.


Barão de Itararé: “Deve haver honestidade entre os ladrões”.

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Barão de Itararé, de novo: “A moral dos políticos é como elevador: sobe e desce. Mas em geral enguiça por falta de energia, ou então não funciona definitivamente, deixando desesperados os infelizes que confiam nele”.

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Barão de Itararé, mais uma vez: “Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados”.

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Anton Thekov: “Eles são honestos: não mentem sem necessidade”.

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Tchekov, de novo: “Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade nisso, ninguém sabe”.

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Bocage: “A quem torpe nasceu, nenhum defeito adorna”.

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Capistrano de Abreu: “O termômetro da dignidade poucos graus vai acima do zero; mas abaixo a graduação não tem fim”.


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Émile Zola: “Que patifes, as pessoas honestas”.

Cultura quase inútil: Onde está a honestidade? Parte I

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Na Dinamarca não existe verão, segundo muita gente acredita. É frio o tempo todo. Mas uma atriz dinamarquesa (não me lembro qual) disse sobre isso: “Existe sim. No ano passado até caiu num domingo”.

Sobre políticos, não só no Brasil, a pergunta é: existem honestos? Existem sim, e acho que, aqui, não tão raros como os verões na Dinamarca. Segundo a resposta dessa moça, o verão dinamarquês dura um dia, ou seja, é um em cada 365. 

No Congresso Nacional existem 513 deputados e 81 senadores, além de um monte de suplentes cobiçando vagas. Quando o Lula era oposição, e não usava os “bons serviços” desses parlamentares, disse que na Câmara dos Deputados havia uns trezentos picaretas. Acho muito otimismo acreditar que tinham mais de duzentos lá que não eram picaretas. Mas também, como hoje, não chega a ser apenas um honesto em cada 365. Não duvido que achem lá uns dez ou quinze deputados e uns cinco ou seis senadores em que se pode confiar.

Mas os eleitores… Caramba! Nunca vi tanta gente cobrando honestidade como no ano passado e neste. Para falar dessa gente, terei que usar expressões de “antigamente”, já que quando se fala em caráter, retidão, honradez, honestidade e essas coisas todas, “antigamente” era sempre melhor. Então, são pessoas impolutas, de caráter sem jaça. Talvez possam responder à pergunta contida no samba de Noel Rosa: “O povo já pergunta com maldade / onde está a honestidade?”.

E certamente são indivíduos que não se encaixam naquele samba de Bezerra da Silva que diz assim:

Enquanto isto, na Temerlândia…

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Eu, Temerlão I, no uso de minhas atribuições usurpacionais, decreto provisoriamente o seguinte, ad sæcula sæaculorum:

Para aprimorar a agenda social de nossa amada Temerlândia, ficam instituídos os seguintes programas, que suspendem todos os demais anteriores:

1. O Bolsa Elite. Como se sabe, dinheiro para pobre é gasto, dinheiro para rico é investimento. Todos as famílias que pertençam ao 1% mais rico da nação receberão um auxílio-investimento no valor anual de 1% de sua riqueza para ajuda-los a gerir seu capital em prol de criar mais riqueza ainda. A bolsa será dada sempre através dos membros machos destas famílias.

2. O Mais Pobres. O corte dos outros programas anteriores visa incrementar em número, grau e qualidade a pobreza no país. Como se sabe, nosso programa educacional já em curso, Bíblia para todos, precisa  mais e mais de adeptos fervorosos. Assim os cada vez mais pobres poderão rezar mais e efusivamente para garantir uma melhoria. Na outra vida, é claro.

3. O Menos Médicos e Mais Doenças. Os grandes economistas da amada Temerlândia, reunidos no Instituto Malignum, garantem que ter muita gente com saúde é mau para o país, pois faz o PIB cair. Ao contrário, o incremento do número de doenças, doentes, epidemias, pandemias, desnutrição e outras bem-vindas mazelas faz o PIB aumentar, pelos gastos e desgastes que provoca.

4. O Minha Miséria, Minha Vida. Viver ao ar livre é ótimo. Assim, cortando investimentos habitacionais, propiciaremos o aumento dos sem teto em nossa querida Temerlândia, que, ao ar livre, além de gozarem da natureza, poderão ficar doentes, incrementando também, em efeito cascata, o Menos Médicos e Mais Doenças.

5. O Trevas para Todos. Os melhores oftalmologistas, psicólogos e filósofos do Instituto Malignum garantem que viver na escuridão estimula o pensamento e aguça a reflexão introjetada ao invés da intrometida. Assim suprimiremos o fornecimento de energia elétrica para pelo menos 15% das famílias que fizerem parte do incremento promovido pelo Mais Pobres. Os mais atingidos pelo Trevas para Todos poderão ficar deprimidos, incrementando assim o Menos Médicos e Mais Doenças e o Minha Miséria, Minha Vida.

Como se vê, a sinergia e a integração entre nossos programas são totais.

Mas tem mais.

Acabou. Esqueçam se puderem

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Temer encerra vagas do Pronatec, ProUni e Fies.

E com isso enterra o sonho de milhares de jovens brasileiros PPP – Pretos, pardos e pobres.

Para milhares de jovens o sonho do acesso ao ensino superior acabou nesta segunda-feira (23), e confirmado ontem (24). Após anunciar cortes no Bolsa Família e no Minha Casa, Minha Vida, o governo interino e golpista de Michel Temer (PMDB) mandou suspender outras iniciativas sociais das gestões Lula e Dilma: os programas de incentivo à educação e à profissionalização, como Pronatec, ProUni e Fies, que não devem abrir novas vagas este ano.

O orçamento dos programas "estaria" com os cofres vazios para este ano, a mais de sete meses do fim, segundo o levantamento feito junto com a mídia golpista que ajudou a derrubar Dilma. Em 2015, 2 milhões de estudantes estavam matriculados em instituições privadas graças ao Fies, no qual foram investidos R$ 17,8 bilhões.

Na área da Saúde, outra mudança de Temer prevê reduzir cada vez mais o número de estrangeiros no Mais Médicos. Com isso, as populações hoje assistidas pelo programa voltam as suas condições de cidadãs de categoria inferior.

Pacote neoliberal de Temer encerra ciclo histórico de inclusão social 


As políticas sociais implantadas nos últimos doze anos por Lula e Dilma foram fundamentais para que milhares de brasileiros conseguissem o seu diploma, em uma país historicamente marcado pela segregação e ampla desigualdade social.

Lobo come a comida do lobo. Portanto, estão todos na bandeja para serem comidos

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Dança com Lobos.

Era só ter o mínimo de percepção, quando os senhores do engenho, deputados, senadores e políticos dirigidos por interesses extemporâneos (300 deles na Lava Jato) que confrontam as aspirações populares das urnas, se articularam, e como lobos em cima da carniça traíram não somente a ética política, como a fantasiaram num luxuoso disfarce de constitucionalidade à moda veneziana e colocaram, sem votos, suas máscaras e lentejoulas no grande salão do pátio Brasil.

Lamentavelmente Temer, conduzido pelo lobo-alfa, hoje afastado pelo STF da presidência da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha, deixou-se manipular pela derrubada da presidente Dilma Rousseff, e pior; acertou, prometeu, conspirou e cedeu à matilha a esperança de poder tão por eles desejada. Sem nenhum respeito as urnas e a população do Brasil, seus trabalhadores, mulheres e homens, comprometeu-se com o botim da traição, através da manutenção do seu poder de fogo nas mãos do Congresso e ainda com o compromisso de que, em um novo governo, formado com eles mesmos que até ontem pertenciam ao velho, sem nenhum escrúpulo, como nunca se viu em democracia alguma, trocariam de lado como verdadeiros traidores, cínicos da democracia, para auto proteger-se.

A promessa era intrínseca e secreta; sairiam ilesos da Operação Lava-Jato da qual estariam envolvidos.

- Mas, lobo come a comida do lobo.

Como disse Sergio Machado: “Estão todos na bandeja para serem comidos. ”

Ontem, Geraldo Magela Fernandes da Rocha, 65, empresário, abriu a boca e declarou à Polícia Federal que aceitou ser laranja do Senador Romero Jucá em declaração por ele prestada, sob investigação.

O pior ainda está por vir

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"Escrevi essa resposta-texto para jornalistas do Estado e da Zero Hora que queriam minha opinião sobre a extinção do Minc. O Zero Hora vai dar. O Estado se recusou", disse o ator

Por Wagner Moura

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A extinção do Minc é só a primeira demonstração de obscurantismo e ignorância dada por esse Governo ilegítimo. O pior ainda está por vir. 

Vem aí a pacoteira de desmonte de leis trabalhistas, a começar pela mudança de nossa definição de trabalho escravo, para a alegria do sorridente pato da FIESP, que pagou a conta do golpe.

Começaram transformando a Secretaria de Direitos Humanos num puxadinho do Ministério da Justiça. Igualdade Racial e Secretaria da Mulher também: tudo será comandado pelo cara que no Governo Alckmin mandou descer a porrada nos estudantes que ocuparam as escolas e nos manifestantes de 2013. Sob sua gestão, a PM de São Paulo matou 61% a mais. Sabe tudo de direitos humanos o ex-advogado de Eduardo Cunha, o senhor Alexandre de Moraes.

Mas claro, a faxina Não estaria completa se não acabassem com o Ministério da Cultura, que segundo o genial entendimento dos golpistas, era um covil de artistas comunistas pagos pelo PT para dar opiniões políticas a seu favor (?!!!). Conseguiram difundir essa imbecilidade e ainda a ideia de que as leis de incentivo tiravam dinheiro de hospitais e escolas e que os impostos de brasileiros honestos sustentavam artistas vagabundos. Os pró-impeachment compraram rapidamente essa falácia conveniente e absurda sem ter a menor noção de como funcionam as leis (criadas no Governo Collor!) e da importância do Minc e do investimento em Cultura para o desenvolvimento de um país. É muito triste tudo. Ontem vi um post em que Silas Malafaia comemorava a extinção "do antro de esquerdopatas", referindo-se ao Minc. Um negócio tão ignóbil que não dá pra sentir nada além de tristeza. Predominou a desinformação, a desonestidade e o obscurantismo.

Coração americano, acordei de um sonho estranho...

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San Vicente

Coração americano
Acordei de um sonho estranho
Um gosto, vidro e corte
Um sabor de chocolate
No corpo e na cidade
Um sabor de vida e morte
Coração americano
Um sabor de vidro e corte

A espera na fila imensa
E o corpo negro se esqueceu
Estava em San Vicente
A cidade e suas luzes
Estava em San Vicente
As mulheres e os homens
Coração americano
Um sabor de vidro e corte

As horas não se contavam
E o que era negro anoiteceu
Enquanto se esperava
Eu estava em San Vicente
Enquanto acontecia
Eu estava em San Vicente
Coração americano
Um sabor de vidro e corte


Conferência sobre a mulher discute mais direitos e participação na política

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“As mulheres podem estar e devem estar em todos os lugares de poder, em qualquer área da sociedade e desenvolver qualquer tarefa".

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Brasília - A luta por mais direitos e espaços na política brasileira é uma das pautas da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que começa hoje (10) em Brasília. Para a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, é inaceitável que menos de 10% do Congresso Nacional seja formado por parlamentares mulheres.


“É importante lembrar que se nós mulheres somos 52% da população, é lamentável que só tenhamos 9% de representação no Congresso. Isso não pode continuar acontecendo.”, disse à Agência Brasil. Com o tema Mais direitos, participação e poder para as mulheres, a conferência quer assegurar a democracia e a consolidação das políticas já colocadas em prática.

“As mulheres – me lembro bem do que disse a presidenta Dilma em seu primeiro discurso, no início do mandato – podem estar e devem estar em todos os lugares de poder, em qualquer área da sociedade e desenvolver qualquer tarefa.”, afirma.

Seis consultas nacionais deram voz aos vários segmentos, grupos e etnias - foram ouvidas mulheres transexuais, ciganas, mulheres com deficiência, indígenas, quilombolas e de religião de matriz africana. Cerca de 3 mil pessoas representarão todos os estados do país na conferência, que vai até quinta-feira (11). Como resultado, serão feitas recomendações para o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

Escribas de aluguel

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"São escritores e músicos em fim de carreira, que já não produzem nada que valha a pena há décadas, que vivem do seu passado e do serviço que prestam à direita. Ganham seu dinheirinho, têm seu espaço numa imprensa cada vez menos lida, ou na TV como clowns da burguesia".

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Somente depois do fim da ditadura passou a surgir no Brasil o fenômeno de artistas e intelectuais que, até ali, estavam nas filas da oposição democrática, passando a buscar abrigo nos espaços das elites conservadoras. A própria forma que assumiu a transição favoreceu essa conversão.

Seu caráter conciliador entre o velho e o novo, chancelado pela aliança promíscua no Colégio Eleitoral entre o PMDB e o então PFL, no bojo do qual os que não ficavam com a candidatura de Paulo Maluf, recebiam o epíteto de “democratas” ou de “liberais”, como o próprio nome do partido originário da ditadura mencionava. Antonio Carlos Magalhães, Marco Maciel, José Sarney – entre outros – embarcaram nessa canoa e foram recebidos de braços abertos pelos que organizaram a transição conservadora da ditadura à democracia.

O processo de conversão de gente de esquerda para a direita tem uma longa história. O principal mecanismo para essa transição é a critica de erros – reais ou supostos – da esquerda, como justificativa para distanciar-se desta e caminhar – de forma célere ou lenta – para a adesão à direita. Passar da critica à demonização da URSS foi a forma clássica dessa transição. Se o projeto que encarnava o socialismo de Marx, Lenin, Trotski, tinha se degenerado tão brutalmente, haveria que jogar no lixo não apenas aquela primeira forma de existência de um projeto socialista, mas o socialismo e seus teóricos e dirigentes.

Faziam essa expurgação e eram acolhidos ou na social democracia ou – passando às vezes por aí como transição – diretamente para a direita. A teoria do totalitarismo teve o papel de tentar centrar o debate não na polarização capitalismo/socialismo, buscando identificar a URSS com o nazismo, Stalin com Hitler, todos na mesma canoa do totalitarismo.

Claro que não era apenas um processo de reconversão intelectual. Era um processo de reconversão de classe social. Quem fazia esse trajeto era acolhido e bem recompensado pela direita – com edição de livros de denúncia do comunismo ou da esquerda –, com amplas entrevistas na mídia conservadora, afora outras recompensas materiais.

Como explicar para o meu filho o que está acontecendo com o Brasil?

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Meu filho,

Quis o destino que você viesse ao mundo em um ano histórico para o nosso País. Um ano triste, é verdade, mas também extremamente importante por sua simbologia. O momento nos faz lembrar como nossos direitos não são permanentes e que precisamos estar sempre atentos e em vigilância à democracia.

Vai chegar a hora de você estudar sobre isso em seus livros de história e não sei ao certo como essa história será contada - isso depende provavelmente de quem estiver no poder.

Então, meu amor, assim como durante tanto tempo ouvi histórias da época da ditadura -- uma época tão sombria da nossa história e que acabou logo quando eu estava nascendo --, hoje venho te contar o meu sentimento sobre tudo isso que está acontecendo hoje. O sentimento de uma mãe, que já te ama tanto e que sempre lutará para que a história se escreva de forma diferente da que está se desenhando.

Antes de mais nada você precisa saber que sua mãe sempre foi e sempre será uma apaixonada pela democracia e pelo Estado de Direito. Fiz desse tema meu trabalho de conclusão de curso no qual, após a analisar diversas teorias do Poder Constituinte concluí:

"Essa é uma missão para as nossas gerações, que, apesar de não terem participado do terror que foi a ditadura, precisam sempre ter em mente o quão gratos devemos ser àqueles que nos proporcionaram a possibilidade de vivermos em um regime democrático por mais manco que este seja.

Ocorre, infelizmente que as novas gerações cada vez mais alheiam-se com orgulho a situação política, importam-se cada vez menos com o próximo, com o pobre, armando-se atrás do ódio, da revolta das classes que pode muito bem ser considerada em algumas cidades brasileiras uma verdadeira guerra civil.

Mas, agora, eles só tem o Dia 19 de Abril

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Todo dia era Dia do Índio!



Se o Temer e o Cunha assumirem o comando do país, provavelmente, numa aliança com as madeireiras, os latifundiários, os grandes fazendeiros, os pecuaristas, os ruralistas, a Bancada da Bala e dos Evangélicos - que acham que índio é coisa do diabo -, na Câmara dos Deputados, nem mais este dia eles terão.


Foto: Índia Guarany, Rio de Janeiro
Crédito: Tânia Rego, Agência Brasil



Se eu não penso igual a você...

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"E... Se você não consegue conviver com isso, o problema certamente não está em mim.

Mas, em você, por não saber conviver com as essas diferenças e extrair delas o que pode existir de melhor no ser humano, que suponho, somos".

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Car@os seguidores do Travessia,

Todos devem estar acompanhando de alguma forma o que está acontecendo neste momento no Brasil. 

A Esplanada dos Ministérios - em Brasília -, onde trabalho, está literalmente dividida por tapumes e sitiada, em que pese não haver tanques nas avenidas, como havia no golpe de 1964. Entretanto, em minha opinião, isso não quer dizer que o que está acontecendo não seja uma tentativa de golpe. Um golpe não pela força das baionetas e dos tanques. Mas, pela força da apropriação da institucionalidade de um, dos três poderes da “República”, que jamais chegou a ser uma Res-Pública. 

A minha sensação é que uma peça teatral foi produzida ao longo desses quase dois anos, e agora é chegada a hora de encenar o espetáculo.

Quanto atos terá, difícil saber...

O fato é que desde que resolvi criar o Travessia (há 07 anos), em respeito aos seguidores sempre procurei não partidarizar o blog. Também nunca escondi as minhas preferências políticas e partidária. Todas as minhas postagens são orientadas mais pelo desejo da ação coletiva que pelo mero desejo individual e, pela busca da construção de um país melhor e com a oportunidade de igualdade para todos. Mas, também, nunca escondi a minha preferência pelos mais pobres, os excluídos econômica e socialmente, os explorados – de todas as idades -, pela escravidão do trabalho nas fazendas dos latifundiários e os perseguidos pelas suas opções religiosas e orientação sexual. 

Portanto, até domingo à noite, quando as cortinas do teatro forem baixadas, estarei na Esplanada dos Ministérios, ocupando o meu lado do gramado, lutando contra o impedimento da Dilma, contra o Golpe e lutando pela Democracia.

Um abraço.

Beth Muniz

A ilusão

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Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real

Gosto de imaginar a História como uma velha e pachorrenta senhora que tem o que nenhum de nós tem: tempo para pensar nas coisas e para julgar o que aconteceu com a sabedoria bem, com a sabedoria das velhas senhoras. Nós vivemos atrás de um contexto maior que explique tudo mas estamos sempre esbarrando nos limites da nossa compreensão, nos perdendo nas paixões do momento presente. Nos falta a distância do momento. Nos falta a virtude madura da isenção. Enfim, nos falta tudo o que a História tem de sobra.

Uma das vantagens de pensar na História como uma pessoa é que podemos ampliar a fantasia e imaginá-la como uma interlocutora, misteriosamente acessível para um papo.

— Vamos fazer de conta que eu viajei no tempo e a encontrei nesta mesa de bar.

— A História não tem faz de conta, meu filho. A História é sempre real, doa a quem doer.

— Mas a gente vive ouvindo falar de revisões históricas...

— As revisões são a História se repensando, não se desmentindo. O que você quer?

— Eu queria falar com a senhora sobre o Brasil de 2016.

— Brasil, Brasil...
CNBB, Justiça, MPF e advogados pedem 'soluções pacíficas' para crise

"A força das ideias, na história da humanidade, sempre foi mais bem sucedida do que as ideias de força".

Afirmam as entidades, em nota conjunta. Assinatura do documento foi feita na sede da CNBB, em Brasília.

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Brasília – A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Ministério da Justiça, o Ministério Público Federal e o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) divulgaram hoje (1º) nota conjunta em que fazem uma exortação à busca de saídas pacíficas para a crise, condenando a violência.

"A força das ideias, na história da humanidade, sempre foi mais bem sucedida do que as ideias de força", afirmam as entidades. No documento, elas fazem um pedido para cidadãos, comunidades, partidos e entidades da sociedade civil adotem em suas manifestações "a busca permanente de soluções pacíficas e o repúdio a qualquer forma de violência". Esse esforço resultaria no "equilíbrio e a racionalidade de nossa geração, que terá sabido evitar a conflagração, que somente divide e não constrói", fortalecendo as instituições, a República e a democracia.

O documento é assinado pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, pelo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, pelo procurador federal Aurélio Veiga dos Rios e pelo advogado Técio Lins e Silva, pelo IAB. Eles se reuniram ontem na sede da CNBB, em Brasília.

Confira a íntegra do texto

Conclamação ao Povo Brasileiro

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