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Mostrando postagens com marcador Direitos Humanos - Comunidades. Mostrar todas as postagens
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É isso aí Favelada!

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Movimentos negro e de periferia lançam partido Frente Favela Brasil

Foi lançado oficialmente ontem (28) o partido Frente Favela Brasil, com uma festa no Morro da Providência, a primeira favela do país. O coordenador da Frente no Distrito Federal, Anderson Quack, disse que o partido nasce da necessidade de dar visibilidade e oportunidade às favelas e à população negra do país.

“Hoje temos 52% da população negra no país. Temos 15 milhões de favelados, somos do tamanho da Bolívia, dentro das favelas o nosso PIB [Produto Interno Bruto] equivale à economia do Paraguai e não temos a devida atenção dos Poderes Públicos de nenhuma esfera, nem na instância municipal, estadual, nem na federal e nem nas instâncias do Poder Legislativo, Judiciário nem Executivo.”

O lançamento de hoje é o primeiro passo para a formalização da legenda. Agora, será necessário apresentar a documentação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colher as assinaturas de apoio e formar os diretórios regionais. A Frente já tem representação nas 27 unidades da federação. Segundo Quack, o partido não é nem de esquerda nem direita. “Vamos para a frente. Nem esquerdista, nem direitista, favelista”, definiu.

Um dos principais incentivadores da iniciativa é o fundador da organização não-governamental Central Única das Favelas (Cufa), Celso Athayde. A entidade não faz parte oficialmente do núcleo político da Frente, mas apoia o projeto.

“A gente sempre quis apoiar algum partido que não apenas desse um espaço para o negro. Você tem por exemplo o Tucanafro, que é uma caixinha para os negros dentro do PDSB. Os negros estão em todos os partidos ali numa sala, mas eles não têm expressão, não fazem parte das cabeças. Quer dizer, na medida em que você é mais da metade da população, o espaço que existe para o negro na política é muito pequeno, e ele é responsável por isso, uma vez que ele não se organiza”, ponderou.

CNJ faz consulta sobre uso de nome social em serviços judiciários

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu ontem, segunda-feira (13), e vai até o dia 30 de junho, consulta pública sobre a proposta de resolução para regulamentar o uso do nome social (nome dado à pessoa cuja identificação civil não reflita adequadamente sua identidade de gênero) em serviços judiciários. As sugestões podem ser encaminhadas pelo e-mail nomesocial@cnj.jus.br

- A consulta vai até o próximo dia 30.

O texto da resolução proposta assegura que pessoas trans, travestis e transexuais, “usuárias dos serviços judiciários, aos magistrados, aos estagiários, aos servidores e trabalhadores terceirizados do Poder Judiciário”, tenham a possibilidade de usar o nome social no registro, sistemas e documentos. 

“Entende-se por nome social aquele adotado pela pessoa, por meio do qual se identifica e é reconhecida na sociedade, a ser declarado pela própria pessoa, sendo obrigatório o seu registro” diz o texto da proposta.

A resolução sugere, ainda, que o Processo Judicial Eletrônico (PJe) tenha um campo “especificamente destinado ao registro do nome social desde o cadastramento inicial ou a qualquer tempo, quando requerido”.

O texto prevê, também, que as Escolas Nacionais de Magistratura e o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário (CEAJud), em cooperação com as escolas judiciais, devem promover formação continuada tanto dos magistrados como de servidores, terceirizados e estagiários sobre o tema da identidade de gênero para que a resolução seja devidamente aplicada.

O texto prevê que, nas sedes judiciais e administrativas dos órgãos do judiciário, deve ser garantido o uso de ambientes separados por gênero, como banheiros e vestiários, por exemplo, de acordo com a identidade de gênero da pessoa.

- Participe! Divulgue! Ajude a combater a intolerância!

Fonte: CNJ/Agência Brasil

Qual o seu Nome Social?

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É certo que quando nascemos, ou até mesmo antes de, pela natureza da condição, não escolhemos as coisas ou as pessoas que farão parte das nossas vidas pelo resto das nossos dias. Muito menos os nossos nomes.

Entretanto, no início da minha militância política e social adotei o nome Beth Muniz. E é com este nome social que me identifico. Elizabeth para mim é mera formalidade jurídica. O meu nome civil é Elizabeth. No meu crachá também esta grafado o meu nome social.

Contudo, em algumas situações de convivência econômica e social há inúmeras pessoas que por questão de identidade de gênero, não se sentem confortáveis com os nomes de origem que receberam e desejam muda-los. Agora este desejo finalmente será atendido pela administração pública.

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Decreto da presidenta Dilma Rousseff permite uso do nome social em atos e documentos oficiais da administração pública federal.

Portanto, a partir de ontem os órgãos da administração pública federal deverão permitir o uso do nome social de transexuais e travestis em todos os documentos oficiais, como crachás, fichas e publicações no Diário Oficial da União (DOU). Além disso, deverão disponibilizar nos formulários e sistemas de registro de informações o campo “nome social”.  As mudanças foram determinadas em decreto assinado nesta quinta-feira (28) pela presidenta Dilma Rousseff.

Essa é uma grande conquista no âmbito dos direitos humanos e mais um passo rumo ao reconhecimento da identidade de gênero das pessoas transexuais e travestis. Atualmente, 18 estados e 12 municípios possuem decretos que permitem o nome social de pessoas transexuais e travestis.

305 POVOS e 274 LÍNGUAS em um só País

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O BRASIL INDÍGENA, BRASIL DA DIVERSIDADE.

Sob a denominação “indígenas” encontramos a maior diversidade étnica e linguística do continente: são 305 povos distintos, com organização social, costumes, crenças e história diversas, falantes de 274 diferentes línguas.

A FUNAI registra ainda cerca de 69 referências de grupos indígenas ainda não contatados, considerados povos de isolamento voluntário, ou seja, povos que diante das ameaças ao seu território e à sua sobrevivência decidiram não manter contato com a sociedade envolvente.

Segundo Censo de 2010, a população indígena totaliza cerca de 900 mil habitantes (896917), presentes em todas as unidades da federação. A sua maioria (cerca de 64% deles) vive em áreas rurais, principalmente em terras indígenas.

AS TERRAS INDÍGENAS REPRESENTAM 13% DO TERRITÓRIO NACIONAL, SENDO 98% DESSA ÁREA NA AMAZÔNIA

Para garantir seu modo de vida tradicional e por conseguinte sua sobrevivência, a Constituição de 1988 reconheceu o direito dos povos indígenas às suas terras, reservando à União o procedimento administrativo de demarcá-las.

Atualmente, os povos indígenas vivem sob uma série de ameaças a esses direitos, em que destacamos a tramitação da PEC 215, Proposta de Emenda à Constituição que propõe transferir ao Congresso Nacional a decisão de demarcar terras indígenas. Essa medida pretende retirar da competência administrativa da Funai e do Ministério da Justiça – atualmente os principais atores e detentores do conhecimento técnico e administrativo desse processo – a identificação e demarcação das terras indígenas, o que implicaria em séria ameaça aos direitos desses povos, positivados em nossa Constituição Cidadã.

MUITA TERRA PARA POUCO ÍNDIO OU POUCA TERRA PARA MUITO ÍNDIO?
Para presidente estadual da Nação Hip Hop Brasil, cultura oferece alternativas nas periferias. "Lá estão os maiores filósofos e as melhores análises, só não está institucionalizado"

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São Paulo – As manifestações culturais desenvolvidas nas periferias das cidades brasileiras por moradores locais são uma forma de movimentar a economia das comunidades e de oferecer alternativas para a juventude longe da violência, como afirmou o presidente estadual da Nação Hip Hop Brasil, Bob Controversista, que participou de um debate sobre o tema na noite de ontem (26,) na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na zona oeste da capital. O evento fez parte do ciclo SP em Debate, promovido pelo Coletivo Ocupar e Construir, que até sexta-feira (29), vai discutir políticas públicas da cidade de São Paulo, fazendo uma análise da gestão atual, comparativamente às gestões passadas e avaliar as demandas futuras da capital. Os encontros ocorrem a partir das 18h, na PUC.


"A cultura periférica é um vetor socioeconômico e possibilita concretizar a manutenção da vida dos jovens pretos e pobres de São Paulo", afirmou lembrando que nas periferias a principal presença do estado é pela polícia militar. "A cultura dá sentido para a vida dos jovens e fortalece a possibilidade de eles não serem assassinados antes dos 21 anos."

Os negros entre 15 e 29 anos são as principais vítimas de homicídio no país, de acordo com o Mapa da Violência 2015. Do total de 42.416 óbitos por disparo de armas de fogo em 2012, 24.882 foram jovens, o equivalente a 59%. Proporcionalmente, morreram 142% mais negros que brancos por armas de fogo, sendo que 94% das vítimas fatais eram do sexo masculino e 95% jovens.

Mas, agora, eles só tem o Dia 19 de Abril

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Todo dia era Dia do Índio!



Se o Temer e o Cunha assumirem o comando do país, provavelmente, numa aliança com as madeireiras, os latifundiários, os grandes fazendeiros, os pecuaristas, os ruralistas, a Bancada da Bala e dos Evangélicos - que acham que índio é coisa do diabo -, na Câmara dos Deputados, nem mais este dia eles terão.


Foto: Índia Guarany, Rio de Janeiro
Crédito: Tânia Rego, Agência Brasil



Por que Caio Fernando Abreu continua tão vivo, 20 anos depois de morto?

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Ter morrido 20 anos atrás, completados na última quinta-feira (25), não conseguiu fazer do escritor Caio Fernando Abreu alguém menos presente na cultura brasileira – pelo contrário. Sua presença, hoje, é tão forte quanto a de alguém vivo.

Nas redes sociais em especial, trechos de sua obra circulam massivamente.

É importante dizer algo sobre Abreu: ele é um ícone. Com seu estilo subjetivo e introspectivo, o gaúcho tem a habilidade de nos marcar profundamente com suas palavras, de nos deixar em estado de reflexão, como se o silêncio se fizesse repentinamente dentro de nós.

Nascido em 1948 na cidade interiorana de Santiago, próxima à Argentina, ele abandonou os estudos em letras e artes dramáticas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mudou-se para São Paulo em 1968, para fazer parte da primeira redação da revista Veja (naqueles idos, a revista estava longe de ser o panfleto de ódio que viria a se tornar anos depois).

Tornou-se dramaturgo, escritor de ficção, jornalista, tradutor, cronista e contista. Venceu três vezes o Jabuti, principal premiação literária brasileira, pelos livros Triângulo das Águas (1983), Os Dragões Não Conhecem o Paraíso (1988) e Ovelhas Negras (1995).

Abaixo, confira 6 motivos para celebrarmos a obra e o legado de Caio Fernando Abreu na literatura nacional:

Fórum Social Temático começa hoje em Porto Alegre e comemora 15 anos

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Começa hoje (19) em Porto Alegre a edição brasileira que celebra os 15 anos do Fórum Social Mundial (FSM). Com o tema Paz, Democracia, Direito dos Povos e do Planeta, o encontro segue até sábado (23) e reúne participantes de organizações sociais e movimentos populares para debater a conjuntura mundial, com a perspectiva de construir um novo modelo de desenvolvimento.

O fórum temático no Brasil é preparatório à edição mundial do evento que ocorrerá em Montreal, no Canadá, entre os dias 9 e 14 de agosto, o primeiro a ser realizado no Hemisfério Norte.

Desde 2001, o FSM reúne militantes de diferentes países no mesmo período em que ocorre, em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial. 

Para Oded Grajew, coordenador-geral da organização não governamental Rede Nossa São Paulo e idealizador do fórum.democracia será o tema central deste Fórum Social Temático em Porto Alegre. “Existe hoje uma grande perplexidade em relação aos atuais modelos políticos, não só no Brasil, mas no mundo. Há uma desconfiança de que os políticos e os governantes atuam mais em benefício de uma elite econômica do que em relação à maioria da população. Há desconfiança em relação à eficiência de gestão dos políticos, às vezes são bons políticos, mas não bons gestores”, disse à Agência Brasil. Ele destacou que há a expectativa de que este espaço sirva para discutir propostas e conhecer exemplos que “possam inspirar outros”. Após 15 anos do surgimento da proposta do FSM, Grajew avalia que muitos problemas persistem. Ele cita como o mais simbólico a questão da desigualdade.

O melhor é não ter que deixar de comer para pagar consulta em clínica particular

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Diz a médica camponesa Josiene Costa, brasileira formada em Cuba, no relato da experiência no Programa Mais Médicos, na cidade de Araripina, no interior de Pernambuco.

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Ainda é cedo quando a jovem Josiene Costa inicia a caminhada semanal pela casas da periferia da cidade de Araripina, no sertão pernambucano. O jaleco branco não esconde a função dela, sobretudo, depois dos gritos da meninada: “A doutora chegou”.

Josiene nasceu no Piauí, de família camponesa organizada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e abraçou a possibilidade de ir estudar medicina em Cuba em meados de 2008. Formada e de volta ao Brasil, ela atua no Programa Mais Médicos, do governo federal, e conta, nesta entrevista à equipe de comunicação do MPA, um pouco dessa experiência. Além de todos os desafios que já enfrenta – como jovem, nordestina e camponesa –, Josiene agora é médica popular.

– Conte-nos por que escolheu a carreira de medicina. Como surgiu essa oportunidade de estudar em Cuba?

Confesso que nunca tive a perspectiva de seguir essa profissão. Venho de uma família camponesa e sempre estudei em escolas públicas. Entrar em uma universidade não era um sonho fácil de ser realizado, imagine então conseguir um curso de medicina em uma universidade brasileira, onde só os filhos e as filhas da burguesia teriam condições financeiras de fazer o curso e se formar.
Desde 1959, com o triunfo da Revolução, Cuba tem tido alta sensibilidade para a saúde pública. Eles já formaram, ao longo dos anos, mais de 49 mil médicos, dos quais 24.486 são pelo Projeto Elam [Escola Latino-americana de Medicina] que atende 84 nações. Hoje, médicos e médicas cubanos contribuem ativamente em 12 faculdades de medicina, principalmente em países africanos, onde se formam centenas de médicos todos os anos. Fidel Castro Ruz concebeu a criação da Faculdade de Medicina da América Latina (Elam) para formar jovens médicos e a maioria desses estudantes vem de famílias pobres, de baixa renda, em áreas remotas e de organizações sociais de todos os continentes.

– Nesse período em que você morou na ilha, o que mais a impressionou?

O estranho complexo de inferioridade dos “superiores”

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Se tem uma coisa que eu não entendo na gritaria contra as cotas e os direitos LGBTs e femininos é um mal disfarçado complexo de inferioridade embutido nela. Volta e meia leio comentários do tipo: “os negros não estão lutando por direitos iguais, eles querem ser SUPERIORES a nós”; “as mulheres não querem ter direitos iguais, elas querem MANDAR nos homens”; “os homossexuais não estão lutando contra a intolerância, o que eles pretendem é implantar uma DITADURA gay!” 

Qual o problema com este pessoal? Do que eles têm medo, afinal?

Será que os racistas temem que, com oportunidades iguais, os negros se mostrem mais capazes do que os brancos? Será que os homofóbicos temem que gays e lésbicas, com direitos iguais, se mostrem mais eficientes do que os heteros? Será que os machistas temem que o mundo descubra que as mulheres, com salários iguais, são melhores profissionais do que os homens? Só alguém com um baita complexo de inferioridade pode pensar assim. E é curioso vindo de gente que se acha tão “superior”. 

Quem não tem competência não se estabelece!

A liberdade de escolher quem amar dos LGBTs deve incomodar muita gente, mesmo, mas me espanta ver alguns se queixarem de que o objetivo de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros é implantar uma “ditadura”. Ora, essa ditadura já existe e exclui quem tem uma orientação sexual diversa desde o princípio dos tempos. Uma pessoa precisa ter sérios problemas de auto-estima para achar que quando os homossexuais exigem o fim do preconceito estão, na verdade, querendo ameaçar direitos de quem os possui de sobra.

A autonomia da mulher de decidir com quem se deita ou o tipo de roupa que quer usar também deve incomodar muitos machistas que pensam ter o domínio sobre os corpos femininos. O hilário é que estes homens, para tentar desesperadamente manter essa dominação, dizem que a mulher está lutando… para passar a ter este domínio sobre eles! Por isso chamam de “feminazis” as mulheres que sabem muito bem quais são seus direitos, que são donas do próprio destino e que não se deixam submeter. Como se eles fossem as “vítimas” e não elas. Aliás, que medinho que as “feminazis” dão a vocês, hein?

Você acha “empoderamento” uma palavra feia? Vou citá-la 18 vezes neste texto

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Tenho lido e ouvido muita gente boa por aí cismando com a palavra empoderamento. Certamente, gente empoderada que já não PRECISA dela – ou nunca precisou. Gente que nasceu empoderada ou que ainda não se deu conta de que na verdade ainda não se empoderou.

Afinal, qual a origem desse termo? Ao que tudo indica, o psicólogo norte-americano Julian Rappaport foi o primeiro a enfatizar a ideia, em 1977, de que é preciso empoderar certos grupos para desenvolver a qualidade de vida do entorno social ao qual estão conectados. O educador brasileiro Paulo Freire subverteu um tanto o conceito, propondo que são os próprios grupos que devem empoderar-se a si próprios. E esta noção vingou.

No ano 2000, a declaração da ONU para o novo milênio incluiu o empoderamento das mulheres e a igualdade entre gêneros como “meios eficazes para combater a pobreza, a fome e a doença e de estimular o desenvolvimento de uma forma sustentável”. Nos últimos anos, as feministas têm utilizado com frequência o conceito de empoderamento, gerando ainda mais antipatia em alguns setores da mídia e da intelectualidade.

A explicação para a rejeição sem dúvida está na expressão “poder” embutida nela. Poder não é algo que vem de graça, é algo que se conquista, se disputa. Ninguém quer perder poder. E empoderar significa, claro, que alguém que não tem poder vai passar a tê-lo. Sobretudo, novamente lembrando Freire, quando se tratam de cidadãos historicamente oprimidos: mulheres, negros, LGBTs, pobres. Você acha mesmo que opressores vão deixar que oprimidos se empoderem, assim, sem mais nem menos, de uma hora para outra?

– Alto lá! Onde nós estamos? O Brasil não é bagunça, não! 

Meninos e meninas negras crescem assistindo na televisão pessoas iguais a elas sendo somente empregadas, copeiros, jardineiros; tendo como padrões de beleza pessoas brancas e de cabelo liso, isso num país mestiço como o nosso. Crescem sendo alvo da violência policial, que os pinça na multidão pela cor da pele; sendo vítimas do racismo, velado ou não, de patrões, colegas e até da família. Mesmo não sendo negro, é possível calcular a devastação que isto traz à auto-estima de alguém. Empoderar-se, para os afrodescendentes, é compreender a necessidade de lutar, de não aceitar passivamente as injustiças.

– Imaginem! Negros se revoltando contra a polícia que os mata. Isto seria a convulsão social! Os negros têm de se conformar que infelizmente parecem mais suspeitos do que os brancos. E que mal há em alisar aquele cabelo com produtos químicos desde a infância?

Ao calar o Faustão, Marieta Severo deve ser a próxima global a receber ameaça de morte

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Uma medida sensata seria MS contratar um guarda-costas daqui por diante — inclusive para circular no Projac.

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O próximo empregado da Globo a sofrer ameaça de morte, depois de Jô Soares, será Marieta Severo

Pode anotar. Marieta foi ao programa do Faustão, uma das maiores excrescências da televisão mundial desde a era paleozóica.

Fausto Silva estava fazendo mais uma daquelas homenagens picaretas que servem, na verdade, para promover um programa da emissora. Os artistas vão até lá por obrigação contratual, não porque gostem, embora todos sorriam obsequiosamente. O apresentador insiste que são “grandes figuras humanas”.

Ele se tornou uma espécie de papagaio do que lê e vê em revistas e telejornais, tecendo comentários sem noção sobre política. Em geral, dá liga quando está com uma descerebrada como, digamos, Suzana Vieira ou um genérico de Toni Ramos.

Quando aparece alguém um pouco mais inteligente, porém, ele se complica. Faustão anda tão enlouquecido em sua cavalgada que não lembrou, talvez, de quem se tratava. Começou com aquela conversa mole sobre o Brasil não ter “estrutura”. A única coisa organizada aqui é o crime, em sua opinião. Somos “o país da desesperança”.

Ela discordou com classe: “Não, eu sou sempre otimista”. O país caminhou muito, falou. “Pra mim, tem uma coisa muito importante: a inclusão social, a luta contra a desigualdade. A gente teve muito isso nos últimos anos. Estamos numa crise, mas vamos sair dela”. Ainda criticou os evangélicos. “Nada contra religião. Só não quero uma legislando a minha vida”, afirmou.

Não estacione...

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Em Maringá,

Motorista estaciona em vaga de deficiente e tem surpresa na volta.





Espero que tenha aprendido a lição, e passe a agir como um verdadeiro cidadão, respeitando o outro!


O perigo de publicar ideias

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No ano de 2004, o governo da Guatemala rompeu pelo menos dessa vez a tradição de impunidade do poder, e reconheceu oficialmente que Myrna Mack havia sido assassinada por ordem da presidência do país.

Myrna havia cometido uma busca proibida.

Apesar das ameaças, havia se metido nas selvas e nas montanhas, onde perambulavam exilados em seu próprio país: os indígenas que tinham sobrevivido às matanças militares.

 - Myrna havia recolhido suas vozes.


Em 1989, num congresso de ciências sociais, um antropólogo dos Estados Unidos havia se queixado da pressão das universidades que obrigavam a produzir continuamente:

- Em meu país – disse ele -, se você não publica, morre.

E Myrna disse:

- Em meu país, se você publica, morre.

Ela publicou.

Foi morta a punhalada.

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Os filhos dos Dias.

Eduardo Galeano.

Sobre os Nossos Indígenas

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Porque, Todo Dia é Dia de Índio.
E não um vago lampejo de lembrança todo ano, no Dia 19 de Abril.

Ou, pelo menos, deveria ser.

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Os índios brasileiros são um povo que há milhares de anos já habitavam o Brasil. Cheios de crenças, mitos, um passado e presente cercado de perseguições, sobreviveram e agora compõem uma população diferente daquele que Cabral havia avistado em 1500.

Um povo de muitos nomes, falantes de 180 línguas, que tem uma origem imprecisa. Alguns falam que são originários do próprio continente, outros já dizem que vieram da Ásia ou da Oceania. Enfim, são várias as hipóteses que cercam a história dos povos da América do Sul.
Com a conquista dos europeus sobre o território, o primeiro contato entre índios brasileiros foi marcado inicialmente por curiosidade e depois por medo. A colonização acabou deixando traços incorrigíveis na vida desses povos e já nesta época, o desejo dos indígenas de querer suas terras já era latente.
Possuindo modos de cultura que vão entre semelhanças e diferenças, o índio brasileiro possui rituais, mitos, religião, práticas esportivas, criatividade, casamento. Além disso, expressam sua arte, educação e línguas, tipos de alimentação variados, uma medicina rica usada na cura de várias doenças e outros males e a sua forma de expressar seus sentimentos e emoções.

De acordo com os dados do IBGE, estima-se que existiam entre um milhão e cinco milhões de indígenas no Brasil, divididos em 1.400 tribos indígenas e 1.300 línguas diferentes em 1500.

A noite Kuna

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O governo do Panamá havia ordenado, por lei, a redução à vida civilizada das tribos bárbaras, semibárbaras e selvagens que existem no país. E seu porta-voz havia anunciado:

- As índias kunas nunca mais pintarão o nariz mas sim as faces, e já não usarão argolas no nariz mas sim nas orelhas. E já não vestirão molas mas sim vestidos civilizados.

E eles foram proibidos de sua religião e de suas cerimônias, que defediam Deus, e a sua tradicional mania de governar ao seu modo e maneira.

Em 1925,  na noite do dia 25 do mês de fevereiro, dia das iguanas, os kunas passaram à faca todos os policiais que os proibiam de viver sua vida.

Desde então, as mulheres kunas continuam usando argolas nos narizes pintados, e continuam vestindo suas molas, esplêndidas arte de uma pintura que usa agulha e linha em vez de pincel.

E elas continuam celebrando suas cerimônias e suas assembleias, nas duas mil milhas onde defendem, por bem ou por mal, seu reino compartilhado.

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Los Hijos de los Dìas.
Prefeitura de São Paulo traz exposição contra homofobia.

Laerte, Marília Gabriela, Deborah Secco, Alexandre Borges, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, entre outras figuras públicas ergueram suas vozes contra a homofobia. Suas fotos acompanhadas de palavras e frases compõem a exposição A Homofobia É... 

A exposição promovida pelo site iGay, com fotos de André Giorgi, reúne 50 retratos que têm o intuito de desmoralizar e combater este preconceito.

A homofobia é “ignorância”, “incompreensível”, “covarde”, “demodê”, “arrepiante”, “o fim do mundo”, “estupidez”, “burra”, “coisa de imbecil”... Mas “infelizmente uma realidade”. 

Atores, cantores, apresentadores, jornalistas, escritores e políticos foram fotografados exibindo frases como estas, sobre o que pensam do preconceito homofóbico.

Fotografado junto à palavra 'obscurantismo', Haddad declarou que a cidade precisa se abrir às diferenças. “Eu escolhi a palavra obscurantismo porque considero a homofobia uma coisa meio sombria, que tem de ser afastada do nosso convívio em proveito de uma cidade mais aberta, mais generosa em que conviva a paz com a diferença. É o que todos nós queremos. Ninguém pode ser discriminado por razões de raça, gênero, cor ou orientação sexual no Brasil”, declarou o prefeito durante o evento de lançamento da exposição, na última segunda-feira (30).

No dia 10 de abril, a mostra será levada para o Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, onde fica em cartaz até 27 abril. No dia 11 deste mês, o iGay deve lançar uma campanha online contra a homofobia.

Para participar desta ação, basta escolher uma palavra ou a ideia que melhor complete a frase "A Homofobia é...", depois publicar uma foto sua com a palavra nas redes sociais utilizando a hashtag #ahomofobiaé. As imagens serão publicadas pelo site iGay.

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Quando: até 9 de abril
Onde: Prefeitura de São Paulo
Viaduto do Chá, 15
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Quando: de 10 a 27 de abril
Onde: Conjunto Nacional
Avenida Paulista, 2073, térreo
Quanto: grátis.

É assim: Basta um segundo

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E... entre o início de um segundo e o término do segundo seguinte, tudo pode acabar...

É como o encontro dos cílios se fechando no abraço final.

Talvez, quem sabe, no murmurar da última palavra a brotar da boca, serenamente.

Ou então, pode no meio do latido do coração – angustiado – que tudo aconteça mais rapidamente...

Basta um segundo, não mais que um segundo para tudo se acabar.

E assim, porque tudo na vida é efêmero, inclusive a própria vida, É quando você perceba que na pele mais escura, corre um sangue da mesma cor que o seu.

O seu, que você até acredite que seja azul... 

- Mas, verdadeiramente não é! Aceite isso e o segundo pode demorar mais a chegar.

Afirmo isso porque esta semana, por conta da minha formação profissional, acompanhei de perto um episódio que reafirmou as minhas convicções sobre o tema, que agora retrato aqui.

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Viva 20 de novembro. Dia da Consciência Negra que existe em todas as raças.

Valeu Zumbi dos Palmares!


O invisível Gaúcho Negro

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Este é o título da Exposição "O Invisível Gaúcho Negro".

Em suas andanças como jornalista e fotógrafo pelo Rio Grande do Sul, Eduardo Tavares deparou inúmeras vezes com a presença de negros no interior do estado e decidiu documentar este importante universo de afrodescendentes no meio rural gaúcho. O resultado de muitos anos de trabalho é a exposição O Invisível Gaúcho Negro, que foi aberta na terça-feira, dia, em Porto Alegre.
                                   
Além de buscar a visibilidade dessa população, a mostra pretende apresentar a importância do seu trabalho na sustentabilidade da economia e da cultura desse ambiente. “Em função de trabalhos que eu ia fazendo no interior do estado, fui constatando essa presença do gaúcho negro no campo e nos eventos festivos como rodeios, por exemplo. O negro estava sempre muito presente e atuante, tinha uma identidade forte com as coisas da terra, uma figura muito marcante. Isso começou a me chamar a atenção e eu comecei a fazer este registro”, afirma.

Segundo o fotógrafo, a oligarquia rural gaúcha normalmente representa visualmente o gaúcho como uma pessoa branca e omite a figura do negro, onipresente em quase todas as fazendas do estado, em rodeios, exposições agropecuárias e, é claro, em manifestações culturais quilombolas no interior. “Mas eu não via representada na cultura, principalmente no universo imagético, essa figura do negro. O gaúcho é sempre apresentado como uma figura branca. Por causa da colonização europeia, fica a imagem do gaúcho como um tipo europeu, o que não é verdade: a presença do negro é muito forte no Rio Grande do Sul”, garante.

US Open: Navratilova pede ex-miss União Soviética em casamento

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O pedido foi feito ontem, 8/09, em um Arthur Ashe lotado.

Uma das maiores tenistas da história, a tcheca naturalizada americana Martina Navratilova pediu a namorada, Julia Lemigova, em casamento neste sábado diante de milhares de pessoas durante a jornada do US Open, último Grand Slam do ano.

Navratilova, de 57 anos, aproveitou uma pausa entre os dois jogos da semifinal masculina para fazer o pedido à namorada, miss União Soviética de 1991. Como nos tempos de profissional, a vencedora de 18 títulos de Grand Slam não se intimidou, na lotada quadra do Arthur Ashe.

O momento foi retransmitido pelos telões da quadra central, e o “sim” de Lemigova foi celebrado com uma salva de palmas de parte do público.

“Estamos juntas há seis anos e não posso imaginar minha vida sem você. Por favor, se case comigo”, disse a ex-número 1 a sua companheira, de 42 anos, que aceitou imediatamente.

Só não houve o anuncio de quando se dará o casório.

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