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Mostrando postagens com marcador Filosofia. Mostrar todas as postagens
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Os Filhos

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“Vossos filhos não são vossos filhos. 

São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. 

Vêm através de vós, mas não de vós. 

E embora vivam convosco, não vos pertencem. 

Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, 

Porque eles têm seus próprios pensamentos. 

Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas..." 


*****

Feliz dia das Crianças





Baby Can I hold you...

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Sorry

Is all that you can say
Years gone by and still
Words don't come easily
Like sorry like sorry

Forgive me
Is all that you can say
Years gone by and still
Words don't come easily
Like forgive me forgive me

But you can't say baby
Baby can I hold you tonight
maybe if I told you the right words
At the right time you'd be mine

I love you
Is all that you can say
Years gone by and still
Words don't come easily
Like I love you I love you

But you can't say baby
Baby can I hold you tonight
Maybe if I told you the right words
at the right time you'd be mine

Baby can I hold you tonight
Maybe if I told you the right words
at the right time you'd be mine.




HOJE, ONTEM, AMANHÃ

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Não são apenas advérbios de tempo. São mais que isso.

Só tem memórias quem viveu.

Seja individualmente, socialmente, afetivamente.

Critica-se muito quem vive lembrando o passado. Desprezam-se os saudosistas. Mas e a famosa lei do eterno retorno?

Li há muitos e muitos anos, que quando a gente fica mais velho, a gente volta pra casa, atribuía-se a Jung - não sei se a fonte está correta. Mas sei que a frase é correta.

Tenho percebido em gerações diferentes esse resgate. Filhos que voltam à casa dos pais, netos que voltam a casa destes que são os seus pais e assim vamos metaforizando nossas voltas, reencontrando nossas raízes, resgatando nossa infância, nossa juventude, nossa casa de dentro, digamos assim.

Creio que isso só pode acontecer quando já queimamos nossas arrogâncias de juventude, nossa sabedoria maior que a de todo mundo, nossa onipotência adolescente de querer inaugurar tudo do nosso jeito, como se fosse o melhor dos jeitos: o mais saudável, o mais sensato, o menos hipócrita.

A vivência vai-nos fazendo enxergar por dentro os seres humanos e, por conseguinte, o todo, o planeta também. 

Viver é uma estrada longa. 

É como escalar, escalar, respirar com dificuldade e ir, ir, continuar indo... E encontrar depois orquídeas no mato pelo caminho, céu de estrelas que se pode pegar com as mãos, e, ao descer, rios cheios de peixes em que se pode molhar os pés: vida, quase eterna!

*****
Odonir Araujo de Oliveira
De Barbacena/MG
Para o GGN


Na sétima noite da sétima lua...

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Os apaixonados.

Essa história começou quando os deusas, com inveja da paixão humana, castigaram Zin Nu, a tecelã, e seu amante de nome esquecido.

Os deuses cortaram seu abraço, que havia feito um de dois, e os condenaram à solidão.

Desde então, eles vivem separados pela Via Láctea, o grande rio celeste, que proíbe seu passo.

Mas uma vez por ano, e durante uma única noite, a sétima noite da sétima Lua, os desencontrados podem se encontrar.

As gralhas ajudam. Unindo suas asas, elas estendem uma ponte na noite do encontro.

As tecelãs, as bordadeiras e as costureiras da China inteira rogam para que não chova.

Se não chover, a tecelã Zin Nu se lança em seu caminho. A roupa que veste, e que logo desvestirá, é obra da maestria de suas mãos.

Mas, se chover, as gralhas não aparecem, no céu não haverá ponte que una os desunidos e na terra não haverá festa que celebre as artes do amor e da agulha.

*****
Os Filhos dos Dias.
Eduardo Galeano.

A traficância e os miamês brasileiros

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Há 250 anos, Marx escreveu que os proletários não têm pátria, como forma generosa de expressar que, independentemente do país em que viviam, os trabalhadores eram capazes de uma solidariedade humana que superava fronteiras.

Hoje, essa afirmação serve, talvez, para definir as elites que não têm qualquer identidade com seu povo e que são capazes, até,  de dar pequenos “golpes” para que seus filhos escapem à vergonha de serem “inferiores” como pensam eles que são os brasileiros.

Mães que, grávidas, vão dar à luz em Miami, apoiada em máfias médicas dirigidas por brasileiros emigrados, para que seus filhos tenham, de nascença, a cidadania norte-americana.

Que virem “Lobões” de berço, afinal.

A reportagem publicada hoje pela BBC é estarrecedora.

Não é sobre crianças que, por acaso, acabem nascendo no exterior, o que seria normal.

É sobre coisas como uma agência de traficância de cidadania chamada “Ser mamãe em Miami”.

De gente que vende e de gente que compra o direito de transformar uma criança em “miamês”, um apátrida, um cidadão flutuante que vai decidir ser é isto ou aquilo conforme lhe paguem ou ofereçam oportunidades.


Conheça oito formas de dar dinheiro para os filhos

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Semanada ou mesada? 

“A mesada sempre é uma doação, nunca uma remuneração".

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O autor do livro “Mesada não é só dinheiro – Conheça os 8 tipos e construa um novo futuro”, professor Reinaldo Domingos, que será lançado no dia 27 de agosto, foi o convidado do programa Valor do Em Conta, nesta terça-feira, dia 18.

Ele garante que ao dar a mesada para a criança, os pais na verdade têm a chance de ensinar questões que vão além do dinheiro, como a sustentabilidade, consumo consciente e meio ambiente.

A “semanada” pode ser dada para a criança, independente do valor, a partir dos sete anos de idade, depois de uma conversa, aí dependendo da idade, quando pode ser mensal, sobre as necessidades que elas passam a gerir de uma forma independente. 

No caso da mesada, aconselha o educador financeiro Reinaldo Domingos, não pode haver interferência dos pais na forma como ela é escolhida para ser gasta, economizada ou investida. “A mesada sempre é uma doação, nunca uma remuneração”, afirma.

Entre as oito formas de mesada, citadas no livro e explicadas na entrevista que pode ser ouvida no player, estão a voluntária, a financeira, a econômica, a ecológica (reciclagem), a empreendedora, a de troca e a social.

Ouça a entrevista aqui.

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Fonte: EBC


Cultura, nem tão inútil assim

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Pichação de paredes é coisa mais antiga do que imaginamos. Numa das poucas paredes que não caíram quando uma erupção do vulcão Vesúvio destruiu a cidade de Pompeia, no sul da Itália, estava escrito: “Gosto de mulheres com cabelos nos lugares certos, e não depilada e raspada. A gente pode então se abrigar do frio, como se fosse um casaco”. Enfim, a depilação da área genital feminina também é coisa antiga, assim como vontade de externar a preferência contra ela.

* * *

A Rainha Vitória, que ocupou o trono durante 64 anos, nunca falou inglês com perfeição: sua mãe era filha de um duque alemão e só falava inglês em casa.

* * *

Mark Twain, quem diria, poderia ter migrado para o Brasil quando jovem e será que faria aqui a fama que fez nos EUA? Ele se chamava, na verdade, Samuel Langhorne Clemens Nascido na Flórida, ele viveu de 1835-1910. Foi pintor, explorador de ouro e muitas outras coisas. Iniciou a carreira de jornalista (em que ele se revelou grande humorista) no “Missouri Courier”, de seu irmão, praticamente criança. Ele estava planejando vir para o Brasil, tentar a sorte aqui, quando conheceu um piloto de barco do Mississipi e adotou essa profissão também, entre 1857 e 1861.

* * *

Goethe, considerado o mais importante escritor alemão, trabalhou em muitos serviços. Foi chefe de bombeiros, diretor de teatro, ator, pintor, cientista, ministro… E era também um grande conquistador de mulheres.

* * *

Na Babilônia antiga havia um costume estranho: nas celebrações do Ano Novo, escolhia-se alguém do povo para ser “rei por um dia”. O problema é que no dia seguinte a essa glória ele era executado, sacrificado aos deuses. O jardineiro Enlil-Bani foi escolhido para essa glória inglória, mas o destino o ajudou: o rei de verdade, Erra-Imitti, morreu durante as comemorações e o jardineiro permaneceu no trono, governando (segundo a lenda, melhor do que outros reis) por mais de vinte anos.

* * *

Complexo de Édipo, todo mundo sabe o que é. E muitos sabem da história de Édipo, filho do rei de Tebas. Um oráculo previu que ele mataria o pai e se casaria com a mãe, e o rei mandou abandonar o menino recém-nascido numa montanha, pendurado pelos pés em uma árvore, mas ele foi recolhido por um pastor e sobreviveu, e a previsão do oráculo acabou se realizando. O nome Édipo vem justamente do fato dele ter sido pendurado pelos pés: significa pés inchados. Já o nome de sua mãe, Jocasta, que se tornou sua mulher, significa “a que cura do veneno”.

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Mouzar Benedito, da Boitempo.

Hoje eu vou comer pão murcho

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Fermento pra Massa

Hoje eu vou comer pão murcho
Padeiro não foi trabalhar
A cidade tá toda travada
É greve de busão, tô de papo pro ar

Hoje eu vou comer pão murcho
Padeiro não foi trabalhar
A cidade tá toda travada
É greve de busão, tô de papo pro ar

Tem fiscal que é partideiro
Motorista, bicheiro e DJ cobrador
Tem quem desvie dinheiro e atrapalha o padeiro
Olha aí, seu doutor!

Eu que odeio tumulto
Não acho um insulto manifestação
Pra chegar um pão quentinho
Com todo respeito a cada cidadão


Filosofia na vida prática: como Confúcio pode ajudar na sua carreira

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O sábio chinês.

Como Jesus, Sócrates e Buda, Confúcio não escreveu livros. Seus ensinamentos foram reunidos por discípulos.

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Quem quer galgar os degraus corporativos talvez ganhasse mais lendo Confúcio (551 – 479 a.C.), o grande filósofo chinês, que os repetitivos manuais de conduta nas empresas. Confúcio deu graça e sentido à alma chinesa num tempo em que a China era um caos bélico. Ele pregou a ordem num lugar em que a desorganização contumaz e violenta tumultuava o desenvolvimento do país e a rotina das pessoas. Nenhum homem foi tão influente na história da China como ele.

O grande Confúcio, de quem se diz que tinha 2,30 metros, fez carreira notável como funcionário público no estado de Lu (hoje Xantung). Desistiu do cargo e abandonou a região quando viu que o soberano se entregara à devassidão. O chefe de uma região rival enviara ao libertino 30 mulheres lindas com a intenção de tirar seu foco administrativo. A ação foi um sucesso, a despeito dos esforços de Confúcio. Quando ele viu que seu chefe estava mais interessado nas mulheres que no governo, foi embora. Lu se arruinou.

Respeitar as regras da sociedade é um dos conceitos cruciais do confucionismo. Por trás disso havia o objetivo de coibir as múltiplas revoltas que atormentavam os chineses. É nessa área de sua doutrina que se podem encontrar, 2.500 anos depois, conselhos extremamente úteis para a sobrevivência na selva corporativa. Algumas amostras:

→ “Depois de ouvir muita coisa, deixe de lado as duvidosas, diga as outras com moderação e você será pouco censurado. Depois de ter visto muito e considerado os exemplos dos antigos e dos modernos, deixe de lado o que pode ser perigoso e faça o resto com precaução. Se suas palavras atraem pouca censura e seus atos pouco arrependimento, os cargos lucrativos virão por si mesmos”.

Desafio permanente: cuidar de si mesmo

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Cuidar de si mesmo é amar-se, acolher-se, reconhecer nossa vulnerabilidade, poder chorar, perdoar-se e perdoar. Escrevemos direito apesar das linhas tortas.

Ao assumir a categoria “cuidado” na relação para com a Mãe Terra e para com todos os seres, o Papa Francisco reforçou não só uma virtude mas um verdadeiro paradigma que representa uma alternativa ao paradigma da modernidade que é a da vontade de poder que tantos prejuízos trouxe.

Devemos cuidar de tudo, também de nós mesmos, pois somos o mais próximo dos próximos e, ao mesmo tempo, o mais complexo e mais indecifrável dos seres.

Sabemos quem somos? Para que existimos? Para onde vamos? Refletindo nestas perguntas inadiáves vale lembrar a ponderação de Blaise Pascal ( 1662) talvez a mais verdadeira.

Que é o ser humano na natureza? Um nada diante do infinito, e um tudo diante do nada, um elo entre o nada e o tudo, mas incapaz de ver o nada de onde veio e o infinito para onde vai (Pensées § 72).

Na verdade, não sabemos quem somos. Apenas desconfiamos como diria Guimarães Rosa: Na medida em que vamos vivendo e sofrendo, lentamene desvendamos quem somos. Em último termo: expressões daquela Energia de fundo (imagem de Deus?) que tudo sustenta e tudo dirige.

Junto com aquilo que de fato somos, existe também aquilo que potencialmente podemos ser. O potencial pertence também ao real, quem sabe, a nossa melhor parte. A partir deste transfundo, cabe elaborarmos  chaves de leitura que nos orientam na busca daquilo que queremos e podemos ser.

É nesta busca que o cuidado de si mesmo desempenha uma função decisiva. Não se trata, primeiramente, de um olhar narcisista sobre o próprio eu o que leva, geralmente, a não conhecer-se a si mesmo mas identificar-se com uma imagem projetada de si mesmo e, por isso, falsa e alienante.

O mesmo e o outro

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A simples presença nas divisões da utopia pode apaziguar as consciências, mas não muda as peças no tabuleiro da história. 

Uma das mais promissoras bandeiras do nosso tempo é a que aponta que outro mundo é possível. É um princípio de esperança, de uma antevisão otimista de futuro, de uma aposta capaz de mover os homens e mulheres em direção a uma vida melhor para todos.

Num tempo em que os valores aparentemente vitoriosos apontam para o aprofundamento da desigualdade, destruição da natureza, consumo como índice de felicidade e enfraquecimento das ações coletivas, o impulso em direção à mudança é uma tarefa ética.

Assim como os antigos gregos propunham que o bem e o belo são a mesma coisa, os novos gregos nos lembram que o bem e o justo precisam estar sempre do mesmo lado. Só o que é bom para todos pode ser proveitoso para cada um.

O sonho que alimenta a vida individual dos milhões de militantes de todos os matizes não sustenta por si só a nova sociedade, a ser feita de justiça social, participação e liberdade. A simples presença nas divisões da utopia pode apaziguar as consciências, mas não muda as peças no tabuleiro da história. É preciso ir adiante. Está na hora de dar carne e vísceras aos projetos de transformação social.

A luta política à esquerda é feita quase sempre de duas ações complementares: a necessidade de compreender o mundo e identificar a raiz de suas relações alienantes e injustas; e a ação consciente para transformar as circunstâncias desumanizantes que comandam a sociedade. É preciso lutar para saber e saber lutar.

Sobre mentiras e mentirosos

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Clarice Lispector
Cuide da memória!
Mentiroso não pode errar
Ao recontar a mesma estória

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Numa “aula espetáculo” de Ariano Suassuna, a que assisti no Memorial da América Latina, ele fez um discurso a favor da mentira. Não a mentira agressiva, mas aquela que abranda a verdade ou diverte. E disse que ele mesmo mentia: por que falar a uma pessoa uma verdade que a ofende? Melhor mentir e deixá-la feliz.

Confira os que alguns deles e delas disseram:

- Napoleão Bonaparte: “A História é um conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo”.

- Millôr Fernandes: “As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades”.

- Federico Fellini: “Cinema-verdade? Prefiro o cinema-mentira. A mentira é sempre mais interessante do que a verdade”.

- Espínola Veiga: “Mentira, que importa? No amor, a mentira é como o sal: demais, salga; às pitadas, tempera”.

- Mark Twain: “Algumas pessoas nunca dizem uma mentira – se souberem que a verdade pode magoar mais”.

- Adolf Hitler: “As grandes massas cairão mais facilmente numa grande mentira do que numa mentirinha”. Hitler continua atual...

Não fala com pobre...

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Na banca do destino,

Quando tudo termina,

Só terra por cima...

E na horizontal.



Se faltar dinheiro, não economize na criatividade

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Esta história eu adoro contar...

Ela começou a trabalhar com 12 anos. Aos 14, foi admitida em uma fábrica de massas de nome Paty, localizada (não sei se ainda existe) no bairro de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. E estudava no Seminário Betel, que ficava no bairro do Rocha (não se ainda fica).

À época existiam oficialmente dois salários mínimos no Brasil. Um para os adultos, outro para os menores de idade, hoje chamados de “di menor”. Se o salário dos maiores já era pouco, imagine o do menor...

Ela, que morava no Complexo da Maré, vivia um drama: como comprar roupa para ir todos os dias à escola e ao trabalho, se o dinheiro mal dava para comprar o pão, pagar o aluguel e a passagem?

Se faltava dinheiro... Tinha que sobrar imaginação...

Um dia ao acordar, resolveu que poria um fim no sofrimento. Não de imediato. Mas, em médio prazo...

No sábado seguinte, quando saiu do trabalho foi até Madureira - bairro que abriga as Escolas de Samba Portela e o Império Serrano. Comprou quatro pedaços de tecidos: dois para as duas saias, dois para as duas blusas, que seriam dali por diante o seu uniforme diário. As saias eram azul marinho e as blusas azul bebê. O tecido, um daqueles que não necessitam passar.

Sentiu-se orgulhosa. Enfim... um problema resolvido...

Quando no trabalho alguém lhe perguntava por que ela vestia a mesma roupa todos os dias, respondia:

- É o uniforme da escola.

E quando a pergunta vinha dos colegas da escola, respondia:

- É o uniforme do trabalho.

E ficava feliz com a sua capacidade inventiva...

Simples assim.

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Ah! E quem é ela?

Reposta: Eu.

Uma ovelha negra no poder

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Mujica anuncia viagem ao Brasil, mas não vai passar pelo Senado.

O ex-presidente do Uruguai José Mujica viajará em breve ao Brasil, mas descartou comparecer ao Senado brasileiro, depois de uma polêmica causada por sua recente biografia autorizada.

“Vou ao Brasil e vou a uma conferência com Lula dentro em pouco”, declarou em entrevista ao programa “En Perspectiva”, sem dar detalhes do compromisso.

“Uma ovelha negra no poder”, a biografia autorizada de Mujica e escrita por Andrés Danza e Ernesto Tulbovitz, lançada em maio passado, narra detalhes sobre uma conversa entre o líder uruguaio e o ex-presidente brasileiro em que Lula afirmou que, durante sua gestão, teve de “lidar com muitas coisas imorais e chantagens (…) e que essa era a única forma de governar o Brasil”.

As declarações relacionadas ao escândalo do Mensalão ganhou repercussão na imprensa brasileira e, em junho, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou o pedido do senador Ronaldo Caiado (DEM) para convidar Mujica para falar sobre o tema.

Mujica já havia descartado falar ante o Congresso brasileiro, e nesta quinta-feira reiterou sua posição.

Fonte: Exame

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"Meu tempo é quando..."

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Vinícius de Moraes, 35 anos de saudade

Dialética

É claro que a vida é boa 
E a alegria, a única indizível emoção 
É claro que te acho linda 
Em ti bendigo o amor das coisas simples 
É claro que te amo 
E tenho tudo para ser feliz 
Mas acontece que eu sou triste...

(Vinícius)

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Há 35 anos morria um dos maiores poetas brasileiros do século XX, Vinícius de Moraes. 

Filosofia na vida prática:Como tirar proveito de seus inimigos

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Segundo Plutarco.

Por incrível que pareça, há maneiras saudáveis de lidar com nossos inimigos.

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Plutarco (66 – 120), grego de Queronéia, é objeto de admiração como grande biógrafo. Ele escreveu Vidas Paralelas, um clássico no qual comparou personalidades similares da Grécia e de Roma; os generais César e Alexandre e os oradores Cícero e Demóstenes, para citar dois exemplos. Sabe-se que o dramaturgo Shakespeare se inspirou na obra de Plutarco para compor alguns de seus dramas históricos. E que o ensaísta Montaigne utilizou as histórias narradas por Plutarco para fazer a maior parte de suas reflexões filosóficas.

Mas Plutarco foi mais que um biógrafo. Ele sofreu a influência da escola estóica, fundada pelo grego Zenão, caracterizada sobretudo pela consideração do problema moral, em que o equilíbrio deveria ser o ideal do sábio. Escreveu belos tratados de conduta moral que ainda hoje podem ser lidos. Alguns podem ser facilmente encontrados no Brasil. A editora Martins Fontes juntou dois deles num só volume de pouco mais de 120 páginas, numa edição caprichada. Ambos são atuais, como toda obra filosófica de primeira categoria. Um deles mostra como distinguir bajuladores e amigos. O outro fala como se deve lidar, da melhor forma possível, com os inimigos. O título dado pela editora, baseado neste último, é irresistível: Como Tirar Proveito de Seus Inimigos.

Plutarco não traz uma visão malandra, como se pode pensar numa primeira e rápida leitura do título, mas decente, sábia, e nem por isso menos útil. Ele recorre a outro filósofo grego, Xenofonte, para dar início a seu pequeno ensaio: “É próprio de um homem ponderado tirar proveito de seus inimigos”. E depois cita mais um pensador grego, Diógenes, para mostrar o coração, a alma de sua tese: “Como me defenderei contra meu inimigo? Tornando-me, eu próprio, virtuoso”.

Filosofia na vida prática que se vê nas pequenas coisas da vida

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A lição de Epicteto: aceitar os fatos é um passo essencial para a serenidade

“Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram como você quer, mas deve-se querê-los como ocorrem: assim sua vida será feliz”.

Epicteto, nascido escravo e só liberto depois de adulto, foi uma das vozes mais influentes da filosofia da Antiguidade. Ele viveu nos primórdios da Era Cristã, de 40 a 125. Não escreveu um único livro. Seu pensamento é conhecido graças a um discípulo, o historiador Arriamo. Ele teve o cuidado de anotar as ideias de seu mestre, uma ação pela qual a humanidade lhe será eternamente grata, e depois transformá-las em dois livros, Entretenimentos e Manual. Seu tamanho intelectual é tal que o imperador-filósofo Marco Aurélio, o último grande comandante do Império Romano, escreveu que um dos acontecimentos capitais de sua vida foi ter tido acesso às obras de Epicteto.

Para ele, o passo básico da vida feliz é aceitar as coisas como elas são. Revoltar-se contra os fatos não altera os fatos, e ainda traz uma dose de tormento desnecessária. “Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram como você quer, mas deve-se querê-los como ocorrem: assim sua vida será feliz”, disse Epicteto. (Séculos depois, o pensador francês Descartes escreveu uma frase que é como um tributo à escola de Epicteto: “É mais fácil mudar seus desejos do que mudar a ordem do mundo”.) Não adianta se agastar contra as circunstâncias: ela não se importam. Isso se vê nas pequenas coisas da vida. Você está no meio de um congestionamento? Exasperar-se não vai dissolver os carros à sua frente. Relaxe, respire fundo. Caiu uma chuva na hora em que você ia jogar tênis com seu amigo? Amaldiçoar as nuvens não vai secar o piso. Que tal uma sessão de cinema em vez do tênis?

Querido pastor,

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O dia em que Jesus Cristo escreveu uma carta para Silas Malafaia

Querido pastor,

Aqui quem fala é Jesus. Não costumo falar assim, diretamente – mas é que você não tem entendido minhas indiretas. Imagino que já tenha ouvido falar em mim - já que se intitula cristão. Durante um tempo achei que falasse de outro Jesus – talvez do DJ que namorava a Madonna - ou de outro Cristo - aquele que embrulha prédios pra presente – já que nunca recebi um centavo do dinheiro que você coleta em meu nome (nem quero receber, muito obrigado). Às vezes parece que você não me conhece.

Caso queira me conhecer mais, saiu uma biografia bem bacana a meu respeito. Chama-se Bíblia. Já está à venda nas melhores casas do ramo. Sei que você não gosta muito de ler, então pode pular todo o Velho Testamento. Só apareço na segunda temporada.

Se você ler direitinho vai perceber, pastor, que eu sou de esquerda. Tem uma hora do livro em que isso fica bastante claro (atenção: SPOILER), quando um jovem rico quer ser meu amigo. Digo que, para se juntar a mim, ele tem que doar tudo para os pobres. “É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”.

Analisando a sua conta bancária, percebo que o senhor talvez não esteja familiarizado com um camelo ou com o buraco de uma agulha. Vou esclarecer a metáfora: Um camelo é 3.000 vezes maior do que o buraco de uma agulha. Sou mais socialista que Marx, Engels e Bakunin - esse bando de esquerda-caviar. Sou da esquerda-roots, esquerda-pé-no-chão, esquerda-mujica. Distribuo pão e multiplico peixe – só depois é que ensino a pescar.

E então, que quereis?...

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Fiz ranger as folhas de jornal
abrindo-lhes as pálpebras piscantes.
E logo
de cada fronteira distante
subiu um cheiro de pólvora
perseguindo-me até em casa.
Nestes últimos vinte anos
nada de novo há 
no rugir das tempestades.

Não estamos alegres,
é certo,
mas também por que razão
haveríamos de ficar tristes?
O mar da história
é agitado.

As ameaças
e as guerras
havemos de atravessá-las,
rompê-las ao meio,
cortando-as
como uma quilha corta
as ondas.

(Maiakóvski, 1927)

*****

Melodia: João Bosco.

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