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Após o estupro da irresponsabilidade, finalmente eles se mexeram

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Maria do Rosário
Para o desespero da Bancada Evangélica, foi aprovada a urgência para projeto sobre proteção a crianças vítimas de violência.

A proposta poderá ser votada em Plenário nesta quarta-feira. 

A verdade é que não aprovaram antes, porque o Projeto é de autoria da petista Maria do Rosário (PT/RS). Pura irresponsabilidade, discriminação e partidarização da questão.

Pelo texto aprovado, crianças e adolescentes vítimas de estupro serão escutadas em juízo de forma protegida, o que deveria ter acontecido com a menor vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro, desde o início das investigações.

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O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei 3792/15, da deputada Maria do Rosário (PT-RS) e de outros dez deputados, que estabelece um sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência.

Maria do Rosário disse que o projeto vai assegurar maior proteção às vítimas de estupro. “Com esta matéria, estamos contribuindo para que o Brasil faça a adequação de sua legislação, a fim de que crianças e adolescentes vítimas de estupro sejam escutadas em juízo de forma protegida”, disse a deputada.

Segundo ela, muitas vezes, as vítimas de abuso sexual acabam sofrendo uma segunda agressão durante as oitivas em delegacias, com perguntas e abordagens equivocadas, como ocorreu com a menor no RJ.

Pelo projeto, será garantido atendimento adequado à vítima de abuso sexual, com a gravação do depoimento. “Para que ela não fique sendo ouvida inúmeras vezes e para que a verdade prevaleça. E para que quem abusa da vida da criança, muitas vezes membro da própria família, não possa atuar, fazendo pressão, a fim de que a vítima mude sua versão”. 

“Tem que ter uma legislação dura, firme e objetiva, que dê ampla proteção a crianças e adolescentes vítimas de violência. E essa proteção deve ser dada não só em relação aos agressores, mas também em relação ao atendimentos nas delegacias, nos conselhos tutelares e nos centros de assistência social”, completou a deputada.

Beth Muniz

A diferença entre um rei e um escravo é a coragem

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A grande depressão e o mágico de Oz.

Um coração para o homem de lata, um cérebro para o espantalho, coragem para o leão e um lar para Dorothy. Esta é a busca dos personagens de "O mágico de Oz", um musical clássico de 1939. 

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A música expõe a realidade estúpida do operário - personagem da letra - que construiu tudo o que constitui o “american way of life” (feito ou estilo americano). A maioria dos fãs compra a versão de que é uma história típica de Hollywood com final feliz. Poderia ser se não tivesse Yip Harburg como letrista. 

Posso imaginar Yip Harburg em um bar frequentado por roteiristas, artistas, compositores da Broadway logo após a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929. Os pedintes nas esquinas o deixam indignado. 

Yip começa então a rabiscar num guardanapo a letra da música que se tornaria o verdadeiro hino da depressão norte-americana. Um gole na bebida e um verso: “Eles me diziam que eu estava construindo um sonho”. 

Outro gole, novo verso: “Com paz e glória à minha espera”. Engole a seco, conclui a quadra: “Por que então estou aqui na fila/ esperando apenas por um pedaço de pão?”

O título da canção “Brother, can you spare a dime?” pode ser traduzido por “Amigo, você tem um trocado?”. Bing Crosby gravou em 1932 - muitos outros famosos regravam até hoje - e foi um retumbante sucesso. 

Cultura periférica é vetor econômico e alternativa para manter jovens negros vivos

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Para presidente estadual da Nação Hip Hop Brasil, cultura oferece alternativas nas periferias. "Lá estão os maiores filósofos e as melhores análises, só não está institucionalizado"

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São Paulo – As manifestações culturais desenvolvidas nas periferias das cidades brasileiras por moradores locais são uma forma de movimentar a economia das comunidades e de oferecer alternativas para a juventude longe da violência, como afirmou o presidente estadual da Nação Hip Hop Brasil, Bob Controversista, que participou de um debate sobre o tema na noite de ontem (26,) na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, na zona oeste da capital. O evento fez parte do ciclo SP em Debate, promovido pelo Coletivo Ocupar e Construir, que até sexta-feira (29), vai discutir políticas públicas da cidade de São Paulo, fazendo uma análise da gestão atual, comparativamente às gestões passadas e avaliar as demandas futuras da capital. Os encontros ocorrem a partir das 18h, na PUC.


"A cultura periférica é um vetor socioeconômico e possibilita concretizar a manutenção da vida dos jovens pretos e pobres de São Paulo", afirmou lembrando que nas periferias a principal presença do estado é pela polícia militar. "A cultura dá sentido para a vida dos jovens e fortalece a possibilidade de eles não serem assassinados antes dos 21 anos."

Os negros entre 15 e 29 anos são as principais vítimas de homicídio no país, de acordo com o Mapa da Violência 2015. Do total de 42.416 óbitos por disparo de armas de fogo em 2012, 24.882 foram jovens, o equivalente a 59%. Proporcionalmente, morreram 142% mais negros que brancos por armas de fogo, sendo que 94% das vítimas fatais eram do sexo masculino e 95% jovens.

Cartilha: Violência contra as mulheres nos locais de trabalho

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Denuncie, combata, pare!

A Internacional de Serviços Públicos (ISP-Brasil) lança cartilha em conjunto com entidades sindicais.

O objetivo é convocar os sindicato e orientar no combate à violência contra as mulheres nos locais de trabalho.
A Internacional de Serviços Públicos (ISP Brasil) em conjunto com a FASUBRA Sindical e demais entidades do movimento sindical em referência ao Dia Internacional da Mulher, lança a cartilha “Violência contra as mulheres nos locais de trabalho: denuncie, combata, pare!”.

A cartilha é fruto da campanha de combate à violência sexista nos locais de trabalho por meio de debates construídos em 2015, em encontros estaduais. 

De acordo com a ISP, o objetivo é convocar os sindicatos no combate e prevenção da violência, e ser utilizada como instrumento de informação, formação e mobilização para mulheres e homens no combate à violência sexista, fornecendo elementos que possibilitem a identificação, denúncia, prevenção e a busca de soluções.




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Fonte: ISP/Fasubra Sindical

8 de Março: As grandes mulheres negras da história do Brasil

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Talvez você nunca tenha conhecido a trajetória de sequer uma mulher negra na história.

Mesmo na escola, nas aulas sobre o período da colonização e da escravidão, é provável que você não tenha lido ou ouvido falar sobre nenhuma líder quilombola, nem mesmo sobre líderes que foram tão importantes para comunidades enormes.


Essa ausência de conhecimento é um problema profundo no Brasil. Infelizmente, na escola não temos acesso a nomes como o de Tereza de Benguela, por exemplo, que recentemente se tornou símbolo nacional, quando o dia 25 de Julho foi oficializado como o Dia de Tereza de Benguela. Ainda assim, há grandes chances de que essa seja a primeira vez em que esse nome lhe salta aos olhos.

Para conhecer as histórias de luta dessas mulheres, é preciso mergulhar em uma pesquisa pessoal, que antes de tudo precisa ser instigada. Mas se as escolas e Universidades nem mesmo mencionam a existência de mulheres negras que concretizaram grandes feitos no Brasil, como a curiosidade das pessoas será despertada?

Na prática, as consequências dessa ignorância são muito graves. Não aprendemos que mulheres negras foram capazes de conquistas admiráveis ou que lutaram bravamente, até mesmo em guerras contra a escravidão, e crescemos acreditando na ideia de que as mulheres negras nunca fizeram nada de grandioso e nem marcaram o país como outros grupos de pessoas. A tendência de muita gente é associar a bravura, a inteligência e a estratégia somente a figuras masculinas, sobretudo aos homens brancos, que são notavelmente mais registrados, memorados e citados em aulas de História.

Luana Tolentino diz não a Luciano Huck

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Hoje [ 18 de fevereiro] à tarde fui surpreendida com um telefonema da produção do Caldeirão do Huck. Em março, o programa fará uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Segundo a produtora do programa "sou uma mulher inspiradora". Por isso eles acharam que o Luciano Huck deveria me entrevistar.

Não aceitei. Minha decisão não se deu pelo fato do Caldeirão do Huck fazer parte da programação da Rede Globo, emissora pela qual tenho uma infinidade de críticas e há muito tempo não assisto. Longe disso. Não aceitei porque não me agrada a espetacularização que é feita com a vida das pessoas que tem uma "história de superação".

Não aceitei porque não vou me prestar ao papel de reforçar o discurso da meritocracia, que discordo e combato com veemência.

- Luana, você é a prova de que quando as pessoas realmente querem, elas conseguem! — Foi o que a produtora me disse.

Mas não é bem assim. De fato, desejei estudar, desejei escrever, desejei ser professora. Me sinto grata, rica, realizada em poder fazer tudo o que eu sempre quis. Porém, provavelmente tudo teria sido muito diferente não fosse a estrutura desigual, racista e machista do nosso país.

Para chegar até aqui tive que romper barreiras visíveis e invisíveis. Nesse percurso fui me arrebentando de tal maneira que às vezes tenho a sensação de que sou toda quebrada por dentro. São questões que precisam ser ditas, mas a produção e o Luciano Huck não têm o menor interesse em debatê-las ou enxergá-las.

Concordo que nós negras e negros devemos ocupar espaços, que as nossas vozes devem ir para além da internet, da Academia, e no meu caso, da sala de aula, mas não acho que seja necessário perder de vista os compromissos assumidos: comigo mesma e com aqueles que represento através da minha fala e da minha escrita.

Respeito o trabalho da profissional que entrou em contato comigo. Por isso agradeci imensamente o convite. Por outro lado, não vejo o menor sentido em ser homenageada no dia 8 de Março pelo Luciano Huck, que durante a Copa usou o programa para oferecer brasileiras aos gringos, como se fôssemos mercadoria.

Luana Tolentino é professora e historiadora. É ativista dos Movimentos Negro e Feminista.

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Por Luana Tolentino, em sua página no Facebook

'O sol é para todos'

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Morre Harper Lee, escritora norte-americana e autora do clássico.

Vencedor do Prêmio Pulitzer, principal livro de Lee vendeu mais de 30 milhões de exemplares ao redor do mundo e se tornou um marco da literatura dos EUA.

A escritora norte-americana Harper Lee morreu aos 89 anos, confirmou nesta sexta-feira (19/02) a Prefeitura de Monroeville, no Estado do Alabama, onde a escritora residia. Não foi especificada a causa nem a data da morte. Lee é autora do livro “O sol é para todos” (“To Kill a Mockingbird”, no original), uma história sobre desigualdade racial nos Estados Unidos.

Principal obra da carreira de Lee, “O sol é para todos” foi publicada em 1960 e venceu o Prêmio Pulitzer de Ficção no ano seguinte. O livro, traduzido para 40 idiomas, vendeu mais de 30 milhões de exemplares ao redor do mundo. “O sol é para todos” foi adaptado para o cinema em 1962, em filme dirigido por Robert Mulligan. 

- O longa obteve três estatuetas no Oscar. 

Narrado pela garota Scout e ambientado no período da Grande Depressão em uma cidade do interior do Alabama, o romance conta a história do julgamento de Tom Robinson, um homem negro, pelo suposto estupro de Mayella Ewell, uma mulher branca. O pai de Scout, Atticus Finch, é o advogado de Robinson.

Harper Lee, que evitava comparecer a eventos e premiações, concedeu poucas entrevistas durante a carreira e levou mais de 50 anos para publicar um novo livro. Ela era próxima do escritor e jornalista Truman Capote, autor de clássicos como “A Sangue Frio” e “Bonequinha de Luxo”.

Lee havia sofrido um derrame em 2007, mesmo ano em que foi premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade, em Washington. Em 2015, ela lançou seu segundo livro, “Vá, coloque um vigia” (“Go Set a Watchman”), que foi escrito antes de “O sol é para todos”.


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O Sol é para todos (livro e filme) nos faz entender melhor o DNA dos EUA de ontem, hoje e sempre.
Imperdível.

Na Alemanha Meryl Streep afirma: Somos todos africanos. Tudo começou na África

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A inegavelmente talentosa e maior vencedora do Oscar, Meryl Streep foi soberana na condução da coletiva do júri da Berlinale. Meryl comandou como presidente, o seu primeiro júri como uma grande estrela de Hollywood, o que realmente é.

"Estou muito entusiasmada de estar aqui. Nunca fiz isso e vou ter de descobrir as exigências da função com meus colegas. Mas não deve ser difícil. Já dirijo uma casa, tenho filhos, marido. É muita gente para administrar. Sou uma boa 'listener' (escuto bastante). Mas no limite, o que vai fazer a diferença é que eles têm um voto cada, e eu tenho dois".

'Eles', os companheiros de júri eram a fotógrafa Brigitte Lacombe, a diretora Malgorzata Szumowska, a atriz Alba Rohrwacher, os atores Clive Owen e Lars Eidinger e o crítico do The Guardian, Nick James. 

Meryl admitiu ter dado uma ordem a seus jurados. Na verdade, foi um pedido: “Convenci-os de que seria melhor assistirmos aos filmes com um olhar virgem. Descobri-los juntos" e sem a influências externas das mídias sociais.

A um jornalista que a provocou dizendo que não via nenhum negro na mesa, numa referência ao debate que agita Hollywood (e o Oscar), ela retrucou: "Olhem para vocês", "Eu também não vejo negros entre vocês". Era verdade, pelo menos ali, naquela plateia da coletiva. 

E aproveitou outra pergunta - sobre o que conhece de cinema chinês, africano? - para marcar posição respondeu: "Vi Timbuktu (de Abderrahmane Sissako) e gostei muito. A verdade é que, a despeito de todas as diferenças, temos muito em comum. Já interpretei muitas personagens e há um traço comum, que compõe nossa humanidade. Quanto à raça, somos todos africanos. Tudo começou na África".




Abram alas pro Maxixe

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No dia de hoje,

Em 1899, as ruas do rio de Janeiro enlouqueceram dançando a música que inaugurou a história do carnaval carioca.

Esse alvoroço debochado se chamava "Ó abre alas"!

Um maxixe, invenção musical brasileira, que ria das rígidas danças de salão. A autora era Chiquinha Gonzaga, compositora desde a infância.

Aos dezesseis anos, os pais a casaram, e o marquês que depois seria o duque de Caxias foi padrinho de casamento.

Aos vinte, o marido a obrigou a escolher entre o lar e a música.

- Não entendo a vida sem música - disse ela, e saiu de casa.

Então seu pai proclamou que a honra familiar tinha sido manchada, e denunciou que Chiquinha havia herdado de alguma avó negra a sua tendência à perdição.

E a declarou morta, e proibiu que em sua casa o nome daquela desguiada fosse mencionado.

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Chiquinha vive a até hoje, na memória da música brasileira.

Já o pai dela... Quem se lembra?

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Eduardo Galeano
Los Hijos de los Días.

O que é, afinal, um “coxinha”? O que é ser “coxinha”

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O surgimento dos ‘coxinhas’

“Até algum tempo atrás, eles não tinham essa necessidade de diferenciação". 

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A diferenciação se dava naturalmente, com a absurda desigualdade social das metrópoles brasileiras.

Os protestos iniciados em junho de 2013 trouxeram com eles o emprego em massa de um vocábulo conhecido por descrever um petisco popular pouco saudável: a coxinha. Mas agora a palavra adquiriu novo sentido e eu demorei a entender com certeza seu significado preciso. A fala dos manifestantes trazia cada vez mais a meus ouvidos cariocas esta palavra que eu só conseguia entender pelo contexto: “coxinha” podia ser um adjetivo ou substantivo, a depender da situação, e referia-se a alguém meio tolo, ou conservador. Também ouvi falar do verbo “coxinhar”. Que se refere à atividade do “coxinha”, ou às ações de um. Mas isso foi pouco para mim e para muitos outros brasileiros.

O que é, afinal, um “coxinha”? O que é ser “coxinha”? O vocábulo, amplamente usado nos protestos, era um enigma para mim. Encontrei duas publicações que tentaram explicar o novo significado do velho e gorduroso petisco de botequim: ano passado, a Folha de S.Paulo (22/04/2012), em sua revista de domingo, fez uma boa tentativa. Começou com uma explicação de sua abrangência geográfica: trata-se de gíria paulistana. Para explicar o novo significado da palavra entrevistou pessoas que já tinham ouvido falar dela. Logo surgiu um consenso sobre o seu significado: “coxinha” é gente engomada, certinha, que segue a maioria. Gente convencional e conservadora, em suma.

Mas foi o diário Correio do Brasil (23/06) que apresentou a melhor explicação para o vocábulo que tomou conta dos protestos. O periódico não buscou somente a nova acepção da palavra, mas sua relação com os protestos. Juntou o sociólogo Leonardo Rossato e o professor de português Michel Montanha, que elaboraram uma “análise sociológica” do coxinha e apresentaram uma hipótese sobre sua origem:

“Coxinha, sociologicamente falando, é um grupo social específico, que compartilha determinados valores. Dentre eles está o individualismo exacerbado e dezenas de coisas que derivam disso: a necessidade de diferenciação em relação ao restante da sociedade, a forte priorização da segurança em sua vida cotidiana, como elemento de “não-mistura” com o restante da sociedade, aliadas com uma forte necessidade de parecer engraçado ou bom moço”.

Ato de resistência de Rosa Parks completa 60 anos

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Em primeiro de dezembro de 1955 a costureira e militante negra Rosa Parks subiu num ônibus em Montgomery no Alabama. Ela sentou-se, como sempre, num lugar reservado aos negros. Numa certa altura da viagem entrou um senhor branco e não encontrou bancos vazios. O motorista, então, exigiu que os negros desocupassem uma das fileiras. Essa era a lei: os brancos não podiam ficar de pé e nem sentar-se ao lado de um negro. Três homens cumpriram as ordens. Mas, a mulher disse não.

O espanto foi geral. O motorista insistiu, mas ela resistiu e foi presa. A partir daquele momento as coisas não seriam mais as mesmas. Teria início uma tormenta que abalaria as leis segregacionistas da supremacia branca estadunidense.

Algumas horas mais tarde um panfleto assinado pelo "Women's Political Council" começou a circular na comunidade negra. Ele dizia: "Outra mulher foi presa e jogada na cadeia porque se recusou a levantar-se de seu lugar no ônibus para que um branco se sentasse (...). Isto não deve continuar. Os negros também têm direitos e se não andarem de ônibus, eles não poderão funcionar. (...) Se nada fizermos para parar com essas prisões, elas continuarão. Da próxima vez poderá ser você, ou sua filha, ou sua mãe. O caso dessa mulher será julgado na segunda-feira. Nós estamos, desta forma, pedindo a cada negro para não entrar nos ônibus na segunda em protesto pela prisão e pelo julgamento. Não andem nos ônibus para trabalhar, para ir à cidade, para ir à escola ou para qualquer coisa na segunda-feira. Vocês podem se dar ao luxo de não ir à escola por um dia se não tiverem outros meios de ir que não por ônibus. Você também pode deixar de ir à cidade por um dia. Se você trabalha, pegue um táxi ou caminhe. Mas por favor, crianças e adultos, não andem de ônibus na segunda. Não andem em nenhum ônibus na segunda."

A senha para o desencadeamento da luta já estava dada. Logo em seguida, militantes da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP) – entidade da qual Rosa era secretária - se reuniram numa igreja local.

Ali prepararam o boicote aos transportes públicos. Para levar adiante o movimento criaram o “Montgomery Improvement Association" (MIA), que passou a ser dirigido por um pastor até então desconhecido chamado Martin Luther King.

O protesto deveria durar apenas um dia, mas o sucesso foi tão grande que resolveram estendê-lo até que se conseguisse a vitória completa sobre a empresa de ônibus e as autoridades locais. Os taxistas negros baixaram as tarifas, igualando-as às passagens de ônibus.

A desesperança na “maior" democracia do mundo

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Só metade dos jovens negros acredita chegar aos 35 anos, mostra estudo.

Mas, à denominada “maior" democracia do mundo, ainda é o sonho de consumo de muitos brasileiros, que avaliam ser o Brasil, um país pequeno, em todos os sentidos.

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Miami (EUA) – Estudo divulgado ontem (18) nos Estados Unidos revela que apenas metade dos jovens afro-americanos está confiante de que vai chegar aos 35 anos.

O número é ainda mais baixo, 38%, no caso dos jovens mexicanos que vivem nos Estados Unidos, de acordo com a mais recente edição do Journal of Health and Social Behavior.

Entre a população branca, o percentual dos que disseram estar “quase certos” de que vão chegar aos 35 anos é mais elevada: 66%.

“Os brancos não estão sujeitos ao racismo e à discriminação, em nível institucional e individual, vividos pelos imigrantes e minorias étnicas nascidas nos Estados Unidos, que comprometem a saúde, o bem-estar e as oportunidades de vida”, disse Tara Warner, professora assistente de sociologia da Universidade do Nebraska-Lincoln.

Ela adiantou que “essas experiências – incluindo o medo da vitimização e/ou deportação – podem ser uma fonte crônica de stress para as minorias raciais e étnicas, bem como para os imigrantes, o que compromete ainda mais o seu bem-estar, mesmo entre os jovens”.

O estudo Expectativa de Sobrevivência dos Adolescentes: Variações por Raça, Etnicidade e Nascimento é descrito pelos autores como o primeiro a documentar os padrões de expectativa de sobrevivência entre os diferentes grupos raciais, étnicos e de imigrantes.

Para o trabalho foram ouvidas 171 mil pessoas, com idade entre 12 e 25 anos.

Não deveria ser assim, pois trata-se de uma potencial mundial e economicamente desenvolvida.

Só que no social, é igual ou ainda pior.

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Com informações da EBC

O estranho complexo de inferioridade dos “superiores”

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Se tem uma coisa que eu não entendo na gritaria contra as cotas e os direitos LGBTs e femininos é um mal disfarçado complexo de inferioridade embutido nela. Volta e meia leio comentários do tipo: “os negros não estão lutando por direitos iguais, eles querem ser SUPERIORES a nós”; “as mulheres não querem ter direitos iguais, elas querem MANDAR nos homens”; “os homossexuais não estão lutando contra a intolerância, o que eles pretendem é implantar uma DITADURA gay!” 

Qual o problema com este pessoal? Do que eles têm medo, afinal?

Será que os racistas temem que, com oportunidades iguais, os negros se mostrem mais capazes do que os brancos? Será que os homofóbicos temem que gays e lésbicas, com direitos iguais, se mostrem mais eficientes do que os heteros? Será que os machistas temem que o mundo descubra que as mulheres, com salários iguais, são melhores profissionais do que os homens? Só alguém com um baita complexo de inferioridade pode pensar assim. E é curioso vindo de gente que se acha tão “superior”. 

Quem não tem competência não se estabelece!

A liberdade de escolher quem amar dos LGBTs deve incomodar muita gente, mesmo, mas me espanta ver alguns se queixarem de que o objetivo de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros é implantar uma “ditadura”. Ora, essa ditadura já existe e exclui quem tem uma orientação sexual diversa desde o princípio dos tempos. Uma pessoa precisa ter sérios problemas de auto-estima para achar que quando os homossexuais exigem o fim do preconceito estão, na verdade, querendo ameaçar direitos de quem os possui de sobra.

A autonomia da mulher de decidir com quem se deita ou o tipo de roupa que quer usar também deve incomodar muitos machistas que pensam ter o domínio sobre os corpos femininos. O hilário é que estes homens, para tentar desesperadamente manter essa dominação, dizem que a mulher está lutando… para passar a ter este domínio sobre eles! Por isso chamam de “feminazis” as mulheres que sabem muito bem quais são seus direitos, que são donas do próprio destino e que não se deixam submeter. Como se eles fossem as “vítimas” e não elas. Aliás, que medinho que as “feminazis” dão a vocês, hein?

Você acha “empoderamento” uma palavra feia? Vou citá-la 18 vezes neste texto

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Tenho lido e ouvido muita gente boa por aí cismando com a palavra empoderamento. Certamente, gente empoderada que já não PRECISA dela – ou nunca precisou. Gente que nasceu empoderada ou que ainda não se deu conta de que na verdade ainda não se empoderou.

Afinal, qual a origem desse termo? Ao que tudo indica, o psicólogo norte-americano Julian Rappaport foi o primeiro a enfatizar a ideia, em 1977, de que é preciso empoderar certos grupos para desenvolver a qualidade de vida do entorno social ao qual estão conectados. O educador brasileiro Paulo Freire subverteu um tanto o conceito, propondo que são os próprios grupos que devem empoderar-se a si próprios. E esta noção vingou.

No ano 2000, a declaração da ONU para o novo milênio incluiu o empoderamento das mulheres e a igualdade entre gêneros como “meios eficazes para combater a pobreza, a fome e a doença e de estimular o desenvolvimento de uma forma sustentável”. Nos últimos anos, as feministas têm utilizado com frequência o conceito de empoderamento, gerando ainda mais antipatia em alguns setores da mídia e da intelectualidade.

A explicação para a rejeição sem dúvida está na expressão “poder” embutida nela. Poder não é algo que vem de graça, é algo que se conquista, se disputa. Ninguém quer perder poder. E empoderar significa, claro, que alguém que não tem poder vai passar a tê-lo. Sobretudo, novamente lembrando Freire, quando se tratam de cidadãos historicamente oprimidos: mulheres, negros, LGBTs, pobres. Você acha mesmo que opressores vão deixar que oprimidos se empoderem, assim, sem mais nem menos, de uma hora para outra?

– Alto lá! Onde nós estamos? O Brasil não é bagunça, não! 

Meninos e meninas negras crescem assistindo na televisão pessoas iguais a elas sendo somente empregadas, copeiros, jardineiros; tendo como padrões de beleza pessoas brancas e de cabelo liso, isso num país mestiço como o nosso. Crescem sendo alvo da violência policial, que os pinça na multidão pela cor da pele; sendo vítimas do racismo, velado ou não, de patrões, colegas e até da família. Mesmo não sendo negro, é possível calcular a devastação que isto traz à auto-estima de alguém. Empoderar-se, para os afrodescendentes, é compreender a necessidade de lutar, de não aceitar passivamente as injustiças.

– Imaginem! Negros se revoltando contra a polícia que os mata. Isto seria a convulsão social! Os negros têm de se conformar que infelizmente parecem mais suspeitos do que os brancos. E que mal há em alisar aquele cabelo com produtos químicos desde a infância?

Tribunal determina que Lei Maria da Penha seja aplicada em caso de transexual

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A 9ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou ontem (19) que medidas previstas na Lei Maria da Penha sejam aplicadas em favor de uma transexual ameaçada pelo ex-companheiro. Segundo a decisão, o homem não poderá se aproximar nem entrar em contato com a vítima, seus familiares e testemunhas do processo.

De acordo com o TJ, a vítima informou que manteve relacionamento amoroso por cerca de um ano com o homem. Após o fim da relação, ele passou a ofendê-la e ameaçá-la. A transexual então registrou boletim de ocorrência e pediu medidas de proteção à Justiça.

O pedido foi negado pelo juiz de primeiro grau, sob justificativa de que a vítima pertencia biologicamente ao sexo masculino, fora do campo de ação da Lei Maria da Penha.

Na segunda instância, em julgamento de mandado de segurança, a desembargadora Ely Amioka, relatora do caso, considerou que a lei deve ser interpretada de forma ampla, sem ferir o princípio da dignidade da pessoa humana.

“A expressão 'mulher', contida na lei em apreço, refere-se tanto ao sexo feminino quanto ao gênero feminino. O primeiro diz respeito às características biológicas do ser humano, dentre as quais a impetrante não se enquadra, enquanto o segundo se refere à construção social de cada indivíduo, e aqui a impetrante pode ser considerada mulher”, afirmou a desembargadora.

“É, portanto, na condição de mulher, ex-namorada, que a impetrante vem sendo ameaçada pelo homem inconformado com o término da relação. Sofreu violência doméstica e familiar, cometida pelo então namorado, de modo que a aplicação das normas da Lei Maria da Penha se fazem necessárias no caso em tela, porquanto comprovada sua condição de vulnerabilidade no relacionamento amoroso”, acrescentou.

Além da relatora, o julgamento teve participação dos desembargadores Sérgio Coelho e Roberto Solimene. 

A decisão foi por maioria de votos.

Carta de Brasília pede maior participação das mulheres na política

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Parlamentares brasileiras discutiram uma maior inclusão das mulheres nas frentes políticas do país. A necessidade de uma maior presença feminina nas casas legislativas é um dos pontos citados na Carta de Brasília. O documento é o resultado do encontro Pacto Federativo pelos Direitos das Mulheres, que reuniu ontem, dia 14, no Congresso Nacional, senadoras, deputadas federais, deputadas estaduais e vereadoras de todo o Brasil.

Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), procuradora da Mulher no Senado, é preciso que o encontro seja repetido a cada ano, não só para chamar a atenção para a luta das mulheres. Para ela, um dos principais objetivos é unificar a causa. 

Para isso, as parlamentares defendem a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 98/2015, que estabelece reserva mínima de vagas nas próximas legislaturas, começando com 10% do total de cadeiras; ampliando para 12% e, por fim para 16%, na terceira eleição após a aprovação da matéria. O texto já foi aprovado no Senado e ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.

A Secretária das Mulheres da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), deputada estadual Celise Laviola (PMDB-MG) afirmou que cotas para as mulheres não significam discriminação, já que as mulheres não têm os mesmos recursos que os homens em suas campanhas.

Para a senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), o problema não é só relativo às cotas. Além dessa reserva para as mulheres, ela julga necessário garantir tempo de televisão e um maior acesso aos recursos do Fundo Partidário. Para ela, os partidos não apoiam as mulheres.

Carta

Lida pela deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), a Carta de Brasília reafirma a necessidade da presença feminina no Legislativo. Segundo o documento, o Brasil apresenta um dos menores índices de presença feminina nos parlamentos, ocupando o 158° lugar entre 190 países. Quinze dos 27 estados brasileiros ainda não têm representação feminina no Senado, e 12 dos 28 partidos atuantes na Câmara dos Deputados não têm mulheres entre seus integrantes.

De acordo com o documento, foram esgotadas as alternativas para incentivar os partidos a tomar providências que garantam a presença feminina nas casas legislativas, por isso é preciso aprovar as cotas. O documento também defende a criação de órgãos que representem o interesse das mulheres nas casas legislativas e o empenho na aprovação de matérias relevantes para a garantia dos direitos das mulheres.

Outro ponto citado na carta é a garantia da aplicação das medidas previstas no Pacto pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Esse ponto, em especial, foi elogiado pela secretária de Políticas para Mulheres do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Eleonora Menicucci.

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Com informações do Congresso em Foco

“O Mack não deveria aceitar nem negros e nem nordestinos”

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Estudantes denunciam pichação racista em faculdade de direito de SP.

Caso aconteceu na Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde manifestações de cunho racista vêm se tornando cada vez mais recorrentes; diretoria da instituição repudiou o fato e informou que já abriu procedimento interno para apurar o episódio.

Uma pichação de cunho racista foi encontrada no final da tarde desta terça-feira (6), no banheiro da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, uma das mais tradicionais do país. Quem denunciou o caso foram os próprios estudantes que, através das redes sociais, compartilharam a foto da parede com a inscrição “Lugar de negro não é no Mackenzie. É no presídio”.

“É difícil pra mim, como estudante negra, desse mesmo prédio, escrever sobre essa imagem, por que ela é a representação do pensamento racista que eu sei que passa na cabeça de muitos que permeiam pelo Mack (…) Volto a dizer: podem chorar e escrever nas paredes quantas vezes quiser elite, branca, racista, MAS vai ter preto na universidade SIM”, se manifestou em sua página do Facebook a estudante Tamires Gomes Sampaio, primeira diretora negra do Centro Acadêmico do curso de Direito da universidade e segunda vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes.

Por meio de nota, a diretoria da faculdade também se posicionou contra o ocorrido, dizendo que “repudia todo ou qualquer ato, ação ou manifestação de cunho racista”, garantindo ainda que “já foi feita a denúncia aos órgãos e instâncias responsáveis pela apuração” e que também foi instaurado um procedimento interno.

Essa não é a primeira vez que mensagens racistas aparecem na universidade. A última vez aconteceu em agosto deste ano quando, também em um banheiro, foi encontrada a pichação: “O Mack não deveria aceitar nem negros e nem nordestinos”.

O Farofaço em Ipanema

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Saiba como foi o Farofaço em Ipanema, ato pelo livre uso das praias cariocas, realizado neste 4 de outubro no Rio de Janeiro.




De uma "cidadã" Ipanemense:

 "Eu sinto vergonha desse povo...

...cidadão de bem."

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Ah! Esse povo...

Fonte: TV Carta

O visionário urbano

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Em São Paulo, ele tornou-se muito impopular.

Mas, ele fosse o chefe de San Francisco, Berlim ou algumas outras metrópoles prospectivas, ele pode ser considerado como um visionário urbano. Matéria do Wall Street Journal rasga elogios a Fernando Haddad.

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Em matéria desta quarta-feira (23/9), o jornal americano Wall Street Journal, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi classificado como “visionário”, por suas políticas sociais e reformas do sistema de mobilidade.

O texto ressalta a importância do projeto social Braços Abertos, que dá apoio a usuários de crack a se livrar da dependência química, e reconhece o esforço do prefeito em criar soluções de mobilidade para uma cidade superlotada, representadas pela implementação das ciclovias e corredores de ônibus.

Outro fator ressaltado pelo jornal é o fechamento de vias como a Avenida Paulista e o Minhocão para lazer dos paulistanos. “Em uma cidade tão carente de áreas verdes, a medida proporcionou o deleite de pedestres, ciclistas e skatistas, mas desagradou comerciantes e moradores do local.”

Pelo fato de essas políticas desagradarem parcelas mais conservadoras da população, o jornal aposta que a oposição usará essas cartas para tentar impedir sua reeleição.

“Essas iniciativas lideram as críticas a sua administração, caracterizada como ‘demagógica’ e ‘imprudente’, como definiu o editorial do jornal O Estado de S. Paulo“, diz o texto. “Outros críticos classificam as ciclovias como um luxo em uma cidade com índices crescentes de criminalidade, escolas desmoronando e hospitais falidos.”

O jornal ressalta, no entanto, que as iniciativas vêm sendo bem aceitas por especialistas em transporte e pela população. O jornal cita a aprovação de 80% das ciclovias e de 91% das faixas de ônibus para justificar que Haddad aproveitou seu mandato para mudar o conceito centrado no automóvel que a cidade sempre teve.

Wagner Iglecias, doutor em Sociologia e professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP publicou um texto sobre a matéria do Wall Street Journal. Leia aqui.

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E ainda há quem negue que a mídia tupiniquim não é golpista, antipatriota, conservadora e excludente.

O que separa as mulheres negras de qualquer outra pessoa?

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Na premiação do Emmy Awards 2015, Viola Davis, a primeira mulher negra a ganhar um Emmy,  respondeu perfeitamente esta pergunta.

Ela fez história no domingo (20/9), quando se tornou a primeira mulher negra da história a ganhar um Emmy de melhor atriz na categoria dramática por How To Get Away With Muder.

Viola concorreu com Taraji P. Henson, de Empire, que também é negra, e Claire Danes, de Homeland, Tatiana Maslany, de Orphan Black, Elizabeth Moss de Mad Men e Robin Right de House of Cards.

Na história dos 67 anos do Emmy Awards somente atrizes brancas levaram este prêmio. Mulheres negras só tinham ganhado em categorias de comédia e minissérie, por exemplo.

Em seu discurso de agradecimento, Viola lembrou outras atrizes negras que ganharam e disputaram prêmios — e foram, muitas vezes, preteridas pela indústria do entretenimento.

"Na minha mente, eu vejo uma linha. E sobre essa linha que eu vejo campos verdes e flores lindas e belas mulheres brancas com seus braços esticados para fora sobre essa linha. Mas eu não consigo chegar lá, não sei porque. Eu não consigo superar essa linha. Harriet Tubman disse isso em 1800", lembrou, ao começar seu discurso de agradecimento.

E continuou...

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